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quinta-feira, 22 de junho de 2017

Existe uma profissão certa para cada tipo de pessoa?



Escolher qual profissão seguir não é tarefa simples. Uma das grandes dificuldades nesse processo é o aumento da quantidade de profissões disponíveis para o candidato escolher, em um mercado de trabalho cada vez mais exigente e competitivo. Além disso, quando o candidato apresenta diferentes áreas de interesse (gostar de música e de química ao mesmo tempo, por exemplo), deverá refletir sobre quais dessas atividades gostaria de fazer profissionalmente, tendo que lidar com as perdas resultantes de suas escolhas. Ao escolher trabalhar com música, a princípio o indivíduo terá de abrir mão de seu interesse pela química.

Mas o fato é que, apesar das dificuldades inerentes à escolha de qual profissão seguir, tendemos a nos envolver em atividades que sejam compatíveis com nossas habilidades. Pessoas que buscam profissões que estejam alinhadas a seus interesses e à sua personalidade, tendem a ser mais satisfeitas profissionalmente e a mudar menos de carreira.

Alguns estudos da psicologia revelam que os interesses são uma expressão da personalidade e que pessoas que seguem uma mesma profissão tendem a apresentar características da personalidade semelhantes. Tais estudos consideram que existem seis tipos de personalidade vocacional: Realista, Investigativo, Artístico, Social, Empreendedor e Convencional (RIASEC), conforme figura a seguir:


Figura 1. Tipos de personalidade vocacional RIASEC 


Fonte: Holland (1985)


Veja abaixo algumas das características comuns a cada tipo de personalidade vocacional e alguns cursos correlatos:


(R)ealista: preferência por atividades práticas e concretas, como o uso de máquinas, ferramentas e materiais. Pessoas com personalidade realista tendem a ser introvertidas e a atribuir pouca importância aos valores estéticos. Apresentam maior capacidade matemática e mecânica que capacidade verba; e perceptiva.

Exemplos de cursos: áreas da Engenharia



(I)nvestigativo: interesse e curiosidade por atividades analíticas e intelectuais, buscando soluções para problemas comuns e satisfação em atividades acadêmicas. Tendem a ser introvertidos, críticos e perfeccionistas, preferindo profissões mais científicas e teóricas. Apresentam boa capacidade de organização, independência e originalidade.

Exemplos de cursos: Direito, Ciências Biológicas, Ciências Farmacêuticas 



(A)rtístico: gosto por atividades livres e não sistematizadas, visando desenvolver competências inovadoras e criativas, como a linguagem, a arte e a música, com tendência à abertura a novas experiências. Pessoas com personalidade artística enfatizam sentimentos, emoções, intuições e imaginação, apresentando aptidões verbais, motoras e perceptuais. 

Exemplos de cursos: Arquitetura, Artes Cênicas, Música



(S)ocial: busca pelo contato com outras pessoas, demonstrando extroversão e tendendo a evitar situações que exijam força física. Demonstram responsabilidade e sensibilidade, e grande capacidade verbal e interpessoal. Os sociais preferem trabalhar em atividades comunitárias e têm menor habilidade matemática do que verbal.

Exemplos de cursos: Serviço Social, Sociologia, Psicologia, Pedagogia



(E)mpreendedor: atração por situações de poder, que associam-se à liderança e ao empreendedorismo, evitando atividades muito reflexivas e teóricas. Apresentam necessidade de domínio, boa expressão verbal e capacidade persuasiva.

Exemplos de cursos: Relações Públicas, Gestão Hoteleira e Turismo



(C)onvencional: preferência por atividades como manipulação de dados, que têm relação com competências de organização e disciplina. Indivíduos com personalidade convencional tendem a evitar situações livres e exploratórias, sendo caracterizados por falta de flexibilidade e de criatividade.

Exemplos de cursos: Economia, Contabilidade e Administração

           
De maneira geral, os estudos têm encontrado uma relação significativa entre tipos de personalidade e escolhas de carreira entre estudantes de graduação, sugerindo que os estudantes tendem a obter maior satisfação ao escolherem carreiras que mais se relacionem com suas características pessoais.

Por fim, e antes que você reflita sobre qual o seu tipo de personalidade e se você escolheu o curso certo, vale ressaltar que todos nós apresentamos características das seis dimensões. Apesar de existir uma predominância de uma dessas dimensões sobre as demais, que caracteriza o tipo de personalidade que cada um de nós apresenta na maior parte do tempo, podemos apresentar características realistas, investigativas, artísticas, sociais, empreendedoras ou convencionais, a depender da situação ou contexto.

Se você se interessou pelo tema, se está em fase de escolha do curso certo para você, ou em processo de mudança de curso, recomenda-se que reflita profundamente sobre seus interesses, gostos e preferências. Autoconhecimento é a palavra chave nesse momento. E lembre-se que, nessa tarefa de olhar para si, a ajuda de um profissional da psicologia pode ser muito bem-vinda!





Profa Dra Ingrid Luiza Neto - docente do curso de Psicologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)



Referências:

Holland, J. L. (1985). Making vocational choices: A theory of vocational personalities and work environments (2nd ed.). Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
Kemboi, R. J. K.; Kindiki, N.; & Misigo, B. (2016). Relationship between personality types and career choices of undergraduates Students: A case of Moi University. Kenya Journal of Education and Practice, 7 (3), 102-112.

Magalhães, M. O.; & Gomes, W. B. (2007). Personalidades vocacionais e processos de carreira na vida adulta. Psicologia em Estudo, 12(1), 95-103.

Mansão, C. S. M.; & Noronha, A. P. P. (2011). Avaliação dos tipos profissionais de Holland: Verificação da Estrutura interna. Psicol. Trujillo, 13(1), 46-58.

Santos, I. M. G. (2012). Os interesses e as escolhas profissionais de acordo com os 6 tipos de personalidade propostos por Holland (RIASEC) numa amostra de estudantes do ensino superior em Cabo Verde. (Dissertação de Mestrado), Faculdade de Psicologia: Universidade de Lisboa.

Valore, LA. (2008). A problemática da escolha profissional: Possibilidades e compromissos da ação psicológica. Em Cidadania e participação social, A.F. SILVEIRA, et al. (pp 66-76). Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais.




5 situações consideradas crime ambiental que você desconhece



O meio ambiente é protegido pela Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. Considera-se crime ambiental todo e qualquer dano ou prejuízo causado aos elementos que compõem o ambiente, são classificados 5 tipos de crimes (contra a fauna, contra a flora, poluição, contra o ordenamento urbano/patrimônio cultural e crimes contra a administração ambiental). Mas, muitos desconhecem as leis e acabam sofrendo punições sem conhecer as reais causas. Dr. Alessandro Azzoni especialista em direito ambiental esclarece aqui 5 situações consideradas crime contra o meio ambiente que a maioria das pessoas desconhece e pratica.  

1-  Comprar ou receber animais da fauna silvestre:
Recebeu um papagaio, um passarinho com um lindo canto, um filhote de tartaruga e assim por diante? Saiba, se esses animais não possuírem chip ou anilha autorizada pelo Ibama/Secretária do Meio Ambiente do Estado, você poderá sofrer punições. Dr. Azzoni explica que não há possibilidade de regularizar animais sem autorização e  nestes casos se efetua a entrega voluntária ou a pessoa será apresentada junto ao órgão competente - de Lei de Crimes Ambientais Lei nº. 9.605/98, em seu artigo 29 a 37 que elenca as agressões cometidas contra animais silvestres e ainda a comercialização sem autorização;
                                                                     
2-  Outra situação considerada crime ambiental é a pesca sem autorização, portanto, antes de pegar um barco e sair pescando você precisa de autorização. Ou poderá ser surpreendido pela policia militar ambiental, ser multado, além de, responder por crime ambiental;


3-  Adquirir área com abundância de mata nativa com diversas espécies de plantas e animais, com um valor extremamente convidativo, ou preço fora do mercado, não é um ótimo negócio. Geralmente essas ofertas são de terreno com Área de Proteção Permanente, ou seja, quem adquirir não poderá construir e nem desmatar nada, caso o faça estará cometendo crime ambiental contra a flora (artigos 38 a 53 da lei  de crimes ambientais a 9605/98), que deixa claro que é crime causar dano ou destruição a vegetação de APP - áreas de preservação permanente em qualquer estágio de recuperação ou em unidades de conservação.  O mesmo aplica-se para quem provocar incêndio em mata ou floresta. O especialista aconselha pesquisar sempre a área que deseja comprar para verificar se existe algum passivo ambiental.

4-  Toda e qualquer obra em propriedade rural e ou urbana precisa de licença ambiental Caso precise remover qualquer árvore, não pense! Peça autorização sempre, saiba até para retira uma árvore de sua casa, “Sempre será necessário autorização da prefeitura local. Além disso,  fique atento e não use um “jeitinho” para resolver pois o Ministério Público poderá promover uma ação civil pública exigindo responsabilidade pelo dano causado. Na dúvida questione o órgão ambiental e peça a resposta sempre por escrita em forma de documento. Explica Dr. Alessandro Azzoni.

5-  Existem ainda crimes de poluição (art. 54 a 61)

Tudo que estiver acima dos limites autorizados será crime de poluição, portanto acima dos índices permitidos é crime ambiental. Poluição que causar danos à saúde humana, mortandade de animais e destruição significativa, se enquadra aqui.

“Fiquem atentos, pois todo o dano causado ao meio ambiente será obrigatório à recuperação deste. E como já julgado pelo STF, a recuperação do dano ambiental é imprescritível, ou seja, pode ser cobrada a qualquer momento não importando quem foi o autor, basta estar na propriedade do bem.” Finaliza Dr. Alessandro Azzoni especialista em direito ambiental. 






  
Dr. ALESSANDRO L. O. AZZONI OAB/SP Nº: 353144 - Graduado em Ciências Econômicas pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (1994). Graduado em Direito pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (2014), Pós graduado em Direito Ambiental Empresarial pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas. Mestrando em Direito
Conselheiro Cades - Conselho de Meio Ambiente - Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, atuando principalmente no seguinte tema: AMBIENTAL, nos licenciamentos dos projetos urbanísticos da Cidade de SP, analisando e aprovando os EIA/RIMA dos referidos projetos.
PRESIDENTE da Câmara Técnica de RIVI - Relatório de Impacto de Vizinhança do CADES Municipal SP Conselheiro do COFEMA- Conselho Especial do Fundo de Meio Ambiente da Cidade São Paulo, atuando na fiscalização e aprovação dos recursos do fundo para projetos relacionados ao meio ambiente conforme a Resolução do CADES.
Atualmente docente do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental ? EAD, na UNINOVE , Disciplina ministrada: "LEGISLAÇÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS".
Docente da UNINOVE nos cursos de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Biomedicina, Biologia e Farmácia. Diretor - OPZIONE FOMENTO MERCANTIL Ltda. com experiência na área de Economia, com ênfase em FOMENTO MERCANTIL, ANÁLISE DE CRÉDITO E RISCO.
Diretor da ACSP- Associação Comercial de São Paulo e 2º Vice-Diretor Superintendente da ACSP - Distrital Sudeste



Pneumologista da BP - A Beneficência Portuguesa explica como prevenir a gripe




Mesmo o Ministério da Saúde tendo estendido a vacinação contra a gripe à toda a população, nem todos foram aos postos de saúde ou clínicas privadas para buscar a prevenção contra a doença, o que tem preocupado os especialistas.

"No inverno as pessoas tendem a ficar mais confinadas em locais fechados, com pouca circulação de ar como, por exemplo, dentro de ônibus ou metrô. Esses locais contribuem para a propagação do vírus da gripe e, portanto, para a transmissão da doença", esclarece Pedro Genta, pneumologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

O especialista alerta que o contágio ocorre quando o indivíduo entra em contato com gotículas contaminadas pelo vírus espalhadas no ar. Essas gotículas podem surgir a partir de um espirro ou mesmo pelo contato com algum objeto ou local contaminados por secreções.

"Desenvolver o hábito de higienizar as mãos, ou seja, lavá-las sempre antes e depois de ir a algum lugar, além de evitar permanecer em locais fechados e ter contato físico com pessoas contaminadas são os cuidados básicos para prevenir a gripe em qualquer época do ano e não só no inverno", acrescenta o pneumologista da BP.

Sintomas como febre alta, congestão nasal, dores musculares, dor de garganta e indisposição duram, em média, três dias. Porém, caso persistam por mais tempo ou se agravem, é importante buscar ajuda profissional, especialmente as crianças, as gestantes e os idosos ou aqueles que já tenham alguma doença crônica. Indivíduos com doença respiratória ou cardiovascular, por exemplo, podem ter sua condição de saúde agravada e são mais vulneráveis às complicações da gripe.
 
Em uma avaliação clínica, o médico pode suspeitar de complicações da gripe como sinusite ou pneumonia e eventualmente solicitar exames específicos que auxiliam o diagnóstico e o tratamento.



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