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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Brasil tem 7,5 milhões de inadimplentes com mais de 61 anos, revela estudo da Serasa



Faixa etária representa 12,7% do total de pessoas com dívidas atrasadas em julho de 2016


Estudo inédito da área de Big Data da Serasa Experian revela que o número de inadimplentes com 61 anos ou mais em todo o país era de 7,5 milhões em julho deste ano, representando 12,7% do total de pessoas com dívidas atrasadas. O mesmo resultado verificado em junho, mas superior ao de maio do mesmo ano, quando o número estava em 7,4 milhões.

Para os economistas da Serasa Experian, uma das explicações para o crescimento da fatia de pessoas acima de 61 anos entre os inadimplentes está relacionada com o crédito consignado. Como este tipo de financiamento é mais acessível aos aposentados, em momentos de alta da inflação e aumento do desemprego, muitos deles são levados a solicitar este tipo de crédito para socorrer as contas da casa, ajudar familiares e amigos. “O idoso faz o empréstimo com a intenção de ajudar, mas muitas vezes acaba descontrolando o pagamento de outras contas por ter recebido o benefício mensal reduzido com o desconto da parcela”, diz o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. “Isso ocorre porque essa faixa etária é uma das que mais sofre com a alta de preços de remédios e plano de saúde, por exemplo.”

Também é comum, principalmente em momentos de crise, que a renda dos aposentados seja utilizada por filhos e outros parentes para compor o orçamento familiar.  “O ideal é que a aposentadoria não seja a única fonte de recursos do grupo, já que o idoso também tem contas fixas. A recomendação é que ele tenha a possibilidade de usar o dinheiro com despesas pessoais voltadas a seu bem-estar”, diz a diretora do SerasaConsumidor, Fernanda Monnerat.

Para ajudar os idosos, o SerasaConsumidor disponibiliza na sua página da internet um guia com várias dicas e orientações para uma aposentadoria tranquila: www.serasaconsumidor.com.br/guiaidoso. O aposentado brasileiro também pode fazer um teste no link www.serasaconsumidor.com.br/testes/quiz/idosos para saber se está conseguindo organizar com sucesso suas finanças pessoais






1º de OUTUBRO – DIA INTERNACIONAL DO IDOSO



 Zumbido no ouvido atinge cerca de 36% dos idosos

Perda auditiva, tontura, sensação de ouvido tampado são sintomas comumente associados ao problema



No Dia Internacional do Idoso (instituído em 1991 pela ONU - Organização das Nações Unidas), a médica otorrinolaringologista, Dra. Jeanne Oiticica, especialista em Otoneurologia (que trata zumbido, tontura e surdez), explica sobre as causas, diagnóstico e tratamento do zumbido de ouvidos em idosos. 

1.Qual a incidência de zumbido nos idosos?
A incidência de zumbido em idosos é de 36%. Recentemente realizamos uma pesquisa de campo com entrevistas em domicílio com cerca de 2000 habitantes da cidade de São Paulo e a prevalência de zumbido na população foi de 22%, este valor salta para 36% quando analisado o percentual entre aqueles com mais de 65 anos de idade, ou seja, idosos tem 1,6 vezes mais chances de apresentarem zumbido. Isto é fácil de entender já que a idade está habitualmente associada a um desgaste natural do corpo e dos sistemas, e a audição não fica de fora. Além disto, o envelhecimento está acompanhado de uma série de comorbidades, incluindo diabetes, pressão alta, apneia do sono, colesterol alto, entre outras, que interferem direta ou indiretamente no funcionamento do ouvido. Somado a isto, este percentual tem apresentado tendência ao crescimento nos últimos anos tendo em vista o aumento da exposição ambiental a ruídos e a longevidade da população. 

2.Quais os sinais que antecedem o problema de zumbido nessa fase?
Perda auditiva, tontura, sensação de ouvido tampado são sintomas comumente associados ao zumbido, e que podem anteceder o aparecimento do mesmo. Neste caso é sempre importante procurar a opinião de um Otorrinolaringologista. Algumas vezes, o problema é simples e poderá ser resolvido no próprio consultório, como no caso de uma rolha de cera. Outras vezes exames adicionais serão necessários para esclarecer o quadro clínico. 

3.Como se dá o diagnóstico?
O diagnóstico envolve uma boa história clínica e exame físico adequado. Algumas vezes exames complementares serão necessários, incluindo audiometria (teste feito em uma cabine acusticamente tratada para evitar os sons ambientais externos), exames de sangue, exames de imagem. 

4.Qual o tratamento adequado?
O tratamento é customizado caso a caso, vai depender da origem do problema. Às vezes, o zumbido pode sofrer influência muscular (músculos da cabeça e pescoço) e nestes casos algumas sessões de fisioterapia são suficientes para amenizar o sintoma. Outras vezes o fator desencadeante pode estar na dieta, na privação de sono e o tratamento é direcionado para a correção destes. Em alguns casos o maior problema é a dificuldade em escutar, isto muitas vezes pode incomodar até mais que o próprio zumbido. Nestes casos os aparelhos auditivos de amplificação sonora são fundamentais para o alívio do zumbido, pois audição e zumbido andam juntos e muito atrelados um ao outro. 

5.Quais as consequências desse problema causado nos idosos?
Insônia, confusão mental, irritabilidade, estresse, ansiedade, tristeza, depressão, dificuldade de entender o que os outros falam, dificuldade em se comunicar, isolamento social, desconfiança, dificuldade de interagir com familiares e entes próximos, incompreensão, choro, falta de ânimo, descrença, desesperança estão entre as queixas associadas mais observadas. 




  Dra. Jeanne Oiticica - Médica otorrinolaringologista concursada do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Orientadora do Programa de Pós-Graduação Senso-Stricto da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da USP.  Chefe do Grupo de Pesquisa em Zumbido do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.  Professora Colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.  Chefe do Laboratório de Investigação Médica em Otorrinolaringologia  (LIM-32) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.  Responsável do Ambulatório de Surdez Súbita do hospital das Clínicas – São Paulo.


No Dia do Idoso, saiba como a ingestão de proteínas contribui para o envelhecimento saudável



Pouca gente sabe, mas as proteínas representam o principal componente estrutural e funcional de todas as células do organismo. Por exemplo: em um indivíduo com 70 kg de massa corporal, há aproximadamente 12 kg de proteína, sendo que mais da metade (7 kg) está contida nos músculos 1,2.

É por isso que a suplementação nutricional que estimula a taxa de síntese proteica no músculo é relevante para atenuar a perda de massa e força muscular comum  ao envelhecimento. Estudos mostram que já a partir dos 40 anos, as pessoas perdem cerca de 8% de massa muscular a cada década. “Essa perda, se não for controlada, pode agravar problemas de saúde crônicos, acarretar quedas e afetar a capacidade dos idosos de realizar atividades cotidianas, como caminhar, levantar de uma cadeira, erguer objetos e subir escadas”, afirma Patrícia Ruffo, Gerente Científico da área Nutricional da Abbott no Brasil. “Esse quadro é chamado de sarcopenia”, diz.

Pessoas com mais de 65 anos precisam, portanto, de maior ingestão de proteínas em comparação a indivíduos adultos jovens. Essa recomendação é preventiva, pois tem o propósito de auxiliar na recuperação de doenças e manter a funcionalidade do corpo, na medida em que o indivíduo envelhece. Estudos mostram que há uma correlação positiva entre a maior ingestão de proteínas e o aumento da densidade óssea no idoso, a redução da perda de massa óssea e a manutenção da massa muscular. 4, 5, 6,7

As recomendações de ingestão de proteínas em idosos acima de 60 anos, variam também de acordo com os diferentes perfis8:
·         Para aqueles que visam manter ou obter ganho de massa muscular, a recomendação é:  1,0 a 1,2 g de proteínas/kg de peso/dia.
·         Para idosos que já tenham doenças agudas ou crônicas: 1,2 a 1,5 g de proteínas/kg de peso/dia.
·         Para aqueles já engajados em exercícios de endurance ou de força: ≥ 1,2 g de proteínas/kg de peso/dia.

Em 2010, aproximadamente 1 em cada 5 pessoas tinha 50 anos ou mais. Até 2050 serão aproximadamente 2 em cada 5 pessoas com 50 anos ou mais³. Acompanhando essa curva ascendente da expectativa de vida, a previsão é que o número de pessoas que apresentam perda muscular e sarcopenia também aumente.
“Estamos a caminho, portanto, de uma inversão da pirâmide etária e, por isso, estratégias simples podem nos ajudar muito nessa trajetória, que tem como foco viver mais e com melhor qualidade de vida. Melhorar a saúde muscular em adultos é uma delas, e a forma de se fazer isso é também aumentando o consumo diário de proteínas”, explica Patrícia. “Vale lembrar que os idosos devem conversar com seu médico ou nutricionista para estabelecer meios de manter a saúde muscular e prevenir a sarcopenia”, orienta.



Referências                                                                                                 
1.        GIBALA, M.J. Regulation of skeletal muscle amino acid metabolism during exercise. Int J Sport Nutr Exerc Metab, vol.11, p. 87-108, 2001.
2.        WAGENMAKERS, A.J.M. Muscle amino acid metabolism at rest and during exercise: role in human physiology and metabolism. Exerc Sport Sci Rev, vol.26, p. 287-314, 1998.
3.        PROMISLOW, J.H., GOODMAN-GRUEN, D., SLYMEN, D.J., BARRETT-CONNOR, E. Protein consumption and bone mineral density in the elderly: The Rancho Bernardo Study. Am J Epidemiol, vol. 155, p. 636-644, 2002.
4.        KERSTETTER, J.E., LOOKER, A.C., INSOGNA, K.L. Low dietary protein and low bone density. Calcif Tissue Int, vol. 66, p. 313, 2000.
5.        RAPURI, P.B., GALLAGHER, J.C., HAYNATZKA, V. Protein intake: Effects on bone mineral density and the rate of bone loss in elderly women. Am J Clin Nutr, vol. 77, p. 1517-1525, 2003.
6.        HOUSTON, D.K., NICKLAS, B.J., DING, J., HARRIS, T.B., TYLAVSKY, F.A., NEWMAN, A.B., LEE, J.S., SAHYOUN, N.R., VISSER, M., KRITCHEVSKY, S.B.; HEALTH ABC STUDY. Dietary protein intake is associated with lean mass change in older, community-dwelling adults: The Health, Aging, and Body Composition (Health ABC) Study. Am J Clin Nutr, vol. 87, p. 150-155, 2008.
7.        BAUER, J., BIOLO, G., CEDERHOLM, T., CESARI, M., CRUZ-JENTOFT, A.J., MORLEY, J.E., PHILLIPS, S., SIEBER, C., STEHLE, P., TETA, D., VISVANATHAN, R., VOLPI, E., BOIRIE, Y. Evidence-based recommendations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE Study Group. J Am Med Dir Assoc,  vol. 14, p. 542-559, 2013.




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