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sexta-feira, 23 de junho de 2017

O papel da escola na integração da pessoa com deficiência



Para que a pessoa com deficiência aprenda, ela precisa ser integrada ao meio e ao convívio social. E a escola tem um papel fundamental nessa integração, já que o professor entra com a função de reabilitador. É papel do docente integrador elaborar atividades que atendam e incluam o aluno com deficiência dentro de suas habilidades e limitações.

No entanto, para isto acontecer passamos por um movimento no qual a criança com deficiência, muitas vezes, foi inserida numa escola, instituição ou lugares para adquirir novas aprendizagens longe de casa, do convívio da família, dos colegas e da sociedade.

Por esta razão, é importante refletir se nos dias atuais colocar a criança ou um adulto longe de sua realidade vai de fato contribuir para a sua aprendizagem, porque considera-se que o ser humano precisa vivenciar conflitos e com as pessoas com deficiência não é diferente. Elas precisam aprender a lidar com as diversas situações da vida.

No âmbito educacional quando a integração escolar é abordada de maneira a considerar o aluno como um sujeito que independente das suas limitações e deficiências. Uma questão relevante de se considerar é que inserir na sala de aula um aluno com necessidades especiais sem oportunizar estratégias que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração sem colocar a frente desta atitude uma objetividade acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar.

Os alunos com necessidades especiais precisam ter as mesmas condições de aprender dos demais alunos. O primordial é que a criança/aluno com deficiência tenha a oportunidade de participar e aprender na escola e no meio social de maneira significativa, para que as experiências sejam vividas e divididas com os seus parceiros de aprendizagem, ou seja, amigos, colegas e professores. Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos dados ou que é adequado orientá-lo.





Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.




A convivência a dois e a organização da casa



Arquiteta e personal organizer, Margô Belonni dá dicas para casais aprenderem a lidar com as diferenças na divisão de tarefas cotidianas

O amor é um sentimento inexplicável e todos concordam que estar apaixonado é uma das melhores sensações do mundo. Quando se ama não há defeitos no outro, tudo é perfeito, mas com a convivência, o casamento e a vida a dois, começam os problemas com a organização ou a falta dela. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um período de 10 anos (2004-2014), os divórcios aumentaram 160% no Brasil. A arquiteta e personal organizer, Margô Belloni acredita que as pessoas normalmente sentem atração e acabam formando pares com outras  muito deferentes delas. Para ela, a beleza dessas uniões está justamente nas diferenças que ao serem trabalhadas podem ser tornar pontos positivos no relacionamento.

Margô acha que o namoro é um ótimo período de testes para observar como será a organização na vida juntos, convivendo todos os dias, já que muitos casais dormem um na casa do outro aos finais de semana e mantém uma rotina muito próxima. Uma das dicas dela é pedir para pessoa amada resevar um espaço no guarda-roupa para o parceiro. No entanto, é preciso deixar claro que aquele lugar deve permanecer organizado. “Por mais que a bagunça irrite, não faça a tarefa pelo outro. O bagunceiro deve entender que cada um tem que ser responsável por aquilo que gera, seja de bagunça ou de lixo, os tempos de privilégios e mágicas da roupa limpa ficaram pra traz”, esclarece.

Através da sua experiência a organizer constatou que em um casal sempre há um mais organizado. A pessoa mais disciplinada gosta de tomar a frente de todas as tarefas, entretanto sabemos que o dia a dia de uma casa é bastante pesado para alguém tocar sozinho. Além disso, com a crise e a economia em baixa, muitas pessoas deixaram de ter um funcionário doméstico. Para ela, os afazeres podem e devem ser divididos, pois por mais que uma pessoa goste de fazer o trabalho, um dia ela pode se sentir cansada e bastante sobrecarregada, abrindo precedentes para discussões.

Casamento é sinônimo de união, a vida de um casal sofre inúmeras mudanças e adaptações que pedem a participação efetiva de ambas as partes. O diálogo e o planejamento também são fundamentais para evitar brigas desnecessárias. Margô diz que a pessoa mais organizada deve ser o encarregado de planejar a organização e dividir as tarefas. Os trabalhos mais importantes e complexos ficam com a pessoa menos bagunceira, como o pagamento de contas de e o supermercado. A pessoa menos organizada pode ficar com as tarefas que não envolvam datas e vencimentos, como recolher o lixo, lavar louça, lavar roupas, passear com o cachorro. Cada um deve cuidar da própria roupa, principalmente da suja que precisa ser colocada no cesto todo santo dia.

Viver junto é saber ceder e fazer concessões, por isso, por mais que você adore organizar a casa e ver tudo arrumado tem que entender que isso não faz parte do universo da outra pessoa.  O caminho para evitar atritos segundo a personal organizer é moderar as cobranças e conversar muito. É necessário mostrar ao desorganizado que quando ele colabora isso deixa você feliz e se sentindo respeitada. A organização é um hábito de saúde e coletivo, a prática requer a ajuda de todos para fazer tarefas básicas como tirar o lixo, recolher os carregadores das tomadas. Para conseguir isso em casa não precisa ser um especialista, basta querer ter um espaço de convivência harmônico e leve.






10 dúvidas sobre cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica



A obesidade é considerada uma doença multifatorial, com proporções pandêmicas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 52,5% dos brasileiros estão acima do peso e sofrem de questões relacionadas, como: hipertensão, diabetes, artropatias, infertilidade e outras. Em geral, após a realização de cirurgia bariátrica, o próximo passo envolve uma cirurgia plástica para a retirada do excesso de pele, resultante do intenso processo de emagrecimento. Para o cirurgião plástico Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), “a cirurgia plástica, nesses casos, vai além de remodelar o contorno do corpo. É uma forma de recuperar a autoestima do paciente e proporcionar sua funcionalidade que, muitas vezes, ele deixa de ter, com o excesso de pele que o corpo carrega”, afirma.
Abaixo, ele responde as 10 principais dúvidas sobre o procedimento reparador pós-bariátrica.

1. Essa enorme perda de peso, associada ao abdômen que despenca, provoca um desequilíbrio no corpo?

Dependendo do volume do abdômen e da proporção de pele resultante da perda ponderal, sim! O abdômen despencado é chamado de avental e, quando muito extenso, pode desviar o centro de gravidade e atrapalhar o caminhar, além de prejudicar o paciente ao se assentar.


2. Quantos quilos de tecido podem ser retirados nesses casos?

Em média, retiramos de 4 a 6 kgs, podendo chegar até 15kgs.


3. Qual o critério adotado para saber o momento certo de intervir depois que a pessoa fez uma cirurgia de redução estômago e perdeu peso?

Geralmente, esses pacientes ex-obesos são encaminhados ao cirurgião plástico pelo cirurgião bariátrico, após estabilizarem o peso durante o tempo mínimo de 6 meses. Esse peso alvo, quem estabelece é uma equipe multidisciplinar envolvida na cirurgia do obeso.


4. Quando esses doentes perdem peso e veem sobrar pele e gordura desse jeito, não ficam ansiosos para retirar essas massas de tecido?

Esses pacientes vão notando a significativa melhora em sua qualidade de vida proporcionada pela redução das medidas durante o emagrecimento. O excesso de pele é o que passa a ser o motivo de incômodo, gerando essa ansiedade.


5. Que tipo de problemas práticos causam essa perda significativa de peso e a nova percepção do corpo?

A grande perda ponderal, provocada pela redução da massa gordurosa, infelizmente não é acompanhada pela retração e acomodação da pele, que acaba se tornando excessiva e flácida. Esse quadro, em algumas partes específicas do corpo, produzem as síndromes de excesso de pele. No abdômen temos o avental, que leva a assaduras e dermatites em dobras, podendo até prejudicar a higienização das regiões íntimas e até impossibilitar a prática sexual. Nas mamas, o excesso de pele provoca a dermatite de dobras e a ptose acentuada das mamas. Nos braços, a pele em excesso prejudica a vestimenta e a funcionalidade do membro, assim com o excesso nas coxas, que também são causas de atrito entre as pernas e geram dificuldade de retorno venoso, favorecendo o surgimento de varizes. Na face, a flacidez resultante se traduz em rugas que denotam um aspecto envelhecido e triste. Todos esses quadros de excesso de pele flácida, nessas áreas do corpo, geram um transtorno de auto percepção e baixa autoestima.


6. Quais os casos em que o obeso pode ser considerado apto a cirurgia bariátrica?

Os obesos que atendem os critérios para realização de cirurgia bariátrica, em grande parte são operados. Os critérios são: ter um IMC> 35 com comorbidades (Hipertensão, Diabetes, Cardiopatias, Problemas Renais, dentre outros) ou IMC> 40 (sem necessidade de ter comorbidades). Esses pacientes devem ser acompanhados por equipes multidisciplinares para o acompanhamento desse processo de emagrecimento. 


7.  A cirurgia plástica da obesidade evoluiu muito nos últimos anos, não é? 

Evoluiu e vem evoluindo muito. Hoje, a cirurgia que antes era realizada com corte amplo no abdômen, agora pode ser feita com auxilio da laparoscopia  (através de pequenos cortes que permitem a introdução de uma câmera e pinças especiais), além do tempo de cirurgia, que passava de 4 a 5 horas em média, hoje é concluída em 1,5h a 2 horas.


8. Quais são os problemas que uma pessoa nessas condições enfrenta em seu dia a dia?

A pessoa que convive com o excesso de pele carrega os estigmas de um corpo e uma imagem que não lhe pertencem mais. Muitos entram em processo de depressão e afastamento social.


9. Depois do emagrecimento, em média quantas cirurgias plásticas as pessoas precisam fazer? 

Em média, de 4 a 5 novas cirurgias. Consideremos as mais procuradas, nessa ordem: Abdominoplastia, Mamoplastia com lifting, Braquioplastia (braços) e Cruroplastia (coxas) além de Lifting Facial.


10. Podem ser associadas várias cirurgias para a retirada da pele, em diversas regiões do corpo? Como é feito isso? Quanto tempo deve se aguardar de uma cirurgia a outra?

Cirurgias podem ser associadas desde que o procedimento cirúrgico não ultrapasse muito o prazo de 6h de duração. As cirurgias são realizadas com equipe completa, em ambiente hospitalar, seguindo as normas e protocolos de segurança internacional. Temos uma tendência, hoje, de realizar a cirurgia plástica em uma região corporal de cada vez, tendo em vista a segurança do procedimento e visando o conforto do pós-operatório. O prazo mínimo estipulado é de 4 a 6 meses a cada nova cirurgia realizada.




Dr. Roger Vieira - Médico especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e MEC. Membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (American Society of Plastic Surgeons - ASPS).



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