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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

São Joaquim: a qualidade de vida na terceira idade



Método desenvolvido pela ONG São Joaquim é a resposta que auxilia na busca por uma vida saudável e um envelhecimento pleno

Cerca de 13% da população brasileira têm 60 anos ou mais. O dado revelado pelo IBGE mostra que a expectativa de vida cresceu no país e, com isso, a necessidade de olhar para essa parcela da população e para a sua qualidade de vida de uma forma diferente. Essa é justamente a proposta da Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade, localizada no município de Carapicuíba, em São Paulo, que está completando 10 anos e já atendeu quase mil idosos por meio de um método único de envelhecimento pleno, que integra o corpo e a mente.

A legislação voltada à população idosa no Brasil já está bastante avançada em sua concepção, tendo sido influenciada pelas diretrizes do Plano de Ação Internacional sobre o Envelhecimento da ONU, estabelecido em Madrid, em 2002. A partir dessa incorporação de diretrizes internacionais, o Marco Legal no Brasil criou o Estatuto do Idoso, em 2000, e a Política Nacional da Saúde da Pessoa Idosa, em 2006.  Com isso, começou a ocorrer uma transformação na visão do idoso como vulnerável e dependente para uma imagem mais ativa e saudável, que privilegia sua autonomia e participação social.

O idoso como um protagonista e não mais como um coadjuvante passou a ser proposta central dos projetos que envolvem o envelhecimento. Por esse motivo, a Associação São Joaquim oferece atendimentos em seis áreas, sendo atividades de socialização, físicas, manuais, artísticas, cognitivas e de autoconhecimento. Os idosos interessados são encaminhados para a área de Gestão de Casos, onde é identificada sua situação atual para posterior criação de um plano de atividades personalizado. Em média, cada idoso participa de três atividades simultaneamente. 

O local se tornou um verdadeiro refúgio para os idosos da região, que conta com apenas um centro de convivência público. “Eu estava em casa muito deprimida, não querendo ver ninguém. Eu não tinha com quem me comunicar. Aí, conheci a São Joaquim. Hoje eu estou viva. Se não fosse isso eu não sei o que teria me acontecido. É muito triste a pessoa viver sozinha”, desabafa Maria Cândida de Oliveira Souza, 79 anos, integrante do projeto desde janeiro de 2007. 

De acordo com Mônica Rosales, diretora e uma das fundadoras da ONG, são depoimentos como esse que mostram que a Associação está no caminho certo. “Temos uma proposta bastante diferenciada. Nosso objetivo não é simplesmente proporcionar atividades. Temos raízes mais profundas, baseadas na metodologia que se fundamenta na imagem antroposófica de homem e é inspirada na salutogênese, termo que designa a busca das razões que levam alguém a estar saudável. Dessa forma, buscamos estimular o corpo e a mente. Isso auxilia na lida com sentimentos, renova o desejo de viver e traz um sentimento de atuação no meio”, garante.  

Atualmente são 300 idosos em atendimento, que participam de atividades como ginástica, artesanato, música, dança, pintura, teatro, meditação, informática e muitas outras. Há ainda acompanhamento médico, homeopático e psicológico. Cada idoso tem um monitoramento individualizado, para que haja um acompanhamento de seu desenvolvimento de forma integrada. “O desafio ainda é grande. Temos uma longa lista de espera. Nosso maior objetivo é difundir esse método, incentivando a criação de outras ONGs como a São Joaquim, que não ofereçam apenas atividades desconexas, mas sim uma metodologia que realmente siga um raciocínio terapêutico para um envelhecimento pleno”, finaliza Mônica.




Sobre a Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade:
A Associação São Joaquim de Apoio à Maturidade é uma entidade sem fins de lucro que presta serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para pessoas idosas, na cidade de Carapicuíba-SP. Atua no atendimento de 300 beneficiários diretos e colabora com a garantia de direitos e com a melhora da qualidade de vida das pessoas idosas do município por meio de representação em conselhos paritários e empoderamento cidadão dos usuários. O objetivo é oportunizar um envelhecimento saudável e ativo, a autonomia, inclusão e valorização do idoso, colaborando para que exerçam sua cidadania e possam atuar como força integradora no meio em que vivem.



Como lidar com o imediatismo nas crianças e jovens?




Especialista fala sobre a nova geração de alunos e dá dicas para uma nova educação

As gerações Z, Y e A – a última um pouco menos conhecida e que é formada por crianças que estão nascendo agora e têm até 12 anos de idade -, têm uma coisa em comum: todos nasceram e cresceram na era digital. Isso define o novo comportamento, pois são mais tecnológicos, fazem diversas atividades simultaneamente, têm voz ativa e, principalmente, são imediatistas, ou seja, não têm paciência para esperar resultados, ouvir explicações, principalmente dos mais velhos, entender processos ou qualquer tarefa que leve mais tempo. A tendência é buscar soluções rápidas.

Apesar de o imediatismo parecer algo negativo, segundo o especialista em educação Marco Gregori, criador da Rede VIAe – método educacional que estimula competências e habilidades socioemocionais -, este novo perfil traz habilidades importantes para as demandas do século 21. “Eles são muito criativos, se adaptam melhor às mudanças, têm facilidade de assimilar muitas informações e com mais rapidez e estão sempre em busca de novidades. Estas características são importantes para enfrentar os desafios da vida e, principalmente, para as demandas do mercado de trabalho que irão enfrentar no futuro”. “São habilidades, como criatividade, resiliência, raciocínio crítico e busca pelo conhecimento que podemos aprender com eles”, completa Marco.

E são estas gerações que frequentam as salas de aula na educação básica, nos ensinos infantil, fundamental e médio. Mas, como as escolas podem se adaptar ao novo perfil e atrair a atenção deles para o conteúdo acadêmico? “É preciso atualização constante da escola e do professor, utilizar meios digitais para o ensino das disciplinas, falar a mesma linguagem, promover aulas práticas e atrativas e, principalmente, trazer o aprendizado para a realidade do aluno, o que passa a fazer sentido para eles. Quanto mais promovermos a prática de situações do cotidiano desde a infância, mais eles estarão preparados a enfrentar os conflitos e empasses na vida adulta”, explica Marco.

E o convívio com estas novas gerações também é um desafio aos professores, que devem promover o equilíbrio e promover experiências onde as crianças possam trocar brinquedos, dividir espaços e atenção, para que desenvolvam a paciência e a persistência, características que têm marcado os conflitos destas gerações. E se não desenvolvido na infância, as dificuldades podem ser maiores na adolescência. “Cerca de 70% das demissões entre os jovens ocorrem por questões comportamentais. Isso prova que a maneira como reagimos a diversas situações interfere também em nossas relações profissionais. As escolas podem prepara-los, desde cedo, para ter as habilidades que o mercado demanda, o que os ajuda a se colocar mais rapidamente no mercado e, ao mesmo tempo, ajuda as empresas a contar com candidatos mais preparados para o que precisam”, finaliza.



Sobre a Rede VIAe 
Rede VIAe é o método educacional aplicado nas escolas da Eduinvest. Idealizado pelo empreendedor Marco Gregori, sua proposta é estimular competências e habilidades demandadas para o século 21, como empreendedorismo, tecnologia, colaboracionismo, entre outros - fundamentais para que os jovens estejam preparados para a vida e profissão que escolherem. O método já é vivenciado por cerca de três mil alunos e está disponível para implantação em outras escolas.  www.redeviae.com.br

Pare de reclamar da vida ou de dar atenção a quem tem esse hábito



 “Você é a média das cinco pessoas com quem mais convive". Desta frase do filósofo americano Jim Rohn, conseguimos extrair algumas interpretações interessantes, além de associá-la a quebra de um ditado popular, onde não são os opostos que se atraem, mas sim, os semelhantes.

Você já parou pra pensar quanto mudou durante sua vida devido ao grupo de pessoas com quem já conviveu? Quais eram os comportamentos que tinha em cada época? O que pensava? 

Essas perguntas são bem interessantes, pois com elas conseguimos perceber o quanto mudamos com o passar do tempo e, o principal, quanto nos transformamos devido aos nossos contatos com pessoas mais próximas.

Prova de que esta teoria vem sendo testada há muito tempo, quem nunca ouviu o ditado “Diga-me com que andas e te direi quem és”? Ou, independente de crença ou religião, o trecho da Bíblia que diz “Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição”? Com base nisso, é importante refletir periodicamente: como as pessoas com quem mais convivo estão interferindo no meu modo de ser e agir atualmente? Ao entrar nesta discussão, algumas pessoas se surpreendem em ver como têm pensamentos e ações muito similares as das pessoas que estão mais perto delas – seja positiva ou negativamente. 

Quem nunca ouviu alguém dizer que “Eu era mais realizado quando andava com aquele grupo de pessoas”, ou “Ainda bem que parei de andar com aquelas pessoas, elas só me deixavam para baixo”? Mas não importa o grupo que você estava antes, e sim, quais pessoas te deixam mais felizes e próximas de suas metas e objetivos – e aproximar-se cada vez mais delas.

Mas, como afastar-se desses “grupos indesejáveis”? Simples, mudando sua percepção, pois quando você muda sua forma de pensar ou agir, acaba afastando essas pessoas que passarão a não ter mais “nada a ver” com você.

Diante disso, faço duas perguntas para você refletir e que influenciarão diretamente em seu futuro: com quem você convive a maior parte do seu tempo? Essas pessoas estão te ajudando ou te atrapalhando?

Outra alternativa para mudar as influências indesejáveis na sua vida é parar de reclamar! Sabe-se que o sinônimo de queixa, em latim, é a expressão de uma dor, uma pena, ressentimento, inquietação. E por que algumas pessoas se apoiam na reclamação? Pois quando fazem isso, dizem que é para desabafar, para expressar sua indignação, seu direito de não concordar com algum acontecimento. 

Tudo bem que todos temos esse direito. Porém, cientificamente, as emoções negativas na forma de reclamações (pessoal ou dos outros próximos a nós) geram sinapses (transmitem informações de uma célula para outra) que fazem com que as pessoas ao seu redor não consigam sair do estado negativo, isso devido ao fato gerar reações químicas que vão sendo reaplicadas de uma fenda para outra, gerando mais estado de negatividade. 

Esses estudos vêm do cientista e filósofo Steven Parton, que buscava entender o motivo pelo qual as pessoas continuavam se sentindo mal e tinham dificuldades para sair deste estado. Parton notou o poder que a reclamação de uma pessoa tem não só nela, mas em todos a sua volta. Isso porque quando alguém reclama demais de alguma coisa, está gerando um possível sintoma de pessimismo, e se você estiver próximo e ouvindo (vamos lembrar a questão da sinapse), provavelmente também começará a ter pessimismo, pois bioquimicamente é o que está sendo passado para você.

E o que eu ganho se parar de reclamar ou afastar-me dessas pessoas? Muito!

Quando uma pessoa para de reclamar gera mais sentimentos de felicidade para o corpo, isso porque passa a olhar para o lado bom das coisas e sempre buscar uma intenção positiva nas atitudes dos outros. Ela consegue identificar mais sorrisos e alegrias, pois um mesmo fato que para uma pessoa pode estar gerando raiva, pra ela, pode criar aprendizado.

Outro acontecimento importante que acontece quando paramos de reclamar é que conseguimos mudar nosso foco do problema para solução, e isso é fundamental para a criação de oportunidades em resolver alguma coisa. 

E para terminar, uma dica valiosa para quando der aquela vontade de fazer uma reclamação. Pergunte para si mesmo: “O que eu quero ao invés disso?”. Dessa forma, você reprograma seu cérebro para a busca do seu desejo e passa a ficar mais próximo dos seus objetivos. E é ai que se pode construir uma maior felicidade e plenitude.



Lucas Santos - Personal e Professional Coach, palestrante, especialista em Gestão do Tempo, Produtividade e Autoconhecimento (Master em PNL). www.lucassantos.com.br


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