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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Em São Paulo, mais de 1,3 milhão de meninos devem ser vacinados contra HPV



Em anúncio sobre a ampliação da faixa etária de vacinação para meninos de 11 a 15 anos incompletos, o Ministério da Saúde alertou para baixa adesão à vacina 


O estado de São Paulo tem 1,38 milhão de adolescentes do sexo masculino, entre 11 e 15 anos incompletos (14 anos, 11 meses e 29 dias), que devem ser vacinados contra HPV. A meta é imunizar 80% desse público, o que representa cerca de 1,1 milhão de jovens. O total de meninas no estado que fazem parte do público-alvo é 2,2 milhões de crianças e jovens do sexo feminino com idade entre 9 e 15 anos, sendo que a meta também é 80%, correspondendo a 1,8 milhão de meninas. Desde o início da vacinação, em 2014, foram enviados 1,9 milhão de doses ao estado para imunização contra HPV. O Ministério da Saúde alerta para a baixa adesão à vacina. As secretarias estaduais de saúde de todo o país já foram comunicadas pelo Ministério da Saúde sobre a ampliação da faixa etária de vacinação de HPV, que tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal nos adolescentes do sexo masculino.

Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, uma das principais ações para alcançar essa meta é o Programa Saúde na Escola, parceria do Ministério da Saúde com o Ministério da Educação. “É um de nossos grandes aliados nessa frente. Com esse projeto, estamos convocando toda a comunidade escolar, pais e educadores, a atualizarem as cadernetas de vacinação destes jovens”, afirmou o ministro. Como exemplo bem sucedido desta iniciativa, o ministro citou o Estado de Santa Catarina e o município de Niterói que conseguiram, por meio de uma ampla mobilização nas escolares, ampliarem as coberturas vacinais contra o HPV.

A vacina contra o HPV para os meninos passou a ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro deste ano, contemplando os meninos de 12 a 13 anos. Até o ano passado, era feita apenas em meninas. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.

Com a inclusão desse público, equivalente a 3,3 milhões de adolescentes no país, a meta para 2017 é vacinar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e 4,3 milhões de meninas de 9 a 15 anos. Também terão direito a vacina, a partir de agora, homens e mulheres transplantados e oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia. Além disso, cerca 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, também podem se vacinar contra HPV. O anúncio das mudanças foi feito nesta terça-feira (20) pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em coletiva de imprensa.

Para conscientizar os meninos na busca da vacina, o Ministério da Saúde planeja, para o próximo mês de julho, período de férias escolares, campanha direcionada a este público, com o intuito de aumentar a cobertura nessa população. Além disso, a vacina de HPV também fará parte do elenco de vacinas a serem ofertadas na Campanha de multivacinação que acontecerá no período de 11 a 22 de setembro. O Dia D da campanha de vacinação será dia 16 de setembro.


VALIDADE – Dos estoques nacionais da vacina HPV, não existem doses com vencimento em 2017 nem em 2018. Desde o início da vacinação em 2014, o Ministério da Saúde distribuiu 26,3 milhões de doses da vacina a todos estados do país e DF. Destes, cerca de 1 milhão foram encaminhados neste ano. 

Atualmente, existem 2,1 mil doses nos estados e municípios para vencerem em junho e 231 mil doses com vencimento em agosto deste ano. No mês de setembro, o estoque de vacinas por vencer é de 233,7 mil doses. Outras 1,1 milhão de doses têm a validade de vencimento no primeiro semestre de 2018, totalizando 1,6 milhão de doses a vencer até esse período.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI), Carla Domingues, disse que, embora uma perda de 5% das vacinas distribuídas nos postos de vacinação, em função de condições logísticas e operacionais de vacinas, seja considerada aceitável, o Ministério da Saúde trabalha para que não haja qualquer desperdício. “Queremos que as doses atuais nos estoques sejam utilizadas no mais curto espaço de tempo possível, não apenas para que não se percam, mas, principalmente, para que os jovens abaixo de 15 anos se imunizem contra o HPV, evitando, assim, uma série de complicações, principalmente os vários de tipos de cânceres” destacou a coordenadora.  


COBERTURA VACINAL – Desde o início da vacinação em 2014, até 02 de junho deste ano, foram aplicadas 17,5 milhões de doses na população feminina de todo o país. Na faixa etária de 9 a 15 anos, no mesmo período, foram imunizadas com a primeira dose 8,6 milhões de meninas, o que corresponde a 72,45% do total de brasileiras nesta faixa etária. Receberam o esquema vacinal completo, de duas doses, recomendado pelo Ministério da Saúde, 5,3 milhões de meninas, o que corresponde a 45,1% do público-alvo.

Já em relação aos meninos, de janeiro a 02 de junho deste ano, 594,8 mil adolescentes de 12 a 13 anos se vacinaram com a primeira dose da vacina de HPV, o que corresponde a 16,5% dos 3,6 milhões de meninos nessa faixa etária que devem se imunizar.


ESQUEMA VACINAL – Meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina HPV, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.

A vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente e já é ofertada, desde 2014, para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

Para os meninos, a estratégia tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da faixa etária para a vacinação visa proteger meninos e meninas antes do início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus. Vale ressaltar que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal e orofaringe são atribuíveis à infecção pelo HPV.

Nas meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas; verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.


Quantitativo distribuído aos estados de 2014 a 2017
UF
2014
2015
2016
2017
SP
2.155.770
1.654.184
1.193.150
160.000


Vacina HPV no estoque central (SIES) das unidades federada segundo validade a vencer


Unidade Federada
Junho
Julho
Agosto
Setembro
2018
Total
São Paulo
0
0
0
0
19900
19900
Fonte: SIES. Dados coletados em 02/05/2017.
*Dados coletados de Roraima em 02/06/2017.







Nivaldo Coelho
Agência Saúde




O papel da escola na integração da pessoa com deficiência



Para que a pessoa com deficiência aprenda, ela precisa ser integrada ao meio e ao convívio social. E a escola tem um papel fundamental nessa integração, já que o professor entra com a função de reabilitador. É papel do docente integrador elaborar atividades que atendam e incluam o aluno com deficiência dentro de suas habilidades e limitações.

No entanto, para isto acontecer passamos por um movimento no qual a criança com deficiência, muitas vezes, foi inserida numa escola, instituição ou lugares para adquirir novas aprendizagens longe de casa, do convívio da família, dos colegas e da sociedade.

Por esta razão, é importante refletir se nos dias atuais colocar a criança ou um adulto longe de sua realidade vai de fato contribuir para a sua aprendizagem, porque considera-se que o ser humano precisa vivenciar conflitos e com as pessoas com deficiência não é diferente. Elas precisam aprender a lidar com as diversas situações da vida.

No âmbito educacional quando a integração escolar é abordada de maneira a considerar o aluno como um sujeito que independente das suas limitações e deficiências. Uma questão relevante de se considerar é que inserir na sala de aula um aluno com necessidades especiais sem oportunizar estratégias que possam contribuir para o seu aprendizado pode comprometer as aquisições futuras ou estagnar o processo. Portanto, a integração pela integração sem colocar a frente desta atitude uma objetividade acaba não atingindo o ponto crucial da integração escolar.

Os alunos com necessidades especiais precisam ter as mesmas condições de aprender dos demais alunos. O primordial é que a criança/aluno com deficiência tenha a oportunidade de participar e aprender na escola e no meio social de maneira significativa, para que as experiências sejam vividas e divididas com os seus parceiros de aprendizagem, ou seja, amigos, colegas e professores. Independente da condição e comprometimento que o aluno tenha, é o professor que precisa acompanhar suas atividades e direcionar os passos dados ou que é adequado orientá-lo.





Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.




A convivência a dois e a organização da casa



Arquiteta e personal organizer, Margô Belonni dá dicas para casais aprenderem a lidar com as diferenças na divisão de tarefas cotidianas

O amor é um sentimento inexplicável e todos concordam que estar apaixonado é uma das melhores sensações do mundo. Quando se ama não há defeitos no outro, tudo é perfeito, mas com a convivência, o casamento e a vida a dois, começam os problemas com a organização ou a falta dela. Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em um período de 10 anos (2004-2014), os divórcios aumentaram 160% no Brasil. A arquiteta e personal organizer, Margô Belloni acredita que as pessoas normalmente sentem atração e acabam formando pares com outras  muito deferentes delas. Para ela, a beleza dessas uniões está justamente nas diferenças que ao serem trabalhadas podem ser tornar pontos positivos no relacionamento.

Margô acha que o namoro é um ótimo período de testes para observar como será a organização na vida juntos, convivendo todos os dias, já que muitos casais dormem um na casa do outro aos finais de semana e mantém uma rotina muito próxima. Uma das dicas dela é pedir para pessoa amada resevar um espaço no guarda-roupa para o parceiro. No entanto, é preciso deixar claro que aquele lugar deve permanecer organizado. “Por mais que a bagunça irrite, não faça a tarefa pelo outro. O bagunceiro deve entender que cada um tem que ser responsável por aquilo que gera, seja de bagunça ou de lixo, os tempos de privilégios e mágicas da roupa limpa ficaram pra traz”, esclarece.

Através da sua experiência a organizer constatou que em um casal sempre há um mais organizado. A pessoa mais disciplinada gosta de tomar a frente de todas as tarefas, entretanto sabemos que o dia a dia de uma casa é bastante pesado para alguém tocar sozinho. Além disso, com a crise e a economia em baixa, muitas pessoas deixaram de ter um funcionário doméstico. Para ela, os afazeres podem e devem ser divididos, pois por mais que uma pessoa goste de fazer o trabalho, um dia ela pode se sentir cansada e bastante sobrecarregada, abrindo precedentes para discussões.

Casamento é sinônimo de união, a vida de um casal sofre inúmeras mudanças e adaptações que pedem a participação efetiva de ambas as partes. O diálogo e o planejamento também são fundamentais para evitar brigas desnecessárias. Margô diz que a pessoa mais organizada deve ser o encarregado de planejar a organização e dividir as tarefas. Os trabalhos mais importantes e complexos ficam com a pessoa menos bagunceira, como o pagamento de contas de e o supermercado. A pessoa menos organizada pode ficar com as tarefas que não envolvam datas e vencimentos, como recolher o lixo, lavar louça, lavar roupas, passear com o cachorro. Cada um deve cuidar da própria roupa, principalmente da suja que precisa ser colocada no cesto todo santo dia.

Viver junto é saber ceder e fazer concessões, por isso, por mais que você adore organizar a casa e ver tudo arrumado tem que entender que isso não faz parte do universo da outra pessoa.  O caminho para evitar atritos segundo a personal organizer é moderar as cobranças e conversar muito. É necessário mostrar ao desorganizado que quando ele colabora isso deixa você feliz e se sentindo respeitada. A organização é um hábito de saúde e coletivo, a prática requer a ajuda de todos para fazer tarefas básicas como tirar o lixo, recolher os carregadores das tomadas. Para conseguir isso em casa não precisa ser um especialista, basta querer ter um espaço de convivência harmônico e leve.






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