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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

5 dicas para ser o protagonista da sua própria carreira




Manter uma carreira de sucesso não é nada fácil, principalmente numa economia em crise e com um alto grau de competitividade. Quem deseja se sobressair na profissão deve ficar atento a todas as oportunidades, inclusive dentro da empresa, para que possa aprender sobre diversas áreas, se especializar e atuar de forma que faça a diferença no mercado. Para ser protagonista da sua própria carreira, seguem cinco dicas:

1 - Ser proativo

Proatividade e conhecimento nunca são demais. Um profissional que sabe tudo sobre sua área e busca conhecer as demais sempre sairá na frente. Demonstre no dia a dia seu interesse pelo seu trabalho, dê dicas de melhorias e esteja sempre atento às políticas da empresa.


2 - Contribuir com outras áreas
“Isso não faz parte da minha função” é uma frase que deve ser excluída do seu dicionário. Contribuir com outras áreas pode facilitar ainda mais seu trabalho. Muitos processos e pendências podem ser melhorados se todos trabalharem juntos. Além disso, é uma oportunidade de mostrar seu compromisso com a empresa e a disposição de colaborar com a equipe. 


3 - Manter boas relações 

Contatos são essenciais dentro de uma corporação. Um bom networking profissional é o canal para novas oportunidades e desafios dentro da empresa, além de gerar sinergia entre todos os colaboradores e deixar o ambiente mais leve. 


4 - Ser polivalente

Em um mercado de ampla concorrência, esse é o tipo de profissional que terá destaque. O que muitas empresas buscam hoje em seus processos seletivos são pessoas versáteis, que desempenham funções variadas. Isso não significa trabalhar mais, significa ter mais interesse e disponibilidade para assumir novos desafios.


5 - Resiliência 

Resiliência e foco devem caminhar juntos. Foco para estabelecer e cumprir metas traçadas. Resiliência para lidar com obstáculos e pressões do dia a dia, enfrentando as questões com serenidade e competência. No ambiente profissional, tudo é consequência de muito trabalho e dedicação. Se houver alguma adversidade, se concentre no que é mais importante para superar esse momento e siga em frente! Brilho nos olhos, energia e otimismo podem ajudar a construir uma trajetória bem-sucedida e feliz. 




Rosilene Senna - gerente de Recursos Humanos da Aliança Navegação e Logística e da Hamburg Süd


Os incentivos fiscais à saúde - Comemoração ou Luto (*)



 No dia 13 de dezembro completou 10 anos da homologação pela Assembleia da ONU da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. O Brasil é signatário da referida convenção, que representa, no plano internacional, um esforço para que os Estados assegurem os direitos fundamentais das pessoas com deficiência. Seria motivo de comemoração, não tivessem ainda algumas políticas públicas, nessa área, carecendo de gestores livres de preconceitos e atitudes discriminatórias. Para alcançar o Direito de Todos os Humanos alguns cuidados se revestem de maior importância e alguns sinais fazem soar o alerta da inequidade.
Os incentivos fiscais criados pela Lei Federal 12.715, de 2012, significam fortalecimento dos Direitos e mais oportunidades para os projetos relacionados às pessoas com deficiência (Pronas) e também ao tema da oncologia (Pronon). Tais incentivos são controlados pelo Ministério da Saúde (MS) e seu funcionamento é inspirado em incentivos de outras áreas (cultura e esporte são dois grandes exemplos). A partir desses incentivos a área de saúde pode aprovar projetos que permitem as pessoas jurídicas ou físicas destinarem 1% do seu imposto de renda devido para projetos aprovados no Pronas e mais 1% para projetos destinados para o Pronon.
A lei que os institui estabelece os percentuais genéricos (1% aplicado sobre o imposto devido por cada empresa ou individuo) e a Proposta de Lei Orçamentária (PLOA) de cada ano estatui, com base na estimativa do valor a pagar ao Fisco por empresas e pessoas físicas brasileiras, o volume estimado de captação, que usualmente teve uma previsão bastante realista na legislação.
O problema reside no fato de que, em que pese a forte demanda por projetos nessa área, que não conseguem ser atendidos, o MS, tem por iniciativa própria, limitado um teto anual de valores, reduzindo a cada ano o montante total disponibilizado e os projetos atendidos. Para se ter uma ideia o limite estimado para o Pronas era de, aproximadamente, R$ 674 milhões em 2014, R$ 173 milhões em 2015, reduzido, no final do mesmo exercício, para R$ 90 milhões e, no último ato caiu a ínfimos R$ 14 milhões em 2016, uma redução de 98% entre 2014 e 2016. Mais grave que isso, a Portaria 2671 do MS, publicada em 07 de dezembro último, sugere a excepcional prorrogação de projetos do ano passado, sem abrir espaço para novas iniciativas, que deveriam ser examinadas esse ano e que o setor inevitavelmente carece.
Ao contrário do MS, o Ministério da Cultura não limita o volume de projetos aprovados anualmente, nem tampouco o Ministério do Esporte. Neste momento, na Cultura, há mais de 5 bilhões em projetos autorizados aguardando a captação de recursos, deixando que as empresas escolham as iniciativas adequadas. O mesmo ocorre no Esporte, sem qualquer dificuldade. Somente na Saúde que os incentivos ficarão perto de zero nesse ano de 2016, onde não terão projetos novos autorizados e numa drástica redução de limite orçamentário. Tudo isso por uma limitação que o próprio MS nos impõe, esquecido que os valores orçamentários para os próximos anos serão fatalmente insuficientes, para o atendimento de 45 milhões de brasileiros que vivem com algum tipo de deficiência.
Na contramão da gestão dos demais incentivos federais, o Ministério da Saúde adota medidas que rebaixam os incentivos as pessoas com deficiência e com câncer a patamares cruéis. Lamenta-se que o guardião do Sistema Único de Saúde espelhe em suas decisões o preconceito e a indiferença que milhões de brasileiros lutam para não mais existir.
No mês que deveríamos comemorar os 10 anos da Convenção da ONU, não é esse presente que as pessoas com deficiência merecem, muito pelo contrário. Precisávamos sim de ações muito mais firmes e inclusivas para esse público merecedor, como todos os cidadãos, da presença e do olhar do Poder Público no seu dia a dia.




Linamara Rizzo Battistella - medica Fisiatra, professora titular da Faculdade de Medicina da USP e Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência no Estado de São Paulo.

Fabio de Sá Cesnik - advogado sócio do escritório Cesnik, Quintino e Salinas Advogados, autor do livro “Guia de Incentivo à Cultura” e presidente da Comissão de Estudos de Mídia e Entretenimento do IASP – Instituto dos Advogados de São Paulo. 



BRASIL, CASO DE POLÍCIA



         Há semanas, li sobre achados do INSS através do pente-fino que vem passando nos auxílios-doença que paga. Há falecidos que todo mês removem suas lápides para comparecer ao caixa. Há licenças de 15 dias que se prolongam por anos. Há gravidez de risco que persiste quando o nascituro já está alfabetizado. Mas esses são casos extravagantes. Contemplando todo o cenário, já recaem suspeitas sobre 80% dos benefícios de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença acidentário que vêm sendo pagos!

         É mais ou menos dessa época, também, a notícia de que o MPF, cruzando dados de diversas fontes oficiais mediante ferramentas de inteligência,  encontrou "perfis suspeitos" de irregularidades em mais de 870 mil beneficiários do Bolsa Família que teriam recebido indevidamente um valor total estimado de R$ 3,3 bilhões.

          Nem o ambiente acadêmico, onde os recursos da mente sobressaem os reclamos do corpo, escapa às tentações da corrupção se o risco for baixo, a pena incerta e o processo criminal ardilosamente longo. Recentemente, a Operação PHD da Polícia Federal prendeu professores universitários e servidores ligados a um programa de pós-graduação em Saúde Coletiva na UFRGS.

         Além de quantos se dedicam ao crime organizado nas suas expressões mais "profissionalizadas" - tráfico de drogas, roubo de automóveis e de cargas, contrabando, descaminho, abigeato, entre outras - existem na vida social milhões de pessoas dedicadas a ganhar o pão, o bolo e, melhor ainda, a charlotte française, com o suor do rosto alheio. A vitrine das corrupções possíveis atende as mais variadas expectativas. Do Bolsa Família supérfluo, ao pixuleco milionário. São operações relativamente fáceis porque o governo é meticuloso na receita e negligente no gasto.

          As melhores notícias destes anos de cofres saqueados e raspados nos vêm de Curitiba, onde uma força-tarefa que opera junto à 13ª Vara da Justiça Federal, sem padrinhos e sem compadres, mostra denodo incomum no combate à corrupção dos hierarcas da República.

         Falta-nos, agora, uma força-tarefa para, com igual vigor, agir contra as fraudes praticadas por multidões. Ali estão os eleitores que, por serem dados a desonestidades de pouca monta, não se importam de eleger e reeleger corruptos notórios e notáveis. Pessoas condenadas por tais práticas deveriam ter direitos políticos suspensos, tanto quanto é determinado em lei para políticos sentenciados. Quanto menor o número de eleitores corruptos, menor será, por certo, o número de criminosos eleitos.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.



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