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terça-feira, 20 de junho de 2017

Dia Nacional do Diabetes é celebrado em 26 de junho: quase 9% da população é afetada pela doença



Em 10 anos, número de casos cresceu quase 62% no Brasil. Endocrinologista do Hospital Santa Paula ressalta a importância da prevenção


Em 26 de junho é comemorado o dia Nacional do Diabetes, uma data que surgiu em parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar os brasileiros sobre a doença que afeta 8,9% de toda a população do País, segundo dados de 2016 divulgados pelo Ministério da Saúde.

Este número corresponde a mais de 18 milhões de pessoas e representa um crescimento de 61,8% em relação a 2006.

De acordo com a endocrinologista do Hospital Santa Paula, Claudia Liboni, o que pode ter provocado este aumento foi a falta de cuidados de rotina com a saúde e o estilo de vida cada vez mais acelerado nas cidades, com pouca atenção à alimentação.

“Os problemas decorrentes da urbanização, como estresse e falta de tempo, muitas vezes levam o indivíduo à má alimentação e ao sedentarismo que, somados à predisposição genética, podem resultar em sobrepeso/obesidade. Juntos, esses são fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes, uma doença crônica e silenciosa com a qual o paciente deverá conviver durante a vida toda”, relata a médica.

Existem diferentes tipos da doença, mas os mais conhecidos são o diabetes tipo 1 e o tipo 2. O diabetes tipo 1 é caracterizado pela falência das células beta no pâncreas e é mais comum em pessoas com idade abaixo dos 35 anos. Já o diabetes tipo 2 ocorre por resistência à ação da insulina, tendo a obesidade como um dos principais responsáveis.

A especialista explica que, no Brasil, o número de pessoas diagnosticadas com a doença é maior em faixas etárias mais altas. Além disso, entre a população com escolaridade baixa a incidência do diabetes é quase três vezes maior porque têm menor conhecimento sobre a doença.

O diabetes também é uma das principais causas de amputações no País, conforme dados da OMS. De todas as amputações que acontecem no Brasil, 70% são em decorrência da doença. E esse problema não se limita ao território brasileiro: a cada um minuto três pessoas ao redor do mundo são amputadas por causa de complicações do diabetes.

A International Diabetes Federation (IDF) aponta que o Brasil é o quarto país com o maior número de adultos diabéticos. Isso resulta em um gasto anual de cerca de R$ 6,6 bilhões com pessoas com diabetes, valor 5,5 vezes maior que o custo da reforma do estádio do Maracanã.


Como identificar?

Claudia Liboni explica que o diabetes tipo 1 pode incluir sintomas como excesso de sede, perda de peso repentina e acelerada, fome exagerada, cansaço, vontade de urinar com frequência, problemas na cicatrização, visão embaçada e, em alguns casos, vômitos e dores estomacais.

Já o diabetes tipo 2 é o tipo mais comum. A maioria dos casos não apresenta sintomas, exceto quando a glicemia está muito elevada, aí pode-se apresentar os mesmos sintomas do diabetes tipo 1.


Mulheres são mais suscetíveis

Números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o diabetes afeta mais mulheres do que homens. Enquanto 7,8% dos brasileiros foram diagnosticados com a doença, 9,9% das mulheres do País apresentam diabetes.
“O diabetes exerce um impacto maior nas artérias femininas do que nas masculinas. O fato é comprovado cientificamente, mas ainda não se sabe a razão”, relata a médica.


Impotência sexual masculina

O aumento da quantidade de açúcar no sangue, em médio prazo, pode causar lesões nos vasos sanguíneos e nervos, que são os principais elementos responsáveis pela ereção do pênis.

“O tratamento do diabetes, assim como o controle do peso e da pressão arterial, é muito importante para a melhora da ereção. Como em alguns casos a disfunção sexual de origem diabética pode apresentar também fatores psicológicos, torna-se necessário um apoio psicológico, inclusive de seu médico e da parceira.” explica Liboni.

O primeiro passo para o paciente diabético que esteja sofrendo com a impotência é controlar os níveis de açúcar no sangue de forma rápida e efetiva. Com medicamentos e mudança no estilo de vida o paciente pode reassumir a atividade sexual, diminuindo os sintomas da impotência.

“Todo homem deve ter em mente que o diabetes é uma doença silenciosa e quando começam a aparecer os sintomas de disfunção erétil é porque a doença já tem alguns anos de evolução. Após os 40 anos, é recomendável consultar regularmente um urologista. Se o médico detectar alguma alteração na glicemia, será solicitado um acompanhamento endocrinológico para iniciar um tratamento preventivo com o intuito de evitar transtornos no futuro” explica a endocrinologista do Hospital Santa Paula.

Estudos internacionais apontam que 50% dos homens relatarão algum episódio de impotência sexual nos seis primeiros meses após o diagnóstico de diabetes. Mesmo assim, a impotência sexual pode ser bem controlada em quase todos os homens portadores da doença.


Prevenção e tratamento

O tratamento inclui medicações de uso oral e opções injetáveis, como a insulina. Há vários tipos de insulina no mercado, algumas de ação rápida, outras de ação lenta, e a combinação delas são necessárias em alguns casos. Associado ao uso das medicações, é preciso fazer uma dieta com carboidratos complexos (farinha integral e sem açúcar), perder peso quando for o caso e realizar atividades físicas, tanto aeróbicas quanto anaeróbicas.





Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000 

 

Problema hormonal também é responsável pela baixa estatura da criança



A baixa estatura é uma das queixas mais frequentes nos consultórios médicos. A endocrinopediatra do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Tamara Manfredi, alerta que um dos motivos para o desenvolvimento lento de uma criança, e pouco debatido, é a produção insuficiente do hormônio de crescimento, fornecido pela hipófise – glândula que se localiza na base do cérebro, responsável pela síntese de diversos hormônios.

“A deficiência do hormônio de crescimento costuma ter causa desconhecida, mas em alguns casos pode ter origem orgânica como trauma, neoplasia, infecção ou irradiação do sistema nervoso central”.

A endocrinopediatra explica que além das dosagens e de testes hormonais, o diagnóstico é feito com base em um conjunto de informações, que leva em consideração, principalmente, a anamnese – histórico dos sintomas -, exame físico do paciente, avaliação da velocidade de crescimento, análise dos antecedentes médicos e possíveis distúrbios, radiografias para comparação da idade óssea, ressonância da hipófise, testes genéticos, entre outros.

“Durante o acompanhamento, também utilizamos um cálculo para prever a estatura alvo do paciente, a partir da altura dos pais, e traçar as medições em gráficos de crescimento específicos para a idade e sexo para, assim, determinar se realmente o desenvolvimento está muito lento ou fora do padrão familiar”, complementa.

Identificada a alteração, inicia-se o quanto antes a administração de reposição do hormônio de crescimento por via subcutânea diariamente, dando prioridade para o período da noite, pois é o momento que ocorre o pico da produção fisiológica do hormônio de crescimento.

A médica ressalta ainda que muitas vezes o tratamento é necessário pelo resto da vida, isso porque a deficiência hormonal interfere também na tonicidade muscular, disposição e metabolismo ósseo na fase adulta.

A especialista lembra que a baixa estatura em crianças e adolescentes pode ter várias causas, além do problema hormonal. Entre elas estão fatores genéticos, constitucionais, outras deficiências hormonais como o hipotireoidismo e doenças crônicas que afetam o coração, os pulmões, os rins ou o intestino. “Antes de iniciar a reposição é importante descartar todas as outras causas”, recomenda.

É importante destacar também que, durante o tratamento, uma série de alterações metabólicas e hormonais podem ser desencadeadas como a resistência insulínica, hiperglicemia ou hipotireoidismo. Por isso, segundo a endocrinopediatra, é fundamental que o acompanhamento seja monitorado a cada três ou seis meses com exame físico e laboratorial.



Complexo Hospitalar Edmundo
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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Doenças do inverno: como fortalecer a alimentação e afastar os males típicos dessa época



Medidas simples melhoram a resposta imunológica e ajudam a prevenir contra gripes e resfriados.


O inverno é uma época que divide opiniões: alguns amam o frio, outros detestam. Porém, preferências à parte, todos possuem uma preocupação em comum: as doenças típicas dessa estação. Nesse período, vários fatores deixam o organismo mais vulnerável a gripes, resfriados e outros problemas respiratórios. E como podem atrapalhar significativamente a rotina e, até mesmo, deixar alguém “de cama”, não faltam receitas caseiras para “curar” esses males. De acordo com a sabedoria popular, chás, sopas e canjas não podem faltar no cardápio de quem enfrenta esses incômodos. Porém, se tais pratos já fazem parte do cardápio habitual do inverno, porque é tão comum sermos pegos por essas doenças justamente nessa época do ano? De acordo com especialistas, alguns alimentos são, de fato, fortes aliados na prevenção de gripes e resfriados. Porém, para alcançar tal benefício, é preciso inseri-los corretamente na dieta. Portanto, se você quer saber como fortalecer sua imunidade e afastar esses males, veja agora no que apostar.

Porque adoecemos mais no inverno?

Embora gripes e resfriados sejam causados por vírus e não, necessariamente, pelas baixas temperaturas, a friagem faz com que frequentemos lugares mais aglomerados, aumentando as chances de contaminação. Em busca de ambientes mais aconchegantes e quentinhos, costumamos manter portas e janelas fechadas, impedindo a circulação de ar e propiciando o acúmulo de agentes nocivos. Devido às condições climáticas da estação, o ar também é mais seco, facilitando a proliferação de microrganismos. Todos esses fatores fazem com que tenhamos mais contato os principais causadores de infecções respiratórias.

Além disso, por incrível que pareça, existe outro agravante: a alimentação desequilibrada. De acordo com a nutricionista Joanna Carollo, as refeições fartas do inverno não propiciam somente o ganho de peso, mas também podem dificultar o combate a doenças “Nessa época do ano, as pessoas estão mais propensas a cometer exageros na mesa, principalmente em relação à ingestão de açúcar, gorduras trans e carboidratos refinados. O problema não está somente no alto valor calórico dessas refeições, mas também na falta de nutrientes e na capacidade que muitos desses alimentos têm de aumentar a inflamação do organismo, dificultando a resposta imunológica”.

Imunomoduladores

De acordo com a profissional da Nova Nutrii, como estamos mais expostos a patógenos nesse período do ano, a alimentação deve, justamente, suprir os elementos essenciais às células de defesa do organismo “Alguns nutrientes, em especial, são capazes de estimular o sistema imunológico, melhorando sua resposta, são os chamados imunomodulares. Seguir uma dieta rica nesses nutrientes fortalece o organismo, deixando-o mais preparado para reagir diante de qualquer ameaça”. Eles ajudam, dentre outras coisas, na formação e atuação dos anticorpos, células responsáveis por frear a ação de vírus e bactérias no organismo. Além disso, são ricos em antioxidantes que, por sua vez, inibem outro grande inimigo da imunidade: os radicais livres – substâncias que prejudicam a integridade das células e desencadeiam doenças. Diante disso, a nutricionista destaca alguns desses nutrientes e onde encontrá-los:

Afastando infecções – vitamina A

Dentre os órgãos que compõem o complexo sistema imunológico, as mucosas exercem um papel primordial: esses tecidos (presentes em regiões como o aparelho gastrointestinal e respiratório, por exemplo) são uma das primeiras barreiras que o corpo possui contra invasores. Neste âmbito, a vitamina A é fundamental: ela ajuda a produzir muco e manter essas estruturas íntegras, facilitando o trabalho das células de defesa. Este nutriente também é relevante na fagocitose, um processo da resposta imune que isola o microrganismo invasor, exterminando-o. A carência dessa vitamina esta relacionada, inclusive, a infecções de repetição. Fontes do nutriente: “Alimentos de coloração amarelo alaranjada como a cenoura, o mamão, a manga, o pêssego e o caqui são ricos em vitamina A. O nutriente também está presente no alho, cravo da índia, espinafre e vegetais folhosos verde-escuros”.

Ampliando o contingente – Vitamina B6

A piridoxina, também conhecida como Vitamina B6 é capaz, dentre outras coisas de aumentar o número de linfócitos – essas células são fundamentais para resposta imune, pois agem como verdadeiros “vigias”. São elas as responsáveis por reconhecer agentes infecciosos e, partir daí, alertar todo o organismo, acionando uma reação adequada para aquele patógeno. Fontes do nutriente: “O bife de fígado é uma das melhores fontes de vitamina B6, porém também é possível encontrar o nutriente em cereais como o levedo de cerveja, arroz integral e gérmen de trigo. Peixes como o atum e o salmão também são boas alternativas, pois, além do nutriente, possuem Ômega 3, um ácido graxo famoso por seu poder antioxidante”

Aumentando a resistência a inflamações – Vitamina C

Não é a toa que esse nutriente é um dos mais falados quanto o assunto é gripe: o ácido ascórbico, nome “químico” da vitamina C, auxilia na proliferação dos glóbulos brancos – células que utilizam a corrente sanguínea para monitorar o corpo, procurando sinais de invasores. Por facilitar a proliferação de anticorpos, seu aporte adequado aumenta a resistência a inflamações. Além disso, por também ser um antioxidante, combate a ação prejudicial dos radicais livres. Fontes do nutriente: “Frutas cítricas como o kiwi, acerola, o limão e a famosa laranja. Porém, existem fontes além das frutas como a couve, o brócolis, o agrião e, até mesmo, o pimentão”.

Combo de proteção - Selênio

Embora diversos minerais estejam relacionados ao fortalecimento da imunidade, o selênio merece destaque: o nutriente ajuda a desintoxicar o organismo e possui uma potente ação imuno-moduladora, em especial de caráter anti-inflamatório e antiviral. Antioxidante, o nutriente também protege contra a degradação celular provocada por radicais livres. Fontes do nutriente: “Castanha do Pará, sementes de girassol, cereais integrais e o tradicional arroz com feijão. Também pode ser encontrado nas proteínas animais como frutos do mar, carne de frango, de porco e, até mesmo, na gema do ovo”.

Adoeci, e agora?

Alho, mel e limão; cravo e gengibre; a famosa canja da vovó... Quem nunca recorreu às receitas caseiras na hora de tratar a gripe ou resfriado? Porém, você sabia que esses alimentos não possuem o poder de “curar” esses males como a sabedoria popular diz. Conforme explica Joanna, muitos desses ingredientes famosos possuem, de fato, imunonutrientes, contudo, quando ingeridos somente no período de infecções colaboram mais para o alívio dos sintomas do que para recuperação “Tais elementos são capazes de diminuir os desconfortos causados pela congestão nasal, dores no corpo e estados febris, por exemplo. Porém, não são tão eficazes na resposta imune quando o organismo já se encontra debilitado. Quando o indivíduo já está doente, o mais adequado é fazer uma alimentação que forneça, além dos nutrientes, energia para que o corpo possa reagir naturalmente. Nesse momento, a dieta pode servir como complemento ao tratamento, não como única via”.

De acordo com Carollo, o ideal é apostar em preparos que facilitem a ingestão dos alimentos, uma vez que dores de garganta, redução do olfato e, até mesmo perda do apetite podem prejudicar as refeições. “Ficar sem se alimentar pode comprometer ainda mais o estado do indivíduo. E como muitos podem apresentar dificuldade para se alimentar nesse período, o recomendado é fazer refeições leves, porém, ricas em ingredientes saudáveis e de fácil digestão”– daí a fama de chás, sopas e caldos E se você pensou no famoso suco de laranja, a receita também não é, exatamente, milagrosa “Embora muito famosa quando se trata de gripes e resfriados, a ingestão de vitamina C também deve ser preventiva e não curativa. Inclusive, o popular suco de laranja só é uma boa fonte do nutriente quando é bebido logo após o preparo. Como essa vitamina oxida muito rápido, a bebida deve ser consumida fresca para que forneça os benefícios”.

Idosos devem redobrar os cuidados

A preocupação com as doenças típicas do inverno deve ser ainda maior na terceira idade, pois, por já possuírem uma saúde mais frágil, idosos são mais vulneráveis às complicações dos resfriados e, sobretudo, gripes.  Como muitos já enfrentam problemas crônicos e restrições alimentares, é preciso ficar atento à quais alimentos imunomodulares podem fazer parte do cardápio. A dieta mais limitada também os deixa mais suscetíveis a deficiências nutricionais, o que pode prejudicar ainda mais a resposta imunológica. Portanto, embora gripes e resfriados sejam, em geral, infecções brandas, aqueles que já passaram da casa dos 60 devem redobrar os cuidados para prevenir e, sobretudo, tratar esses males, caso eles surjam. Nessa etapa, além do cardápio variado (adaptado às condições da dieta), imunização e acompanhamento médico são sempre medidas indispensáveis.





Fonte:  Nova Nutrii




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