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sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Especialista traz um guia rápido sobre cada tipo de bem que pode ser partilhado



Informação sobre herança deve fazer parte das conversas de família

Embora indigesto para muitas pessoas, o assunto herança deve ser discutido nas reuniões familiares. Na linguagem jurídica, a herança é tratada como ‘processo de sucessão’, ou seja, é o conjunto de procedimentos legais que culminam com a partilha dos bens deixados por uma pessoa falecida.

“Como advogada que há anos tem acompanhado esses processos, posso afirmar que muitas vezes os desentendimentos entre os herdeiros devem-se não à má-fé, mas à falta de informação”, diz a Dra. Ivone Zeger, advogada especialista em Direito de Família e Sucessão (herança).

Para trazer à luz um pouco do vocabulário que permeia um processo de sucessão, a Dra. Ivone esclarece os diferentes tipos de bens que podem constar no processo de sucessão.


Bens – posses materiais de uma pessoa; as diferentes coisas que ela possui, bens móveis e imóveis.

Bens móveis – veículos, obras de arte, mobiliário e eletrodomésticos, animais de estimação, cabeças de gado, peças ornamentais, coleções de objetos, joias, ações e investimentos, notas promissórias, dinheiro em espécie; árvores e frutos adquiridos (por exemplo, uma plantação de eucaliptos cortados ou uma colheita de batata adquirida antecipadamente) etc.

Bens imóveis – casa, apartamento, terreno, plantações e árvores; solo, subsolo e tudo que a eles for incorporado.

Bens aquestos – bens adquiridos na vigência do casamento.

Bens colacionáveis – bens doados em vida pelo autor da herança. Esses bens deverão ser posteriormente incluídos no inventário, o que recebe o nome de colação.

Bens comuns – os que pertencem aos dois cônjuges, em virtude do regime de casamento. É bom lembrar que, dependendo do regime, mesmo os bens que estiverem no nome de apenas um dos cônjuges poderão pertencer aos dois.

Bens incomunicáveis – aqueles que pertencem a um dos cônjuges e são excluídos do regime de comunhão (por exemplo, bens que os cônjuges possuíam antes de se casarem, se o regime for o de comunhão parcial ou de separação total de bens). 

Bens vinculados – os que, por lei ou por disposição de alguém, são inalienáveis, impenhoráveis e incomunicáveis – ou seja, não podem ser vendidos, penhorados ou partilhados.

Patrimônio – o conjunto de todos os bens possuídos por uma pessoa, por uma família, por uma empresa, etc.

Informação e diálogo sobre o assunto podem preservar os laços e a saúde familiar.




Dra. Ivone Zeger - Advogada, formada na Universidade Mackenzie/SP, pós-graduada em Direito Constitucional na Universidade São Francisco/SP e em Administração de Empresas na Fundação Getúlio Vargas/SP. Foi juíza do TIT (Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo). É membro efetivo da Comissão de Direito de Família da OAB, da Comissão de Direito de Família e Sucessões do IASP (Instituto dos Advogados de São Paulo) e membro do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família). Especialista em Direito de Família e Sucessão (herança), há mais de 25 anos lida com questões relacionadas a essas áreas tendo publicado três importantes livros: “Família - Perguntas e Respostas”, “Herança - Perguntas e Respostas” e “Direito LGBTI - Perguntas e Respostas”, todos da Mescla Editorial.
www.facebook.com/IvoneZegerAdvogada





Inovação: o caminho da humanidade



Ao longo de toda a história, as civilizações sempre manifestaram a sua atividade criativa por meio de formas culturais. Os melhores exemplos são a arte, a linguagem, a literatura e a ciência - meios pelos quais o ser humano exprime a sua capacidade de se renovar e inovar, se adaptando às necessidades e em busca de novas respostas para novos problemas.

A procura do ser humano pela inovação é, e sempre foi, um ponto fundamental para o desenvolvimento criativo. Com o compromisso de caminhar em direção ao futuro, ele supera, completa e aprofunda os conhecimentos e as informações obsoletas, não mais suficientes para fazer frente às emergentes necessidades.

Em um equilíbrio entre a tradição (que representa sistemas de referência, conhecimentos e a história) e um olhar para frente, no diálogo entre passado e presente, antigo e atual, a reflexão sobre inovação toca e envolve a todos. A palavra inovação, etimologicamente, deriva do latim innovatio e novus e significa a mudança da ordem pré-estabelecida das coisas, a fim de criar outras novas.

Em 1911, em sua Teoria do Desenvolvimento Econômico, o economista Joseph Schumpeter descreveu o conceito de inovação e a introduziu como um ato criativo que insere o “novo” em algo que pode ser “útil” no mercado. Foi ele que marcou a passagem da invenção para a inovação. Se no passado esse conceito se limitava a produtos e serviços, atualmente abrange também os aspectos organizacionais e de comercialização, além de aspectos culturais e psicológicos ligados ao tema.

A inovação ocorre quando algo novo é introduzido em um sistema já existente e esses dois elementos são combinados, em busca de uma mudança para obter um novo sistema – um sistema é algo que pode ser constituído por vários elementos unidos, que interagem entre eles, com determinados padrões e regras para conseguir um fim.

As empresas são sistemas de múltiplos elementos, que cooperam para atingir um objetivo. Hoje em dia, devido à crescente competitividade, a inovação para as empresas não é mais uma fase limitada no tempo, mas um suporte contínuo na vida dessas organizações. Não como um processo casual ou de sorte, mas como resultado de atividades específicas que exigem esforços e comprometimento.

Em síntese, podemos focar o processo de inovação em três fases:

Primeira fase: a análise atenta do sistema a ser inovado. A observação, por si só, não produz resultados operativos. Ela deve necessariamente seguir uma estratégia de ação;

Segunda fase: a elaboração da estratégia a ser utilizada. Isso permite que todos os colaboradores sejam informados e compreendam os objetivos da estratégia. Assim, eles se sentem protagonistas da concepção dos resultados desejados;

Terceira fase: operacionalização da estratégia, plano operativo de ação. Nesta fase, entre a elaboração e a operacionalização, é necessaria muita atenção para identificar e determinar com precisão os instrumentos, os meios e as competências necessárias para concretizá-las.

A palavra inovação nos faz pensar em progresso, modernidade, crescimento, tecnologia, porém o conceito se transpõe para todos os contextos da nossa vida - e não só ao tecnológico-empresarial. A inovação se baseia na consciência de que tudo está em contínua transformação e de que nós precisamos interagir com as mudanças e as novas exigências, sem sermos passivos, mas de forma a conduzir as novidades e a utilização dos conhecimentos para o nosso aperfeiçoamento e evolução. Sem dúvida, o caminho da humanidade está orientado, em constante referimento e de mãos dadas com a inovação.





Eduardo Shinyashiki - mestre em neuropsicologia, liderança educadora e especialista em desenvolvimento das competências de liderança organizacional e pessoal. Com mais de 30 anos de experiência no Brasil e na Europa, é referência em ampliar o poder pessoal e a autoliderança das pessoas, por meio de palestras, coaching, treinamentos e livros, para que elas obtenham atuações brilhantes em suas vidas. Mais informações: www.edushin.com.br




 

Claustrofobia ou Medo de Voar?



Medo de voar atinge 30% da população mundial e 40% dos brasileiros, segundo pesquisa do IBOPE


Embora as estatísticas comprovem que o avião é o meio de transporte mais seguro que existe, cerca de 30% da população mundial tem medo de voar, a chamada aerofobia. Mas, a condição é muito mais complexa do que se imagina e pode envolver outros medos.

Segundo Fernanda Queiroz, psicóloga, neuropsicóloga e cofundadora da primeira empresa brasileira especializada no estudo e tratamento da fobia de voo, a VOE Psicologia, a fobia de voar quase sempre vem acompanhada de outros medos. “Em alguns casos, o medo não é do avião cair e sim de ficar preso em um lugar fechado e de perder o controle da situação, ou seja, a pessoa tem claustrofobia e não fobia de voar. Mas, as duas condições podem ocorrer ao mesmo tempo”, explica.


Aerofobia x Claustrofobia
Ambas as condições são consideradas fobias específicas de acordo com o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e são classificadas como Transtornos de Ansiedade.

“Todo mundo sente medo, afinal ele serve justamente para nos proteger de situações que o cérebro interpreta como perigosas. Entretanto, em algumas pessoas o medo vem acompanhado de uma ansiedade fora do normal, ou seja, patológica. Quando isso acontece chamamos de reação fóbica e quando esta é direcionada para uma única situação ou objeto se caracteriza a fobia específica”, explica Paola Casalecchi, psicóloga, neuropsicóloga e cofundadora VOE Psicologia.
 

Sintomas são os mesmos
A aerofobia e a claustrofobia, assim como outras fobias, causam os mesmos sintomas, como aperto no peito, falta de ar, tontura, enjoo, palpitação, sudorese excessiva, boca seca. A diferença é o tipo de situação que leva ao desencadeamento destes sintomas. “Quem tem medo de lugares fechados vai senti-los dentro de um elevador, de um avião ou até de um carro. Mas, quem tem medo de avião, sem estar associado a claustrofobia, não terá problemas em pegar um elevador ou viajar de carro”, explicam as especialistas.

Evitar a todo custo
Uma das principais características das fobias é o comportamento de evitação ou esquiva. “A pessoa faz de tudo para não se expor à situação. O medo é persistente e a simples suposição de se deparar com uma viagem de avião, por exemplo, já é suficiente para despertar os sintomas”, diz Fernanda.

O diagnóstico é feito quando o medo, a evitação e a preocupação excessiva com o agente estressor interferem de forma significativa na vida social, profissional e até pessoal, levando a prejuizos e à perda da qualidade de vida, por um período igual ou maior que seis meses.


Vencendo o medo
Tanto faz se o medo de voar está associado à claustrofobia ou a outras fobias específicas. A verdade é que a pessoa pode perder muitas oportunidades de trabalho ou mesmo de lazer quando tem medo de voar.

Atualmente, há tratamento e a boa notícia é que ele é breve. “O tratamento é feito em 10 sessões individuais. Se for em grupo, é possível fazer em um curso intensivo de três dias. Nossa metodologia envolve Psicoeducação, Terapia Cognitivo Comportamental, ensino de técnicas para controle da ansiedade, dessensibilização sistemática e simulação de voo, que é feita no Campo de Marte, em São Paulo. Para quem deseja oferecemos ainda o voo terapêutico. Em geral, mais de 90% dos pacientes conseguem vencer o medo de voar”, comentam as especialistas.









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