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quinta-feira, 22 de junho de 2017

6 Perguntas e Respostas sobre as Olheiras



Origem do problema pode ser hereditário e pode piorar com fatores ambientais

O rosto é o nosso cartão de visitas, mas infelizmente os primeiros sinais de envelhecimento surgem exatamente na região da face. As olheiras, cujo nome médico é hiperpigmentação periorbital, é um problema comum que atinge mais frequentemente as mulheres. Embora não tenha impacto na saúde física, as olheiras afetam a autoestima e a qualidade de vida.

Isso porque essa condição interfere na aparência facial, causando um aspecto de cansaço, tristeza ou até mesmo de ressaca, o que pode comprometer a vida social e profissional de quem sofre com esse problema. Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista, especialista em cirurgia de pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, a olheira é a diferença de cor entre a pele que reveste as pálpebras e o restante da pele facial.

“A região ao redor dos olhos, que chamamos de periorbital, é uma das primeiras áreas a mostrar os sinais do envelhecimento. Além das rugas e da flacidez, é muito comum ocorrer a hiperpigmentação dessa região, ou seja, as temidas olheiras”, explica a médica.


1. De onde vêm as olheiras?
 
Dra. Tatiana explica que a origem das olheiras é complexa e inclui diversos fatores. “As causas podem ser primárias, quando há fator genético envolvido, ou secundárias quando há apenas fatores ambientais. Não há uma definição exata de sua origem, mas hipóteses sugerem fatores como hereditariedade, excesso de exposição solar, hiperpigmentação pós-inflamatória, excesso de vascularização subcutânea, hipertransparência da pele, edema periorbital e herniação da gordura palpebral como as causas mais prováveis”, afirma a médica.

Os descendentes de árabes, turcos, hindus e ibéricos costumam herdar essa característica geneticamente. “Mas ela pode se agravar se a pessoa se expuser aos fatores de risco, como fumar, consumir álcool em excesso, dormir pouco e fizer uso de certos medicamentos. Portanto, encontramos condições mistas. Outros fatores de risco envolvidos nas olheiras são as doenças alérgicas, como rinite e asma, doenças que atingem os rins, coração e tireoide”, comenta Dra. Tatiana. 


2. Quais são os tipos de olheira?
 
Como há diferentes tipos de olheiras, é preciso cautela nos tratamentos. Cada paciente irá demandar uma ou mais terapêuticas diferentes, mesmo porque raramente a olheira é causada por apenas um fator. A melhora dos “olhos escuros e cansados” é feita por combinações de tratamento.
  • Pigmentar (olheira verdadeira): olheiras que surgem pelo acúmulo da melanina. O tratamento deve ser realizado em conjunto com o dermatologista, que geralmente aplica laser para melhora do quadro.
  • Muscular: ocorre quando há hipertrofia do músculo orbicular pré-tarsal: O tratamento com toxina botulínica alcança bons resultados.
  • Bolsa de gordura: por protusão (protuberância) das bolsas de gordura inferiores. O tratamento é feito por meio da blefaroplastia (cirurgia de pálpebras) inferior transconjuntival ou transcutânea.
  • Sulco Nasojugal: ocorre pela formação de sombra abaixo dos olhos por evidência do ligamento palpebromalar (ou sulco nasojugal). O tratamento é feito com preenchimento com ácido hialurônico.

3. Como a toxina botulínica melhora aspecto da olheira?

Quando a pessoa sorri e fica um “gordinho” logo abaixo dos cílios, significa que ela tem um músculo orbicular mais espesso e forte que, ao se contrair, simula uma olheira. Para amenizar esse aspecto, é usada a toxina botulínica (Botox R) para diminuir a contração das fibras musculares. O tratamento dura no máximo seis meses.


4. Como o preenchimento melhora o aspecto da olheira?
 
Existem diversos preenchedores faciais. O mais próximo do “ideal”, atualmente, é o ácido hialurônico. Ele está presente em diversos tecidos do organismo, inclusive na pele, mas perde suas qualidades de hidratação e elasticidade com o tempo. Por isso quando confeccionado industrialmente possui ligações intercelulares mais estáveis (crosslinking) e pode durar até 18 meses. O ácido hialurônico é usado para preencher espaços entre as células e quando colocado no sulco nasojugal dá volume a uma área deprimida, refletindo mais luminosidade no local tratado, disfarçando as olheiras. 


5. Como a blefaroplastia melhora o aspecto da olheira?
 
Nos casos em que há excesso de pele ou de gordura nas pálpebras, é possível corrigir por meio de uma blefaroplastia, cirurgia feita nas pálpebras. Atualmente, a Blefaroplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados pelo Oftalmologista especializado em Cirurgia Periocular, uma vez que este profissional tem profundo conhecimento da dinâmica palpebral e das necessidades de proteção do olho.


6. É possível prevenir? 
 
Veja algumas dicas da Dra. Tatiana para prevenir o agravamento ou surgimento das olheiras:
  • Dormir de 7 a 8 horas por noite
  • Não fumar
  • Consumir álcool com moderação
  • Evitar coçar os olhos, pois a fricção pode levar ao rompimento de vasos sanguíneos e consequentemente ao escurecimento das pálpebras
  • Usar protetor solar específico para a região dos olhos e evitar a exposição solar, mesmo que esteja usando protetor solar
Diminuir o consumo de sal e sódio, pois essas substâncias levam à retenção de líquido, que pode impactar no inchaço das pálpebras.




Trend Micro analisa ransomware para Linux que atacou empresa sul-coreana



Hackers exigiram resgate de U$S 1 milhão depois que mais de 3 mil sites foram infectados


Neste mês, a empresa sul-coreana de web hosting NAYANA, foi atacada pelo ransomware Erebus. Detectado pela Trend Micro como RANSOM_ELFEREBUS.A, ele conseguiu infectar 153 servidores Linux e mais de 3.400 sites de empresas hospedadas pela NAYANA.

Em nota divulgada no site da NAYANA, a empresa informou que os hackers exigiram um resgate no valor de 550 Bitcoins (BTC), ou US$ 1,62 milhão, para descriptografar os arquivos afetados de todos os seus servidores. 

A empresa negociou um pagamento de 397,6 BTC (aproximadamente US$ 1,01 milhão) a ser pago em parcelas. Em declaração postada no site da NAYANA, em 17 de junho, o segundo de três pagamentos já havia sido efetuado. 

A partir daí, a empresa iniciou o processo de recuperação dos servidores em lotes e, até o momento, o primeiro e o segundo lotes de servidores foram recuperados com sucesso.

Apesar de ser incomparável em termos de valor de resgate, o fato ainda é uma reminiscência do que aconteceu com o Kansas Hospital, que não conseguiu acesso total aos arquivos criptografados mesmo após o pagamento, e ao invés disso sofreu uma segunda extorsão.

O Erebus foi visto pela primeira vez em setembro de 2016 através dos malvertisements (propagandas maliciosas) e reapareceu em fevereiro de 2017 usando um método que consegue evitar o Controle de Conta de Usuário do Windows. 


Possível Vetor de Chegada

De acordo com pesquisas e estudos da Trend Micro, é possível afirmar que o Erebus pode ter vulnerabilidades possivelmente potencializadas ou um explorador Linux local. 

Com base na inteligência open-source, o site da NAYANA é executado em um Linux kernel 2.6.24.2, que foi compilado em 2008. Falhas de segurança, como o DIRTY COW, que podem proporcionar aos hackers um acesso irrestrito (acesso root) à sistemas Linux vulneráveis são apenas algumas das ameaças aos quais o sistema pode ter sido exposto.

Além disso, o site da NAYANA usa o Apache versão 1.3.36 lançado em 2006, sistema pelo qual as explorações das vulnerabilidades são bem conhecidas. Segundo a Trend Micro, é vendida até mesmo uma ferramenta no submundo chinês para exploração maliciosa do Apache Struts. 

A versão do Apache utilizada pela NAYANA é executada como usuário “nobody” (uid=99) que indica que um explorador local pode ter sido usado no ataque.
Vale destacar que este ransomware é limitado em termos de cobertura, e está, na verdade, altamente concentrado na Coreia do Sul. Esse fato pode indicar que este ataque ransomware é direcionado.  

Por outro lado, o VirusTotal mostrou que diversas amostras são originárias da Ucrânia e Romênia. Estes envios podem indicar também que se tratavam de outros pesquisadores de segurança.


Quais são os arquivos mais visados

Documentos da empresa, bases de dados e arquivos multimídia são os tipos de arquivos mais comuns alvejados pelo ransomware. Esta versão do Erebus, por exemplo, criptografa 433 tipos de arquivos. 

No entanto, o ransomware parece estar codificado principalmente para alvejar e criptografar os dados armazenados nos servidores de Internet.


Adoção das melhores práticas

Apesar de sua participação no mercado, os sistemas operacionais Unix e similares ao Unix, tais como o Linux, são lucrativos para os cibercriminosos, uma vez que o ransomware continua sendo diversificado e cada vez mais desenvolvido no cenário de ameaças. 

O motivo? Estes sistemas são uma parte universal das infraestruturas que atendem inúmeras empresas, além de serem usados por estações de trabalho e servidores, frameworks de desenvolvimento de aplicativos e da web, bases de dados, dispositivos móveis, entre outros.

Como já visto em outros ataques, como WannaCry, SAMSAM, Petya ou HDDCryptor, a capacidade de afetar servidores e partes da rede pode potencialmente aumentar esse estrago. Uma única máquina vulnerável em uma rede, às vezes, é o necessário para infectar sistemas e servidores conectados.

Esse é mais um motivo pelo qual os administradores de sistemas/TI devem ter uma abordagem de segurança defense-in-depth (defesa em profundidade). As melhores práticas para atenuar o ransomware incluem:

•        Fazer o backup de arquivos críticos;

•        Desabilitar repositórios não verificados ou de terceiros;

•        Garantir que servidores e endpoints estejam atualizados (ou implantar o virtual patching);

•        Monitoramento regular da rede
Alguns dos mecanismos de segurança que podem ser considerados são:

•        Filtragem de IP, assim como sistemas de detecção e prevenção de invasões;

•        Extensões de segurança no Linux que gerenciam e limitam o acesso aos arquivos ou recursos da rede/sistema;

•        Segmentação da rede e categorização de dados para restringir e mitigar infecções e outros danos aos dados.
Em tempo: A Trend Micro irá atualizar este post assim que novas informações da análise relativa ao ransomware do Linux estiverem disponíveis.




Trend Micro Incorporated



Corromper e delatar: o melhor negócio



Há crimes que se pode praticar só: matar, roubar, furtar etc. Não há como delatar outros e sair sorrindo. Ainda, devolver apenas parte de coisa, da "res furtiva", ficando com o lucro.

Já no crime de corrupção, há dois polos do ato criminoso: ativo, o corruptor, e passivo, o corrompido.

Corrompidos são agentes e servidores públicos, políticos em geral, segundo as últimas e tristes notícias que consomem os noticiários  de nosso País. Corruptor pode ser qualquer um, até mesmo mediante um bombom. Mas as corrupções mínimas não estremecem o País, embora sejam eticamente reprováveis. O que fez de nossa sociedade uma baixada pantanosa e desesperadora foi a corrupção alta, de grandes valores, milionários e bilionários, que extraíram, como o faz qualquer ladrão, dinheiro da saúde, da educação, da justiça, do desenvolvimento que gera postos de trabalho. Nosso superior, embora não o único, perdoem-me os donos das miraculosas soluções teóricas, econômicas e sociais, problema, é a corrupção altíssima e devastadora. Daí nosso estado atual.

Sob miragem da operação "mãos limpas" da Itália, que, ao fim e ao cabo, redundou num retumbante fracasso, com a volta dos Berlusconi da vida, com a corrupção, inclusive, entremeada com o Banco do Vaticano, o Brasil promulgou uma lei que deve ser profundamente rediscutida: a lei que premia delatores, a pior espécie dos caráteres humanos, os traidores de seus antigos parceiros, sejam da legalidade ou da ilegalidade. Não há no mundo paradigmas mais repugnantes do que Judas Iscariotes ou Joaquim Silvério dos Reis.

Há delinquentes que são, pelo menos, homens que se dispõem a pagar por seus crimes, com coragem, até o final de suas vidas. Há até mesmo os que, em determinado momento da vida delitiva, desejam ser apenados. Testemunhamos fatos dessa natureza em mais de 40 anos de exercício ininterrupto da advocacia.

Pois bem, apenas para exemplificar: essa lei (n. 12.850/2013) permite que uma organização criminosa como a JBS, em atuação no Brasil, por seus diretores máximos, embalados em conluio com um governo sem um mínimo brio, que todos desejamos esquecer e riscar do mapa político, pratique crimes de corrupção na ordem de 10 bilhões de reais, o que significa que sangraram os cofres públicos em cerca do décuplo; e, no acordo celebrado com a Chefia do Ministério Público e homologado, só nas suas formalidades externas, pelo Supremo Tribunal Federal, tenham reembolsado os cofres públicos em meros trezentos milhões, uma gorjeta diante da magnitude do crime.

Indaga-se: haverá melhor negócio? Corrompo. Se descoberta a manobra repugnante, delato. Nem sequer sou denunciado, como não o foram os diretores da J & F, principais autores dos crimes. Quer isso dizer que nem sequer serei processado, apenas se for pilhado numa mentira demonstrável por si mesma, por uma contradição íntima. Voarei como um passarinho, depois de haver lesionado gravemente meus compatriotas, até pousar numa régia cobertura na Quinta Avenida.

Ah, é um meio de prova. Talvez (dependente de corroboração), e de impunidade. Só uma das partes delinquentes é punida, o corrompido. E, tratando-se de altas autoridades políticas, no torvelinho de múltiplas marchas e contramarchas. Na verdade, a delação premiada é a confissão da inépcia da polícia, confortada na confissão de um delator. E o Brasil, hoje, é o País que mais recorre à delação premiada no mundo. Há países em que ela causa nojo e asco, e o delator é convidado à morte.
  




Amadeu Roberto Garrido de Paula - Advogado e sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.




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