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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Especialista orienta sobre o uso correto do repelente nas crianças



Na época mais quente do ano, os pais precisam ter atenção redobrada para proteger seus filhos contra os mosquitos


No verão, cresce a preocupação da população carioca com a proliferação de mosquitos. Principalmente o Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chicungunha. Por isso mesmo, nessa época, o uso de repelentes é recomendado, sobretudo para proteger as crianças contra as picadas desses insetos. A médica Maria da Glória Neiva, diretora da área de pediatria do Hospital Vitória - que integra o complexo médico-hospitalar Americas Medical City, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro -, orienta abaixo quanto à aplicação correta do repelente nos pequenos.


• Os repelentes podem ser usados em crianças?

Sim. A maioria dos produtos pode ser aplicada em crianças, desde que sejam respeitadas as recomendações dos pediatras, que não indicam o uso em menores de 6 meses.

Com o aumento da temperatura e a previsão de novos casos de doenças como a dengue, a zika e a chicungunha, quais são as recomendações para proteger as crianças, principalmente os bebês menores de 6 meses?

O cuidado com o ambiente é fundamental. Entre as medidas a serem adotadas, os pais podem utilizar telas nas janelas. Também é recomendável ligar repelentes elétricos próximo a janelas e portas e manter o ambiente sempre limpo – tendo cuidado especial com a limpeza de terrenos e lotes próximos à residência, com a devida retirada de lixo e entulhos.

• É mito ou verdade que o uso do complexo B afasta os mosquitos?

Não existem evidências científicas que apontem a eficácia do uso dessa vitamina contra as picadas dos mosquitos, por isso sua utilização é controversa.

• Quais as substâncias permitidas nos repelentes para as crianças e qual é a faixa etária indicada?

Repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que contenham os princípios ativos DEET, icaridina e IR 3535, são permitidos para uso nas crianças acima de 6 meses. É recomendado que os pais confiram as instruções das embalagens dos diversos produtos disponíveis no mercado, considerando o tempo de atuação de cada um deles, bem como as orientações para a faixa etária permitida. É importante que os pais não apliquem durante o sono. Para esse momento, o uso de telas protetoras, ventiladores, ar-condicionado e repelentes eletrônicos são mais adequados.

• É necessário fazer algum teste alérgico para saber qual tipo de repelente poderá ser aplicado na pele das crianças? E nos bebês, como os pais devem proceder?

A orientação aqui é a de seguir as medidas de prevenção mencionadas anteriormente, sempre utilizando nas crianças com mais de 6 meses. Cada produto tem, em seu rótulo, a recomendação de tempo de atuação e a fase da infância permitida. No caso da apresentação de reações alérgicas aos repelentes, o indicado é procurar o pediatra que acompanha seu filho ou um serviço de emergência especializado em atendimento infantil.

• Mesmo que os pais tomem todos os cuidados e ainda assim a criança seja picada, quais as recomendações imediatas?

São indicados a limpeza das lesões e o corte das unhas das crianças, a fim de evitar traumas em decorrência do prurido (coceira). Outra medida importante é evitar o uso de medicamentos sem a devida orientação do pediatra. Além disso, é necessário observar se não ocorrem sintomas, como pintas vermelhas, febre e queixa de dores. Vale reforçar que nem sempre as picadas apresentam lesões perceptíveis, por isso é importante estar atento e procurar assistência médica em caso de dúvida.

• Há como diferenciar a picada do mosquito comum da do Aedes aegypti?

Não é possível fazer essa diferenciação. O importante é reforçar a proteção quando a criança está em áreas abertas, durante o dia, principalmente no início da manhã – quando o mosquito tem maior atividade – e no final da tarde.

• No caso das crianças maiores, que estão em período de férias, existe alguma recomendação de repelente associado ao uso de filtro solar? Se positivo, quais as substâncias mais aconselhadas pelos pediatras para a dobradinha protetor solar e repelente?

Não é recomendada a associação de repelente com protetor solar para crianças. O indicado é aplicar o protetor e 40 minutos depois passar o repelente aconselhado para a faixa etária.


• Recomendações adicionais:

·  Não aplicar o repelente na mão da criança para que ela mesma o espalhe no corpo. O motivo é que os pequenos podem passá-lo nos olhos ou na boca; 

·  Aplicar o repelente na quantidade e nos intervalos recomendados pelo fabricante, lembrando que a maioria dos produtos atuam até 4 centímetros do local da aplicação;

·   Não aplicá-lo próximo da boca, do nariz, dos olhos ou sobre a pele traumatizada. Outra dica é guardar a bula ou a embalagem para posterior consulta, em caso de efeitos adversos (alergias);

·   Assim que não for mais necessário, o repelente deve ser retirado no banho;

·   Em locais muito quentes ou em crianças que suam mais, os médicos e fabricantes recomendam reaplicações mais frequentes.







GUIA: dicas para evitar a desidratação durante as altas temperaturas



O verão é a estação perfeita para abusar das frutas e verduras e, com isso, evitar o consumo de alimentos muito calóricos


Introduzir alimentos leves na sua rotina diária pode ser importante para manter a hidratação durante a estação mais quente do ano. As frutas e verduras podem durar menos tempo por causa do calor. Por isso, o recomendado é consumir alimentos mais leves que necessitam de atenção especial na conservação. Para você curtir a estação mais quente do ano de forma saudável, a nutricionista Patrícia Cruz listou algumas dicas para evitar a desidratação e conservação dos alimentos. Confira:


Como evitar a desidratação na época mais quente do ano? 

- Beba muita água: o ideal é ingerir de 2 a 3 litros de água durante o calor. As altas temperaturas podem fazer o corpo se desidratar facilmente. “Lembre-se de tomar pelo menos um copo a cada hora”,  aconselha a nutricionista.

- Não se esqueça de tomar água antes, durante e depois da atividade física;

- Não espere sentir sede para tomar água!

- Não gosta tanto de água assim? Uma alternativa é acrescentar na água folhas de hortelã, raspas de gengibre ou rodelas de laranja.


Frutas para consumir no verão:

- Melancia: composta por 95% de água é ideal para desintoxicação. Além disso, ela é rica em vitamina A, C e vitaminas do complexo B, que ajudam a ter uma dieta mais nutritiva;

- Abacaxi: também possui nível elevado de água em sua composição. Cerca de 86% da fruta é composta apenas por água! Rico em vitamina A e C, ele possui ação desintoxicante e refrescante;

- Pera: composta por sais minerais como sódio, potássio, ferro, magnésio e cálcio. É rica em fibras, que auxiliam no bom funcionamento intestinal;

- Pêssego: possui sais minerais, vitaminas A, C e do complexo B. Além de carboidratos e fibras, essa fruta possui efeito antioxidante que traz muitos benefícios para a pele.


Como conservar frutas e verduras no calor?

- Planeje bem as compras, não compre itens em excessos que podem acabar sobrando no fim da semana;

- Na hora de escolher frutas e verduras, evite as amassadas e ou machucadas;
- Lave as frutas antes de comer e também para guardá-las. Em seguida, seque-as com um pano limpo;

- Observe a temperatura da geladeira. Ela deve permanecer em 6°C. O ar muito gelado pode comprometer a conservação;

- Antes de guardar as hortaliças, deixe-as secando em cima da mesa;

- Ao guardar as hortaliças em sacos plásticos, faça pequenos furos no fundo para facilitar a ventilação.


Como deixar o seu verão mais saudável?

- Abuse das folhas verdes;

- Planeje suas refeições ao longo do dia. “Tenha sempre a mão alimentos de fácil manuseio que podem ser consumidos em qualquer local”, orienta a nutricionista Patrícia Cruz;

- Substitua as frituras e empanados por assados, grelhados e cozidos;

- Prefira sorvete de frutas ao sorvete com leite;

- Acrescente frutas de sobremesas nas refeições;

- Tenha horários regulares para a alimentação;

E o mais importante: mantenha o ritmo o ano todo e não somente no verão!




Patrícia Cruz - Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Patrícia Cruz faz parte do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO). Ela é especialista sobre nutrição e transtornos alimentares, adulto e infantil, atua como Personal Diet e é palestrante em cursos de pós-graduação.
Instagram: @patycruznutri



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