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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Aumento do combustível: parece pouco mas não é - veja como economizar



Para aumentar a arrecadação, o Governo aumentou a tributação sobre a gasolina, que terá acréscimo de R$ 0,41 por litro, e do diesel, que ficará R$ 0,21 mais caro. Parece pouco, mas não é. Quem usa 10 litros de gasolina por dia gastará R$ 123 a mais por mês.

“Isso sem contar o previsível aumento nos preços dos produtos que consumimos, já que grande parte são transportados por caminhões movidos a diesel, e o provável aumento dos preços dos serviços de transporte, como ônibus e táxis”, ressalta o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Neste cenário, é preciso considerar formas de economizar no combustível, segundo o especialista. “Repense o uso do carro em determinadas situações, já que nem sempre é preciso fazer tudo com ele. Otimize as viagens, pegando ou oferecendo carona e fazendo rodízios com colegas de trabalho e amigos”, orienta Domingos.

O aumento dos impostos sobre os combustíveis – PIS e Cofins – visa gerar arrecadação de R$ 10,4 bilhões ao Governo este ano, diminuindo o déficit primário. No caso da gasolina, a alíquota mais que dobrou, passando de R$ 0,38 para R$ 0,79. Somando a outro tributo, o Cide, no total serão pagos R$ 0,89 de impostos por cada litro de gasolina.

Confira 7 orientações para economizar combustível:

1- Analise a necessidade de fazer tudo com o carro; realizar algumas caminhadas, além de ser saudável, pode gerar boa economia;

2- Alterne o uso do carro com o transporte público, assim terá diminuição no orçamento mensal no que se refere a gastos com locomoção;

3- Ofereça e pegue caronas com familiares, amigos e colegas de trabalho sempre que possível. Assim, além da economia, há maior sociabilização;

4- Dirija e utilize o veículo com consciência. Algumas ações geram maior consumo de combústivel, como manter o ar-condicionado ligado e trocar de marcha na velocidade inadequada;

5- Abasteça em postos de sua confiança, garantindo a qualidade da gasolina que está comprando;

6- Mantenha os pneus calibrados, pois se estiverem abaixo do recomendado pelo fabricante, há resistência na rolagem e o carro consume mais combustível. Isso sem contar o desgaste dos pneus, que são caros;

7- Mantenha o carro sempre revisado, pois um motor mal regulado pode gastar mais combustível. Assim também evita imprevistos que podem estourar as finanças.




Reinaldo Domingos - Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Está a frente do canal Dinheiro à Vista, é colunista do InfoMoney e da Rádio Bandeirantes. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.


Fonte: DSOP Educação Financeira






Gerontóloga fala sobre as principais crenças populares sobre a terceira idade e alerta para os cuidados com a saúde nessa faixa etária





Não adianta negar: todo mundo vai envelhecer. E inevitavelmente, com o passar do tempo, nosso organismo sofre alterações que mudam o ciclo de vida e fazem com que sejam necessárias algumas adaptações. Mas antes de tomar qualquer providência, é importante saber o que é crendice popular e o que é verdade acerca do envelhecimento.

A especialista no assunto, Eva Bettine, que é gerontóloga da Universidade de São Paulo (USP) e consultora do Método SUPERA Ginástica para o Cérebro conta que existem algumas frases sobre idosos que vão sendo repetidas ao longo do tempo e são “naturalizadas”, fazendo com que as pessoas não se questionem a respeito. “Mas não é bem assim”, diz ela.

Confira abaixo as frases apontadas como mais comuns pela especialista e os motivos pelos quais não se deve levá-las adiante.

 
1 – A velhice começa aos 60 anos 

Este é um equívoco muito comum e a explicação é muito simples: na gerontologia (especialidade médica que estuda os processos de envelhecimento), se acredita que nós começamos a envelhecer a partir do momento da concepção. Ou seja: uma criança que nasceu é mais velha que um feto dentro da barriga da mãe, por exemplo. “Senão aconteceria assim: você dorme aos 59, novinho em folha, faz 60 anos e acorda velho. Isso não é verdade, tudo se trata de um processo”, explica Eva.

Segundo a especialista, houve uma época em que as pessoas não falavam em idade. Depois, foi necessário separar dessa forma por questões sociais, como maioridade. Mais tarde, categorizaram as gerações por motivos legais. Mas a idade depende de diversos fatores, afinal, nem todas as pessoas de 60 anos são iguais umas às outras, certo?


2 – Velhice = doenças

Este mito está tão enraizado no pensamento da sociedade atualmente que se você tiver qualquer doença depois dos 60 anos, vai pensar “é porque estou ficando velho!” e, na verdade, não é bem assim.

Eva exemplifica: se uma pessoa é hipertensa e toma os medicamentos prescritos para isso, sua pressão arterial vai estar dentro de uma faixa considerada saudável. Logo, podemos afirmar que ela tem uma doença controlada. Então do ponto de vista da gerontologia, é uma pessoa com saúde. Muitas pesquisas apontam que existem milhares de idosos com até 85 anos perfeitamente saudáveis. 

Segundo a especialista, para evitar o aparecimento de sintomas das doenças neurogenerativas do cérebro, como o Alzheimer, é muito importante manter a mente ativa ao longo da vida praticando exercícios para o cérebro. Eles ajudam a fortalecer as ligações entre os neurônios, criando uma reserva cognitiva. 

 
3 – A pessoa idosa volta a ser criança

É comum que algumas pessoas mais velhas precisem de ajuda para se locomover, se alimentar, realizar algumas atividades diárias... Mas isso não nos autoriza a afirmar que se trata-se de crianças. Termos no diminutivo como “vovozinha, queridinha, fragilzinho, idosinho” podem representar uma fala carinhosa (tudo depende da intenção do locutor), mas muitas vezes denotam um grande preconceito em função da idade.

A especialista conta que já presenciou pessoas apertando bochechas de idosos como se fossem crianças, acompanhadas de falas como “senta aqui nessa cadeirinha”. Em uma situação como essa, a pessoa mais velha se sente diminuída assim como o termo que está sendo usado. Então é melhor evitar.


4 – A velhice é a melhor idade 

Não necessariamente. Na gerontologia, acredita-se que a melhor idade pode ser qualquer uma da vida em que estejamos nos sentindo muito bem. Ao afirmarmos que “a velhice é a melhor idade” para um idoso com problemas como dificuldade para ouvir, enxergar ou andar, podemos ofender.

Este mito ainda enfraquece o que a sociedade precisa entender sobre a idade mais avançada. Pensamentos do tipo “que ótimo, já que estão na melhor idade, não precisamos fazer nada” precisam ser extintos.


5 – Toda pessoa mais velha tem problema de memória

Ao reproduzir este mito, nós diminuímos a capacidade da pessoa idosa e ela, ao acreditar, se sente incapaz também. Segundo Eva, hoje existem evidências científicas de que nós aprendemos até o fim da vida. Logo, a velhice “não é desculpa” para afirmar que não se aprende mais. Atividades como aprender um novo idioma ou praticar exercícios para o cérebro são as melhores formas de manter a cognição preservada.


6 – Velhice = sabedoria

Segundo Eva, pessoas sábias são aquelas que acumularam sabedoria, compreenderam fatos sobre a vida e conseguem passar isso adiante como ensinamento sem diminuir ninguém. E nós não podemos afirmar que uma pessoa se tornou mais sábia ao longo do tempo porque tudo depende do curso de vida – quanto ela se dedicou a aprender, ajudou e conheceu pessoas... Ou seja: é importante não generalizar. Ainda que seja um mito “positivo”, a idade não pode ser vista cegamente como um sinônimo para sabedoria.







Judiciário inclui direito da pessoa com deficiência em concursos



Todo concurso público do Poder Judiciário deve incluir questões sobre os direitos de pessoas com deficiência. Desde a edição da Resolução n. 230/2016 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o tema constou em, pelo menos, 15 editais para ingresso nos quadros de pessoal de tribunais federais, estaduais, eleitorais e trabalhistas. A inovação faz aniversário neste sábado (22/7).

Dois órgãos exigiram o assunto ainda em 2016: o Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região (SE) e a Fundação de Previdência Complementar do Judiciário (Funpresp-Jud). Neste ano, outros 13 exames preveem o tópico.

Antes, direitos de pessoas com deficiência eram cobrados em provas para áreas específicas. O tema constava em campos como engenharia, serviço social e atendimento ao público. Agora, a matéria surge como tópico básico para todos os cargos, de nível médio e superior, em, ao menos, cinco provas de tribunais a serem aplicadas até o fim do ano.

População crescente

Cerca de 15% da população global — mais de um bilhão de pessoas — possui algum tipo de deficiência, estima a Organização Mundial de Saúde (OMS). A taxa sobe à medida que a população envelhece e doenças crônicas avançam, segundo o órgão. Entre brasileiros, o índice é de 23,92%, de acordo com o Censo 2010.

"É um grande segmento que o juiz precisa conhecer, bem como o médico e o arquiteto. Não podem ficar sem esse conhecimento básico", afirma a superintendente do Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência (IBDD), Teresa Costa. "Também é importante que o técnico saiba que um surdo tem o mesmo direito de ser atendido que os demais. O cadeirante, por exemplo, pode precisar de ajuda com um degrau", completa.

Cerca de 500 causas ligadas a pleitos de deficientes tramitam no Judiciário fluminense, assistidas pelo IBDD. Acesso à saúde, interdições clínicas e acessibilidade em meios de transporte estão entre as principais requisições. "São casos que chegam à Justiça toda hora, direitos básicos à dignidade e à sobrevivência", relata a superintendente.

"Exigir esse conhecimento é um avanço incrível. Só faz crescer a noção de igualdade na sociedade", define Teresa. "O Brasil tem uma das legislações mais modernas na área. No entanto, não consegue fazer com que seja respeitada", diz.

O próprio teor da resolução é requisitado em prova de concurso, ao lado de leis como o Estatuto da Pessoa com Deficiência. O texto instituiu comissões permanentes de acessibilidade e inclusão em todo o Judiciário. Determinou, ainda, a remoção de barreiras físicas e de comunicação, e que no mínimo 5% do quadro de cada órgão interprete língua de sinais.




Isaías Monteiro
Agência CNJ de Notícias



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