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sábado, 24 de junho de 2017

Já ouviu falar em Point of Care?



O Ministério da Saúde aponta que a hipertensão está presente em 25% da população adulta do Brasil, sendo responsável por 40% dos infartos, 80% das causas de derrames e 25% dos casos de insuficiência renal. Dados mais recentes levantados pelo Boletim Epidemiológico HIV/AIDS 2016 (também do Ministério da Saúde) apontam que no Brasil 827 mil pessoas estão contaminadas pelo vírus HIV e 112.000 não sabem que estão contaminadas pelo vírus. Também alarmante, o número de pacientes com diabetes aumentou 61,8% nos últimos dez anos, e a Sociedade Brasileira de Diabetes aponta que metade desses pacientes não sabem que apresentam a doença.

Em comum nesses três casos está a falta de um diagnóstico precoce adequado e acessível para essa população crescente, que transforme desinformação em informação e preencha lacunas epidemiológicas. Nesse cenário, uma das ferramentas que desponta como alternativa para acessar essas informações é o Point of Care (POC). Popularmente conhecido como testes laboratoriais remotos ou testes rápidos, o POC é um termo que denomina uma série de tecnologias de cuidado no ponto de atenção, permitindo a testagem para doenças ou substâncias específicas de forma ágil e sem a necessidade de uma estrutura cara e imobilizada de laboratório de análises clínicas.

É o que aponta Patrícia Carvalho, gerente de produtos cardiometabólicos da Alere Brasil, divisão brasileira da multinacional norte-americana que atua globalmente no ramo de diagnóstico e Point of Care. “Em linhas gerais, são exames simples, que muitas vezes demandam apenas uma pequena amostra de sangue e poucos minutos para se chegar a um resultado, capaz de balizar todo o restante da conduta terapêutica. As máquinas responsáveis por essa análise ainda são pequenas e portáteis, podendo ser transportadas para regiões e populações que dificilmente teriam acesso a um diagnóstico rápido e adequado, e nem sempre são necessárias”, pontua.

A aplicação dessas ferramentas para o preenchimento de lacunas epidemiológicas foi um dos pontos discutidos no primeiro evento científico da área no Brasil, o 1º Encontro Latino-Americano de Point of Care, realizado pela Alere em 2016. Segundo Miriam Franchini, uma das palestrantes do evento e especialista em laboratórios de Infecções Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais, foram os testes rápidos que permitiram ao Ministério da Saúde uma atuação melhor no combate à epidemia de HIV no Brasil.

“Desde que foi implementado o uso dos testes rápidos, conseguimos diagnosticar 255 mil portadores da infecção pelo HIV por esse método. Caso não tivéssemos utilizado essa ferramenta na Saúde Pública, eles jamais teriam sido diagnosticados. Para dar conta de rastrear toda a população suscetível à infecção por HIV, o Brasil teria que realizar um total de 144,9 milhões de testes anualmente, algo impossível de ser feito apenas em laboratórios”, explica a médica.

Além das doenças infecciosas, como HIV, Sífilis, Dengue e até mesmo Influenza, o Point of Care também apresenta ferramentas para atuação no diagnóstico na linha cardiometabólica (com testes para dislipidemias, diabetes e insuficiência cardíaca), toxicologia (testes de abuso de drogas) e até mesmo na veterinária.

Conheça alguns dos exames instantâneos que já podem ser feitos com Point of Care

Diabetes
A Alere oferece um sistema de monitoramento para a medição dos níveis sanguíneos de HbA1c, o principal marcador para o controle do Diabetes glicose, tanto no laboratório como em lugares remotos. O Analisador Alere Afinion™ permite determinar a HbA1c no consultório médico, imediatamente na presença do paciente. Esse diagnóstico é feito com uma única gota de sangue, em três minutos.

Dislipidemia
A dislipidemia descreve quantidades anormais de colesterol e triglicérides no sangue, aumentando o risco de aterosclerose, doença cardíaca, AVC e hipertensão. Com o sistema Alere Afinion, obtém-se o perfil lipídico completo em apenas 8 minutos com coleta de ponta de dedo.

HIV
Outra infecção que merece atenção por conta da queda do uso de preservativos por parte dos jovens é o HIV. A detecção precoce da infecção por HIV é fundamental para ajudar a minimizar novas transmissões da doença. As rotas principais de infecção são sexo não seguro, compartilhamento de agulhas contaminadas, e de mãe infectada para o filho. O teste Point of Care permite descobrir se um indivíduo é soropositivo em 15 minutos.

Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e normalmente é transmitida pelo contato sexual. Também pode ser transmitida de mãe para filho (sífilis congênita). É curável; entretanto, se não for tratada pode levar a danos cardíacos e neurológicos irreversíveis. Atualmente, por conta da queda do uso da camisinha entre jovens, voltou a estar no foco das ações de prevenção de ISTs. Com o Point of Care, essa informação pode ser acessada em 15 minutos sem a necessidade de uma estrutura laboratorial.
 



Alere




CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA DOENÇA ALZHEIMER



No Brasil, cerca de 1,2 milhão vivem com a doença.

Segundo o Fundo da População das Nações Unidas – UNFPA, a população acima dos 60 anos vem aumentando em relação a novos nascimentos. Por conta desse contexto demográfico se faz necessária a avaliação neuropsicológica. A neuropsicologia trata com atenção as necessidades cognitivas, emocionais e sociais que surgem com a idade.

A Neuropsicóloga, Pós Graduanda em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Marcella Bianca, dedica-se ao processo de envelhecimento humano. “A avaliação neuropsicológica é um processo que avalia as funções cognitivas, funcionais e emocionais dos idosos, com o objetivo de detalhar o processo degenerativo. A utilização da avaliação neuropsicológica tem se mostrado eficiente na hipótese de diagnóstico.” relata Marcella Bianca.

Os idosos são propícios a desenvolverem doenças neurológicas, pois as conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes. Alguns sintomas analisados são a perda de memória e confusão em ações do dia a dia. A avaliação neuropsicológica é imprecídivel para auxílio no tratamento, como a melhora de funções, a mudança de hábitos, alterações de omportamentos para que ajudem a retardar o estado critíco das doenças neurológicas e propicie maior autonomia e funcionalidade.

Idosos com a doença de Alzheimer que contam com acompanhamento das reabilitação neuropsicológica possuem grandes relatos de melhorias do modo interdisciplinar, trazendo um conjunto de mudanças ao indivíduo, que são neuropsicológicas, morfológicas, fisiológicas, bioquímicas, psicológicas/psiquiátricas, sociais e culturais.





Marcella Bianca – Neuropscóloga. Graduada em psicologia pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, é Especialista em Neuropsicologia pelo centro de estudos do instituto neurológico de São Paulo - INESP e Mestranda em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. Atende em conceituado consultório em região nobre de São Paulo.





sexta-feira, 23 de junho de 2017

SBCP alerta: Frio aumenta atuação de falsos cirurgiões plásticos



 Temperaturas mais baixas chegam a aumentar em até 50% o número de cirurgias plásticas. Escolha do profissional é fundamental para garantir a segurança do paciente


Temperaturas mais amenas do inverno faz com que mais pessoas busquem por procedimentos estéticos como a cirurgia plástica. A exposição menor ao sol é mais favorável para a recuperação pós-cirúrgica. Mas, tão importante quanto escolher a estação do ano para fazer a cirurgia, é escolher o profissional certo: no caso da cirurgia plástica, é o cirurgião plástico, profissional com formação específica: seis anos de medicina, dois anos de especialização em cirurgia geral seguidos de mais três anos de especialização em cirurgia plástica.

Para cada cirurgião plástico especializado, existem dois que não são especialistas, mas realizam procedimentos de cirurgia plástica geralmente fora dos hospitais, o que pode trazer graves consequências para os pacientes, desde sequelas irreversíveis ou até mesmo levar à morte.

“No último ano nós tivemos diversos óbitos no Brasil, principalmente em procedimentos de lipoaspiração, realizados por médicos não especialistas. Em Goiânia, médico do trabalho; Campinas ginecologista; Rio de Janeiro, três óbitos: um cirurgião vascular e dois médicos sem nenhuma especialização”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Luciano Chaves.

Existem pelo menos 12 mil médicos não habilitados realizando procedimentos de cirurgia plástica no país, segundo estimativa da SBCP. Além de ser formado em medicina, o cirurgião plástico precisa cursar dois anos de cirurgia geral e três anos de especialização em cirurgia plástica. Por isso, somente um médico especializado está habilitado para realizar qualquer procedimento cirúrgico com a segurança necessária ao paciente. “O objetivo maior da Sociedade é levar para a população informação, esclarecimento”, conclui o presidente.

Em 2016 foram realizadas quase 1,5 milhão de cirurgias plásticas no país. Deste total, em torno de 900 mil procedimentos foram estéticos. Por isso, Luciano alerta àqueles que querem realizar alguma cirurgia plástica, sobre a necessidade de se informar antes e buscar um profissional especializado para atender.


Aplicativo permite pesquisar especialistas

A SBCP lançou recentemente um aplicativo para smartphones que contém informações sobre procedimentos reparadores e estéticos, além de dados do profissional associado, como endereço e telefone para contato.

O aplicativo é mais uma iniciativa da SBCP para levar informação ao público e reduzir o risco de erros médicos cometidos por profissionais sem especialidade na área.  A entidade já disponibiliza em seu site e nas sedes regionais informações ao público, como a lista de associados no país.

“Com essa facilidade ao alcance da mão, o paciente terá mais uma forma de acesso aos dados de todos os médicos cadastrados na SBCP para checar quem está apto para fazer a cirurgia plástica que ele tanto sonha, e, com isso, reduzir os riscos de complicações e maus resultados”, afirma Luciano Chaves.

O aplicativo, que pode ser baixado gratuitamente nas lojas de aplicativos App Store (dispositivos iOS) e Google Play (Android), também oferece uma seção com notícias relacionadas a cirurgias plásticas e um canal de acesso reservado aos associados da SBCP.

No site da Sociedade, também é possível descobrir se um médico é membro titulado da SBCP ou não. O endereço é http://www.cirurgiaplastica.org.br/



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