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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Chegada do inverno favorece a transmissão de meningite




Infecções de origem bacteriana podem levar o paciente à morte em poucas horas, mas é possível prevenir a doença

Com a proximidade do inverno, é natural a busca por ambientes fechados e protegidos do frio. Mas é justamente por causa das aglomerações que a estação mais gelada do ano favorece a transmissão de doenças infectocontagiosas importantes, entre elas a meningite1, enfermidade que pode levar à morte ou provocar sequelas neurológicas irreversíveis se não for tratada rapidamente.

Fungos, bactérias e vírus podem levar à meningite, infecção que provoca a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. São os casos de origem bacteriana, contudo, os mais graves.  No ano de 2013, por exemplo, foram registradas 1.170 mortes no País por quadros de meningite causados por bactéria, o que representa quase 19% do total de pessoas acometidas pela meningite bacteriana naquele período, que somaram 6.331 casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Já a meningite de origem viral, embora mais frequente, apresenta uma mortalidade menos expressiva: foram 8.513 casos em 2013, com 109 óbitos, ou 1,3% daquele grupo, também de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Os registros do governo mostram também quais foram, em 2014, os principais agentes envolvidos nos quadros de meningite bacteriana. Dos 5.848 casos dessa enfermidade detectados naquele ano, 44% foram provocados por apenas duas bactérias: a Neisseria meningitidis, conhecida como meningococo (28% dos casos), e a Streptococcus pneumoniae, ou pneumoco, com 16%².

“Em termos de saúde pública, a meningite bacteriana se destaca pela gravidade, pois está associada a uma mortalidade importante. A meningite meningocócica, especialmente, evolui de forma bastante rápida e pode com certa facilidade causar epidemias em moradias estudantis e bases militares, por exemplo.  Se não receber o tratamento adequado com urgência, a pessoa infectada pode morrer em apenas 24 horas”, afirma o infectologista pediátrico José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Apesar da gravidade da meningite bacteriana, é possível se proteger da doença por meio da vacinação. Por isso, o Dia Nacional da Imunização, comemorado em 9 de junho, é uma ocasião importante para alertar a população sobre os riscos associados às meningites pneumocócica e meningocócica, reforçando a importância da prevenção.  É importante ressaltar que, como são causadas por bactérias diferentes, essas duas formas de meningite devem ser prevenidas com vacinas distintas. 

Proteção
          A vacinação é o meio mais eficaz para a prevenção das meningites pneumocócicas e meningocócicas. Entre as opções de vacinas pneumocócicas está a Prevenar 13, da Pfizer, que oferece proteção contra os 13 sorotipos do pneumococo mais prevalentes em todo o mundo, muitos deles resistentes a antibióticos.  Aprovada em mais de 120 países, Prevenar 13 pode ser administrada em crianças e jovens de 2 meses a 17 anos de idade, bem como em adultos com 50 anos ou mais.

Em outra frente, a vacina Nimenrix é indicada para a prevenção contra a meningite meningocócica provocada pelos sorogrupos ACWY da bactéria Neisseria meningitidis. Ela pode ser administrada em crianças a partir dos 12 meses de idade, adolescentes e adultos. Atualmente, no Brasil, o sorogrupo C é o mais prevalente. “A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a vacina quadrivalente porque outros sorogrupos, como o W, estão crescendo no País. Além disso, sempre é possível ter contato com estrangeiros, vindos de países onde predominam outros sorotipos”, esclarece o médico.


Pneumococo X meningococo
            Parte da população é portadora do pneumococo e do meningococo sem apresentar sinais ou sintomas, mas mesmo assim é capaz de infectar outras pessoas. Assim, quando um portador tosse ou espirra, pode transmitir o micro-organismo às pessoas suscetíveis, principalmente quando há convívio ou proximidade com o indivíduo. Por isso, o contágio é mais comum entre pessoas que residem na mesma casa ou compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, bem como em escolas e creches.

Ao penetrarem no organismo, as bactérias responsáveis pela meningite invadem a corrente sanguínea e chegam ao cérebro. Os sintomas das meningites pneumocócicas e meningocócicas são semelhantes: dor de cabeça forte, febre, vômito e rigidez na nuca e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.  O exame laboratorial determina o agente causador.

Enquanto a doença pneumocócica (meningite e pneumonia) costuma afetar principalmente populações com o sistema imunológico notoriamente mais frágil, como pessoas acima de 60 anos e crianças pequenas, a meningite meningocócica é frequentemente identificada em crianças menores mas também presente em outras faixas etárias comoadolescentes e jovens. A doença pode causar sequelas no sistema nervoso central, provocando alterações motoras e deficiências visuais e auditivas, bem como ferimentos que podem levar a amputações.

         
Referências
1.    Sáfadi, Marco e outros. Vacinas meningocócicas conjugadas: eficácia e novas combinações. Jornal de Pediatria, vol.82 no.3 suppl.0 Porto Alegre July 2006;
2.    Moraes, Camile, Perfil Epidemiológico da MeningiteBrasil & Mundo, Grupo Técnico de Vigilância das Meningites, Secretaria de Vigilância em Saúde. http://www.saude.rs.gov.br/upload/1437759444_Perfil%20Epidemiol%C3%B3gico%20da%20Meningite%20Brasil%20&%20Mundo.pdf. Acessado em junho de 2016. 


PFIZER

Sintomas do Mal de Parkinson podem ser aliviados com cirurgia



Aplicação de eletrodos na região afetada pela doença permite maior autonomia do paciente; tratamento é indicado para pessoas que já não respondem tão bem à medicação

Ainda sem cura, o Mal de Parkinson tem se tornado uma realidade cada vez mais comum à população brasileira. Os sintomas mais impactantes da doença, como os tremores e a rigidez muscular, porém, podem ser tratados.  De acordo com o Dr. Cláudio Corrêa, coordenador do Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional do Hospital 9 de Julho, o tratamento mais atual consiste no implante de eletrodos na região afetada pela doença.
“Trata-se da Neuroestimulação Profunda do Encéfalo. Nela, os eletrodos são colocados estrategicamente, de acordo com o quadro clínico do paciente. Eles funcionam ligados em uma bateria (neuroestimulador) que é colocada na mesma região que um marca-passo para o coração”, explica. 

Ele destaca que, embora esse tratamento já seja conhecido, a tecnologia evoluiu e as baterias, que antes duravam de dois a três anos, hoje tem autonomia de nove anos ou mais. “Com isso, eles voltam a fazer atividades mais básicas do dia a dia, como abotoar a camisa ou se alimentar sem a ajuda de outras pessoas”, afirma.

Isso acontece porque a neuroestimulação controla os movimentos involuntários e diminui a intensidade da rigidez muscular, sendo possível, inclusive, reduzir a quantidade dos medicamentos administrados para o controle da doença. 

O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes que já não respondem satisfatoriamente à medicação e ainda não estão com os movimentos muito comprometidos. É um procedimento que pode ser realizado com anestesia local e com baixo índice de complicação operatória.

O Mal de Parkinson caracteriza-se pela degeneração dos neurônios produtores de dopamina na parte profunda do encéfalo (substância negra). As causas ainda são estudadas. 

O conjunto de sintomas é formado pelos movimentos involuntários (tremores), além de lentidão, rigidez muscular, desequilíbrio, instabilidade postural, caminhada em marcha característica (em pequenos passos), depressão e alterações na fala, na deglutição e na escrita.


Conheça as novas regras para obtenção do visto australiano



A partir do dia primeiro de julho entram em vigor as novas regras apresentadas pelo governo australiano em seus processos de visto estudantil. O país, que tem se tornado um dos favoritos dos brasileiros por permitir a realização de intercâmbios com estudo e trabalho, visa estimular o crescimento sustentável do setor de educação internacional, através da facilitação dos trâmites de solicitação de vistos para os estudantes com intenções genuínas de estudo temporário e da realização de filtragem de escolas e solicitantes que não se enquadram no padrão desejado pelo país. 

Algumas mudanças podem afetar um pouco a vida do estudante que escolheu a Austrália como destino para seus estudos. Dentre elas está a exigência de conhecimentos em inglês, que antes não era obrigatório, e o aumento da renda disponível para comprovação. Contudo, mesmo com essas alterações, o país deve permanecer como um destino prioritário, uma vez que seu visto está entre os melhores do mundo, por reunir a possibilidade de estudo de longa duração, trabalho part-time e, caso se enquadre e tenha interesse, a migração para outro tipo de visto temporário ou permanente no país.

Se sua viagem já está marcada ou você tem a intenção de estudar na Austrália em breve, confira abaixo as principais mudanças anunciadas:

Extinção das subclasses – todos os vistos de estudos, antes divididos em oito subclasses diferenciadas pelo tipo de curso (ensino médio, ensino superior, cursos de idiomas e cursos vocacionais), serão parte de uma única classe, a 500. Para os estudantes que já possuem um visto válido de subclasse 570 a 576 permanecerão com o mesmo normalmente, migrando para a nova classe somente na próxima renovação.

Solicitações online – todos os protocolos de visto passarão a ser online, incluindo para os estudantes de cursos vocacionais e de estudos de idiomas, que antes eram realizados em papel. Mesmo com essa mudança, todos ainda serão avaliados pela Embaixada em Brasília. 

Novos critérios de avaliação – passa a haver uma nova estrutura de risco único que se aplica a todos os estudantes internacionais e substitui os atuais níveis usados na avaliação. O risco é definido por uma combinação de fatores, o país de origem do estudante e a escola escolhida na Austrália. Todas as instituições educacionais serão avaliadas e pontuadas pelo governo australiano. Assim, os estudantes que forem aceitos pelas instituições que tiverem as melhores notas terão, a princípio, que demonstrar menos documentos comprobatórios de recursos financeiros e de proficiência em inglês. Nessa modalidade, os estudantes com menor risco passam a ter o processo facilitado necessitando de menos documentos comprovativos.

Comprovação de renda – como já comentei anteriormente, os valores para a comprovação de renda aumentaram em relação ao que era antes, mas também serão oferecidas novas alternativas para a comprovação. Os estudantes devem ter a capacidade de se manter com recursos próprios ou de parentes durante toda sua estadia no país. Isso significa que, mesmo tendo permissão para trabalhar, você terá que comprovar sua renda, uma vez que a jornada se limita a 40 horas a cada duas semanas e não tem como objetivo garantir sua sobrevivência, mas sim melhorar sua experiência cultural no país.
Com o novo método, embora o valor tenha aumentado, a imigração introduziu uma nova forma de comprovação, através do acesso à renda, que implica a evidência de disponibilidade a um valor anual superior a AUD 60.000,00. Nesse caso, são aceitos como suporte apenas documentos de pais ou cônjuges. Se não for viável comprovar esse acesso à renda anual, a opção permanece ser comprovar renda disponível suficiente. O valor que o estudante precisa comprovar possuir para resgate imediato em conta passará a ser AUD 1.652,50 por mês de estadia ou AUD 19.830,00 por ano. 

Proficiência em inglês – sem dúvida, essa é a mudança de maior magnitude:
a introdução da exigência de comprovação para nível de inglês. Estão isentos dessa medida os seguintes perfis:

·        Estudantes de cursos de idiomas de qualquer duração, fulltime de high school, pesquisa e pós-graduação ou patrocinados pelo governo;
·        Estudantes que completaram mais de cinco anos de estudo na Austrália, Canadá, Nova Zelândia, África do Sul ou Irlanda;
·        Cidadãos ou portadores de passaportes do Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia ou Irlanda e,
·        Estudantes que já tenham completado um curso de inglês no nível 

Senior Secondary ou Certificate IV nos últimos dois anos antes de solicitar o visto.

Os demais, dependendo de em qual instituição de ensino australiana foram aceitos, deverão comprovar seu nível de inglês através de um teste oficial aceito pela imigração (IELTS ou TOEFL, por exemplo) realizado nos dois últimos anos.

Essas são as principais alterações divulgadas pelas fontes oficiais do governo australiano. Elas podem assustar um pouco, mas serão positivas. O principal propósito do país ao adotar tais regras é se tornar referência quando o assunto for ensino de excelência. Espero ter te ajudado a entender melhor como essas mudanças vão funcionar e não hesite em nos procurar caso ainda tenha alguma dúvida.




Pablo Pereira - gerente de produtos da Global Study, franquia de intercâmbios. www.globalstudy.com.br 

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