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segunda-feira, 10 de junho de 2024

As mudanças na tributação de compras internacionais e o impacto no e-commerce brasileiro

 

Recentemente, o cenário tributário brasileiro para compras internacionais passou por alterações significativas, suscetíveis de afetar consumidores e lojas virtuais de maneira ampla. A Câmara dos Deputados aprovou um projeto que visa acabar com a isenção de impostos para compras de até 50 dólares, substituindo-a por uma taxação fixa de 20% sobre essas transações. A decisão, já aprovada no Senado, promete gerar discussões acaloradas entre legisladores, empresários e consumidores. 

Historicamente, as compras internacionais de pequeno valor eram isentas de impostos, uma política que incentivava consumidores a buscar produtos nas lojas virtuais do exterior, muitas vezes atraídos por preços mais baixos, além de uma grande diversidade de ofertas. Esta isenção, introduzida por uma portaria governamental, em agosto de 2023, exigia que as empresas aderissem ao programa "Remessa Conforme" da Receita Federal, atendendo a critérios rigorosos como a transparência nos custos de impostos e fretes, bem como o combate ao contrabando. 

Entretanto, a nova proposta legislativa, ao impor um imposto de 20% sobre todas as compras de até 50 dólares, além de manter a taxa de 60% para compras acima desse valor, representa uma mudança drástica. Os defensores da medida argumentam que ela é necessária para equilibrar a competição entre o e-commerce nacional e as grandes plataformas internacionais, que, até então, desfrutavam de uma vantagem competitiva significativa devido à isenção. 

O impacto potencial dessa mudança na tributação é múltiplo. Por um lado, estima-se que o fim da isenção poderia resultar em uma perda de receita de aproximadamente R$ 34,93 bilhões até 2027, se não fosse implementada. A introdução de um imposto de 20% sobre as compras de até 50 dólares promete recuperar parte dessa receita, oferecendo ao governo uma fonte adicional de recursos em um momento de necessidades fiscais elevadas. 

Por outro lado, a nova regra pode desencorajar os consumidores de realizar compras internacionais, afetando negativamente a experiência do consumidor e a percepção de custo-benefício, que antes justificava a busca por produtos fora do país. As plataformas de e-commerce estrangeiras, que oferecem uma vasta gama de produtos a preços competitivos, podem ver uma diminuição na demanda de seus clientes brasileiros, potencialmente levando a uma diminuição na variedade de produtos disponíveis no mercado brasileiro a longo prazo. 

Outro aspecto é que a mudança pode não resolver completamente as questões de competitividade que o varejo nacional enfrenta. A capacidade das empresas brasileiras de competir com gigantes do e-commerce global, não se limita apenas às políticas tributárias, mas também envolve desafios logísticos, eficiência operacional e inovação. 

Portanto, uma visão integrada que considera todos esses fatores seria mais eficaz para fortalecer o e-commerce brasileiro. Enquanto o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o Presidente Lula indicam disposição para negociações e ajustes, a efetividade da nova tributação dependerá de como essas mudanças serão implementadas e gerenciadas. O equilíbrio entre a arrecadação tributária e a manutenção de um ambiente de consumo competitivo e justo é delicado, o que exige uma estratégia bem delineada. 

Ou seja, a decisão de alterar a tributação sobre compras internacionais é uma tentativa de equilibrar o jogo para o e-commerce brasileiro, mas vem acompanhada de riscos e desafios. A resposta dos consumidores e das empresas a essas mudanças será fundamental para determinar se os objetivos fiscais e de competitividade serão atingidos, ou se novas adaptações serão necessárias num futuro próximo. A crítica e o monitoramento constante dessas políticas serão importantíssimos para assegurar que os benefícios superem os possíveis prejuízos ao dinamismo do comércio eletrônico no Brasil.  

 

Luciano Furtado C. Francisco - analista de sistemas, administrador e especialista em plataformas de e-commerce. É professor do Centro Universitário Internacional – Uninter, onde é tutor no curso de Gestão do E-Commerce e Sistemas Logísticos e no curso de Logística. 

 

Seconci-SP alerta para sinais sutis de violência contra a pessoa idosa

É preciso atentar a sinais de negligência e sofrimento de abusos psicológicos


Pessoas idosas estão sujeitas a agressões além das físicas e sexuais. A psicológica é a mais sutil delas e suas manifestações podem ser difíceis de serem detectadas. É preciso estar atento aos sinais apresentados por essas pessoas, afirma Zaida Oliveira do Nascimento, assistente social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa (15 de junho).

Segundo Zaida, dentre os tipos de violência, a mais conhecida é a física, ou sexual, porém há outros indicativos aos quais devemos estar alertas para identificar uma possível situação de violência contra as pessoas idosas. “Sinais de isolamento, o não comparecimento a consultas, não aderência a tratamentos médicos, falta de cuidados básicos de higiene, esses são alguns dos sinais de negligência sofridos. Em sua forma extrema, a negligência é considerada abandono”, afirma.

“A violência psicológica é a mais sutil delas, e suas manifestações podem ser mais difíceis de serem detectadas: são comportamentos como ofensas, ameaças e constrangimento que prejudicam a autoestima e o bem-estar. A violência financeira ou material é muito comum, e se caracteriza pela exploração, ou uso não consentido dos recursos financeiros e patrimoniais da pessoa idosa. Faço um destaque para a negligência e o abandono dos pais idosos por filhos homens, já que é comum e até naturalizado que somente as filhas mulheres assumam os cuidados dos pais”.

Segundo a assistente social, diante da identificação da situação de violência, os casos são acolhidos pelo Serviço Social e encaminhados para os órgãos competentes, além de serem acompanhados, quando necessário.

Outra situação que pode ocorrer é a autonegligência, quando a pessoa idosa não cuida de suas necessidades essenciais por vontade própria. Nesses casos, o Serviço Social realiza um trabalho de orientação e fortalecimento, buscando a melhora de sua qualidade de vida, que somente é possível com o respeito da autonomia da pessoa idosa.

“Portanto, se você está sofrendo ou identificou algum sinal de violência sofrido por uma pessoa idosa, denuncie por meio do Disque 100 Direitos Humanos, ou Disque Denúncia 181, para a Delegacia do Idoso. Cabe à toda sociedade zelar pela dignidade da pessoa idosa, futuro de todos nós”, destaca Zaida.

Na definição do Estatuto da Pessoa Idosa, consideram-se idosos pessoas com 60 anos ou mais, que representam no Brasil 15,6% da população, com 32.113.490 indivíduos, de acordo com o último Censo Demográfico IBGE 2022. “Isso significa mais pessoas idosas nos serviços de saúde, o aumento das demandas sociais e a necessidade de se preparar para atender as necessidades dessa população”.

 

Finanças sem DR: 3 dicas para manter a organização financeira a dois

Desde a divisão de responsabilidades na rotina até os investimentos, especialista compartilha estratégias para gerenciar o dinheiro juntos

 

Com a chegada do Dia dos Namorados, muitos casais aproveitam a ocasião para fazer planos, não só pensando no dia a dia, mas também no futuro; e organizar o orçamento é um deles. Embora seja desafiador, é uma etapa significativa para qualquer relacionamento, e garante a estabilidade para alcançar objetivos conjuntos. Seja economizar para a casa nova, a viagem dos sonhos ou a chegada de um filho, o planejamento financeiro é o caminho para os sonhos, mas exige comunicação e disciplina. 

 

“Para os casais que sonham com uma vida conjunta tranquila, é extremamente importante ter em mente que a organização financeira deve ser o principal pilar dessa construção. Somente com ela é possível alcançar objetivos compartilhados e garantir uma base sólida para o futuro, sem precisar passar por problemas ou sofrer com imprevistos. Ela fortalece a parceria”, destaca Ana Paula Oliveira, executiva de negócios da Simplic, fintech de crédito pessoal 100% online.

 

A seguir, a executiva compartilha algumas dicas para ajudar os casais a gerenciarem seu orçamento:

 

1. Definir objetivos comuns

Seja a curto, médio ou longo prazo, ter metas compartilhadas ajuda a manter o foco e a motivação. Isso pode incluir comprar uma casa, economizar para a aposentadoria ou planejar férias anuais. A colaboração nesse processo é fundamental para alinhar as expectativas e garantir que todos estejam comprometidos com as metas estabelecidas. Objetivos financeiros bem definidos proporcionam um senso de direção e propósito, permitindo que os casais façam escolhas mais conscientes e planejadas em relação ao uso desses recursos. 

 

2. Criar um orçamento a dois detalhado

Ao categorizar as despesas do casal, fica mais fácil identificar áreas onde é possível economizar. Por exemplo, gastos com lazer e compras podem ser reduzidos sem comprometer a qualidade de vida, permitindo que os recursos economizados sejam direcionados para objetivos prioritários, como poupança conjunta, investimentos ou pagamento de dívidas compartilhadas. Esta abordagem sistemática não só proporciona uma visão clara da situação financeira atual, mas também facilita a tomada de decisões sobre como alocar os recursos de forma mais eficaz para alcançar as metas juntos.

 

3. Dividir responsabilidades financeiras

Distribuir as responsabilidades de forma equilibrada, como quem será responsável pelo pagamento das contas, monitoramento do orçamento e controle dos investimentos, é uma forma de manter a organização e a transparência do casal.  


Com cada parceiro ciente de suas responsabilidades específicas, é possível planejar melhor o uso dos recursos, garantindo que todas as obrigações sejam cumpridas em tempo hábil e que haja um acompanhamento contínuo do orçamento e dos investimentos, promovendo uma parceria financeira saudável.

 

Simplic

 

Maximizando o Potencial: Estratégias para Dar Feedback de Forma Eficaz


Dar feedback é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional. No entanto, muitas vezes pode ser desafiador encontrar a abordagem correta. Aqui estão algumas dicas valiosas para garantir que seu feedback seja eficaz e bem recebido, afirma Mirna Abou Rafée, fundadora da Yutter e especialista em comunicação. 

1 - Seja Específico e Objetivo: Ao fornecer feedback, seja claro e específico sobre os comportamentos ou resultados que deseja abordar. Evite generalizações e forneça exemplos concretos para ilustrar seus pontos. 

2 - Mantenha o Feedback Construtivo: Equilibre críticas com pontos positivos. Reconheça os esforços e conquistas do indivíduo antes de apontar áreas para melhorias. Isso ajuda a pessoa a se sentir encorajada e motivada. 

3 - Escolha as Palavras Adequadas: Utilize uma linguagem clara, direta e positiva ao dar feedback. Evite termos negativos e foque em comportamentos observáveis e mensuráveis. Isso ajuda a evitar mal-entendidos e facilita a assimilação das informações. 

4 - Forneça Exemplos Concretos: Ilustre seu feedback com exemplos específicos. Isso ajuda a pessoa a compreender melhor o contexto e a aplicabilidade das informações. Use situações reais para tornar o feedback mais tangível e relevante. 

5 - Crie um Ambiente de Diálogo: Encoraje a pessoa a expressar seus pontos de vista e preocupações. O feedback deve ser uma conversa bidirecional, onde ambos têm a oportunidade de compartilhar e aprender. Esteja aberto a ouvir e oferecer suporte durante o processo. 


Segundo Mirna, a falta de confiança pode ser um obstáculo na hora de dar feedback de forma eficaz. No entanto, é uma habilidade que pode ser desenvolvida com prática e perseverança. Aqui estão algumas estratégias para adquirir confiança na arte do feedback: 

1 - Conheça seu Objetivo: Antes de fornecer feedback, tenha clareza sobre o que deseja alcançar. Estabeleça metas claras e identifique os pontos-chave que deseja abordar. 

2 - Pratique a Escuta Ativa: Esteja presente e atento durante as interações. Ouça atentamente as preocupações e perspectivas da outra pessoa antes de oferecer seu feedback. Isso demonstra empatia e ajuda a construir um relacionamento de confiança. 

3 - Busque Feedbacks Recíprocos: Peça feedbacks sobre sua própria comunicação e estilo de liderança. Esteja aberto a críticas construtivas e use-as como oportunidades de aprendizado e crescimento. 

4 - Desenvolva suas Habilidades de Comunicação: Invista em cursos de comunicação e desenvolvimento pessoal. Pratique técnicas de comunicação assertiva e aprenda a expressar suas ideias de forma clara e persuasiva. 

5 - Aprenda com a Experiência: A prática é fundamental para adquirir confiança. Não tenha medo de cometer erros ao dar feedback. Aprenda com cada experiência e use-as como oportunidades de aprimoramento contínuo.

 

Adquirindo Confiança para Dar Feedback

 


 

Conclusão: 

Dar feedback eficazmente é uma arte que demanda prática, paciência e habilidades de comunicação bem desenvolvidas. Ao seguir as dicas mencionadas e adotar uma abordagem construtiva, você pode transformar o processo de feedback em uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento pessoal e profissional. É importante lembrar que o feedback não deve ser encarado como uma crítica negativa, mas sim como uma oportunidade de crescimento e aprendizado mútuo. 

Ao criar um ambiente de diálogo aberto e receptivo, você promove uma cultura organizacional que valoriza a comunicação transparente e o desenvolvimento contínuo. Isso não apenas fortalece os relacionamentos interpessoais, mas também impulsiona o desempenho e a inovação dentro da equipe. Lembre-se de que a confiança vem com a prática e a experiência. Não tenha medo de dar feedback e estar disposto a receber feedback também. Com dedicação e comprometimento, você pode se tornar um líder eficaz e inspirador, capaz de promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo para todos, conclui Mirna Abou Rafée. 



Mirna Abou Rafée - Idealizadora da Yutter, tagarela por vocação e apaixonada por comunicação. Acredita que tão importante quanto o que se diz é como se diz. Defende que uma comunicação autêntica e bem desenvolvida faz você sair na frente e garantir um lugar de destaque, seja onde for. Afinal, uma boa fala tem o poder de valorizar qualquer discurso. Fonoaudióloga formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Especialista em voz pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia com duas pós-graduações. Mentora de comunicação de líderes e executivos de empresas de diversos segmentos. Participação no programa de neurociências na Universidade de Yale em Connecticut/USA
www.yutter.com.br


Cidadania alemã: oportunidade para viver, estudar e trabalhar livremente na Alemanha e na União Europeia

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Entre 2002 e 2017, o número de brasileiros que receberam a cidadania alemã cresceu 369%
 

 

Ao longo dos anos tem ficado cada vez mais comum ver os brasileiros procurando uma dupla cidadania. Esse aumento se deve ao crescente número de brasileiros  interessados em morar fora do país. De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores, há 4,2 milhões de cidadãos do Brasil vivendo no estrangeiro. Como muitas vezes essa cidadania vem por conta da ascendência, Portugal, Itália e Alemanha são países muito procurados pelo alto número de imigrantes que vieram para o Brasil nos séculos 19 e 20.

De acordo com dados da Eurostat, Serviço de Estatística da União Europeia, entre 2002 e 2017, o número de brasileiros que receberam a cidadania alemã cresceu 369%. No total, nesse período, 13.328 brasileiros obtiveram a cidadania do país germânico. A administradora da empresa Bofinger Cidadania Alemã, associada da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha do Paraná, Thiessa Bofinger, explica que existem inúmeras vantagens em conquistar a cidadania, tais como residir, estudar e trabalhar livremente na Alemanha e na União Europeia sem precisar de vistos ou outros requisitos administrativos.

“Além de não precisar de visto para viver em países da União Europeia, por conta da cidadania não é necessário entrevista para a solicitação do visto para os Estados Unidos. O cidadão também passa a ter acesso aos mesmos direitos e benefícios de um cidadão alemão sem precisar renunciar à cidadania brasileira”, pontua Thiessa.


Documentos necessários

Para adquirir a cidadania alemã por descendência, é necessário comprovar que você possui um antepassado alemão. Para isso, a administradora da Bofinger explica que é preciso apresentar os seguintes documentos: 

  • Certidão de nascimento e casamento (para casados no civil) de toda a linhagem desde o imigrante até o requerente; 
  • Documentos que comprovem a imigração, como lista de passageiros, registros de embarque e desembarque; 
  • Certidão negativa ou positiva de naturalização; 
  • Em alguns casos, registro de estrangeiro; 
  • Outros documentos que a família possa ter, como passaporte alemão, carteira de identidade alemã e registros na Alemanha do antepassado; 
  • Do requerente, também é necessário apresentar o RG ou passaporte brasileiro; 

“Além de demonstrar essa ascendência, existem outros requisitos que precisam ser analisados durante o processo, tais como: i) a data da imigração do antepassado alemão para o Brasil - geralmente, quanto mais recente a chegada dos ancestrais, maiores as chances de se obter a cidadania; ii) se houve o casamento no civil antes do nascimento dos filhos de todos da linhagem; iii) se houve a naturalização brasileira do imigrante, pois em alguns casos, a naturalização brasileira pode impedir a aquisição da cidadania alemã por descendência”, explica Thiessa.

A data da imigração dos antepassados alemães é um dos pontos mais relevantes para a viabilidade do processo de aquisição da cidadania. De modo geral, quanto mais recente a chegada do ancestral ao Brasil, maiores são as chances de aprovação do pedido. Devido a isso, aqueles cujos antepassados alemães imigraram para o Brasil após 1904 tendem a ter uma probabilidade consideravelmente maior de obter a cidadania alemã por descendência.


Valores

Os custos para se obter a cidadania alemã no Brasil dependem de quantos documentos você irá precisar e das traduções juramentadas de todos eles. Além disso, deve ser levado em conta se será requerido por conta própria ou se terá a contratação de uma assessoria para isso.

Segundo Thiessa, a taxa de emissão do certificado custa cerca de 51 euros por pessoa e é isenta para processos iniciados após a entrada em vigor da nova lei alemã de cidadania, em agosto de 2021. Já as traduções e autenticações de documentos tem valor variável, dependendo da quantidade de documentos e do tradutor escolhido. Podendo variar, em média, entre R$ 200,00 e R$ 500,00 por pessoa.

Atualmente, o tempo médio de tramitação do processo de obtenção da cidadania alemã por descendência é de 2 a 3 anos. A administradora da Bofinger afirma que enquanto o cidadão com dupla cidadania alemã morar fora da Alemanha, não terá muitos deveres a serem exercidos de maneira ativa. O mesmo vale para duplo-cidadãos de outros países.

 “Ao estabelecer residência permanente na Alemanha, o cidadão com dupla cidadania passa a estar sujeito ao cumprimento de todas as leis e obrigações aplicáveis aos cidadãos alemães, como pagamento de impostos, obrigações previdenciárias, entre outras”, diz Thiessa.


Outras formas de adquirir cidadania

Existem outras maneiras de adquirir a cidadania de forma que não seja pela descendência. São elas: aquisição por legitimação, por nascimento na Alemanha, adoção, casamento e naturalização.


Cidadania ou naturalização?

Cidadania e naturalização são conceitos distintos. A cidadania é um direito inerente e pode ser adquirida por nascimento ou descendência.  Já a naturalização não exige ascendência alemã e permite que pessoas de diversas origens possam adquirir a cidadania alemã, desde que cumpram os critérios estabelecidos pelo governo. “Esses critérios geralmente incluem residência legal, proficiência no idioma alemão e integração à sociedade alemã”, finaliza Thiessa.

  

AHK Paraná

 

Seis tendências de RH no setor de TI


Se antes a área de Recursos Humanos era apenas com o departamento pessoal, atualmente, já não é mais assim. Nos últimos anos, a área de RH vem ganhando protagonismo nas organizações, assumindo um papel estratégico para o sucesso da empresa em diversos segmentos e, dentre eles, está o de Tecnologia da Informação (TI).

Não há como falar do hoje, sem nos recordarmos de um passado não muito distante. Durante muito tempo, o RH era considerado apenas como uma área burocrática responsável por tarefas como admissão, demissão e pagamento de salário. Com o passar do tempo, houve um novo direcionamento, passando a se concentrar no desenvolvimento e acompanhamento na jornada do colaborador.

Contudo, mesmo tendo esse papel mais estratégico e participativo, ainda assim, o setor lida diariamente com um alto volume de funções e responsabilidades, sendo praticamente impossível executá-las de forma manual. Não é à toa que o RH vem agregando cada vez mais o uso da tecnologia em suas atividades, com o intuito de garantir sua eficiência, bem como acompanhar a atual era da transformação digital.

Por sua vez, levando em conta a gama de recursos disponíveis atualmente, é importante aderir ferramentas que, de fato, viabilizem o sucesso da área. Deste modo, destacamos aqui algumas tendências promissoras para o RH:


#1 Cultura organizacional: a cultura organizacional é um tema recorrente entre CEOs, CHROs, diretores e líderes, e sua importância é inegável. De fato, ela é um ponto crucial para o sucesso a longo prazo de uma empresa, especialmente em um cenário marcado por novas tendências e a presença de diferentes gerações no mercado de trabalho. À medida que o ambiente de trabalho continua a evoluir, com novas tecnologias, mudanças sociais e expectativas em constante mudança dos funcionários, a adaptação da cultura organizacional torna-se ainda mais crucial. Ela precisa ser ágil e receptiva o suficiente para incorporar as novas tendências, enquanto mantém os valores e princípios fundamentais da empresa intactos.


#2 Desenvolvimento da liderança e apoio ao crescimento do colaborador:  o papel do líder vai além de apenas liderar. É fundamental orientar e auxiliar no crescimento dos colaboradores, criando um ambiente seguro tanto do ponto de vista físico quanto emocional. Com a crescente importância da saúde mental nas organizações, torna-se crucial que a liderança promova um ambiente de suporte que integre aspectos pessoais e profissionais. Essa abordagem fortalece a liderança na área de RH e promove um ambiente de trabalho mais saudável, inclusivo e produtivo para todos.


#3 Inteligência Artificial (IA): quando falamos em tendências, não dá para deixar a IA de fora, afinal, essa tecnologia é extremamente vantajosa para o Recursos Humanos. A IA desempenha um papel fundamental na otimização de processos, desde a triagem de currículos até o processamento de documentos. Ela permite a utilização de sistemas inteligentes que analisam dados de engajamento dos funcionários, como feedbacks, pesquisas de clima organizacional e interações em redes sociais internas. Com isso, é possível identificar tendências, prever padrões de rotatividade e sugerir estratégias para melhorar o engajamento e a retenção de talentos. Além disso, a inclusão de chatbots e assistentes virtuais é uma prática cada vez mais comum. Essas ferramentas fornecem suporte aos funcionários, respondendo perguntas comuns, oferecendo informações sobre benefícios e políticas da empresa, e facilitando processos internos. Isso não apenas aumenta a eficiência, mas também libera tempo para que os profissionais de RH possam se concentrar em atividades mais estratégicas e de maior valor agregado.  


#4 ESG: essa sigla tem ganhado protagonismo e força no mundo corporativo, porém, ainda são poucas as organizações que engajam estratégias em prol dessa temática. Quando se trata da área de Recursos Humanos (RH), o ESG desempenha um papel significativo em várias dimensões: Ambiental (E) – as organizações podem incluir política de sustentabilidade no local de trabalho, realizando campanhas para reduzir o consumo de recursos internos. Social (S) – diversidade e Inclusão, o RH desempenha um papel fundamental na promoção da cultura inclusiva, saúde e bem-estar dos funcionários e responsabilidade social e por fim no pilar de Governança (G), - ética e conformidade. Por isso, é importante estar atento à esta tendência e alinhar ações juntamente ao RH, de forma que consigam pôr em prática o conceito nas ações tomadas.


#5 People Analytics: vivemos a era dos dados. Diante disso o People Analytics é uma estratégia que vem cada vez mais sendo adotada. Segundo uma pesquisa feita pelo LinkedIn em 2021, 73% dos profissionais de RH afirmaram que a solução de análise de dados será prioridade para suas empresas nos próximos cinco anos. Isso porque, com o apoio dessa ferramenta, a área pode obter e cruzar informações a fim de eliminar riscos, identificar tendências e tomar decisões assertivas garantindo o avanço da organização como um todo.


#6 Ferramentas digitais: as plataformas de treinamento é uma tendência crescente no RH, pois ela alia praticidade e eficiência em um único lugar além de garantir que os profissionais de diversas localidades tenham acesso ao conteúdo.  Essas ferramentas oferecem uma variedade de funcionalidade que ajudam a criar, distribuir, monitorar e avaliar programas de treinamento, permitindo que o setor atue de forma proativa, oferecendo soluções personalizadas e alinhadas com as necessidades de cada indivíduo e da organização como um todo.

A inclusão de recursos da tecnologia nas atividades de RH é um movimento que já vem acontecendo. Entretanto, à medida que a transformação digital avança, cada vez mais, será exigido da área agilidade e eficiência. Além desse desafio, não podemos deixar de lado as próximas gerações que tem como prioridade ingressar em uma organização que dê oportunidades para o seu crescimento.

Se pararmos para pensar, o primeiro e último contato do colaborador com a empresa é com o setor de RH. Desta forma, é essencial que a área de Recursos Humanos esteja atenta às tendências visando implementá-las com eficiência, para que consigam se adaptar frente a um cenário de constantes mudanças e, com isso, garantir seu posicionamento estratégico na organização.

 

Anaclete Coelho - Coordenadora de RH na Seidor Brasil.

Vitória Pratte - Coordenadora de RH na Viceri-Seidor.

SEIDOR


Número de famílias inadimplentes volta a cair em São Paulo, aponta FecomercioSP

 Inadimplência de maio, que ficou abaixo do mês anterior, já deve estimular o consumo das famílias paulistanas 



Após um período de estagnação, a inadimplência voltou a cair em São Paulo. Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), apontam uma queda no porcentual de famílias com contas em atraso — de 22,6% em abril para 21,9% em maio. A redução foi ainda maior em comparação a maio de 2023, que registrou um índice de 23%. Outro dado positivo revelado pela pesquisa foi quanto à quantidade de famílias que afirmam não ter condições de quitar as dívidas em atraso, que diminuiu de 9,8%, em abril, para 9,4%, em maio. [gráfico 1]

Na análise da FecomercioSP, esse contexto favorável pode ser explicado pela queda na inflação em relação ao primeiro trimestre de 2024, quando principalmente os alimentos sofreram aumento, provocado pelo fenômeno El Niño. No entanto, em maio, a demanda menos aquecida e a estabilização climática promoveram avanços mais modestos nos preços, contribuindo para um ajuste melhor no orçamento e maior potencial de pagamentos de dívidas em atraso.



[GRÁFICO 1]
PESQUISA DE ENDIVIDAMENTO E INADIMPLÊNCIA DO CONSUMIDOR (PEIC)
MAIO DE 2024
Fonte: FecomercioSP



A pesquisa mostrou ainda que houve redução do tempo médio de comprometimento da renda com dívida em atraso: de 65,5 dias, em maio de 2023, para 65,2 dias, no mesmo período deste ano. Vale ressaltar que a maior parte das dívidas não passa de 90 dias, o que torna mais fácil o seu pagamento e menor cobrança de juros.

As famílias com renda mais baixa (até dez salários mínimos) foram as principais responsáveis por esse cenário favorável. Isso aconteceu porque o porcentual de inadimplência caiu de 26,1% para 25,3%, entre abril e maio, e é ainda mais significativo se comparado ao ano anterior, quando estava em 27,7%. As famílias com renda mais alta (acima de dez salários mínimos) também registraram uma queda, mas em menor relevância (-0,8%). Além disso, ainda está com um nível de inadimplência superior ao registrado no ano passado.



INADIMPLÊNCIA CAI, MAS ENDIVIDAMENTO AUMENTA

Se, por um lado, a queda na inflação abre mais espaço nas finanças domésticas, por outro, é natural que isso estimule o consumo e, consequentemente, aumente os compromissos com crédito. O levantamento aponta que o endividamento das famílias atingiu 71,7% em maio, maior patamar desde junho do ano passado. Hoje, um terço (31,2%) de tudo o que as famílias recebem é destinado às dívidas — que, em média, se prolongam por oito meses, o que ainda é considerado saudável. O principal fator que compõe esse endividamento é o cartão de crédito, que alcançou 88,1%, maior nível desde maio de 2022.

Por outro lado, o crédito pessoal sofreu uma queda significativa, passando de 15,9%, em abril, para 14,1%, em maio. Isso reforça o bom momento da economia, já que a modalidade é utilizada para necessidades de curto prazo — ou seja, esse cenário indica um alívio financeiro no orçamento. Assim, diante de um orçamento mais folgado, as famílias já estão fazendo novos planos de consumo. A pesquisa aponta que 18% pretendem contrair algum crédito nos próximos três meses. A maior parte (87%) deseja comprar algum item; já o restante (8,6%) pretender quitar dívidas.

Na análise da FecomercioSP, os números da PEIC mostram uma tendência positiva para o endividamento e a inadimplência. Com mais emprego e a inflação reduzindo sua pressão, principalmente sobre os alimentos, haverá mais espaços e oportunidades para o pagamento de compromissos em atraso, fator que deve contribuir para o mercado de crédito e a redução de juros, além de impulsionar o consumo dos lares paulistanos.


Nota metodológica

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados aproximadamente 2,2 mil consumidores na capital paulista. Em 2010, houve uma reestruturação do questionário para compor a pesquisa nacional da Confederação Nacional do Comércio (CNC), e, por isso, a atual série deve ser comparada a partir de 2010.O objetivo da PEIC é diagnosticar os níveis tanto de endividamento quanto de inadimplência do consumidor. O endividamento é quando a família possui alguma dívida. Inadimplência é quando a dívida está em atraso. A pesquisa permite o acompanhamento dos principais tipos de dívida, do nível de comprometimento do comprador com as despesas e da percepção deste em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos, além de ter o detalhamento das informações por faixa de renda de dois grupos: renda inferior e acima dos dez salários mínimos.

 

FecomercioSP
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Como se tornar um educador inovador?

zinkevych no Freepik 
Juliana Storniolo, mestre em educação e diretora educacional da FourC Learning, explica o que é e como ser um educador inovador


É fato que a educação básica vem exigindo dos educadores um olhar atento para as necessidades do século XXI. Segundo estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o Instituto Península, os professores são responsáveis por 60% da aprendizagem do aluno no Ensino Fundamental, independentemente da infraestrutura escolar - internet, biblioteca e até mesmo a escolaridade dos pais. A conclusão do levantamento é que existe uma associação estreita entre a qualidade docente e a compreensão do aprendizado dos estudantes.  

  

Outra pesquisa elaborada pelo GEduc, Congresso de Gestão Educacional do Brasil, promovida pela HUMUS, cujo objetivo foi revelar os principais desafios da gestão educacional brasileira, citou que 61,5% dos docentes e gestores entrevistados ainda não utilizam ferramentas tecnológicas nas instituições de ensino, a exemplo da inteligência artificial.  

 

Considerando o cenário acima - influência dos docentes na vida estudantil e necessidade de atualização na formação, incorporando novas tecnologias e novos métodos -, surgem questões importantes a serem discutidas. Em se tratando de tecnologia, muitas pessoas se mostram avessas às mudanças que surgem, o que faz com que o setor educacional tenha um déficit em relação às inovações. "Nestes casos, nós, educadores, é que precisamos nos adequar, não o contrário”, diz Juliana Storniolo. 

 

A partir desse panorama, é necessário discutir sobre a importância dos educadores se manterem atentos quanto às novas metodologias e às problemáticas que surgem no cenário da educação, e, para isso, conforme diz a diretora, “é preciso se formar enquanto um educador inovador”. 

 

Mas, afinal, o que é um educador inovador? 


Para Juliana, o educador inovador é “aquele que realmente está em processo de ensino-aprendizagem o tempo todo, dos alunos e dele”. É necessário, ainda, que ele tenha o que ela chama de “mindset de crescimento”, ou seja, a perspectiva de que estamos em constante evolução e de que o ato de aprender tem que estar incorporado à rotina. 

“O educador inovador precisa trabalhar com criatividade, ou seja, resolver problemas de modo criativo. O educador inovador foca no aluno, olha para quais são as necessidades individuais de cada um e quais são as metodologias que personalizam essa experiência de aprendizagem. Cada um tem o seu background, o seu ritmo, o seu estilo de aprendizagem e é importante abarcar todo esses aspectos”, comenta Juliana.  


A resistência em aderir à novas tecnologias geralmente vem do medo de perder o lugar para elas, mas a postura de um educador inovador é de se utilizar desses recursos em benefício do aluno. “O professor tem um papel multifacetado, com diversas responsabilidades e ações estratégicas. O professor é curador, atua selecionando e recomendando aos estudantes o que é mais relevante e completo, inclusive quando se trata da tecnologia, até mesmo na IA”, relata Juliana Storniolo. 


Nesse sentido, o desenvolvimento do pensamento crítico também é essencial. Quando o aluno compreende essa habilidade, a curadoria, que antes era feita somente pelo professor, passa a ser parte de sua rotina. Saber determinar por quais sites navegar na internet ou que tipo de conteúdo é confiável ou não são habilidades essenciais. “A metodologia ativa e a personalização do ensino, juntas, resultam no desenvolvimento do aluno de maneira dinâmica e participativa, com aprendizado mais significativo. Ao mediar a relação do estudante com esses recursos, o professor promove uma cultura de colaboração e o pensamento crítico”, finaliza a diretora. 


FourC Learning

 

Presente do Dia dos Namorados ou um golpe misterioso? confira dicas para não cair em fraudes em 12 de junho

Golpistas costumam se aproveitar de datas comemorativas para explorar as emoções dos consumidores e cometer fraudes.

 

O Dia dos Namorados, celebrado em 12 de junho, é uma data marcada por expressões de afeto e trocas significativas de presentes entre casais. Neste período, observa-se um aumento nas vendas, com consumidores procurando o presente perfeito para seus parceiros. Lojas físicas e e-commerce registram picos de atividade, com uma vasta gama de produtos, desde joias e flores até experiências únicas e personalizadas. 

No entanto, esse aumento de vendas traz consigo um risco significativo: o crescimento das fraudes na internet. Golpistas aproveitam-se do aumento do tráfego online e do desejo dos consumidores de encontrar ofertas especiais para implementar esquemas sofisticados de engano. Phishing, sites falsos, perfis fraudulentos em redes sociais e outras técnicas são comumente empregados para capturar dados pessoais e financeiros de vítimas desavisadas. À medida que as compras online se tornam uma opção cada vez mais popular, é crucial estar atento e seguir práticas seguras para evitar ser vítima de fraudes. 

Segundo o cofundador do Site Confiável, Alessandro Fontes, o período é um dos preferidos pelos golpistas devido ao aumento das compras online e, principalmente, das emoções relacionadas a essa data. “É essencial que consumidores e comerciantes estejam mais atentos do que nunca às práticas seguras de internet, pois os golpistas estão particularmente ativos em aproveitar as emoções intensas e a busca por presentes perfeitos para executar seus esquemas fraudulentos”, comenta.
  
Veja 5 dicas para que os consumidores não caiam em golpes ao fazer compras na internet:

 

Consulte o CNPJ de forma correta: assim como em uma rede social, qualquer pessoa pode fazer um site e escrever o que quiser nele, inclusive o CNPJ. Consultar o CNPJ que aparece no rodapé do site não é a melhor forma para saber se a empresa é realmente confiável, pois a pessoa que está por trás do site pode colocar qualquer CNPJ ali, inclusive de uma empresa grande, tradicional e confiável, levando você a acreditar que está comprando de uma empresa séria. Descubra através do Registro.br ou do Site Confiável quem é a empresa que realmente está por trás do site que você está prestes a comprar ou se cadastrar.

 

HTTPS ou SSL não é garantia de segurança: diferentemente do que aprendemos durante muito tempo e da crença popular, é incorreto acreditar que um site que comece com HTTPS ou que possua o "cadeado de segurança" no browser seja um site confiável. Esse protocolo serve para criptografar os seus dados durante uma transação de informações, mas lembre-se que isso não é garantia nenhuma de segurança ou de confiabilidade. A maioria dos sites fraudulentos possuem o HTTPS.

 

Atenção redobrada para promoções divulgadas em anúncios: infelizmente o principal canal para os criminosos chegarem às vítimas são os anúncios em buscadores e redes sociais. Por mais que essas plataformas façam uma filtragem para minimizar as fraudes, ainda há uma grande quantidade de anúncios para falsas promoções e até sites clonados. Antes de acessar, se cadastrar ou comprar em um site que você viu em um anúncio, pesquise para ter certeza que não se trata de um golpe. Isso também vale para ofertas e produtos divulgados por influenciadores.

 

Evite pagar no pix: boleto bancário e pix são excelentes alternativas para conseguir um bom desconto à vista, mas também são mais arriscados, pois não possuem mecanismos seguros para reversão do pagamento, caso seja identificado um golpe. Já os cartões, além de possuírem tecnologias para identificar fraudes durante o pagamento, conseguem também fazer o estorno do pagamento nesses casos.

 

Golpes utilizando vídeos e áudios manipulados por IA: à medida que a tecnologia avança, golpistas encontram novas maneiras de aplicar fraudes. Uma das mais recentes envolve o uso de inteligência artificial para criar vídeos e áudios manipulados. Esses arquivos falsificados são cada vez mais realistas, tornando difícil para os usuários distinguir entre conteúdos legítimos e fraudulentos. Criminosos usam essas ferramentas para simular vozes ou imagens de pessoas conhecidas das vítimas, solicitando transferências de dinheiro ou dados pessoais sob pretextos falsos.

 

Admirador secreto: nesta situação, os fraudadores enviam presentes, flores ou cartões para suas vítimas, afirmando que a identidade do remetente será revelada após o pagamento de uma taxa de entrega. Este valor frequentemente é elevado e, uma vez pago, o contato que se dizia responsável pelo envio desaparece. Esse golpe se aproveita da curiosidade e emoção das pessoas, especialmente em datas comemorativas, para extorquir dinheiro.

 

Golpe da homografia: aqui o golpista explora a semelhança visual entre caracteres de diferentes alfabetos para criar URLs fraudulentas que imitam endereços de sites confiáveis. Por exemplo, substituindo o caracter 'o' por um '0' (zero) ou utilizando caracteres cirílicos que se parecem com os latinos. Os usuários que clicam nesses links são direcionados para páginas que podem instalar malwares em seus dispositivos ou coletar informações sensíveis através de formulários que imitam os de sites legítimos.
 

Caso o consumidor seja vítima de uma fraude, deve reportar imediatamente à instituição financeira ou ao provedor do cartão de crédito, alterar as senhas de logins que possam ter sido comprometidos, registrar um boletim de ocorrência e comunicar o golpe aos sites ou serviços envolvidos. 

“Atuando neste mercado há anos, identificamos que os golpistas atualizam constantemente suas manobras fraudulentas. Por isso, é crucial que o consumidor se eduque sobre segurança online e realize verificações constantes dos links de compras", conclui Alessandro Fontes.

 

Setor da saúde enfrenta ameaça constante de ataques cibernéticos

Divulgação Cipher

Nos quatro primeiros meses de 2024, o setor foi o terceiro mais atacado no Brasil. Por isso, a Cipher, divisão de cibersegurança do Grupo Prosegur, investigou e mapeou os principais crimes digitais na saúde, suas ferramentas e as vulnerabilidades das quais eles se aproveitam. 

 

O setor da saúde é um dos mais importantes e críticos em todo o mundo. Ao mesmo tempo, esse âmbito tem sido um dos principais alvos dos cibercriminosos nos últimos anos. No Brasil, por exemplo, dados da Kaspersky, empresa de tecnologia especializada em software de segurança cibernética, mostram que em 2024 o setor da saúde foi o terceiro mais atacado de janeiro a abril de 2024 no país, com 6,5 mil tentativas, atrás apenas dos setores de serviços e governamental. 

Essa realidade levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a determinar que os estados-membros, incluindo o Brasil, estabeleçam uma abordagem segura em meio à saúde digital até 2025. Em resumo, a solicitação é para que os países criem legislações que melhor resguardem os dados sensíveis de seus cidadãos, já que entre os principais impactos nocivos dessa realidade estão a pausa temporária do funcionamento de serviços que visam o direito à saúde e ao bem-estar das pessoas, a exposição de informações pessoais dos pacientes e o impacto econômico, uma vez que o setor da saúde registra os maiores vazamentos de dados, com um custo de quase US$ 11 milhões de dólares. 

A x63Unit, a unidade multidisciplinar especializada em ciberinteligência da Cipher, divisão de cibersegurança do Grupo Prosegur, investigou os crimes digitais no setor da saúde, suas ferramentas e as vulnerabilidades das quais eles se aproveitam. O estudo permitiu ampliar os limites de segurança estabelecidos pelas medidas tradicionais, além de antecipar e agir proativamente diante de possíveis ataques. Foram quase 100 vulnerabilidades mapeadas pela x63Unit no setor nos últimos anos.

 

Abaixo, destacamos as cinco principais descobertas do mapeamento.

  1. Ransomware: Os agentes mais relevantes de 2023 no domínio do ransomware foram a RansomHouse, a Lockbit e a Blackcat. O primeiro se destaca pela sua especialização em ataques destinados a expor vulnerabilidades críticas de segurança de dados. O Lockbit surge como um adversário de alto risco devido à sua constante evolução técnica. Enquanto o Blackcat, que implementa o ransomware-as-a-service, utiliza técnicas avançadas para comprometer significativamente os sistemas.
     
  2. Ameaça Persistente Avançada (APT): De acordo com a pesquisa da x63Unit sobre os grupos APT, estes grupos tendem a se centrar na espionagem e a sua principal missão é extrair informações sensíveis. Neste sentido, o FIN8, o APT41 e o APT22 representam as maiores ameaças de espionagem, o FIN8 se concentra em comprometer os terminais POS para roubar informações financeiras. Já o APT41 realiza campanhas globais de espionagem, atacando infraestruturas críticas de cuidados de saúde, enquanto o APT22 se especializa em ataques prolongados contra a investigação sobre o cancro, explorando vulnerabilidades em serviços públicos da Web.
     
  3. Hacktivismo: O termo hacktivismo resulta da combinação das palavras “hacking” e “ativismo”, baseando-se na utilização da tecnologia e do hacking principalmente para promover causas sociais ou políticas. Os grupos hacktivistas também se têm concentrado no setor da saúde, principalmente em ataques DDoS (distributed denial of service), que podem ser muito prejudiciais quando afetam serviços críticos. Grupos como o Killnet, agora “Black Skills”, e o Anonymous Sudan, utilizam táticas como o DDoS para promover agendas políticas e sociais, afetando diretamente os serviços de saúde essenciais.
     
  4. IAB’s (Initial Access Brokers): São agentes especializados na venda de acessos a empresas, facilitando os ataques de outros cibercriminosos. A x63Unit identificou Sapphire, Olive e Teal Cosmos Taurus como os IABs mais relevantes, que fornecem aos criminosos digitais acesso a redes internas. A Sapphire é especializada nas intranets de cuidados de saúde, a Olive apresenta uma atividade diversificada e a Teal se concentra na venda de acesso a infraestruturas de investigação oncológicas.
     
  5. Vendedores de informações: são agentes envolvidos na divulgação não autorizada de informações confidenciais. Ameaças como Jade, Violet e Bronze Cosmos Taurus comercializam informações sensíveis, desde credenciais a bases de dados de doentes, expondo tanto indivíduos como entidades nas infraestruturas de saúde.

 


Cipher
site.

 

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