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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Os reflexos penais de mais um capítulo trágico entre torcidas organizadas de futebol

 Mais um capítulo trágico envolvendo torcidas organizadas no Brasil aconteceu no último final de semana. Uma jovem torcedora do Palmeiras faleceu após um conflito entre torcidas, durante a partida entre Palmeiras e Flamengo, na Capital paulista, em que, do lado de fora do estádio, segundo relatos da Polícia Civil, após ter sido, supostamente, acertada na jugular (região do pescoço) por estilhaços de vidro de uma garrafa, supostamente, arremessada por um torcedor do Flamengo, a torcedora de 23 anos sofreu graves lesões e foi socorrida para o hospital, onde não resistiu aos ferimentos.  

Gravações e vídeos que circulam na internet retratam cenas de barbárie e servirão como provas da investigação policial. Importante destacar que no dia do ocorrido, dia 9 de julho, foi preso em flagrante um jovem flamenguista, que foi indiciado por homicídio doloso, ou seja, que ele praticou o ato com assumindo o risco em matar (dolo eventual). O rapaz, entretanto, teria confessado a ação de atirar apenas gelo em direção aos torcedores do Palmeiras.  

Infelizmente, brigas e confusões são corriqueiras nos arredores do estádio de futebol, quando torcedores de torcidas rivais se encontram nas ruas próximas ao local do jogo. Normalmente, esses confrontos sangrentos resultam em vítimas, feridos, inclusive até mesmos policiais.  

Acerca desse fato em específico envolvendo a morte da jovem torcedora do Palmeiras, após análise das imagens e vídeos, nota-se momento em que um jovem é flagrado arremessando uma garrafa supostamente de vidro e, do outro lado, a câmera filma instantes após a torcedora com a mão ao pescoço (e logo na sequência aparece desacordada). Assim, existem indícios suficientes de autoria e materialidade, que neste caso é o crime de homicídio doloso.  

O crime de homicídio está previsto no Artigo 121 do Decreto Lei n. 2848, de 07 de dezembro de 1940,(Código Penal brasileiro). E no caso do crime cometido no último domingo, o investigado de provocar o óbito da torcedora foi indiciado formalmente pelo Delegado do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas) pela prática do crime de homicídio doloso consumado, com pena de 6 a 12 anos de prisão, conforme caput do referido artigo. Isso porque a Autoridade Policial entendeu que o jovem flamenguista, embora não tivesse dolo específico, assumiu o risco de matar ao arremessar uma garrafa de vidro por cima de uma barreira que separavam as torcidas (inclusive com policiamento no local) e esse risco era de conhecimento do agente no momento do arremesso mesmo que no seu inconsciente (embora em depoimento, o torcedor flamenguista tenha dito que arremessou apenas gelo), o que configura o dolo eventual para o crime in questio.  

Vale destacar, que apesar dos fatos estabelecidos pelo delegado da Polícia Civil e das gravações acima citadas, o depoimento do acusado pode ter um peso. Isso porque, o Ministério Público pode acusa-lo formalmente da prática do crime de homicídio culposo, ou seja, que o agente não tinha a intenção de matar, que está previsto e punido no § 3º do Artigo 121 do Código Penal brasileiro, que detém pena de 1 a 3 anos de detenção, podendo, nesse caso, inclusive se o acusado ser colocado em liberdade caso preenchido os requisitos legais. 

Entretanto, a hipótese mais provável, é de o Ministério Público denunciar o torcedor flamenguista pelo crime de homicídio doloso (com dolo eventual) e qualificado, ou seja com qualificadores (aumento) da pena  previstos no § 2º do Artigo 121 do Código Penal brasileiro, e neste caso, notadamente com a incidência dos incisos (motivo torpe, imoral, vergonhoso); II (por motivo fútil); III (com emprego de meio que possa resultar perigo comum); IV (mediante uso de recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido).  

Mister abrir um parentese, para salientar que existe a possibilidade da incidência de quatro qualificadoras neste crime. E, se assim for entendido, poderia o torcedor flamenguista ser condenado judicialmente em Júri popular com pena de até 16 anos de prisão.  

Em todo caso, após receber a denúncia, o juiz ordenará a citação do acusado para responder à acusação formalmente no processo em 10 dias, nos termos do artigo 406 do CPP. E, após audiência de instrução e julgamento, o juiz da causa proferirá decisão de pronúncia (artigo 413 do CPP), ou seja, entenderá que a acusação do MP preenche os requisitos de admissibilidade, sendo certo que a defesa do torcedor flamenguista pode recorrer dessa decisão através do Recurso em Sentido Estrito (RESE). 

Ou então, o juiz, após apresentação de defesa pelo advogado do torcedor flamenguista e a audiência de instrução e julgamento, pode decidir pela impronuncia (artigo 414 do CPP), que é uma decisão que faz coisa julgada formal e entende que não há provas da materialidade do fato ou existência de indícios suficientes de autoria ou participação para levar o acusado a julgamento perante o Tribunal do Júri. Essa decisão tem efeitos de sentença e contra ela caberá recurso de apelação a ser interposto pelo Ministério Público. 

Além disso, pode ocorrer a absolvição sumária (artigo 415 do CPP), obviamente se apenas provada a inexistência do fato; não ser o acusado o autor ou participe do crime; o fato não constituir crime ou a causa de isenção de penal ou exclusão do crime – excludente de ilicitude penal. 

Conforme dito acima, caso a decisão seja pela pronúncia ao crime de homicídio doloso (com dolo eventual) qualificado, o torcedor flamenguista será então levado o Júri Popular no prazo, em tese, de até 6 meses do trânsito em julgado da decisão de pronuncia ou da data que transitou em julgado a decisão do Tribunal que por ventura tenha confirmado a decisão de pronuncia no recurso em sentido estrito (RESE), sob pena de desaforamento, podendo o agente do crime então ser condenado ou absolvido pela decisão dos jurados na prática do crime que lhe denunciou o Ministério Público. 

Ao final julgamento do Tribunal do Júri, o juiz na frente do réu faz a leitura da sentença, e embora exista o princípio constitucional da soberania dos vereditos, ainda existe a possibilidade de questões de direito serem levadas à segunda instancia e aos tribunais superiores após o fim do Júri, como por exemplo temas contrário a prova dos autos; anulação parcial da decisão do conselho de sentença ou até mesmo a inovação probatória na renovação do júri. 

É possível também, a distribuição de habeas corpus substitutivo de revisão criminal (que deve ser reconhecido de ofício uma nulidade processual com flagrante ilegalidade) ou até mesmo a revisão criminal requerendo absolvição e reforma da decisão transitada em julgado ou até mesmo, por exemplo, o afastamento das qualificadoras aplicadas na pena de homicídio. 

Portanto, existe um caminho legal para a punição (ou absolvição) dos crimes protagonizados por torcedores organizados no Brasil. É imprescindível a assinatura do Acordo de Cooperação para o lançamento do Projeto Estádio Seguro, que está para ser assinado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para erradicar crime nos estádios e nos arredores do estádio de futebol em dias de jogos. E se faz necessário qeu o Congresso Nacional avance urgentemente na de projetos de lei que visam impedir violência nos estádios de futebol, e sobretudo, a inclusão de novo inciso taxado expressamente no Artigo 121 do CP, que preveja o homicídio praticado em estádios de futebol ou nos arredores em dia de jogos. 

Não é tolerável mais em tempos modernos aceitarmos esses crimes como o que vitimizou a jovem torcedora palmeirense. Acreditamos que com o agravamento da pena para homicídio ou até mesmo lesão corporal em estádios de futebol ou nos arredores, ou até mesmo a nova previsão expressa para esse tipo de crime (sem poder a defesa dos acusados pleitearem lacunas na Lei que hoje existem), novas tragédias sejam evitadas. 

Infelizmente, vivemos em tempos em que estamos com uma sensação de impunibilidade e injustiça nos casos de violência em praças esportivas. Precisamos de uma cooperação dos Poderes da República e das autoridades para conseguirmos identificar esses criminosos de uma maneira mais ágil e assertiva e agir com rigor nas punições. É preciso virar esse jogo.   



Eduardo Maurício - advogado no Brasil, Portugal e Hungria, presidente da Comissão Estadual de Direito Penal Internacional da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), membro da Associação Internacional de Direito Penal de Portugal (AIDP - Portugal ) e da Associação Internacional de Direito Penal AIDP - Paris, pós-graduado pela PUC-RS em Direito Penal e Criminologia, pós-graduado em Direito Penal Econômico Europeu, em Direito das Contraordenações e Especialização em Direito Penal e Compliance, todos pela Universidade de Coimbra/Portugal, pós-graduado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Academy Brasil - em formação para intermediários de futebol, pós-graduando pela EBRADI em Direito Penal e Processo Penal, pós-graduado pela Católica - Faculdade de Direito - Escola de Lisboa em Ciências Jurídicas e mestrando em Direito - Ciências |Jurídico Criminais, pela Universidade de Coimbra/Portugal


Como ser um bom líder por meio da oratória?


Para que alguém se torne um bom líder, algumas atitudes são extremamente necessárias: saber resolver conflitos, ter jogo de cintura, estimular e engajar a equipe, ter uma escuta ativa e principalmente, saber extrair o melhor de cada colaborador. Porém, para conseguir executar tantas responsabilidades com maestria, uma habilidade deve ser fundamental no processo de liderança: a oratória. 

A oratória e a comunicação, ao serem combinadas e bem estruturadas, são capazes de fazer uma pessoa se destacar, principalmente no mercado de trabalho. Se pensarmos no mundo dos negócios, que apresenta um ambiente cada vez mais competitivo, é provável que um profissional que fale bem tenha mais chances de conseguir o sucesso que tanto almeja, e eventualmente uma posição de liderança dentro da empresa.

Um bom líder precisa ter uma boa oratória para conduzir o seu time e isso só é possível com uma comunicação clara e assertiva. Quando a pessoa que está liderando consegue transmitir o que quer de uma forma que todos entendam, é mais fácil evitar ruídos e assim fazer com que caminhem na mesma direção em prol de um objetivo em comum, sendo possível traçar estratégias, estabelecer planos e cumprir metas.

O fato é que a boa oratória também está ligada à inteligência emocional. A exposição de um líder costuma ser bem maior do que as demais pessoas, justamente por estar em um cargo que exige que se imponha e tenha autoridade. No entanto, alguém que controla as próprias emoções, com certeza vai conseguir se comunicar melhor, tendo a capacidade de manter o equilíbrio e se tornando referência para resolver problemas.

É por essa razão que um bom líder também consegue adaptar e personalizar as mensagens. Ao trabalhar e lidar com colaboradores de personalidades e idades distintas, é essencial ter a percepção de que existem maneiras específicas de falar com cada um. Saber o que e como pedir determinada tarefa pode ser o grande diferencial para que o resultado final seja o que era programado e esperado.

Isso também se aplica no momento da avaliação, pois mesmo que o feedback não seja tão positivo, é preciso ser construtivo, para que ajude aquela pessoa a melhorar de verdade e evoluir. A liderança deve sempre prezar pelo desenvolvimento do colaborador, para que este se sinta motivado a entregar uma performance melhor e fique confortável para admitir erros e consertá-los.

Visto este cenário, um bom líder precisa aprender a dosar: ter uma boa oratória, mas saber escutar. O líder precisa entender que adotar uma escuta ativa permite que os integrantes do time encontrem um lugar seguro para se comunicarem de forma geral, assim como também dividir ideias e compartilhar experiências. É a troca que vai fortalecer a todos e garantir que entreguem o melhor trabalho possível.

 

Fran Rorato - atriz, jornalista, especialista em comunicação e oratória, fundadora da 2Talk Show e CEO da rede de escolas de oratória Vox2You em São Paulo, além de ser conselheira da marca. Possui formação em Artes Cênicas, pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro; graduação em Relações Internacionais pela Universidade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro; e curso de Psicanálise no Instituto Brasileiro de Psicanálise.

 

Como os hábitos de consumo pós-pandemia moldaram uma nova experiência de compra

 A pandemia da Covid-19 teve um impacto significativo em diversos aspectos da sociedade, incluindo o modo como as pessoas consomem. Com a necessidade de distanciamento social, os consumidores tiveram que adaptar seus comportamentos e meios de compra. Essa mudança repentina afetou o setor varejista de várias maneiras e, se bem gerenciada, pode trazer impactos positivos, mas, se for ignorada, grandes são as chances do impacto ser negativo.

Nesse período, muitas empresas aceleraram a implementação do trabalho remoto como medida restritiva para reduzir a propagação do vírus. Essa mudança resultou em um aumento significativo de vagas de home office em 2022, registrando um crescimento de 496% em comparação com o primeiro semestre de 2021, de acordo com um levantamento da Catho realizado em agosto de 2022. Como consequência, houve um aumento na necessidade de abastecimento das despensas domésticas, e o mercadinho de bairro se tornou o aliado perfeito para realizar compras rápidas, precisas e convenientemente próximas aos lares, sendo uma opção ainda relevante até hoje.

Anteriormente, as compras emergenciais eram realizadas durante o deslocamento para o trabalho, no trajeto de ida e volta. No entanto, devido à mudança para o trabalho remoto, essas compras agora são feitas em mercados próximos às residências. Com o consumidor passando mais tempo em casa, que também se tornou seu ambiente de trabalho, essa conveniência se tornou ainda mais importante.

Como o varejo está constantemente atento às mudanças de comportamento dos consumidores, é evidente que as grandes redes de minimercados não deixariam essa oportunidade passar despercebida. De acordo com uma pesquisa do Sebrae, entre 2020 e 2021, o número de minimercados no Brasil registrou um aumento de 12%.

Diante desse cenário, essas redes e os mercados de condomínio afetam diretamente os mercadinhos de bairro, também conhecidos como "mercadinhos de proximidade", exigindo uma atenção especial em relação à concorrência e investimentos em soluções tecnológicas. Portanto, é essencial adotar uma abordagem estratégica para enfrentar esses desafios em um mercado em constante evolução.

Por isso, é essencial que as empresas se mantenham competitivas, adaptando-se às expectativas dos consumidores. Um exemplo disso é a oferta de serviços de entrega (delivery). Essa estratégia proporciona maior conveniência e valor aos clientes, pois permite que eles recebam os produtos diretamente em suas residências. Esse benefício é especialmente significativo quando os clientes têm compromissos importantes ou enfrentam restrições de mobilidade urbana. Além de ser lembrado como uma opção confiável em momentos de necessidade, é fundamental que o estabelecimento comercial se torne a preferência dos clientes, independentemente da situação.

Outro ponto importante é oferecer uma solução omnichannel, em oposição à sugestão anterior, permitindo que os clientes façam a compra pelo celular e retirem na loja. Além de agilizar o processo de compra, o que proporciona uma comunicação mais direta entre o cliente e o fornecedor, contribuindo para uma experiência mais eficiente e personalizada. Além disso, para os mercados locais, a opção de compra pelo celular e retirada na loja é uma forma de competir diretamente (ou quase) com grandes redes presentes no comércio eletrônico.

Ou seja, para ser bem avaliado, é essencial proporcionar aos consumidores uma experiência que proporcione agilidade, conveniência, atendimento personalizado e interatividade local, acompanhando de perto as evoluções digitais e sociais. A expressão "servir bem para servir sempre" reflete a importância de pesquisar e acompanhar constantemente as mudanças no público-alvo, visando oferecer um serviço de excelência de maneira contínua e otimizada. Dessa forma, é possível garantir um atendimento de qualidade, sempre buscando a melhor forma de servir.

 

Samuel Carvalho - diretor da vertical de Mercado de Proximidade e Conveniência da Linx


Liderança eficiente, ambiente de trabalho inclusivo e performance saudável

Especialista que tem impactado positivamente empresas explica como ter um ambiente de trabalho saudável, inclusivo e estimulante


“A inovação é a única forma de mantermos não apenas nossos negócios vivos, mas também nossos sonhos. Sem honrarmos nosso propósito, jamais teremos sucesso e dificilmente encontraremos a felicidade”. Essa é a perspectiva compartilhada por Natalia Guimarães Viotti, especialista em liderança, ambiente de trabalho saudável e em relacionamento com o cliente, que ressalta a importância de abandonar o medo do julgamento, exercitar a empatia e ouvir a nossa alma como elementos essenciais para a criação de um ambiente criativo e próspero. Como Natália afirma, "é construindo um novo mundo para os outros que criamos um novo para nós."

Nesse contexto, Natalia Viotti, também advogada trabalhista empresarial, pós-graduada em Gestão de Pessoas, Compliance Trabalhista e em Psicologia Positiva, destaca seu compromisso em desenvolver pessoas e cuidar de suas necessidades através do senso de pertencimento. Com base em sua experiência no direito do trabalho empresarial, liderança, empreendedorismo, psicologia e sua própria história, ela identificou a necessidade de explorar o papel crucial que uma liderança eficiente desempenha na criação de um ambiente de trabalho saudável.

Motivada por sua paixão por ensinar e ajudar os outros, Natalia transformou suas experiências pessoais, incluindo o enfrentamento de um burnout e de um diagnóstico tardio de autismo, já na idade adulta, em um estudo aprofundado sobre os elementos-chave de uma liderança eficiente. Seu trabalho resultou em palestras e treinamentos, que hoje são aplicados em várias empresas, bem como consultoria jurídica para melhoria de desempenho através da inclusão de neurodivergentes e redução de riscos trabalhistas. No livro em que participa de forma coautoral, “Elefante não voa” (Literare Books International), Natalia explora de maneira mais profunda a importância da inovação.

Além disso, a especialista desenvolveu o Programa Sucesso Sustentável, inicialmente destinado a escolas públicas e posteriormente adaptado para a Jornada do Futuro Consciente em escolas particulares. O objetivo desses programas é preparar os adolescentes não apenas para os desafios do ensino médio, mas para a vida como um todo. “Em um mundo cada vez mais exigente, que demanda autoconhecimento, empatia e a realização do propósito pessoal, busca capacitar jovens para enfrentarem os desafios do presente e do futuro de forma consciente e bem-sucedida”, afirma a especialista.

 

Ambiente corporativo saudável

A visão de Natalia destaca a responsabilidade das empresas em proporcionar segurança psicológica aos colaboradores e abordar aspectos importantes da neurodivergência, por exemplo. “Com uma liderança eficiente e um ambiente de trabalho saudável, é possível promover a inovação, estimular a criatividade e maximizar o potencial de cada indivíduo, especialmente os neurodiversos”, destaca.

A abordagem da especialista tem impactado positivamente empresas e escolas, oferecendo insights valiosos sobre como desenvolver líderes eficientes e construir ambientes de trabalho saudáveis. Sua dedicação em promover um futuro consciente e sustentável reflete-se na transformação de vidas e na criação de um ambiente propício ao crescimento pessoal e profissional.

Ao adotar uma abordagem centrada no bem-estar, felicidade e engajamento, o líder e a empresa se tornarão automaticamente mais criativos e otimistas, desenvolvendo uma empatia mais profunda pelas pessoas ao seu redor. Novas ideias surgirão e você será capaz de enxergar caminhos inexplorados, alinhados ao seu propósito e com potencial para levá-lo ao sucesso almejado.

Segundo Natalia Viotti, a construção de uma sociedade empática é fundamental, pois o sucesso verdadeiro segue a felicidade, não o contrário. “A empatia desempenha um papel vital na inovação e, ao fazer a diferença na vida de alguém, experimentamos uma felicidade autêntica”, comenta a advogada trabalhista. Nas palavras de Kevin Kruse, ‘a vida é sobre criar impacto, não uma renda’. Portanto, investir em desenvolvimento pessoal e profissional, promovendo um ambiente de trabalho saudável e estimulante é vital para alcançar pleno potencial e deixar um legado significativo”, finaliza.

 

5 dicas para otimizar a gestão de custos e despesas na sua empresa

Aproveitar a tecnologia, fazer análises frequentes dos gastos e promover uma cultura financeira são algumas das formas de gerenciar os gastos; especialista detalha. 

A gestão eficiente de custos e despesas é uma preocupação constante para as empresas, especialmente em um cenário econômico desafiador. Para ajudar nesse processo, é essencial adotar estratégias inteligentes e contar com o apoio da tecnologia. É imperativo que faça parte do processo de gestão revisar constantemente os gastos, controlando os excessos.

 

A gestão dos custos é tão importante, que quando não é feita com esmero pode ameaçar as finanças da empresa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2020, 39,6% das empresas brasileiras fecharam suas portas antes de completar cinco anos de atividade, sendo a gestão financeira inadequada um dos principais motivos para essa realidade preocupante.

Nesse processo, a utilização da tecnologia se torna fundamental. A empresa deve buscar soluções que ofereçam relatórios assertivos e permitam um controle mais preciso dos custos e despesas. É importante contar com um profissional especializado para auxiliar na escolha e implementação das soluções tecnológicas. 

Além disso, a análise detalhada dos gastos e a identificação de áreas de desperdício são etapas cruciais para otimizar a gestão de custos. Quando identificamos os maiores custos da empresa, é possível investigar e entender a origem dos gastos supérfluos, desenvolvendo estratégias para reduzi-los. Essa análise minuciosa permite identificar oportunidades de economia e direcionar os recursos financeiros de forma mais eficiente. 

Com base nesses princípios, compartilho cinco dicas valiosas para otimizar a gestão de custos e despesas. Confira:

 

1. Utilize a tecnologia a seu favor - Primeiramente, precisamos usar a tecnologia a nosso favor, as empresas precisam buscar soluções tecnológicas que ofereçam alguns relatórios mais assertivos, existem muitas opções no mercado, que devem ser usadas com auxílio de algum profissional que entenda do assunto, o usuário também deve entender o que está acontecendo e não deixar apenas na mão da aplicação. 

 

2. Faça uma análise minuciosa dos gastos - Identificar áreas de desperdício e supérfluos é essencial para otimizar a gestão de custos. Com base nessa análise, é possível implementar medidas de redução de gastos. É nesse ponto que a análise deve ser detalhada, focando nas áreas e equipes que estão tendo despesas desnecessárias. 

 

3. Implemente um sistema de gestão financeira eficiente - É importante contar com um sistema adequado de gestão financeira que auxilia na identificação de oportunidades de economia, no controle dos gastos e na tomada de decisões estratégicas. O olho humano está atrelado ao erro humano em tarefas extremamente mecânicas, quando não temos uma ferramenta, detalhes podem ser ofuscados e confundidos na hora de diminuir os gastos, as informações devem ser corretas para minimizar erros. 

 

4. Promova uma cultura de conscientização financeira - Engajar os colaboradores na busca por redução de custos é fundamental. Promova treinamentos, incentive a conscientização financeira e estimule a participação ativa de todos. Dependemos de pessoas e cada pessoa tem sua casa, sua cultura e ela sempre vai priorizar esses aspectos e depois o trabalho, mas o trabalho deve trazer uma sensação de lar e que o colaborador deve cuidar dele. 

 

5. Equilibre economia e qualidade - Buscar a redução de custos não deve comprometer a qualidade e a eficiência dos processos. É importante encontrar um equilíbrio entre economia e desempenho para garantir a competitividade da empresa. O que deve ser identificado são os gastos supérfluos, que aí vão ser investigados para entender sua origem e pensar nas estratégias para reduzir esses custos e não fazer gastos ao esmo. 

 


 

Nátaly Zamaro - CEO da Spot Finanças, com mais de 15 anos de experiência na área financeira.

 

Abordagem tradicional não atende demandas atuais de cibersegurança

Proteger os dados contra invasores enquanto cumpre a Lei Geral de Proteção de dados é um grande desafio para os CISOs. Nos últimos seis meses acompanhamos diversas empresas sofrerem com violação de dados. E o motivo é fácil de enxergar. O problema que a maioria das empresas enfrenta é ter uma abordagem tradicionalista da segurança de informação, sendo falha e desatualizada. 

Neste contexto, os CISOs dedicam muito do seu tempo com foco em endpoints, perímetros e firewall, deixando a segurança dos dados em segundo plano, até que uma violação aconteça. 

Essas medidas de segurança tradicionais, apesar de manter conformidade e tranquilizar o gerenciamento, estão mascarando os problemas que são expostos quando um incidente acontece ou mesmo quando a lei de proteção de dados exija uma mudança de foco. 

Nesse ponto, colocar a segurança de dados em ordem pode parecer uma tarefa árdua e difícil de saber por onde começar. Por isso, neste artigo, vamos mostrar porque a abordagem tradicional é falha, e apresentar um roteiro de cibersegurança preciso e como implementá-lo.

 

Os tempos mudaram 

Ao planejar e definir uma estratégia para proteção de dados, muitas empresas tendem a cartilha tradicional. Esse manual aborda a segurança de fora para dentro, com foco em dispositivos externos e tenta impedi-los de acessar seus dados. Isso inclui proteção de endpoints, SIEM e Firewalls. 

Essa abordagem funcionou por um tempo, quando as empresas armazenavam todos os seus dados em suas próprias máquinas, servidores gerenciados localmente ou datacenter locais. Mas a forma como as organizações criam, armazenam e acessam seus dados mudou. Principalmente com o aumento do trabalho remoto e híbrido. 

Hoje os dados são armazenados em diferentes locais, nuvem e SaaS. Todos abrigando e processando diferentes versões desses dados. Por isso, essa cartilha tradicional não é mais eficaz. 

Um CISO não pode proteger os dados sem saber que um funcionário da contabilidade inscreveu a equipe em SaaS não provisionado. Isso torna os dados vulneráveis e a abordagem tradicional não poderá fazer nada para proteger esses dados.

 

Mais que um problema de tecnologia 

Diante de um cenário como este, a culpa não é inteiramente do funcionário da contabilidade. 

A organização é composta por humanos com suas próprias prioridades, responsabilidades e falhas. Essas pessoas fazem escolhas de como desejam trabalhar e em relação aos objetivos que devem ou querem alcançar. Por isso, se faz necessário abordar a segurança de dados como mais que uma demanda de tecnologia. 

Na maioria das vezes, quando falamos sobre cibersegurança, focamos em aplicativos, bancos de dados e APIs. O que é uma grande parte disso, mas não mostra o quadro completo. As pessoas em sua organização desempenham um papel igualmente importante e muitas vezes podem representar ainda mais riscos do que a tecnologia. 

As políticas de privacidade são um ótimo exemplo. A assinatura de um documento não significa que a pessoa realmente irá aderir a essa política. 

Outro problema, é que grandes quantidades de dados são criadas diariamente em todos os departamentos da empresa e é necessário ficar por dentro do que todos estão criando, editando, armazenando e acessando. 

Por exemplo, um arquivo com dados confidenciais, como saber quem pode acessar esse documento? No primeiro dia, apenas uma pessoa pode ter acesso, ficando em conformidade com a política de privacidade. 

Então, essa pessoa compartilha esse documento com um colega de equipe diferente, que em seguida compartilha com um grupo maior, sem saber que aquelas informações são confidenciais. Em seguida, alguém da equipe usa esses dados em uma apresentação de vendas. Nesse ponto não há mais conformidade com a política de privacidade. 

Situações como essa podem surgir facilmente e podem parecer impossíveis de se prevenir. O primeiro passo é entender que não existe uma solução pronta. A realidade é que a empresa continuará gerando novos dados, adicionando pessoas e, infelizmente, também removendo pessoas das equipes.

Por isso, o manual tradicional não vai funcionar. É necessário mudar a tática e adotar uma abordagem de dados em primeiro lugar. Ou seja, identificar aqueles que já estão em risco para protegê-los e implementar estruturas e ferramentas que façam isso automaticamente.

 


Carlos Rodrigues - vice-presidente Latam da Varonis



Crescimento empresarial: 10 dicas para melhorar a gestão de pessoas e processos de seu negócio

Manter um negócio funcionando no cenário atual vivido pelo país é um desafio grande, mas quando tudo é executado de acordo com o esperado, as coisas tendem a dar certo. 

Uma empresa tem seus resultados otimizados, e começa a perceber uma evolução gradual quando passa a melhorar a gestão de pessoas e os processos do negócio. 

Essas duas questões são essenciais para o sucesso, e dentro delas existem outros tópicos que precisam ser pensados com cuidado e atenção não só pelo dono da empresa, mas por todo o corpo administrativo e direção.

Por isso, foram separadas dez dicas pensadas para melhorar a gestão de pessoas e os processos de seu negócio. 

Lembrando que todos os processos e cuidados aqui citados precisam ser intensificados com uma liderança comprometida com o serviço da empresa, e com qualificação para o cargo. 

De nada adianta saber quais são as ações necessárias para melhorar a gestão de pessoas, e não se comprometer com o crescimento empresarial. Por isso, fique atento. 


1 - Organize os trabalhos 

A organização é um dos pontos-chave para o sucesso empresarial que você busca. Independente do segmento ou tamanho de seu negócio, ter todos os trabalhos e deveres esquematizados é muito importante. 

Invista em plataformas e apps que te ajudem nessa organização, e em profissionais como secretárias remotas que estarão dispostas a dedicar atenção a esquematização e organização de seus trabalhos. 

Nada pior do que se comprometer com clientes e parceiros, e não conseguir entregar os produtos e serviços nas datas e horários combinados. 


2 - Escute sua equipe 

Ter um maior contato com sua equipe é fundamental para que todos os serviços sejam feitos da forma esperada, e assim melhorar a gestão de pessoas.

Por isso, escute seus funcionários. Desde reclamações, pedidos e elogios. Tudo deve ser escutado e percebido com atenção. 

Assim você será capaz de identificar gargalos e outros problemas, sabendo qual a melhor forma de melhorar os processos. 


3 - Seja inspiração 

Um bom CEO e empreendedor sabe inspirar sua equipe. 

Ser a figura de exemplo é muito importante para melhorar a gestão de pessoas, e para que seu time de trabalhadores sinta vontade de realizar os serviços, além de fazer com que eles entendam os objetivos da empresa. 

Por isso, esteja presente, e cumpra suas funções da mesma forma que deseja que seus funcionários cumpram. 


4 - Promova cursos e palestras 

Qualificar sua equipe com estudos é uma tática muito interessante para que resultados sejam vistos. 

Especialistas não cansam de afirmar que o investimento em educação é um dos que mais recebem retorno. Sendo assim, promova cursos e palestras voltadas para o segmento de atuação de sua empresa. 


5 - Desenvolva os talentos da sua equipe

Não só através de cursos e palestras que é capaz de valorizar e desenvolver o trabalho de seus funcionários. 

É possível desenvolver os talentos observados por meio de incentivos e trabalhos que vão desafiar a equipe, mas que trarão ensinamentos importantes para o caminho profissional. 

Qualificar o serviço de seu time automaticamente trará resultados positivos para a empresa. 


6 - Valorize o trabalho de todos 

Saiba valorizar o trabalho e o esforço de todos os colaboradores de sua equipe. Sempre lembre que sem eles, nenhum resultado seria possível. 

Invista em benefícios, programas de bônus, projetos de bolsas em cursos, entre outras ações que mostram a importância dada ao time. Um simples agradecimento pode parecer simples, mas na realidade causa muita diferença no dia a dia da empresa. 


7 - Entenda as necessidades do cliente 

É fundamental reforçar aqui, apesar de parecer lógico, que uma atenção considerável precisa ser destinada aos clientes. 

E para se destacar no mercado não adianta só atender os pedidos. A diferença entre empresas é dada também por um atendimento mais personalizado, que deixa explícita a importância do cliente para a dinâmica do empreendimento.  


8 - Possibilite a autonomia dos colaboradores 

A atenção e a assistência dadas ao colaborador devem existir, mas todo exagero é perigoso. 

Não seja um empreendedor centralizador, e dê autonomia a sua equipe para que exista uma soma de experiências e ideias. 


9 - Analise os processos do mercado 

Entender seu público, a economia e o mercado são saberes essenciais para o sucesso dos processos de sua empresa. 

Por isso, esteja sempre atento às novas tendências do seu segmento, e não fique para trás em relação a ocorrência. A atenção é tudo! 


10 - Se possível, invista no home office

O cenário dos últimos dois anos mostrou que o trabalho no formato home office apresenta diversos benefícios. Entre eles, a garantia de qualidade de trabalho, somado a economia. 

Um dos grandes destaques é a função de secretária remota, que tem se tornado uma tendência em escritórios, clínicas, entre outros empreendimentos e instalações.

Além disso, o home office garante ao seu colaborador em CLT uma proteção necessária: a do isolamento social em momento de pandemia, entre outras facilidades, como um menor gasto com valores como vale transporte e uma maior produtividade, como aponta alguns especialistas na área. 

 

Beatriz Destefani - sócia-fundadora da Comunica PR, tem grande experiência como gestora de redes sociais, assessoria de imprensa e marketing de influência. É especialista em comunicação corporativa e marketing.

 

Companhia de Estágios divulga média de bolsa-auxílio paga pelas empresas aos estagiários

Entre os fatores que impactam nos valores oferecidos aos estudantes estão o ramo de atuação das empresas, o curso dos estudantes e a região das oportunidades.

 

A Lei de Estágio nº 11.788/08, que regulamenta a contratação de estagiários, não estipula regras para o valor de bolsa-auxílio que as empresas devem pagar aos seus estagiários, o que faz com que tenham total liberdade para determinar a quantia oferecida. Segundo levantamento Guia de Estágio - Bolsa-auxílio 2023, realizado pela Companhia de Estágios, empresa líder em recrutamento e seleção de estagiários e trainees, os valores de bolsa-auxílio variam de acordo com a região das oportunidades, o ramo de atuação das empresas e o curso dos estudantes.   

O estudo, que analisou os contratos de estágio gerenciados  pela empresa entre janeiro de 2022 e maio de 2023, aponta que, para estudantes de cursos de graduação, os valores de bolsa-auxílio oscilam entre R$1.100,00 e R$2.599,54. Entre as áreas que apresentam os valores mais altos estão Agronomia, Ciências da Computação, Farmácia, Secretariado Executivo. 

No caso de  estagiários de cursos técnicos, as vagas apresentam remuneração entre R$800,00 e R$1.600,00, sendo Secretariado, Agronegócio, Química e Mineração as áreas  com bolsa-auxílio mais atrativas. 

 

Regiões e ramos de empresa impactam no valor da bolsa-auxílio

Além dos cursos, os valores podem ser influenciados pelo ramo de atividade da empresa que oferece as oportunidades. Consultorias e bancos de investimentos são os segmentos em que os valores médios de bolsa-auxílio mais se destacam, com médias de R$2614,49 e R$2346,22, respectivamente, seguidas pelos setores financeiro, logística, indústria farmacêutica e de distribuidoras, todos com médias de remuneração para estagiários acima de R$2.000,00.

Em um recorte por região brasileira, não surpreende observar que a bolsa-auxílio média da região Sudeste é a mais alta, mantendo-se numa faixa de R$1943,31. Em contrapartida, a região Norte adota um patamar mais discreto, na casa de R$1299,98.

“Esse resultado reflete a realidade do mercado de trabalho no nosso país, em que a alta concentração de empresas com programas de estágio estruturados está nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Outro ponto a se considerar é que o pagamento de bolsa-auxílio e benefícios é maior nesses locais também pelo custo de vida mais elevado”, esclarece Tiago Mavichian, CEO da Companhia de Estágios.

Embora a lei só exija o pagamento de bolsa-auxílio e do auxílio transporte, a maioria das empresas vai além. De acordo com o estudo Visão do RH - Panorama do Mercado de Estágio do Brasil, também conduzido pela Companhia de Estágios, além de bolsa-auxílio, as vagas costumam apresentar benefícios como assistência médica (64%), trilha de desenvolvimento/ treinamentos (58%), assistência odontológica (53%), benefícios relacionados à saúde mental (44%), academia/ Gympass (39%), estacionamento (33%) e 13o bolsa-auxílio (27%).

Para mais informações sobre o Guia de Estágio - Bolsa-auxílio 2023, basta acessar: https://materiais.ciadeestagios.com.br/bolsa-auxilio-2023

 


Companhia de Estágios
www.ciadeestagios.com.br

 

Inteligência Artificial analisa compras de consumidores e deixa comércio eletrônico mais eficiente

Inteligência Artificial deixa comércio eletrônico mais eficiente (Foto: Freepik)
Algoritmos desenvolvidos pela iEVO fazem recomendações do melhor mix de produtos para cada loja e dos melhores preços para cada dia


O comércio eletrônico teve um salto de 225% no Brasil desde o início da pandemia de Covid-19. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o total de vendas online no país passou de R$ 57 bilhões em 2019 para R$ 187 bilhões em 2022. Os dados são do Observatório do Comércio Eletrônico.

 

Essa explosão de demanda gera desafios para o varejo online. Em algumas cidades do Brasil, as plataformas de e-commerce já fazem entregas em menos de 24 horas após os pedidos, porém, quando se trabalha com milhares de produtos distintos é preciso ir além de um rigoroso controle de estoques. É aí que entra a Inteligência Artificial.

 

Os algoritmos desenvolvidos para este setor analisam, em tempo real, o comportamento dos consumidores nos sites de compras e recomendam aos varejistas qual o mix ideal de produtos para cada período do ano ou região do país. Tudo isso bem antes dos clientes decidirem o que irão adquirir.

 

“A maior parte do varejo ainda planeja suas compras olhando pelo retrovisor, de acordo com o histórico de vendas. Mas como a realidade muda rapidamente, essas redes também vivem gerenciando crises de estoque. O que nossos algoritmos fazem é analisar todos esses dados e variáveis para apontar diariamente qual a melhor combinação de produtos, que não resulte em sobra nem falta, e ainda sugerem os melhores preços para atingir a margem de lucro necessária”, explica Victor Rosa, da iEVO, empresa especializada em automação de decisões de negócios.

 

Segundo ele, os algoritmos são programados de acordo com a estratégia comercial e financeira de cada varejista. “Desta forma, se o robô detectar qualquer risco em algum ponto crítico do negócio, ele mesmo emite alertas e recomendações de quais ações devem ser tomadas para corrigir a rota. Por exemplo, se alguma variável impactar as vendas de um produto estratégico, a Inteligência Artificial sugere uma promoção relâmpago, regulando os estoques e preservando as margens de lucro”, relata o especialista.

 

Outra vantagem, de acordo com a iEVO, é que a própria máquina vai aprendendo com as recorrências dos processos e, com isso, toma decisões cada vez mais acertadas. “O maior benefício da Inteligência Artificial é permitir que as pessoas concentrem sua energia na gestão estratégica dos negócios e não em descobrir o que está ocorrendo em seus estoques”, destaca Victor Rosa.

 

A iEVO já vem implantando suas soluções em grandes redes de varejo. Em uma dessas empresas, o algoritmo eliminou até as filas de caminhões que aguardavam para fazer suas entregas nas lojas. Com a análise em tempo real dos dados de vendas e outras variáveis, a distribuição passou a ser feita de acordo com o mix ideal de produtos para cada unidade. E a Inteligência Artificial hoje indica até os itens que devem estar na prateleira a cada dia e quais os melhores preços para a ocasião. 



Ievo
https://www.ievosolutions.com.br/


A importância da reciclagem na indústria do papelão ondulado

 

A conscientização sobre a importância da preservação do meio ambiente tem levado a um aumento significativo na adoção de práticas de consumo em diversos setores industriais. No ramo da embalagem, a indústria do papelão ondulado tem se destacado pela adoção de políticas ESG pautadas na promoção da reciclagem e sustentabilidade, de modo a preservar os recursos naturais e reduzir os impactos causados na natureza.

 

Para a produção de novas embalagens de papelão ondulado, a indústria depende do uso de matéria-prima, que é a celulose, proveniente de árvores. Nesse caso, a reciclagem do papelão permite a reutilização desse material, evitando assim a necessidade de derrubar mais árvores e a pressão sobre os recursos naturais, além de contribuir para a preservação das florestas, que são fundamentais para a manutenção da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas.

 

A produção das embalagens são altamente sustentáveis e podem ser recicladas novamente por diversas vezes, criando um ciclo de vida contínuo que fomenta a economia circular. Um material versátil e resistente, adequado para uma ampla variedade de aplicações.

 

Ao adotar essa medida, o processo também se torna vantajoso do ponto de vista econômico para a empresa, que reduz os custos de produção, uma vez que a celulose reciclada requer menos energia e água para o processamento em comparação com a celulose virgem, uma economia de aproximadamente 100 mil litros de água.

 

Considerado um importante termômetro para o mercado nacional, a cadeia produtiva do setor é responsável pela geração de novos empregos na cadeia de suprimentos de reciclagem e o desenvolvimento sustentável da região, o que estimula a economia local. Portanto, é fundamental que as empresas desse setor adotem práticas de reciclagem eficientes e incentivem a conscientização sobre a importância entre seus clientes e colaboradores. Dessa forma, é possível aumentar a taxa de reciclagem e evitar que esse material valioso seja desperdiçado.

 

O processo de reciclagem envolve a coleta, triagem e processamento do papelão usado, que exige mão de obra qualificada e, consequentemente, investimentos em infraestrutura de reciclagem, com a aquisição de novas tecnologias e inovações, uso de materiais alternativos e a busca por soluções sustentáveis em todas as etapas.

 

Dessa maneira, para impulsionar ainda mais a reciclagem dentro da indústria do papelão ondulado, é essencial também criar e estabelecer parcerias com organizações não governamentais e instituições de ensino para desenvolver programas de conscientização e capacitação.

 

Essas iniciativas podem incluir campanhas de sensibilização, palestras educativas, workshops e visitas às instalações de reciclagem. Ações que não apenas promovem a reciclagem do papelão ondulado, mas também engajam a comunidade em ações criativas e fortalecem os laços entre a indústria e a sociedade.

 

Diante dos desafios globais relacionados às mudanças climáticas e escassez de recursos naturais, afirmo que a indústria do papelão ondulado exerce um papel vital na transição para uma economia circular e na construção de um futuro mais sustentável.

 

Portanto, é crucial ampliarmos a conscientização sobre a importância da reciclagem, implementarmos sistemas de gestão ambiental, continuarmos investindo em infraestrutura de reciclagem, promover parcerias colaborativas e incentivar a participação de todos os envolvidos, desde os fabricantes até os consumidores finais. Juntos, podemos promover a reciclagem do papelão ondulado e construir um mundo mais verde e resiliente.

 


Cícero Mário - diretor comercial da Delta Indústria de Caixas de Papelão Ondulado. deltacaixaspapelao.com.br

 

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