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sexta-feira, 23 de junho de 2017

10 dúvidas sobre cirurgia plástica reparadora pós-bariátrica



A obesidade é considerada uma doença multifatorial, com proporções pandêmicas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, 52,5% dos brasileiros estão acima do peso e sofrem de questões relacionadas, como: hipertensão, diabetes, artropatias, infertilidade e outras. Em geral, após a realização de cirurgia bariátrica, o próximo passo envolve uma cirurgia plástica para a retirada do excesso de pele, resultante do intenso processo de emagrecimento. Para o cirurgião plástico Roger Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da American Society of Plastic Surgeons (ASPS), “a cirurgia plástica, nesses casos, vai além de remodelar o contorno do corpo. É uma forma de recuperar a autoestima do paciente e proporcionar sua funcionalidade que, muitas vezes, ele deixa de ter, com o excesso de pele que o corpo carrega”, afirma.
Abaixo, ele responde as 10 principais dúvidas sobre o procedimento reparador pós-bariátrica.

1. Essa enorme perda de peso, associada ao abdômen que despenca, provoca um desequilíbrio no corpo?

Dependendo do volume do abdômen e da proporção de pele resultante da perda ponderal, sim! O abdômen despencado é chamado de avental e, quando muito extenso, pode desviar o centro de gravidade e atrapalhar o caminhar, além de prejudicar o paciente ao se assentar.


2. Quantos quilos de tecido podem ser retirados nesses casos?

Em média, retiramos de 4 a 6 kgs, podendo chegar até 15kgs.


3. Qual o critério adotado para saber o momento certo de intervir depois que a pessoa fez uma cirurgia de redução estômago e perdeu peso?

Geralmente, esses pacientes ex-obesos são encaminhados ao cirurgião plástico pelo cirurgião bariátrico, após estabilizarem o peso durante o tempo mínimo de 6 meses. Esse peso alvo, quem estabelece é uma equipe multidisciplinar envolvida na cirurgia do obeso.


4. Quando esses doentes perdem peso e veem sobrar pele e gordura desse jeito, não ficam ansiosos para retirar essas massas de tecido?

Esses pacientes vão notando a significativa melhora em sua qualidade de vida proporcionada pela redução das medidas durante o emagrecimento. O excesso de pele é o que passa a ser o motivo de incômodo, gerando essa ansiedade.


5. Que tipo de problemas práticos causam essa perda significativa de peso e a nova percepção do corpo?

A grande perda ponderal, provocada pela redução da massa gordurosa, infelizmente não é acompanhada pela retração e acomodação da pele, que acaba se tornando excessiva e flácida. Esse quadro, em algumas partes específicas do corpo, produzem as síndromes de excesso de pele. No abdômen temos o avental, que leva a assaduras e dermatites em dobras, podendo até prejudicar a higienização das regiões íntimas e até impossibilitar a prática sexual. Nas mamas, o excesso de pele provoca a dermatite de dobras e a ptose acentuada das mamas. Nos braços, a pele em excesso prejudica a vestimenta e a funcionalidade do membro, assim com o excesso nas coxas, que também são causas de atrito entre as pernas e geram dificuldade de retorno venoso, favorecendo o surgimento de varizes. Na face, a flacidez resultante se traduz em rugas que denotam um aspecto envelhecido e triste. Todos esses quadros de excesso de pele flácida, nessas áreas do corpo, geram um transtorno de auto percepção e baixa autoestima.


6. Quais os casos em que o obeso pode ser considerado apto a cirurgia bariátrica?

Os obesos que atendem os critérios para realização de cirurgia bariátrica, em grande parte são operados. Os critérios são: ter um IMC> 35 com comorbidades (Hipertensão, Diabetes, Cardiopatias, Problemas Renais, dentre outros) ou IMC> 40 (sem necessidade de ter comorbidades). Esses pacientes devem ser acompanhados por equipes multidisciplinares para o acompanhamento desse processo de emagrecimento. 


7.  A cirurgia plástica da obesidade evoluiu muito nos últimos anos, não é? 

Evoluiu e vem evoluindo muito. Hoje, a cirurgia que antes era realizada com corte amplo no abdômen, agora pode ser feita com auxilio da laparoscopia  (através de pequenos cortes que permitem a introdução de uma câmera e pinças especiais), além do tempo de cirurgia, que passava de 4 a 5 horas em média, hoje é concluída em 1,5h a 2 horas.


8. Quais são os problemas que uma pessoa nessas condições enfrenta em seu dia a dia?

A pessoa que convive com o excesso de pele carrega os estigmas de um corpo e uma imagem que não lhe pertencem mais. Muitos entram em processo de depressão e afastamento social.


9. Depois do emagrecimento, em média quantas cirurgias plásticas as pessoas precisam fazer? 

Em média, de 4 a 5 novas cirurgias. Consideremos as mais procuradas, nessa ordem: Abdominoplastia, Mamoplastia com lifting, Braquioplastia (braços) e Cruroplastia (coxas) além de Lifting Facial.


10. Podem ser associadas várias cirurgias para a retirada da pele, em diversas regiões do corpo? Como é feito isso? Quanto tempo deve se aguardar de uma cirurgia a outra?

Cirurgias podem ser associadas desde que o procedimento cirúrgico não ultrapasse muito o prazo de 6h de duração. As cirurgias são realizadas com equipe completa, em ambiente hospitalar, seguindo as normas e protocolos de segurança internacional. Temos uma tendência, hoje, de realizar a cirurgia plástica em uma região corporal de cada vez, tendo em vista a segurança do procedimento e visando o conforto do pós-operatório. O prazo mínimo estipulado é de 4 a 6 meses a cada nova cirurgia realizada.




Dr. Roger Vieira - Médico especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e MEC. Membro da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (American Society of Plastic Surgeons - ASPS).



Conheça 6 mitos clássicos sobre menstruação



Embora a menstruação seja comum na vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre têm uma explicação médica. Às vezes, por timidez, a paciente não pergunta para um profissional e a interrogação persiste por muito tempo.

Para esclarecer, separei seis mitos clássicos da menstruação que ainda sobrevivem entre as mulheres. Confira:


1-  É impossível engravidar durante a menstruação

Na teoria, realmente não é possível, já que menstruação é a "descamação" do endométrio, camada que é preparada para receber a gestação. Porém, o corpo não é uma máquina que trabalha com exatidão, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco. 


2-   Mulheres com muita convivência menstruam simultaneamente

Não é verdade. Cada pessoa tem o seu corpo, com manifestações totalmente individuais, portanto o período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres.

3-   As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação

Mito. O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo menstrual. Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar.

   
4-   É errado fazer exercícios físicos durante a menstruação

Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida em qualquer momento. No período menstrual, eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios de prazer, como endorfinas.


5-  Mulheres virgens não podem usar absorventes internos

Mais um mito. O hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade e o absorvente interno até 1,9 cm. 


6-  Ter relações sexuais menstruada aumenta risco de contrair DSTs

Não é verdade. A realidade é que, com ou sem menstruação, fazer sexo desprotegida aumenta o risco de contrair qualquer doença sexualmente transmissível. 





Dr. Gilberto Nagahama - ginecologista do hospital San Paolo, centro hospitalar localizado na Zona Norte de São Paulo.





Sete perguntas sobre a vacina de HPV



Saibas as diferenças entre as vacinas do setor público e privado


Foi anunciado nesta terça-feira, que a vacina contra HPV passa a ser ofertada pelo Ministério da Saúde para os meninos de 11 até 15 anos incompletos (14 anos, 11 meses e 29 dias). A ampliação da faixa etária pelo Ministério da Saúde já foi comunicada às secretarias estaduais de saúde de todo o país, e tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal nos adolescentes do sexo masculino, segundo o ministério.

Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, responde a sete perguntas a respeito da vacina.

  1. 1. Como era o esquema vacinal antes da divulgação feita ontem?
A vacina contra o HPV para os meninos passou a ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro deste ano, contemplando as idades de 12 até 13 anos. Até o ano passado, era feita apenas em meninas. Porém, essa recomendação de vacinar menores de 15 anos sempre existiu. Na rede privada, essa vacinação já era possível dos 9 aos 26 anos.
  1. 2. A vacina dada na rede privada é a mesma da rede particular?
Sim, a vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia, porém na rede privada, o esquema vacinal segue a bula, de três doses, e não apenas duas doses, como no setor público.

  1. 3. Essa diferença de doses causa algum problema? Por que ela existe?
O esquema vacinal público tem um conceito de grupo, o que lhe confere que ao vacinar um número maior de pessoas, se alcança a eficácia com duas doses. No esquema particular, considera-se o indivíduo, e só se garante essa eficácia ao tomar as três doses, pois não podemos afirmar que aquela pessoa convive em um ambiente onde o número de pessoas vacinadas é suficiente.

  1. 4. Há ainda um grupo de adolescentes, na faixa posterior dos 15 anos, que não está coberto pela rede pública e que também está exposto aos males do HPV. Eles também devem se vacinar?
Devemos incentivar que a vacinação dessa faixa etária que só ocorre nas clinicas privadas. A vacina do HPV pode ser feita até os 26 anos. Nas mulheres, a idade é de até 55 anos.

  1. 5. Qual é o perfil das pessoas que se vacinam na rede provada?
Como a cobertura pública é de duas doses o que acontece muito é a terceira dose ser feita no particular, porém, ainda é alto o número de pessoas que não completam nem o esquema mínimo

  1. 6. A que se deve essa falta de adesão?
É uma questão cultural do nosso país. Algumas pessoas acreditam que vacinar contra o HPV é estimular a sexualidade precoce. Há também uma falta de prescrição por parte dos médicos.

  1. 7. Qual o valor da dose da vacina na rede privada?
O valor médio da dose nas redes privadas é de R$ 400





ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLINICAS DE VACINAS 





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