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sexta-feira, 23 de junho de 2017

Conheça 6 mitos clássicos sobre menstruação



Embora a menstruação seja comum na vida das mulheres, muitas delas ainda carregam dúvidas simples sobre o assunto. Normalmente, são informações passadas de geração para geração, mas que nem sempre têm uma explicação médica. Às vezes, por timidez, a paciente não pergunta para um profissional e a interrogação persiste por muito tempo.

Para esclarecer, separei seis mitos clássicos da menstruação que ainda sobrevivem entre as mulheres. Confira:


1-  É impossível engravidar durante a menstruação

Na teoria, realmente não é possível, já que menstruação é a "descamação" do endométrio, camada que é preparada para receber a gestação. Porém, o corpo não é uma máquina que trabalha com exatidão, por isso é sempre bom tomar medidas preventivas para evitar o risco. 


2-   Mulheres com muita convivência menstruam simultaneamente

Não é verdade. Cada pessoa tem o seu corpo, com manifestações totalmente individuais, portanto o período menstrual não tem relação alguma com o de outras mulheres.

3-   As relações sexuais são mais prazerosas durante a menstruação

Mito. O período de maior desejo sexual é justamente o de ovulação que corresponde aproximadamente ao 14° dia do ciclo menstrual. Acreditamos que muitas pacientes têm a sensação de mais prazer justamente por ficarem despreocupadas com o risco de engravidar.

   
4-   É errado fazer exercícios físicos durante a menstruação

Exercícios físicos são essenciais para manter a qualidade de vida em qualquer momento. No período menstrual, eles ajudam a controlar a dor das cólicas devido à liberação de hormônios de prazer, como endorfinas.


5-  Mulheres virgens não podem usar absorventes internos

Mais um mito. O hímen tem até 2,5 cm de abertura na puberdade e o absorvente interno até 1,9 cm. 


6-  Ter relações sexuais menstruada aumenta risco de contrair DSTs

Não é verdade. A realidade é que, com ou sem menstruação, fazer sexo desprotegida aumenta o risco de contrair qualquer doença sexualmente transmissível. 





Dr. Gilberto Nagahama - ginecologista do hospital San Paolo, centro hospitalar localizado na Zona Norte de São Paulo.





Sete perguntas sobre a vacina de HPV



Saibas as diferenças entre as vacinas do setor público e privado


Foi anunciado nesta terça-feira, que a vacina contra HPV passa a ser ofertada pelo Ministério da Saúde para os meninos de 11 até 15 anos incompletos (14 anos, 11 meses e 29 dias). A ampliação da faixa etária pelo Ministério da Saúde já foi comunicada às secretarias estaduais de saúde de todo o país, e tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal nos adolescentes do sexo masculino, segundo o ministério.

Geraldo Barbosa, presidente da ABCVAC, responde a sete perguntas a respeito da vacina.

  1. 1. Como era o esquema vacinal antes da divulgação feita ontem?
A vacina contra o HPV para os meninos passou a ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) em janeiro deste ano, contemplando as idades de 12 até 13 anos. Até o ano passado, era feita apenas em meninas. Porém, essa recomendação de vacinar menores de 15 anos sempre existiu. Na rede privada, essa vacinação já era possível dos 9 aos 26 anos.
  1. 2. A vacina dada na rede privada é a mesma da rede particular?
Sim, a vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia, porém na rede privada, o esquema vacinal segue a bula, de três doses, e não apenas duas doses, como no setor público.

  1. 3. Essa diferença de doses causa algum problema? Por que ela existe?
O esquema vacinal público tem um conceito de grupo, o que lhe confere que ao vacinar um número maior de pessoas, se alcança a eficácia com duas doses. No esquema particular, considera-se o indivíduo, e só se garante essa eficácia ao tomar as três doses, pois não podemos afirmar que aquela pessoa convive em um ambiente onde o número de pessoas vacinadas é suficiente.

  1. 4. Há ainda um grupo de adolescentes, na faixa posterior dos 15 anos, que não está coberto pela rede pública e que também está exposto aos males do HPV. Eles também devem se vacinar?
Devemos incentivar que a vacinação dessa faixa etária que só ocorre nas clinicas privadas. A vacina do HPV pode ser feita até os 26 anos. Nas mulheres, a idade é de até 55 anos.

  1. 5. Qual é o perfil das pessoas que se vacinam na rede provada?
Como a cobertura pública é de duas doses o que acontece muito é a terceira dose ser feita no particular, porém, ainda é alto o número de pessoas que não completam nem o esquema mínimo

  1. 6. A que se deve essa falta de adesão?
É uma questão cultural do nosso país. Algumas pessoas acreditam que vacinar contra o HPV é estimular a sexualidade precoce. Há também uma falta de prescrição por parte dos médicos.

  1. 7. Qual o valor da dose da vacina na rede privada?
O valor médio da dose nas redes privadas é de R$ 400





ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLINICAS DE VACINAS 





Se automedicar para dormir traz riscos para a saúde



De acordo com a Associação Mundial de Medicina do Sono, a insônia é uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de até 45% da população mundial. Muitas pessoas buscam nos remédios uma solução para acabar com o problema, mas, apesar de ser considerada normal, a automedicação é um erro que pode gerar complicações mais graves. 
Um levantamento realizado pelo IBGE, por intermédio da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), revela que mais de 11 milhões de brasileiros, o equivalente a 7,6% da população, tomam remédios para dormir. Junto a essa pesquisa, foi divulgado o mesmo percentual de pessoas com depressão. A Associação Brasileira de Sono acredita que estes números estão relacionados, já que as pessoas acreditam que combatem seus problemas tomando medicamentos para sintomas como insônia e ansiedade. 
O Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, explica que a insônia pode estar associada a transtornos médicos clínicos, psiquiátricos ou então a insônias primárias, quando não há uma causa bem definida. “Existem também as insônias associadas a transtornos do ritmo circadiano e as causadas por medicamentos ou drogas”, esclarece. 
Consequências 
Segundo a Associação Brasileira do Sono, os medicamentos indutores de sono mais utilizados no Brasil são os benzodiazepínicos. Estes remédios produzem cinco efeitos no organismo: sedativo, hipnótico, ansiolítico, relaxante muscular e anticonvulsivante.  
Mas é preciso ter cuidado. Este remédio deve ser usado sob orientação médica e por pouco tempo. Eles causam dependência, e seu efeito rápido faz com que a pessoa necessite de doses cada vez maiores. 
A qualidade do sono também é alterada. O paciente passa a dormir mais tempo, porém superficialmente, não atingindo o sono profundo, que é aquele que realmente descansa. Por estes motivos, é muito perigoso se automedicar ou usar comprimidos de parentes e amigos sem a orientação e o acompanhamento de um neurologista. 

Orientações 
Estas orientações podem ajudar a pessoa que sofre com a insônia a otimizar o seu sono. Confira:  
1.   ir para a cama apenas quando for dormir e sair da cama assim que o sono desaparecer;
2.   manter horários regulares para deitar e levantar;
3.   evitar tomar café à noite;
4.   fazer atividades físicas ao entardecer, cerca de 4 a 5 horas antes do horário proposto para dormir. 
Vale ressaltar que, em casos mais graves, é aconselhável procurar um especialista para começar um tratamento adequado. 

Tratamento 
O tratamento consiste na terapia cognitivo-comportamental que combate os maus hábitos e estimula novas cognições a respeito do sono. Dessa forma, é possível acabar com falsas crenças e estimular técnicas que favoreçam o sono durante a noite.  
Medicações hipnóticas podem ser necessárias em algum momento do tratamento. “Caso haja coincidência com transtornos psiquiátricos, um tratamento associado com essa especialidade é aconselhável”, afirma o Dr. Nonato. 

Insônia 
A insônia é a dificuldade de entrar ou permanecer em sono. Acredita-se também que possa ser caracterizada por fragmentação ou baixa qualidade de sono. Para ser considerada insônia, deve haver prejuízo funcional diurno. 
Segundo o Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues, da Unidade do Sono de Brasília, os fatores que podem levar uma pessoa a ter esse problema são:  
·         personalidade ansiosa e ruminativa;
·         alcoolismo;
·         estresse pessoal ou profissional;
·         maus hábitos de sono. 
Se uma noite mal dormida se tornar algo muito comum, o indivíduo pode desenvolver obesidade, diabetes, hipertensão arterial, transtornos de atenção e memória.  
O diagnóstico é feito pelo histórico clínico e o diário de sono (actigrafia), que monitora o ciclo de atividade e repouso do paciente. Em alguns casos, é necessário fazer o exame de polissonografia, que registra as ondas cerebrais, o nível de oxigênio do sangue, a frequência cardíaca e respiratória, assim como o movimento dos olhos e das pernas durante o sono. 



Dr. Raimundo Nonato Delgado Rodrigues  - Médico especialista em sono pela Associação Médica do Brasil, neurologista pela Academia Brasileira de Neurologia, com doutorado em Clínica Médica (Medicina do Sono) pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília em colaboração com a Clinique Neurologique des Hospices Civils de Strasbourg - France. Professor de Neurologia da Universidade de Brasília, DF. 

Unidade do Sono






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