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sábado, 24 de junho de 2017

Inverno, a estação da rinite



 Mudanças bruscas de temperatura e baixa umidade do ar são características do inverno que chegou. Nesta época do ano é comum ambientes fechados, pouco arejados e com grande volume de pessoas, o que contribui para proliferação de doenças respiratórias como a rinite.

Dra. Maura Neves otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus em São Paulo explica que a rinite é uma inflamação da mucosa nasal que pode ser alérgica ou não alérgica ( irritativo, gestacional, senil) e pode ser intermitente ( sintomas por menos de 4 dias na semana) ou perene ( sintomas em mais de 4 dias da semana por mais de 1 mês). A rinite se manifesta por  coriza,  congestão com obstrução ou semi-obstrução nasal, prurido (coceira),  espirros, ardor ou irritação nasal. 

A Rinite alérgica atinge de 15 a 30% da população. É geralmente causada por alergenos inalatórios como, ácaros da poeira doméstica, mofo, pólen e pelos de animais domésticos. E agentes irritantes como, a fumaça de cigarro, poluição ambiental e odores fortes ( perfumes, produtos de limpeza, etc).

            A rinite alérgica aumenta a frequência de infecções respiratórias bacterianas (otite, sinusite, faringites)  e viroses respiratórias ( como gripes e resfriados). Isso ocorre pois a inflamação nasal causada pela rinite diminui a eficácia das defesas nasais.
           
Dra. Maura Neves elenca os principais sinais e sintomas:

•    Coriza e secreção nasal intensa;
•    Obstrução e congestão nasal;
•    Espirros frequentes;
•    Piora noturna da dificuldade para respirar;
•    Dor de cabeça;
•    Perda do olfato;
•    Voz anasalada;
•    Irritação nos olhos.

O tratamento pode ser medicamentoso mas segundo a médica é importante seguir algumas orientações:

·         Controle ambiental e dos ácaros;

·         Manter o ambiente ventilado e realizar limpeza frequente com pano úmido;

·         Encapar colchões e usar revestimento impermeáveis (corino, courvim, napa etc.) em estofados e almofadas, evitar tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de jornais e revistas, madeiras e outros itens que retém poeira e mofo;

·         Trocar e lavar a roupa de cama com água quente pelo menos a cada duas semanas;

·         O travesseiro deve ser colocado no sol várias vezes por semana e trocado por um novo com frequência. Deve ser realizada a aspiração do pó de colchão, cortinas, tapetes e estofados semanalmente;

·         Manter animais fora de casa ou, pelo menos, fora do quarto de dormir. Lavar as mãos após contatos com animais. Cães e gatos devem tomar banho semanal;

·         As janelas devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a ácaros e mofo e devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos casos relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.

Entre as medidas de suporte para os sintomas, estão:

- Aplicar solução fisiológica no nariz em forma de aerossol ou spray, ou com o auxílio de uma seringa, ajuda a aliviar os sintomas e a congestão nasal através da hidratação e fluidificação das vias aéreas;

- Para amenizar os desconfortos respiratórios, uma opção são os umidificadores de ar, especialmente em dias com umidade relativa do ar mais baixa. Mas, é preciso ficar atento para não deixá-lo ligado por períodos longos, uma vez que o excesso de umidade pode colaborar com a proliferação de fungos e bactérias. “O ideal é manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa e uma porta ou janela aberta para escape e por períodos curtos.” Completa Dra. Maura Neves.

-Outra medida mais econômica e efetiva é colocar uma toalha de rosto úmida no quarto de dormir, perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a superfície e evaporação são pequenas;

- Não esquecer da recomendação universal que é a hidratação, ou seja, ingerir bastante água.





Dra. Maura Neves otorrinolaringologista da Clinica MedPrimus
Clínica MEDPRIMUS




Estomatite aftosa recorrente: doença incomoda principalmente jovens entre 10 e 19 anos



Estomatite aftosa recorrente é o nome de uma doença comum, que acomete a cavidade oral, e atinge principalmente jovens entre 10 e 19 anos – embora possa surgir em qualquer fase da vida de um indivíduo, inclusive em bebês. Trata-se de uma condição muito dolorosa, já que há presença de múltiplas aftas na mucosa interna da boca – o que impede o paciente de se alimentar adequadamente e, em alguns casos, costuma favorecer episódios de febre. O período mais crítico costuma durar entre sete e dez dias.

Apesar de ser muito comum, as causas da estomatite ainda são incertas. Por isso, o tratamento visa ao alívio do paciente no que se refere à dor, bem como tentar aumentar os períodos livres da doença e acelerar o processo de cura das aftas. De acordo com Luiz Alexandre Thomaz, professor de pós-graduação em Estomatologia e Patologia Bucal da FAOA – Faculdade de Odontologia da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), a estomatite pode resultar de fatores genéticos, bem como da deficiência de ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Também pode ser causada por estresse, traumas, doença celíaca e uso de determinados medicamentos.

“As aftas, ou úlceras, se formam geralmente na mucosa da face interior dos lábios e da bochecha, bem como na língua, na parte posterior do céu da boca e inclusive no começo da garganta. São pequenas, rasas, arredondadas, e têm coloração amarelo-acinzentada com bordas vermelhas. Num quadro de estomatite aftosa, é comum que se formem grupos de três ou quatro úlceras por local. Apesar de desaparecerem entre dez dias e duas semanas, o paciente precisa contar com um cirurgião-dentista para que, depois do diagnóstico, possa ter algum alívio ao incômodo intenso. Além de analgésicos e antitérmicos, o especialista poderá prescrever corticosteroides tópicos, medicamentos para fortalecer o sistema imunológico, além de enxaguantes bucais que ofereçam algum alívio à dor. Há pacientes que podem se beneficiar inclusive da suplementação com vitaminas B1, B2, B6 e B12, além de ácido fólico ou ferro”, diz Thomaz.

O especialista afirma que, como a produção de saliva protege a mucosa oral, a síndrome de boca seca (xerostomia) é outro fator que predispõe à estomatite. Sendo assim, pessoas com mais de 60 anos – que geralmente produzem metade da saliva de um jovem – têm de estar atentas para o surgimento de aftas recorrentes. Em determinados casos, seu médico poderá promover a substituição de um medicamento por outro, que não predisponha o paciente às inflamações e ulcerações bucais. Pessoas que fizeram quimioterapia, bem como portadores do vírus HIV (Aids), também têm risco aumentado para estomatite. “É sempre muito importante que pacientes que sofrem de estomatite aftosa recorrente sejam acompanhados por uma equipe multidisciplinar, já que essa condição é influenciada por vários fatores, às vezes associados a outras doenças. De todo modo, em mais de 40% dos casos, fatores genéticos estão envolvidos”.





Fonte: Prof. Dr. Luiz Alexandre Thomaz - professor de pós-graduação em Estomatologia e Patologia Bucal da FAOA – Faculdade de Odontologia da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas) – www.faoa.edu.br




Diabetes afeta mais mulheres do que homens



Diagnóstico faz toda a diferença para garantir a qualidade de vida e controlar a doença

O Brasil ocupa a quarta posição na lista dos países com maior número de diabéticos, o dado é da International Diabetes Federation (IDF). Já segundo o Ministério da Saúde, o problema atinge 8,9% da população brasileira e em 10 anos o número de casos aumentou cerca de 62%. O País conta com mais de 16 milhões de pessoas com diabetes, sendo que 8 milhões de indivíduos ainda não sabem que são portadores do problema. Por isso, para conscientizar, alertar e informar a população sobre a doença, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi criado o Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho.

A médica Hevelyn Garcia, endocrinologista do Centro VITA de Tratamento da Obesidade e Diabetes, conta que a doença acomete mais mulheres do que homens. Dados do Ministério da Saúde apontam que enquanto 7,8% dos homens foram diagnosticados com o problema, para as mulheres o índice foi de 9,9%. “A falta de controle da doença pode levar a complicações como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), de visão, no sistema nervoso, renal, pé diabético, entre outras. Além disso, pode causar impotência sexual masculina”, alerta. 

A endocrinologista explica que existem diferentes tipos da doença, os frequentes são o diabetes tipo 1, que se caracteriza pela falência das células beta no pâncreas e é mais comum em pessoas com idade inferior a 35 anos; e o tipo 2, que é o mais comum, é responsável por 9 em cada 10 casos e ocorre por resistência à ação da insulina, tendo a obesidade como um dos principais responsáveis.

O diabetes tipo 1 pode apresentar sintomas como excesso de sede, cansaço, fome exagerada, perda de peso repentina e acelerada, vontade de urinar com frequência, visão embaçada, problemas na cicatrização e, em alguns casos, dores estomacais e vômitos. Já o tipo 2, na maioria dos casos não apresenta sinais, exceto quando a glicemia está muito elevada, neste caso pode-se apresentar os mesmos sintomas do tipo 1.

Segundo Hevelyn, o que diferencia o diabetes tipo 1 do tipo 2, é que no tipo 1 o pâncreas deixa de produzir o hormônio num curto período de tempo, fazendo com que o aumento do açúcar no sangue se desenvolva de forma abrupta e agressiva. Quando a doença não é diagnosticada e tratada de forma adequada, o organismo produz as cetonas - substâncias derivadas do uso da gordura como fonte de energia, já que o açúcar não pode ser utilizado devido à falta de insulina. “Quando não existe qualquer produção do hormônio, a única forma de tratar o diabetes tipo 1 é injetar insulina”, explica a médica.


Prevenção e tratamento

O tratamento pode ser realizado por meio de remédios de uso oral e injetável (insulina). Há vários tipos de insulina no mercado, algumas de ação rápida, outras de ação lenta, e a combinação delas é necessária em alguns casos. Associado ao uso das medicações é preciso fazer uma dieta com carboidratos complexos (farinha integral e sem açúcar), perder peso quando for o caso e realizar atividades físicas, tanto aeróbicas quanto anaeróbicas.

Embora não exista cura para o diabetes, a doença pode ser monitorada e tratada de forma individualizada, levando em conta fatores como o tipo de diabetes, a idade do paciente e a presença de doenças associadas. “Quando o controle das glicemias é associado ao tratamento da pressão arterial, dos níveis de colesterol e à parada do tabagismo, a pessoa obtém melhora da qualidade de vida, redução do risco de complicações e maior expectativa de vida”, destaca Hevelyn. 

A médica explica também que, uma vez estabelecido o diagnóstico de diabetes por meio de exames laboratoriais, é importante iniciar um tratamento efetivo garantindo um controle adequado das glicemias desde o início da doença, evitando complicações crônicas. “Recomenda-se o acompanhamento médico com o endocrinologista a cada três meses para avaliação dos sintomas e dos exames laboratoriais. Além disso, controlar as glicemias é essencial para evitar os sintomas da doença. Já o uso da insulina se faz necessário em torno de 60% dos diabéticos em algum momento da evolução da doença”, conclui. 



Hospital VITA



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