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segunda-feira, 10 de junho de 2024

Seconci-SP alerta para sinais sutis de violência contra a pessoa idosa

É preciso atentar a sinais de negligência e sofrimento de abusos psicológicos


Pessoas idosas estão sujeitas a agressões além das físicas e sexuais. A psicológica é a mais sutil delas e suas manifestações podem ser difíceis de serem detectadas. É preciso estar atento aos sinais apresentados por essas pessoas, afirma Zaida Oliveira do Nascimento, assistente social do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Mundial da Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa (15 de junho).

Segundo Zaida, dentre os tipos de violência, a mais conhecida é a física, ou sexual, porém há outros indicativos aos quais devemos estar alertas para identificar uma possível situação de violência contra as pessoas idosas. “Sinais de isolamento, o não comparecimento a consultas, não aderência a tratamentos médicos, falta de cuidados básicos de higiene, esses são alguns dos sinais de negligência sofridos. Em sua forma extrema, a negligência é considerada abandono”, afirma.

“A violência psicológica é a mais sutil delas, e suas manifestações podem ser mais difíceis de serem detectadas: são comportamentos como ofensas, ameaças e constrangimento que prejudicam a autoestima e o bem-estar. A violência financeira ou material é muito comum, e se caracteriza pela exploração, ou uso não consentido dos recursos financeiros e patrimoniais da pessoa idosa. Faço um destaque para a negligência e o abandono dos pais idosos por filhos homens, já que é comum e até naturalizado que somente as filhas mulheres assumam os cuidados dos pais”.

Segundo a assistente social, diante da identificação da situação de violência, os casos são acolhidos pelo Serviço Social e encaminhados para os órgãos competentes, além de serem acompanhados, quando necessário.

Outra situação que pode ocorrer é a autonegligência, quando a pessoa idosa não cuida de suas necessidades essenciais por vontade própria. Nesses casos, o Serviço Social realiza um trabalho de orientação e fortalecimento, buscando a melhora de sua qualidade de vida, que somente é possível com o respeito da autonomia da pessoa idosa.

“Portanto, se você está sofrendo ou identificou algum sinal de violência sofrido por uma pessoa idosa, denuncie por meio do Disque 100 Direitos Humanos, ou Disque Denúncia 181, para a Delegacia do Idoso. Cabe à toda sociedade zelar pela dignidade da pessoa idosa, futuro de todos nós”, destaca Zaida.

Na definição do Estatuto da Pessoa Idosa, consideram-se idosos pessoas com 60 anos ou mais, que representam no Brasil 15,6% da população, com 32.113.490 indivíduos, de acordo com o último Censo Demográfico IBGE 2022. “Isso significa mais pessoas idosas nos serviços de saúde, o aumento das demandas sociais e a necessidade de se preparar para atender as necessidades dessa população”.

 

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