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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Uso de DR nas instalações elétricas evita acidentes e pode salvar vidas



Dispositivo protege contra choques elétricos, desligando o circuito quando há fuga de corrente. Outro item de segurança é o DPS, que evita queima de aparelhos eletroeletrônicos por sobretensão.

Dois dispositivos – o DR (Diferencial Residual) e o DPS (Dispositivo de Proteção Contra Surtos) – tornam mais segura a instalação elétrica residencial. O DR é um dispositivo para proteção das pessoas contra choques elétricos e o DPS protege componentes eletroeletrônicos de queimas por sobretensão.
Embora obrigatórios, o uso dos dispositivos ainda não é uma regra no Brasil, principalmente em construções antigas que não foram modernizadas e na autoconstrução. “Conforme a norma ABNT NBR 5410 de instalações elétricas, o DR é obrigatório no Brasil desde 1997 e o DPS desde 2004. Isso nos deixa em igualdade com a maioria dos países mais adiantados tecnicamente. O caso é que nem sempre essa exigência é seguida na prática, principalmente na autoconstrução”, relata Hilton Moreno, engenheiro eletricista consultor do programa Casa Segura do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre).
Segundo Moreno, o DR pode evitar acidentes com eletricidade ao detectar fugas de corrente e interromper automaticamente a corrente elétrica. “O dispositivo reconhece quando há vazamento de pequena quantidade de energia dos condutores e componentes elétricos em geral, o que um disjuntor comum não consegue detectar. Dessa forma, evita as consequências de choques elétricos e até acidentes fatais.”

O corpo humano conduz eletricidade, por isso, quando uma pessoa entra em contato com partes energizadas, caso o percurso da corrente elétrica no corpo atinja órgãos vitais pode causar a morte se não for interrompida em um tempo adequado. O DR é eficiente tanto no contato direto – introdução de objeto condutor na tomada - como no contato indireto, quando a fuga de energia por falha na isolação interna de um componente eletroeletrônico torna um objeto não-condutor em condutor.

“O dispositivo DR pode ser utilizado por equipamento ou instalado em um quadro de luz, por circuito ou por grupo de circuitos”, alerta o consultor do Procobre. “A decisão sobre a melhor forma de ligar os dispositivos deve ser feita por um profissional habilitado e qualificado”, sinaliza.

Por norma, já é prevista a separação de circuitos de iluminação e de tomadas. Dessa forma, caso haja uma fuga de corrente em alguma tomada, isso não afeta a iluminação da casa ou a distribuição de energia para outros pontos do imóvel. Em termos de custo, o uso de DRs e DPSs não é algo significativo, representando um pequeno percentual do valor da instalação.  

Para reduzir a possibilidade de queima dos equipamentos eletroeletrônicos, outro dispositivo indispensável é o DPS. Ele previne que oscilações na rede elétrica causem danos aos aparelhos conectados às tomadas. “Quando os equipamentos estão ligados na rede e há uma sobretensão (elevação brusca de tensão do sistema elétrico), os aparelhos eletroeletrônicos passam a operar fora do limite de segurança e podem queimar”, destaca o consultor do Procobre. A sobretensão pode ser consequência de descargas atmosféricas, ventanias, quedas de árvores ou postes com comprometimento dos fios, manutenções na rede, realizadas pelas concessionárias distribuidoras de energia, entre outros fatores.
De acordo com Moreno, para que a utilização dos dispositivos seja mais frequente também é importante melhorar a capacitação dos profissionais e orientar a população em geral para que haja entendimento da real necessidade dos dispositivos de segurança na rede elétrica. “Ao desconhecer as exigências das normas técnicas e as boas práticas da engenharia, a falta ou a deficiência da qualificação dos profissionais impede que as medidas adequadas de segurança sejam adotadas, colocando em risco as pessoas, os equipamentos e o patrimônio.”


Programa Casa Segura é uma iniciativa do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre - www.procobre.org


Piedade filial pode causar mais mal do que bem ao idoso



 As culturas orientais e latinas cultivam obediência e respeito aos mais velhos, criando estereótipos generalizados 

O termo piedade filial reflete um sentimento interno de gratidão e responsabilidade dos mais jovens em relação a seus entes queridos que chegaram à velhice. As frases, comumente ouvidas, repetem quase sempre a mesma convicção: “Eles me deram a vida; me deram tudo, até o que não tinham. Não posso abandoná-los”. 

Esse é um julgamento muito presente na cultura latina. Os orientais também enfatizam valores que pregam respeito e obediência aos idosos. Ocorre que esse sentimento de piedade filial muitas vezes entra em conflito com a própria realidade. 

Uma senhora de 80 anos, com dificuldade de locomoção, passa o dia vendo TV. Essa é a sua única janela para o mundo. A família – a filha, o genro e os netos – ficam fora de casa durante todo o dia. Só retornam à noite, depois de uma jornada longa de trabalho e estudo. É uma vida corrida, de muita luta, a que se sujeitam milhões de pessoas. 

Mesmo assim essa família insiste em manter a avó em casa, mesmo sem ter condições de dar atendimento à idosa, que está lúcida, mas incapaz de se locomover com amplitude.
Nesse caso, a solução ideal para essa senhora seria permanecer, durante o dia, em um local que lhe oferecesse uma nova modalidade de cuidado. Esse local não seria um asilo, porque esse serviço de longa permanência colocaria o idoso lúcido em convívio com outros, que estão em estado terminal de enfermidade ou perderam a lucidez. 

Chamado erroneamente de “creche para idosos”, o centro dia é na realidade a melhor opção para o idoso permanecer durante a jornada de trabalho da família. Em um centro dia, o idoso participa de jogos e ações que reforçam suas capacidades cognitivas. Hoje, já existem máquinas de estimulação (semelhantes aos fliperamas) e jogos que estimulam a coordenação, em vários níveis. Há também desenhos especiais para idosos, que fazem pinturas elaboradas, bem distantes daqueles de temática infantil. 

Infelizmente, esse tipo de atividade ainda é desconhecido de grande parte da população. O público desconhece as possibilidades dos centros-dia. Nem sabe de sua existência, imaginando que existem apenas asilos ou locais de longa permanência. 

Para aquele parente idoso, que fica sozinho durante o dia, imóvel vendo TV, nada é mais verdadeiro do que a constatação final de pesquisa, desenvolvida pela Universidade de Harvard: “Nada é mais tóxico do que a solidão”.


Marília Sanches - terapeuta ocupacional e Mirian Shiba, administradora de empresas; ambas administram o Koru Centro-Dia - espaço de cuidados e atividades voltado ao público idoso


Em situações de espera, homens e mulheres levam menos de um minuto para acessar seus smartphones, revela Kaspersky Lab



Pesquisa mostra como estes aparelhos estão se tornando cada vez mais nossas companhias digitais 
 
Quanto tempo você acha que leva até conferir informações em seu celular? Dois minutos? Três? Pois a Kaspersky Lab afirma que somos ainda mais rápidos, quando se trata de momentos em que estamos sozinhos, aguardando por algo. Em experimento realizado pelas Universidades de Würzburg (Alemanha) e Nottingham Trent (Inglaterra), a pedido da empresa de segurança, participantes deixados sozinhos em sala de espera demoraram, em média, apenas 44 segundos para acionar seus smartphones. Os homens foram ainda mais ansiosos, e não conseguiram chegar nem à metade desse tempo, apenas 21 segundos, enquanto as mulheres levaram 57 segundos. 

Para investigar com maior profundidade a relação humana com seus dispositivos digitais, os pesquisadores simularam uma sala de espera e, depois de dez minutos, perguntaram aos participantes quanto tempo eles teriam demorado para acessar seus smartphones ao chegar no ambiente. A maioria respondeu entre dois e três minutos, destacando lacuna significativa entre a percepção temporal e a real velocidade no qual eles executam as ações.

Ao comentar esses resultados, Jens Binder, da Universidade de Nottingham Trent, declarou: “O experimento sugere que as pessoas são muito mais apegadas a seus dispositivos inteligentes do que percebem, e se tornou quase instintivo recorrer a eles quando estão a sós. Nós não ficamos mais apenas esperando. A proximidade das informações e interações disponíveis nos smartphones faz deles muito mais do que simples aparelhos tecnológicos, e os coloca na posição de companhia digital, nossa conexão com o mundo externo”.

Outras pesquisas realizadas pelas universidades sugerem que essa compulsão em conferir nossos celulares poderia ser um resultado do fenômeno chamado de receio de deixar passar algo (FOMO -- Fear of Missing Out) quando não se está on-line. Em um estudo paralelo, os participantes que usaram seus celulares mais intensamente admitiram nível mais alto de FOMO.



Quanto mais os participantes usavam seus celulares, mais tinham receio de perder algo enquanto não tinham acesso a eles. É difícil dizer o que vem primeiro: as pessoas usam mais seus telefones porque têm medo que algo escape delas ou elas se preocupam em deixar passar alguma coisa e por isso os utilizam tanto? ”, questiona Astrid Carolus, da Universidade de Würzburg.

O estudo também mostrou que, ao utilizar smartphones com mais intensidade, mais estressadas as pessoas se tornam. Entretanto, quando perguntamos aos participantes sobre seu nível geral de satisfação, não houve diferença significativa entre os que utilizam moderadamente e os mais assíduos. Ou seja, o estresse causado pelo uso de smartphones não parece afetar significativamente o bem-estar geral do usuário.

Durante o experimento, que teve duração média de 10 minutos de duração, os participantes usaram seus smartphone por quase metade do tempo (cinco minutos). Pesquisa anterior da Kaspersky Lab mostrou que, hoje em dia, recorremos intensamente aos nossos dispositivos móveis como uma extensão de nossos cérebros, usando-os como ferramentas para não precisar mais gravar fatos e dados cotidianos. A maioria dos participantes, por exemplo, não conseguiu lembrar do número de telefone de seu parceiro atual, mas foi capaz de dizer o número de sua antiga casa.

Atualmente, os smartphones fazem parte de nossas vidas, mas precisamos lembrar que são um produto ao qual muitas vezes não damos importância. Já que estão disponíveis o tempo todo, é comum esquecermos como são valiosos, pois contêm nossos registros pessoais e outros dados”, acrescenta David Emm, pesquisador sênior em segurança da Kaspersky Lab. “Eles não são valiosos e preciosos apenas para seus proprietários, mas também para os criminosos. Se nossas informações pessoais fossem comprometidas de alguma forma, seja devido a um roubo ou um ataque de malware, correríamos o risco de perder o contato com amigos e outras fontes de informação”.

Nos dois últimos anos, a Kaspersky Lab tem pesquisado os efeitos sociais da digitalização e como isso torna as pessoas possivelmente mais vulneráveis ao crime virtual. Uma síntese dos resultados está disponível em amnesia.kaspersky.com

Cinco cuidados que você deve ter ao contratar uma empresa de segurança eletrônica


O mercado de segurança eletrônica no Brasil vem crescendo a ritmos galopantes. Segundo uma pesquisa divulgada pela SIA (Security Industry Association), a expectativa é que haja um crescimento de 20,6% em 2017, atingindo a cifra de R$ 3,7 bilhões no ano. Diante dessa previsão de alta, é importante se atentar a algumas questões bem específicas na hora de contratar um prestador de serviço nessa área. Abaixo, listo cinco pontos fundamentais antes de assinar um contrato.

Experiência: O primeiro item a se analisar ao contratar uma empresa de segurança eletrônica é o seu tempo de experiência. De acordo com a ABESE - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, existem cerca de 22 mil empresas registradas no país. Ainda assim, o setor sofre com a grande informalidade. Faltam legislações específicas. Até existem algumas normas estaduais, como o Distrito Federal que regulamenta algumas normas através da lei n°3.914/2006, mas não há uma legislação nacional sobre o segmento. Os preços variam muito entre produtos e serviços, justamente pela ilegalidade de atuação. Nesse sentido, uma empresa com passado íntegro faz toda a diferença.

Empresas e Produtos certificados: Para garantir bons serviços, é preciso contar com bons produtos e empresas certificadas. Sendo assim, o consumidor precisa se certificar de que seu projeto de segurança eletrônica está contando com a instalação de produtos certificados, com qualidade testada e aprovada. Produtos e serviços baratos reduzem o custo final do projeto, mas aumentam as vulnerabilidades. É importante apurar se a empresa contratada possui estrutura adequada para avaliar os riscos e consultores capacitados para indicarem os melhores equipamentos para cada situação e ambiente. Além disso, produtos de baixa qualidade podem confundir o consumidor, que acaba comprando gato por lebre. Por isso, é importante buscar empresas que só trabalham com produtos homologados, com garantia de qualidade e estejam registrados nos órgãos fiscalizadores, como CREA E SSP.

Profissionais qualificados: Algumas empresas dispõem de profissionais com formação bastante superficial. Então, antes de contratar é importante se certificar de que a empresa tenha profissionais registrados no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), como exige a Resolução 1025/2009, artigos 1º a 4º. Só com profissionais de grande capacidade técnica é possível desenvolver projetos de segurança eletrônica de alto nível. Caso contrário, o amadorismo pode deixar o seu patrimônio à mercê de invasores. As empresas que oferecem um projeto executivo de segurança eletrônica têm como objetivo verificar as necessidades e possiblidades do cliente, esclarecer as principais dúvidas sobre os sistemas adquiridos e como serão utilizados, apresentando sempre as vantagens e garantias de um projeto bem elaborado.   

Estrutura e tecnologia: Esse é um segmento que conta sempre com novidades tecnológicas. Como está em franca expansão, é comum haver novidades cada vez mais modernas na prevenção de sinistros. Então, uma empresa séria precisa estar antenada a esses lançamentos, a fim de oferecer aos seus clientes produtos e serviços de ponta. Uma boa estrutura física, como uma central de monitoramento 24 horas, por exemplo, é um fator indispensável para você, consumidor, se certificar de que está contratando os profissionais certos para o seu projeto.

Atendimento: Normalmente, ocasiões envolvendo violações de segurança são sempre desagradáveis e assustadoras. Por isso, é preciso se certificar de que a empresa que você vai contratar conta com um corpo de profissionais realmente preparados para lidar com essas questões comportamentais. Um momento de vulnerabilidade é normalmente acompanhado de uma forte carga de estresse, onde a atuação de um profissional habilitado é determinante. Um atendimento de qualidade é o mínimo que o cliente deve exigir.

Por fim, é importante que o cliente entenda que a responsabilidade pela elevação no nível de qualidade do setor também é dele. Ao contratar empresas de origem e prestação de serviço duvidoso, você certamente estará contribuindo para a informalidade do segmento. Buscar empresas capacitadas, com experiência e certificações de qualidade é, sem dúvida, o primeiro passo para garantir uma sociedade mais segura e protegida.




Perseu Iuata Costa - sócio fundador da Japan Security, empresa com quase 20 anos de atuação no setor de segurança patrimonial.

 

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