De acordo com especialistas, o tradicional alimento
ingerido durante a Quaresma é rico em ferro, magnésio, fósforo e possui baixo
nível de colesterol; confira as principais curiosidades sobre o preparo
Com baixo nível de colesterol e rico em ferro,
magnésio e fósforo, o bacalhau é um dos alimentos mais consumidos durante toda
a Quaresma, incluindo a Semana Santa e, principalmente, no domingo de Páscoa.
Por motivos religiosos ou mesmo por hábitos culturais, muitas pessoas deixam de
consumir a carne vermelha nesse período e aumentam o consumo de peixes,
que, de acordo com especialistas, são saudáveis e importantes fontes de
proteínas.
O bacalhau tornou-se tradição na culinária
brasileira, sendo ingrediente principal em diversas opções de pratos que
agradam a todos os paladares. Além das inúmeras possibilidades de receitas,
possui benefícios para a saúde, tendo em vista o seu alto valor nutritivo e a
presença de vitaminas A, E e D, fundamentais para o organismo.
“O bacalhau contém gorduras saudáveis, como o
ômega-3 e ômega-6, nutrientes importantes para diminuir o LDL (colesterol
ruim), triglicerídeos e aumentar o HDL (colesterol bom). Além disso, é
importante na prevenção e controle de problemas cardiovasculares, câncer,
doenças inflamatórias e autoimunes”, afirma a nutricionista do Hapvida Saúde,
Paula Viana.
No entanto, é preciso ter atenção durante o
preparo do bacalhau para que ele permaneça saudável. A nutricionista
explica que deve ser consumido assado no forno, cozido ou grelhado para
preservar os seus nutrientes. “Apesar de todos os benefícios, a ingestão de
bacalhau deve ser moderada pelas pessoas que possuem hipertensão arterial, pois
é rico em sódio e, por isso, o processo de dessalga precisa ser feito com
cautela”, orienta.
Mesmo o bacalhau sendo um dos alimentos mais
vendidos na Páscoa, Paula salienta que os peixes, de um modo geral,
possuem propriedades nutricionais semelhantes e podem ser substituídos. “Uma
boa dica é variar os modos de preparo e os tipos de peixe. Desta forma,
temos outras opções saudáveis e que podem caber no bolso do consumidor, como o
arenque, a sardinha, o salmão, o atum e o linguado”, recomenda.
A especialista salienta que o consumo
dos peixes precisa fazer parte dos hábitos alimentares das famílias
por causa das suas propriedades nutricionais. “A ingestão não deve ficar
restrita a esse período do ano, tendo em vista os diversos benefícios que traz
à saúde”, finaliza a nutricionista.
Confira
6 dicas sobre o preparo do bacalhau:
Hidratação
– Muita
gente não sabe, mas o bacalhau precisa ser dessalgado e, também, hidratado. Uma
dica para fazer isso é usar o molho que pode deixá-lo bastante macio e
saboroso.
Tempo
de molho – O
tempo para deixar a carne de molho varia de acordo com o seu tamanho. Por
exemplo, um lombo de 2,3 cm a 5 cm de altura pode levar até 48 a 72 horas para
perder todo o sal. Os pedaços mais grossos dessalgam em até 24h; já os mais
finos, em 12h.
É
errado usar leite. Mito ou verdade? – Não é errado, mas usar o leite pode não dar
à carne o tempo necessário para hidratação e, assim, comprometer a textura do
bacalhau.
Aferventação
do bacalhau – É
comum que as pessoas aferventem o bacalhau antes de preparar a receita e isso
não é recomendado. Se a carne será cozida ou assada não é necessário
aferventar. A não ser que deseje separar a peça em lascas.
Melhor preparo – Você pode escolher
a melhor forma de preparo, de acordo com suas preferências. Porém, ao assar, o
calor se distribui de maneira mais uniforme no peixe e o deixa mais saboroso.
Mais
sal? – Em casos de pedaços menores, não é necessário
acrescentar mais sal. Já com pedaços maiores, que ficam um tempo maior no molho
para dessalgar, o sabor acaba sendo um pouco perdido. Então, recomenda-se que
coloque apenas uma pequena quantidade de sal.