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sábado, 24 de junho de 2017

CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA DOENÇA ALZHEIMER



No Brasil, cerca de 1,2 milhão vivem com a doença.

Segundo o Fundo da População das Nações Unidas – UNFPA, a população acima dos 60 anos vem aumentando em relação a novos nascimentos. Por conta desse contexto demográfico se faz necessária a avaliação neuropsicológica. A neuropsicologia trata com atenção as necessidades cognitivas, emocionais e sociais que surgem com a idade.

A Neuropsicóloga, Pós Graduanda em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Marcella Bianca, dedica-se ao processo de envelhecimento humano. “A avaliação neuropsicológica é um processo que avalia as funções cognitivas, funcionais e emocionais dos idosos, com o objetivo de detalhar o processo degenerativo. A utilização da avaliação neuropsicológica tem se mostrado eficiente na hipótese de diagnóstico.” relata Marcella Bianca.

Os idosos são propícios a desenvolverem doenças neurológicas, pois as conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes. Alguns sintomas analisados são a perda de memória e confusão em ações do dia a dia. A avaliação neuropsicológica é imprecídivel para auxílio no tratamento, como a melhora de funções, a mudança de hábitos, alterações de omportamentos para que ajudem a retardar o estado critíco das doenças neurológicas e propicie maior autonomia e funcionalidade.

Idosos com a doença de Alzheimer que contam com acompanhamento das reabilitação neuropsicológica possuem grandes relatos de melhorias do modo interdisciplinar, trazendo um conjunto de mudanças ao indivíduo, que são neuropsicológicas, morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas/psiquiátricas, sociais e culturais.





Marcella Bianca – Neuropscóloga. Graduada em psicologia pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, é Especialista em Neuropsicologia pelo centro de estudos do instituto neurológico de São Paulo - INESP e Mestranda em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. Atende em conceituado consultório em região nobre de São Paulo.





sexta-feira, 23 de junho de 2017

SBCP alerta: Frio aumenta atuação de falsos cirurgiões plásticos



 Temperaturas mais baixas chegam a aumentar em até 50% o número de cirurgias plásticas. Escolha do profissional é fundamental para garantir a segurança do paciente


Temperaturas mais amenas do inverno faz com que mais pessoas busquem por procedimentos estéticos como a cirurgia plástica. A exposição menor ao sol é mais favorável para a recuperação pós-cirúrgica. Mas, tão importante quanto escolher a estação do ano para fazer a cirurgia, é escolher o profissional certo: no caso da cirurgia plástica, é o cirurgião plástico, profissional com formação específica: seis anos de medicina, dois anos de especialização em cirurgia geral seguidos de mais três anos de especialização em cirurgia plástica.

Para cada cirurgião plástico especializado, existem dois que não são especialistas, mas realizam procedimentos de cirurgia plástica geralmente fora dos hospitais, o que pode trazer graves consequências para os pacientes, desde sequelas irreversíveis ou até mesmo levar à morte.

“No último ano nós tivemos diversos óbitos no Brasil, principalmente em procedimentos de lipoaspiração, realizados por médicos não especialistas. Em Goiânia, médico do trabalho; Campinas ginecologista; Rio de Janeiro, três óbitos: um cirurgião vascular e dois médicos sem nenhuma especialização”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Luciano Chaves.

Existem pelo menos 12 mil médicos não habilitados realizando procedimentos de cirurgia plástica no país, segundo estimativa da SBCP. Além de ser formado em medicina, o cirurgião plástico precisa cursar dois anos de cirurgia geral e três anos de especialização em cirurgia plástica. Por isso, somente um médico especializado está habilitado para realizar qualquer procedimento cirúrgico com a segurança necessária ao paciente. “O objetivo maior da Sociedade é levar para a população informação, esclarecimento”, conclui o presidente.

Em 2016 foram realizadas quase 1,5 milhão de cirurgias plásticas no país. Deste total, em torno de 900 mil procedimentos foram estéticos. Por isso, Luciano alerta àqueles que querem realizar alguma cirurgia plástica, sobre a necessidade de se informar antes e buscar um profissional especializado para atender.


Aplicativo permite pesquisar especialistas

A SBCP lançou recentemente um aplicativo para smartphones que contém informações sobre procedimentos reparadores e estéticos, além de dados do profissional associado, como endereço e telefone para contato.

O aplicativo é mais uma iniciativa da SBCP para levar informação ao público e reduzir o risco de erros médicos cometidos por profissionais sem especialidade na área.  A entidade já disponibiliza em seu site e nas sedes regionais informações ao público, como a lista de associados no país.

“Com essa facilidade ao alcance da mão, o paciente terá mais uma forma de acesso aos dados de todos os médicos cadastrados na SBCP para checar quem está apto para fazer a cirurgia plástica que ele tanto sonha, e, com isso, reduzir os riscos de complicações e maus resultados”, afirma Luciano Chaves.

O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas de aplicativos App Store (dispositivos iOS) e Google Play (Android), também oferece uma seção com notícias relacionadas a cirurgias plásticas e um canal de acesso reservado aos associados da SBCP.

No site da Sociedade, também é possível descobrir se um médico é membro titulado da SBCP ou não. O endereço é http://www.cirurgiaplastica.org.br/



EDUCAÇÃO E HÁBITOS FAMILIARES PREVINEM A DEPENDÊNCIA QUÍMICA



26 de junho é o Dia Internacional de Combate às Drogas. Especialistas explicam a importância de iniciar a prevenção dentro de casa


Nesta segunda feira (26), o mundo celebra o Dia Internacional de Combate às Drogas. Saber de antemão se alguém tem predisposição para se tornar dependente ainda não é possível, apesar de haver indicativos de uma certa hereditariedade. Mas há formas de prevenção que podem ser adotadas no âmbito familiar e que amenizam, desde cedo, os riscos do primeiro contato com as drogas. Para quem já apresenta o problema, psicoterapia, uso de medicamentos e imersão numa clínica especializada são opções disponíveis. Mas como forma de prevenção, educação ainda é o melhor remédio.

A psiquiatra Analice Gigliotti, chefe do setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro e diretora da Espaço Clif, afirma: uma pessoa só pode ser levada à dependência química quando há recompensas instantâneas. Dessa forma, o cultivo de hábitos saudáveis, que levem a prazeres obtidos mais a médio e longo prazos – e não de forma imediata - funciona como uma espécie de proteção. 

O que acontece, de acordo com a especialista, é que a modernidade e a pós-modernidade fizeram o homem criar substâncias e processos que oferecem prazer cada vez mais instantâneo em diversos aspectos da vida, e que vão além das drogas. Alimentos processados com maior teor de gordura e açúcares, lojas com trilha sonora alta e em ritmo acelerado que incentivam o consumismo, anúncios publicitários cada vez mais elaborados que tornam mais tentadores os processos de compra também aceleram a sensação de recompensa.

“Temos, no cérebro, a região subcortical, que faz parte do centro de recompensa e busca o prazer. Por outro lado, nosso córtex frontal, uma instância cerebral mais evoluída, atua como uma espécie de freio para esses prazeres. Ou seja: a parte mais primitiva diz ‘Eu quero’, e a outra diz ‘Não devo’”. Explica Analice. “Quando você alimenta uma, enfraquece a outra. Infelizmente, a sociedade está perdendo os freios”.


Bons exemplos em casa

Para prevenir crianças e jovens de terem acesso às drogas e ao risco de criarem dependência, Analice recomenda bons exemplos, especialmente vindos dos pais. A psiquiatra é taxativa:

“Beber e fumar na frente das crianças devia ser até proibido, principalmente no ambiente familiar. O exemplo que vem de casa é fundamental para o futuro das crianças e jovens”.

Supervisora do setor de Dependência Química da Santa Casa de Misericórdia do Rio e também diretora da Espaço Clif, a psicóloga Elizabeth Carneiro reforça a questão familiar como fator importante de prevenção:

“Cultivar a saúde e os bons hábitos em casa é muito importante”, recomenda Elizabeth. “A prática de exercícios físicos e passeios agradáveis em família e com amigos é um exemplo de atividade saudável, que fornece recompensas mais a médio e longo prazos e fortalece laços mais profundos de relacionamento, saindo da superficialidade”, afirma a psicóloga. 


Tabaco

Em relação ao cigarro, campanhas restritivas ao uso do produto no Brasil vêm apresentando bons resultados. Em 25 anos, o percentual de pessoas que fumam no país caiu de 29% para 12%. Mas ainda somos o 8º no ranking mundial de fumantes. Ao todo, quase 20 milhões de brasileiros são viciados em nicotina, sendo 7,1 milhões de mulheres e 11,1 milhões de homens. Os dados são de pesquisa publicada na revista científica The Lancet (abril/2017).

Também diretora da Espaço Clif, a psicóloga Sabrina Presman afirma que o tratamento para largar o vício é multidisciplinar, e que a imersão numa clínica pode dobrar as chances de quem quer parar.

“A internação auxilia também na reprogramação mental de quem quer superar o vício em cigarro. Orientamos sobre as diversas técnicas para os pacientes se manterem longe do fumo, sendo que cada um tem uma prescrição conforme a sua realidade. Junto à medicação, mais o trabalho do nutricionista, evita-se com mais chances as recaídas”, diz Sabrina Presman, especializada em Dependência Química pela Uniad/Unifesp.





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