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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Muito velho para aprender um novo idioma?



Constantemente, me deparo com adultos que têm interesse em aprender um novo idioma, mas se questionam se já estão “velhos” para isso. É fato que não existe um período certo para começar aprender algo novo e, dependendo da dedicação, os resultados de assimilação na idade adulta podem ser surpreendentes.

Crianças têm maior facilidade com uma nova língua.  Isso faz parte do processo natural de desenvolvimento delas. Neurologicamente falando, a mente dos “pequenos” está aberta para novos estímulos. E quanto mais cedo melhor, porém, a maturidade dos adultos é uma vantagem a ser considerada.

Quando uma pessoa adulta decide estudar um novo idioma, ela já tem em mente os objetivos traçados além de interesse, o que passa a ser uma motivação a mais. Contudo, esse processo pode ser mais trabalhoso, pois, diariamente, demandas profissionais, familiares, serviços da casa, entre outros , dificultam a dedicação necessária ao estudo e prática. No entanto, a tendência é de que o comprometimento e a responsabilidade sejam um ponto a favor do ensino na fase adulta, já que disciplina é essencial.

Não existe mágica para aprender uma nova língua. Independente da idade, a orientação é sempre a mesma: praticar, praticar e praticar.  O segredo é a forma como essa rotina pode ser adaptada.

Quando adultos, nem sempre é possível dispor de muito tempo para estudar e realizar atividades que ajudam na absorção do idioma, como acompanhar séries ou filmes em inglês. Uma dica é adaptar o dia a dia de maneira que o idioma possa ser inserido em configurações de e-mails e celulares, por exemplo. Ouvir notícias de outros países ao caminho do trabalho é uma opção para aproveitar o percurso, ainda mais com o fácil acesso à internet. Rápidas leituras de textos no idioma de preferência também ajudam bastante. O mais importante: praticar, nem que seja com o espelho, porque “Practice makes perfect!”.

Minha mãe, hoje com 77 anos, iniciou seus estudos aos 62 tendo aulas num grupo de terceira idade no interior de São Paulo. Hoje, lê livros de páginas e mais páginas em inglês. Um orgulho.

A idade não pode, de maneira alguma, ser um impeditivo para o aprendizado, pelo contrário. É preciso saber usar a sabedoria adquirida ao longo da vida para desenvolver novas habilidades.  





Marianthi Boutsiavaras - diretora do Centro de Idiomas Language Factory




Às vezes falta tempo, às vezes sobra preguiça – a arte da procrastinação



Começo amanhã!
...
Todos nós temos, em nosso dia a dia, coisas que amamos fazer e outras que simplesmente insistimos em adiar, adiar e adiar. Seja por falta de tempo, excesso de preguiça ou distrações no ambiente de trabalho, os motivos para protelar tarefas e tomar decisões que levam à procrastinação compartilham raízes comuns.

Escrevendo esse artigo, descobri que aquele famoso “deixa pra depois” diz muito sobre a psicologia humana. Abaixo destaco cinco pontos que podem nos ajudar a compreender e – principalmente! - evitar a arte da procrastinação:


Medo

Este item abrange muitas subcategorias: medo do sucesso, da falha e da incompetência.

O medo de falhar pode ser o mais comum. Provavelmente todos nós já enfrentamos algo que parece estar além de nossas capacidades: preparar um evento, escrever um trabalho de pesquisa, passar em uma prova.

Tamanho é o medo que a tarefa em si ganha mais importância e aumenta a necessidade de álibis: "Não tenho tanto conhecimento sobre esse assunto!", "Por que eu concordei em fazer isso?!", "Eu vou falhar com certeza!".
Sem a confiança suficiente em nossas habilidades, construímos cenários sobre o que aconteceria se inevitavelmente falhássemos: ser demitido, expulso da escola, perder status.

De mãos dadas com a falha está (ironicamente) o medo do sucesso. Se concluirmos uma tarefa de maneira bem-sucedida, espera-se que consigamos atingir aquele mesmo nível de sucesso (e outros ainda maiores no futuro).

Com isso, misturado a um sentimento de insegurança, temos a sensação de estarmos em uma posição para a qual não nos sentimos qualificados, o que nos leva a questionar a nossa capacidade.

Quando o medo te deixa estagnado, pense nos desafios que você já venceu. Lembre-se de projetos trabalhados que pareciam enormes e do seu sucesso ao finalizá-los. Relembre as metas que você achou que não iria conseguir alcançar e ainda assim conseguiu. Você pode ser sua própria inspiração para vencer.

Outra dica? Veja estes medos sob outra perspectiva. Converse com colegas, amigos e parentes próximos. Peça ajuda e feedback. Receber a confirmação que estamos no caminho certo ou enxergar onde podemos ter errado, enquanto o processo está caminhando, é reconfortante.


Perfeccionismo

Qualquer pessoa tem um ideal platônico do que se propõe a fazer. Porém, muitas vezes a desconexão do produto final com a versão absolutamente perfeita que havíamos imaginado, pode nos impedir de iniciar uma tarefa.

Por isso, a procrastinação pode ser confortável — enquanto a ideia está na sua cabeça, ela permanecerá perfeita e imune a críticas.

Em casos assim, é nosso dever reconhecer que, apesar da possibilidade da falha, não devemos ceder à tentação de pensar que não temos que dar nosso melhor. Ao final, e se nos dermos um pouco de liberdade, passamos a aceitar que nossas criações são interessantes e possuem mérito.



Falta de Motivação

Para encontrar a real motivação, descubra porque você está fazendo uma tarefa e qual o significado que ela tem para sua vida. As coisas simples como pagar as contas ou preparar o jantar podem ser onerosas, mas quando você percebe que é menos desejável receber ligações de cobrança ou passar fome, a motivação aparece como se fosse mágica.

Enxergue as razões pelas quais você está comprometido a cumprir uma meta. Conecte-se aos motivos pelos quais aquela tarefa tornou-se importante e isso poderá te motivar. Se você não conseguir encontrar um motivo forte o bastante para retomar a sua ação, então reconsidere se ela é realmente importante.

Dificuldade em Iniciar

Não é fácil inventar desculpas? “Agora já não dá mais tempo”, ”só falta fazer uma coisinha”, ou "tenho muito tempo ainda".

Estas sabotagens, especialmente a última, são fatais. Podem haver fatores externos que nos impeçam de iniciar projetos — ter que esperar por uma resposta, a incapacidade de conseguir informações, a falta de proximidade física, ou uma data de início oficial. No entanto, na maioria das vezes, estas restrições são racionalizações autoimpostas. Prazos e metas a cumprir ainda estão sobre você, não importa o quanto você tente negar.

Mesmo que você esteja aguardando por algo que está verdadeiramente fora do seu controle, busque por funções você possa resolver ao longo do processo. Trabalhar em algo - diferente daquilo que você havia sido inicialmente designado a fazer - o permite ter insights que poderão apontar na direção de algo novo que você ainda não tenha considerado.

Não tenha medo de começar por partes. Projetos grandes são melhor executados quando cumpridos aos poucos, em partes componentes, ao invés de tentar completá-lo de uma só vez, transformando-se em um objetivo cada vez maior.

Em um nível prático, começar de fato significa que você pode terminar mais cedo e evitar que aquilo fique pesando na sua cabeça. Focar exclusivamente naquilo que deveria estar fazendo, pode no começo ser trabalhoso. Mas a recompensa do resultado valerá muito a pena.

E o mais importante: se você recebeu uma tarefa, geralmente é porque você é a pessoa mais qualificada para realizá-la. Entenda que por simples mudanças de hábito você poderá alterar de maneira intencional o destino da sua vida.

Se existe um motivo forte o suficiente para te fazer repensar a procrastinação, é o seguinte: o tempo que você perdeu - simplesmente - não volta.





Joshua Zerkel - Diretor de Global Customer Education e Community na Evernote




Agulhas do bem



Para muitas pessoas, a acupuntura, tratamento feito com agulhas inseridas no corpo do paciente, pode parecer apavorante. Mas a técnica de origem chinesa é praticada há cinco mil anos e no Brasil foi considerada uma especialidade médica pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela AMB (Associação Médica Brasileira) em 1995.

Chamada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) de terapia integrativa, a acupuntura age melhorando a circulação sanguínea e liberando substâncias químicas produzidas pelo cérebro com efeito analgésico e anti-inflamatório. Dessa forma, a técnica age diminuindo e regulando o controle da dor.

“A acupuntura também tem efeito relaxante muscular, sedativo/hipnótico, antidepressivo e é capaz de aumentar a imunidade do corpo, entre outros benefícios”, explica Hong Jin Pai, médico acupunturista, coordenador do Grupo de Acupuntura do Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e do Comitê de Acupuntura em Dor da Sociedade Brasileira para Estudos da Dor (SBED).

São várias as enfermidades que podem ser tratadas com a acupuntura,
principalmente as dores relacionadas ao sistema músculo-esquelético. Mas a técnica também traz bons resultados nas dores nas costas, em hérnia de disco, osteoartrose, tendinites e fibromialgia.

Sem contraindicação, a acupuntura pode ser feita em pacientes de todas as idades, inclusive em crianças, sem que sejam relatados efeitos colaterais, e em pacientes imunodeprimidos, que muitas vezes têm problemas com a medicação.

“Pessoas com hipersensibilidade aos remédios, com efeitos colaterais graves,
como alterações do rim e estômago, além de náuseas e vômitos, devem ser
tratadas com acupuntura, pois o tratamento ajuda o paciente a diminuir a quantidade
de medicamentos diários, o que reduz a ocorrência e a gravidade desses efeitos indesejados”, afirma o doutor Pai.

Em casos de dores leves a moderadas, principalmente as musculares, a acupuntura pode ser um tratamento isolado eficaz, muitas vezes sem necessidade de remédios de uso contínuo. Em casos de dores crônicas, com a técnica chinesa os analgésicos passam a atuar melhor. “Provavelmente porque há redução da intensidade da dor e do processo inflamatório. Quando não há melhora da dor crônica após cinco sessões de acupuntura ou redução de pelo menos 50% da sua intensidade, deve-se otimizar o tratamento da dor crônica com outros tipos de medicamentos, que irão atuar no cérebro para modular a dor, como antidepressivos”, explica o especialista.

E para quem tem pavor de picadas no corpo, a boa notícia é que a grande maioria dos pontos de acupuntura é indolor, já que a ponta não é cortante e pode ser até dez vezes mais fina que uma agulha de injeção. “Em alguns casos, como os pontos estão localizados próximos a terminações nervosas, pode haver um leve desconforto momentâneo”, adverte o médico.

“Um estudo inglês acompanhou mais de 34 mil atendimentos de acupuntura
em um mês, e não houve relatos de efeitos adversos graves. Segundo o estudo, ocorreram pequenos hematomas e pequena dor local após a sessão em menos de 2% dos pacientes, o que faz com que a acupuntura seja uma terapia mais segura que os medicamentos”, ressalta o doutor Pai.





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