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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Retenção de líquidos: Como se prevenir durante o verão

Inchaços são comuns na estação mais quente do ano; veja como evitá-los, seguindo dicas de especialista


As altas temperaturas do verão provocam incômodos em muitas pessoas, com sensações como dores de cabeça, queda de pressão e cansaço excessivo. Porém, outra questão pouco comentada durante essa estação é a retenção de líquidos no corpo, visível principalmente na forma de inchaço.  

Coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi afirma que o inchaço nada mais é do que um acúmulo de líquidos entre as células dos tecidos, provocado por edemas em vasos muito finos (capilares), que acabam extravasando fluidos. Segundo a especialista, o problema afeta principalmente as pernas, mãos, a barriga e a região do tornozelo.  

“Uma maneira simples de perceber a retenção em seu corpo é no momento de tirar as meias e sapatos, quando fica uma marca deixada pelo elástico ou por detalhes da meia”, comenta a coordenadora. Ainda de acordo com Cintya, falta de movimentação, estresse e menstruação estão entre os fatores agravantes. 

“Além disso, ao fim de um dia de calor, a nossa circulação fica mais lenta e temos mais dificuldade para absorver a água do organismo”, explica Cintya. Portanto, aos que trabalham sentados, como em escritórios, por exemplo, é preciso movimentar as pernas e fazer pequenos alongamentos, para que o desconforto no final do dia seja menor. 


Alimentação em dias quentes

Ao contrário do que muitos pensam, ingerir líquidos não piora o problema. A nutricionista afirma que beber água é fundamental, seguindo a recomendação de 35 ml/kg/dia. “A desidratação é um dos fatores que podem estimular o aparecimento do problema. Por isso, quanto mais água você ingerir, mais toxinas irá eliminar pela urina”. 

Além dessa preciosa dica, é fundamental a atenção à dieta, pois algumas opções podem aumentar o inchaço. “Ao consumir alimentos ricos em sal, como embutidos, enlatados, queijos amarelos, molho tipo shoyu, ultraprocessados e fast foods, o organismo precisa reter mais água para que seja possível fazer a diluição desse mineral. Então, o corpo não deixa a água ir embora por conta do acúmulo de sal”, revela a especialista.  

Por outro lado, alimentos probióticos, como os iogurtes, são eficientes, pois os micro-organismos vivos tornam a flora intestinal mais saudável, além de ajudar a absorver melhor os nutrientes e diminuir o inchaço. Frutas com alto poder diurético também são recomendadas, pois possuem em comum uma boa quantidade de nutrientes que facilitam a eliminação de líquidos. “Melancia, melão, abacaxi e pera são alguns exemplos. Seus nutrientes, potássio, magnésio, vitaminas do complexo B e água, juntos, aumentam o fluxo de urina e ajudam a eliminar toxinas com a renovação de líquidos corporais”, finaliza Cintya Bassi.  

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Saiba como manter o controle das finanças pessoais e evitar a inadimplência

63% dos brasileiros afirmam ter controle das finanças pessoais; em contrapartida, 37% temem não administrar a renda  

 

Uma pesquisa realizada em 2022 pelo Serasa, empresa responsável por reunir informações e análises sobre as pessoas físicas e jurídicas com dívidas financeiras, em parceria com o Instituto Opinion Box, apontou que 3 entre 10 pessoas não têm controle sobre a renda mensal. Dessa forma, economistas afirmam a possibilidade do aumento da inadimplência e alertam para a necessidade da educação financeira nas escolas, a fim de reduzir as probabilidades do crescimento do número de devedores.   

Os dados do estudo também relatam que 63% dos entrevistados possuem controle da renda, isto é, conseguem cumprir as obrigações financeiras e sabem planejar as contas. A educadora financeira e coordenadora do curso de Ciências Contábeis do UNINASSAU- Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Elisa Barroso, pontua algumas formas de balizar os gastos. “Compreender como funciona os juros rotativos, multas, juros de empréstimo e outros pode ser algo um pouco complicado. Mas, saber o quanto ganha líquido, conhecer suas próprias dívidas e acompanhar as faturas do cartão de crédito e o extrato da conta bancária são, de fato, as principais formas de controle financeiro. Colocar tudo no papel, fazer planilhas e ter um aplicativo de controle financeiro, por exemplo, são ótimas formas de evitar que a dívidas virem bolas de neve”, explica a professora.  

Para Elisa, o equilíbrio financeiro parte de uma educação de base com instrução ainda na infância, entretanto, já na fase adulta, é possível compreender as melhores estratégias para cada família, para cada faixa de renda e de acordo com a rotina da casa. “Cada caso é um caso. Mas, acredito na educação financeira como uma cultura para vir desde o ensino fundamental, no tempo de aprender a viver em sociedade, também deve-se aprender a cuidar do próprio dinheiro. Em relação aos adultos, cuidar das finanças é algo a ser pensado em cada particularidade pois não é copiando uma estratégia aleatória que a renda pessoal vai ficar maior ou menor. Concentração, estudo, noção de entradas e saídas e controle financeiro, a saúde da conta bancária depende de muitos fatores. Na dúvida, um educador financeiro ou um contador podem ajudar”, ressalta.  

Fugir das dívidas, preferir parcelar sem juros e controlar o uso do cartão de crédito são boas alternativas. Pautar as despesas em planilhas, sejam digitais ou imprensas, é uma saída interessante como também a assessoria de um contador. 

 

Desastres naturais como terremotos e desabamentos, além de pandemias abrem espaço para uma necessidade antiga: Medicina de Desastre

 Eventos como os que estão ocorrendo na Turquia, Síria, em Ohio (EUA) ou mesmo no Brasil mostram a importância da especialização para este tipo de atendimento médico


Mais de 31 mil pessoas mortas e quase 5 mil perderam a vida na Turquia e na fronteira com a Siria, respectivamente. Um dos piores desastres naturais na região europeia, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) em um século, deixou mais de 26 milhões de pessoas com necessidades de ajuda humanitária. Não apenas este fatídico evento, como também o desastre com um trem que descarrilou em Ohio, EUA, e que gerou uma nuvem de fumaça tóxica, contaminando os arredores e até mesmo o estado vizinho, a Pensilvânia, e os desabamentos causados por temporais no Brasil, em regiões como Rio de Janeiro e Minas Gerais, e mais recentemente no litoral norte de São Paulo, são apenas alguns dos desastres que estão acontecendo em todo mundo.

Desastres naturais infelizmente sempre ocorreram e são definidos pela OMS como "um ato da natureza de tal magnitude que cria uma situação catastrófica". Furacões, terremotos, inundações, deslizamentos, tsunamis, são alguns dos desastres que podem acontecer.  Quanto mais precária a região, maiores são os estragos, bem como aconteceu com o terremoto no Haiti em 2010, que matou mais de 316 mil pessoas, o tsunami no Oceano Índico, que matou 230 mil pessoas em 2004, e o ciclone que matou 140 mil pessoas em Mianmar em 2008.

Os impactos da mudança climática se intensificaram em 2023, e desastres como inundações extremas, calor e seca afetaram milhões de pessoas. Ainda segundo a OMM (Organização Meteorológica Mundial), esses fenômenos mostram claramente a necessidade de se fazer muito mais para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, além de fortalecer a adaptação às mudanças climáticas, por meio do acesso universal a alertas precoces.

“A necessidade de preparação e resposta aos desastres e emergências complexas são bastante antigas e caminham lado a lado com a história da humanidade. Principalmente na área da saúde, a Medicina de Desastre é uma área de estudos organizada e estruturada, relativamente recente, e que se faz necessária há bastante tempo”, declara Dr. Luiz Hargreaves, especialista em Medicina de Desastre há 35 anos, com atuação no Brasil e Exterior e coordenador de cursos da UnyleyaMED.

O número de desastres vem aumentando nas últimas décadas por diferentes razões, o que inclui as mudanças climáticas e a ocupação desordenada em diversos centros urbanos, como comunidades, residindo em áreas de risco, no caso dos desastres naturais, como também um aumento de ameaças tecnológicas causadas pelos seres humanos, como no caso dos ataques terroristas, acidentes de meios de transporte, dentre muitas outras situações. A pandemia por COVID-19 que teve início em 2019 e causou milhões de vítimas trouxe graves prejuízos para a economia, mostrando também a importância e a necessidade da preparação para situações críticas.

A área de Medicina de Desastre atua em todas as fases do chamado ciclo de desastres, representado pela prevenção, mitigação, preparação, resposta e reconstrução/recovery. O médico de desastre possui diferentes papéis, que abrange a coordenação integrada na resposta, no treinamento, na preparação de equipes, na assessoria técnica ao comandante do incidente, dentre muitas outras.

A UnyleyaMED, que faz parte do Grupo Unyleya Educacional, uma das primeiras Instituições de Ensino 100% EAD no Brasil, oferece o Curso de Pós-Graduação Medicina de Desastre e apresenta um programa de vanguarda alinhado às principais questões e temas voltados para a área, incluindo disciplinas voltadas para a Medicina Contraterrorismo, Medicina Tática, Emergências Químicas, Biológicas e Radioativas, Sistema de Comando de Incidentes, Resposta em Eventos de Grande Porte, dentre outros.

Para saber mais, acesse: https://unyleyamed.com.br/pos-graduacao/curso/medicina-de-desastre# 




Dr. Luiz Hargreaves - Médico graduado pela Universidade de Brasília, com Título de Especialista em Medicina de Emergência (RQE 20138) e em Medicina de Tráfego (RQE Nº: 2397), Dr. Luiz Hargreaves possui Mestrado em Ciência Política pela Unieuro. Mestrado em Business and Organizational Security Management pela Webster University (USA) e pós-graduação em Emergency and Disaster Management pela APUS (USA); Saúde Pública pela Universidade Cândido Mendes e, por fim, Planejamento e Gestão em Defesa Civil pela Fundação Getúlio Vargas. Oficial de Preparação para Desastres, Homeland Security e Health Services na U.S. Air Force Auxiliary, é Diretor do National Institute of Emergency Preparedness (USA) e atuou como Médico de Emergência Pré-hospitalar e UTI em diversas empresas privadas. Palestrante em Congressos nacionais e internacionais, Hargreaves é autor de diversas publicações na área de emergências e desastres.


Unyleya
https://unyleya.edu.br/.

 

Organize as peças e entre para o play

Estratégias corporativas alinhadas com o comercial e marketing potencializam resultados e estimulam stakeholders neste 2023

 

Dizem que o ano inicia para os brasileiros depois do Carnaval. No ambiente corporativo, nesta altura do calendário as empresas já devem estar com as suas metas e estratégias para 2023 organizadas. É momento de agradecer todos os colaboradores e stakeholders que contribuíram para a jornada corporativa até aqui, especialmente aos que estão no jogo para potencializar os resultados dos próximos bimestres. Afinal, expertise humana é o principal ativo das empresas e requer uma liderança com vistas ao reconhecimento.

Pessoas comprometidas e engajadas com metas são tudo. Fornecedores, colaboradores e sócios fortalecem toda a cadeia de produção e respondem pelo sucesso dos negócios. A missão das empresas, neste momento especial, é honrar o time que está pronto para jogar.

Com todas peças em campo, é essencial alinhar as estratégias com os departamentos comerciais e de marketing, pois lembre-se: organização reduz a necessidade de investimentos e posiciona com mais força as marcas diante das tendências e oportunidades de mercado. Aqui vale mapear todas as campanhas projetadas para alavancar os negócios neste ano, de acordo com o planejamento organizacional.

A ausência de tal organização deixa lacunas em aberto e, podemos dizer, dinheiro na mesa. No cenário oposto, há motivação e destaque para profissionais proativos e engajados na lucratividade das empresas. Todos ganham.

A sua empresa está aquecendo ou já entrou em campo neste 2023?

 

Aline Wolff - jornalista, estrategista e gestora de marketing na WH Comunicação

 

A face da fome no Brasil

Presença constante na vida dos brasileiros, nos últimos meses, assuntos como a fome no Brasil, o aumento da insegurança alimentar em todas as regiões e o impacto que a pandemia COVID-19 causou na mesa da população brasileira conduzem ao questionamento: o que é a insegurança alimentar? A insegurança alimentar acontece quando um dos direitos básicos do indivíduo não está garantido, direito esse que é o acesso de forma REGULAR e PERMANENTE a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente para garantir a sobrevivência e sem afetar outras necessidades básicas. Assim ocorrendo diferentes níveis de insegurança alimentar, onde no mais grave deles a fome é constante.  

É preciso esclarecer que o indivíduo mais vulnerável, aquele que está em situação de rua, não é o único que convive com a fome. Muitos trabalhadores não conseguem se alimentar de forma adequada e constante, muito menos, conseguem prover para a sua família. De acordo com o Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, no ano de 2022 mais de 33 milhões de pessoas não tinham o que comer e mais da metade da população brasileira (58,7%) apresentava algum grau de insegurança alimentar. 

 Para enfrentar a fome, diversas iniciativas são estudadas e implementadas. Políticas públicas de combate à fome não são novidade em nosso país. Um exemplo é o Programa Municipal Restaurante Popular estabelecido, no ano de 2003, em Curitiba, com o propósito de oferecer refeição nutricionalmente adequada à população em situação de insegurança alimentar e nutricional, representando resultado extremamente positivo para a população atendida.  

Em Curitiba, no ano de 2019, a parceria entre a prefeitura da cidade e entidades públicas e privadas deu origem ao programa Mesa Solidária, onde são oferecidos diariamente, café da manhã, almoço e jantar gratuitos para as pessoas que se encontram nesta situação. Quase seis mil refeições ao dia são servidas entre Restaurante Popular e Mesa Solidária, na capital paranaense. Dentre outros projetos firmados na cidade podem ser citados o Armazém da Família onde itens da cesta básica custam 30% menos do que em mercados convencionais, os Sacolões da Família onde frutas e hortaliças possuem valor aproximadamente 53% mais baixo e a Fazenda Urbana que é um centro de educação voltado para a prática agrícola sustentável, tendo os itens cultivados disponibilizados ao programa Mesa Solidária. 

Da mesma maneira que cresce a fome, observa-se o desperdício de alimentos, de acordo com Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) um terço dos alimentos produzidos são desperdiçados diariamente. São aproximadamente 39 mil toneladas de comida em condições de serem aproveitadas que vão para o lixo todos os dias. Pensando nisso, muitos programas assistenciais incentivam os comerciantes a realizarem a doação de itens sem valor comercial para que sejam transformados em refeição aos que precisam. Desta forma, alimentos que não podem ser expostos a venda por não estarem atrativos, mas que estão em perfeitas condições de consumo acabam virando matéria prima para a elaboração das refeições servidas no programa Mesa Solidária e em tantos outros projetos ativos liderados pelo poder público ou pela própria comunidade.  

O exemplo mostra que os cidadãos podem contribuir com a sociedade em que vivem, ao passo em que esperam do poder público atitudes para combater a fome. A movimentação conjunta e ativa da comunidade torna os resultados mais efetivos e rápidos, seja em ações coletivas ou individuais. Assim, as pessoas ajudam a mudar o cenário de insegurança alimentar local, auxiliando no combate à fome e formando uma corrente onde cada um representa um elo de força.  

 

 Elaine Cristine de Souza Martins - professora na Escola Superior de Saúde Única (ESSU) e tutora do curso de Nutrição Uninter. Graduada em Nutrição, especialista em Nutrição Clínica e Fitoterápica 

 

Nota do Enem vale bolsa de até 100% na Universidade

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é a oportunidade para muitos jovens ingressarem no Ensino Superior. Para atrair os melhores alunos de todo o Brasil, a Universidade Positivo (UP), de Curitiba, oferece bolsa de estudo de até 100%, de acordo com o desempenho do estudante no Enem - quanto maior a nota, maior o desconto na mensalidade. O resultado do Enem foi divulgado na quinta-feira (9) e a Bolsa Mérito Enem é válida para os cursos de graduação presenciais da UP, durante todo o curso. A inscrição para o processo seletivo pode ser realizada no site e é totalmente gratuita.

 

Serviço

Processo seletivo Universidade Positivo com nota do Enem

Inscrições gratuitas

Resultado: no ato da entrega da nota do Enem

Inscrições e informações: www.up.edu.br/

 

Universidade Positivo

up.edu.br/

 

Cinco dicas para destravar a mente e crescer profissional e socialmente

Para auxiliar as pessoas a desenvolverem habilidades imprescindíveis, o médico e professor Arnoni Caldart ensina os leitores a desbloquear seu potencial e alcançar o sucesso profissional e social com o livro Ative sua mente, lançamento da Buzz Editora

Por mais que o sucesso seja um aspecto bastante relativo e variável, todos desejam alcançá-lo de alguma maneira, principalmente nos âmbitos profissional e social. Porém, sem o devido preparo, o processo pode ser cansativo e desafiador, desmotivando as pessoas e fazendo com que sonhos e objetivos sejam adiados. Então, para manter-se firme durante a trajetória rumo ao sucesso, é preciso ter controle emocional e saber lidar com as dificuldades diárias, desenvolvendo habilidades e hábitos importantes para você se destacar na multidão. 

“Desde o primeiro segundo, quando acordamos pela manhã, até o último, à noite antes do sono, estamos tomando decisões e fazendo escolhas para a nossa vida pessoal ou profissional”, explica Arnoni Caldart, médico, professor e autor do livro Ative sua mente: Descubra como a neurociência pode alavancar seu crescimento, lançamento da Buzz Editora em fevereiro. “Compreender como a mente funciona faz muita diferença nas reações às necessidades da vida diária. Esse conhecimento provoca um upgrade muito importante na confiança da nossa mente, fortalecendo o relacionamento interpessoal“, complementa o autor. 

Pensando em ajudar as pessoas a se desenvolverem cada vez mais para atingir suas metas, Caldart decidiu, por meio de seu livro, compartilhar algumas dicas da neurociência para impulsionar seu crescimento, destravar a mente e desbloquear todo o seu potencial. Conheça, a seguir, algumas delas:

 
1. Observe atitudes externas e renove-as

Uma atitude comum ao ser humano é a observação. Por meio dela, é possível absorver informações, além de compreender as mais diversas situações. De acordo com Caldart, esse comportamento foi explicado recentemente pela neurociência, que afirma que, se algo lhe causa interesse, os chamados neurônios-espelho são ativados, criando conexões para conseguir os resultados desejados pela mente. No entanto, uma ação que pode causar diferenciação é a capacidade de transformar informações. Essa habilidade é essencial para alavancar o desenvolvimento profissional, proporcionando inovações constantes, independentemente do ambiente. “Modelar não tem a ver com simplesmente copiar, tem a ver com imaginar e criar uma estratégia que funcione para você se sentir melhor” explica.

 

2. Atualize-se constantemente

É fato que o mundo está em constante mudança e acompanhá-las pode ser a chave para impulsionar o desenvolvimento da mente. Por exemplo, o uso de celulares pode ser um desafio para alguns, mas é inegável sua importância atualmente, já que esses aparelhos tornaram-se ferramentas imprescindíveis no dia a dia social e profissional das pessoas. “A realidade é que nunca estamos parados e as mudanças não dependem de nossa visão, ou seja, do que é palpável, para acontecerem. Não adianta resistir às mudanças, nem mesmo querer que elas sejam exatamente da forma como nos agrada”, comenta o médico. A solução é aceitar e adaptar-se às transformações, tentando fazer sempre o seu melhor para superar as dificuldades e abraçar o novo.

 
3. Faça uma autoanálise sempre que possível

De acordo com Arnoni, além da observação externa, também é necessário, sempre que possível, realizar uma autoanálise, pois assim pode-se identificar os pontos fortes e encontrar meios para aprimorar os fracos. “Se ficarmos atentos à rotina, vamos perceber que podemos fazer a diferença, partindo do comum. Para isso, é preciso praticar o olhar de dentro para fora, ou seja, agir com os nossos sentimentos, que são únicos”, diz o especialista. Sua recomendação é a observação do mundo logo ao acordar, partindo da perspectiva interna e estimulando a imaginação a ter a curiosidade de saber o que vai acontecer no decorrer daquele dia.

 

4. Esteja preparado para as situações

Outro ponto fundamental para destravar a mente é estar preparado, independentemente da situação. Diferencial para conquistar uma convivência social melhor, isso também faz com que seja possível alcançar o sucesso profissional com maior facilidade. “Uma boa saída para o gerenciamento de situações, em vez de reagir imediatamente, é abstrair aquela ofensiva verbal. Assim, deixamos passar o primeiro impulso. Isso pode ser realizado em poucos segundos, até que o interlocutor note. Ao retomarmos o diálogo, o pensamento estará mais organizado pelo cérebro anterior”, recomenda Arnoni. Então, para desenvolver essa habilidade, é necessário um exercício diário, pois, ao aprender a gerenciar as emoções com inteligência, fica mais fácil lidar com eventuais conflitos e enxergar oportunidades de aprendizado.

 

5. Seja sensato e respeitoso, não importa qual a ocasião

Um objetivo geral entre as pessoas é ser mais bem-sucedido. No entanto, por mais esse seja um desejo baseado em argumentos bem estruturados e compreensíveis, muitos se esquecem das habilidades relacionadas ao coração, em outras palavras, as habilidades de convivência social. Por isso, agir com respeito e honestidade é fundamental para o crescimento pessoal de cada indivíduo. “O que vai levar uma pessoa a se destacar e avançar para conquistar suas vitórias é o seu comportamento social. Se um indivíduo não aprender a desenvolver bons relacionamentos, ele terá muitas dificuldades, o que, geralmente, causa várias decepções devido à sua própria precocidade”, conclui o médico. 

Leitura fluida e envolvente, sem a linguagem academicista, Ative sua mente: Descubra como a neurociência pode alavancar seu crescimento, de Arnoni Caldart, fornece diversas dicas sobre como você pode atingir seus objetivos e desbloquear sua mente, por meio da neurociência. A obra está sendo lançada em fevereiro pela Buzz Editora e é a leitura perfeita para quem deseja refletir e se preparar para as inúmeras situações do cotidiano, desenvolvendo aspectos importantes da vida que direcionam para o verdadeiro sucesso.

 

Sobre a autor:

Arnoni Caldart é formado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria, pós-graduado em Medicina do Trabalho e mestre em Cirurgia Geral. Por causa de sua profissão, sempre esteve em contato com estudos de neurociência, portanto, seu interesse pela área logo se sobressaiu. Tanto que Caldart foi convidado para lecionar Neurociência Comportamental no Instituto Lapidare, nos seus cursos de Pós-Graduação. Movido pelo encanto do conhecimento e pela vontade de ajudar, Arnoni se dedica hoje a compartilhar tudo o que aprendeu, atuando em clínicas e hospitais e estudando neurociência.

 

Ficha Técnica

Título: Ative sua mente: Descubra como a neurociência pode alavancar seu crescimento


Autor:
Arnoni Caldart

Formato: 23 × 16 cm

Idioma: Português

Páginas: 160

Tiragem: 7 mil

ISBN impresso: 978-65-5393-149-7 - R 59,90

ISBN e-book: 978-65-5393-146-6 - R 44,90

Gênero: Autoajuda

Integração correta da tecnologia na escola faz diferença na performance dos jovens no mercado de trabalho

Com os novos desafios contemporâneos, os que mais se destacam no mercado de trabalho devem ser capazes de resolver problemas complexos, integrar as tecnologias para facilitar o seu trabalho e, de maneira criativa, pensar em hipóteses para resolver esses problemas



“O mundo mudou muito e continua mudando rapidamente. No contexto atual, em que desafios inéditos surgem e exigem uma resposta rápida de empresas e da sociedade como todo, as pessoas que mais se destacam são aquelas capazes de resolver problemas complexos, integrar as tecnologias para facilitar o seu trabalho e utilizá-las a seu favor e, de maneira criativa, pensar em hipóteses para resolver estes problemas”.

 

A afirmação de Guilherme Camargo, CEO da Sejunta, consultoria de tecnologia educacional, vai ao encontro das recentes discussões promovidas pelo Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, em janeiro desse ano. O evento contou com a presença de mais de 2.500 líderes de governos, empresas e sociedade civil.

 

Dentro de um rol de pautas que considerou o estabelecimento de bases para criar um mundo mais sustentável e resiliente, o avanço tecnológico e as questões ambientais marcaram presença. A identificação de inovações promissoras e o escalonamento das tecnologias emergentes foram aspectos apontados na ocasião. Para os líderes participantes do Fórum, o avanço tecnológico foi foco de esperança para contornar desafios contemporâneos, mas não acompanhou a demanda.

 

E essas habilidades não dizem respeito a uma profissão ou outra, isso se aplica a todas as profissões, sejam na área da Saúde, da Tecnologia, entre outras. “Pensando nesse movimento de mudanças e nos profissionais que costumam se destacar, entendemos que é fundamental o desenvolvimento destas habilidades desde a primeira infância e que permitam que os estudantes entendam que o erro faz parte do processo e que a colaboração é chave para a construção de soluções para os problemas complexos que enfrentarão no futuro, como profissionais no mercado”, esclarece o CEO da Sejunta.


 

A escola auxiliando na implementação saudável da tecnologia

 

A escola é instituição formadora e transformadora, desenvolvendo o estudante em todas as esferas de sua vida, desde a acadêmica à cidadã. Isso também inclui a preparação para o mercado de trabalho, que vem se ressignificando e apresentando novas necessidades.

 

Nesse contexto, a escola tem papel fundamental, sobretudo no ensino sobre tecnologia num mundo que exige essas habilidades. Além disso, é importante compreender que a tecnologia já faz parte da realidade dos estudantes, sendo trabalhada na escola ou não.

 

Camargo afirma que a grande questão é ressignificar esses instrumentos utilizados apenas para lazer e torná-los ferramentas de aprendizagem. “O papel da escola, neste caso, é trazer uma alfabetização também digital, introduzindo a tecnologia à rotina do estudante de maneira saudável, medida e orientada. Essa alfabetização deve acontecer com estudantes de diferentes idades, levando os alunos não só a utilizarem o melhor das tecnologias, mas também protegendo os seus dados e informações privadas ao explorar o mundo digital”, destaca.

 

Mas como fazer isso na prática? Para o CEO da Sejunta, o desenvolvimento global do estudante é a chave. É necessário formar o ser humano por completo, tanto na perspectiva técnica, quanto na social, tornando-os capazes de aplicar os aprendizados de sala na vida real. De acordo com ele, isso acontece quando o aluno tem um “processo de aprendizado ativo e desenvolve sua autonomia, exercitando e praticando os conceitos em colaboração com outros estudantes e tirando as ideias da cabeça para torná-las reais”.

 

Nesse processo, é fundamental apoiar os estudantes para que entendam que os erros fazem parte da aprendizagem. É importante, também, trabalhar a inteligência emocional dos alunos, exercitando o autocontrole e contornando esses desafios. Assim, “independentemente dos desafios que o estudante encontrar no futuro, ele estará preparado para tomar decisões e lidar com a vida adulta”, afirma Camargo.

 

Isso é comprovado no relatório anual “iPad e Mac na Educação: Resultados”, de junho de 2022. Nele, a sessão Motivação e Engajamento discute como esses dispositivos permitem ao aluno “assumir a responsabilidade de sua própria aprendizagem”, criando uma “cultura motivacional”. Assim, das escolas que utilizavam essas tecnologias durante a pandemia, por exemplo, a Old River School (da Califórnia, nos Estados Unidos) e a IELEV Schools (de Istambul, na Turquia) foram duas que apresentaram taxas de frequência na aprendizagem em casa acima de 95%.

 

A conquista acadêmica também foi avaliada no relatório, mostrando como essas ferramentas tecnológicas estão “preparando estudantes para o mundo antes mesmo de sequer entrarem”. Como é o exemplo da escola pública Haywood Early College (da Carolina do Norte, EUA) que apresentou aumento na taxa de graduação de 2017 a 2020, indo de 81% a 95% após a introdução do programa “iPad individualizado”. Esses dados mostram como há benefícios diretos não apenas para os alunos, mas também para os gestores na adoção da tecnologia nas escolas.

 

Camargo lista esses benefícios, começando pela aproximação do conteúdo trabalhado em sala de aula da maneira como os estudantes já vivem, “utilizando tecnologias em seus diferentes formatos para socializar, se divertir e criar coisas”. Além disso, há “o desenvolvimento da autonomia dos estudantes, o trabalho em equipe e colaboração, a solução de problemas complexos, o exercício da criatividade e a projeção dos trabalhos dos alunos para além das quatro paredes da sala de aula”. 



Sejunta
https://sejunta.com.br/


Tendência de reaproveitar peças e materiais, economizando recursos com criatividade, alinha moda e sustentabilidade e ajuda a mudar a cara do consumo

Até grifes famosas já adotaram o Upcycling e sócias da Jahe Marketing dão dicas para inspirar pequenos e médios negócios 

 

É praticamente impossível acompanhar o noticiário sem observar notícias sobre sustentabilidade, mudanças climáticas e os rumos do consumo. Como os negócios podem continuar oferecendo produtos que agradam os consumidores e respeitam o meio ambiente? 

Para marcas de alguns setores, uma das saídas mais interessantes para continuar lançando produtos com apelo sustentável – e driblar desafios como a crise de matérias-primas que surgiu a partir do começo da pandemia de covid-19 – é o upcycling, termo em inglês que mescla upgrade com reciclagem.  

“A palavra tem uma definição mais ou menos elástica, mas, a grosso modo, define o reaproveitamento de materiais e produtos que seriam descartados, principalmente para a criação de itens de maior valor agregado. Saem processos industriais como a criação de papel reciclado ou a produção de garrafas plásticas, e entram o trabalho criativo e um toque de artesão. Na maior parte das vezes, a ideia é manter algo da aparência ou finalidade original”, comenta Thaís Faccin, sócia fundadora da Jahe Marketing.  

Abstrato demais? Pense no reaproveitamento de um utensílio doméstico para criar móveis, bicicletas se transformando em mobília, ou roupas se transformando em outros itens de vestuários.  

“É justamente na moda que o upcycling vem ganhando espaço”, prossegue Faccin. “Em novembro de 2020, quando o site de compra e venda de produtos de segunda mão Enjoei passou a vender ações na Bolsa, a tendência ganhou contornos concretos.” O valor de mercado do site à época chegou aos R 2 bilhões.   

Já no começo de 2021, quase 7 mil lojas que comercializam itens de segunda mão foram abertas no Brasil, de acordo com o Sebrae. E fora do país, o mercado de itens usados deve crescer 20% nos próximos anos, com estimativa de chegar a movimentar até US 40 bilhões, de acordo com o Boston Consulting Group. 

O fato é que o upcycling está em toda parte, e nem é tão novo. Basta pensar nas roupas e acessórios feitos com sobras de tecido em quadradinhos, como o tradicional patchwork. “A diferença é que agora grandes marcas e grifes internacionais adotaram a prática – e com isso, influenciam comportamento e consumo”, diz Satye Inatomi, também sócia e fundadora da Jahe Marketing.  

A tendência é tema recente da revista Vogue, já foi adotada pela grife Valentino, e também tem ajudado famílias a poupar dinheiro em meio ao aumento do custo de vida em todo o mundo.

 

Veja alguns destaques sobre o upcycling para inspirar você e sua marca, de acordo com a Jahe Marketing  

“Nem sempre praticar preços mais baixos é a pegada das marcas que adotam o upcycling”, alerta Inatomi. No caso de uma grife como a Valentino, a questão do preço é menos relevante, mas não o desperdício. A marca está apoiando um novo projeto de upcycling com uma varejista francesa, a Tissu Market, que promove a reutilização criativa e sustentável dos tecidos parados no estoque da grife.  

A Tissu Market vende tecido por metro. Assim, materiais como chiffon, tafetá, cetim, entre outros, que estavam parados no estoque da Valentino, voltaram a ser trabalhados por costureiros e estilistas.  

“Outro caso interessante é a estratégia da Bolt, uma plataforma de patinetes elétricos. Patinetes que seriam descartados estão sendo reaproveitados por um designer de joias, chamado Tanel Veenre. Como o alumínio dos veículos é de alta qualidade, o material se transforma em brincos, pulseiras e pingentes com apelo de força e resistência, qualidade positivas para quase qualquer marca”, explica Inatomi.  

Um dos apelos positivos da tendência, de acordo com as sócias, é o fato de que, ao dispensar a necessidade de reprocessamento dos materiais, economiza-se energia, o que impacta positivamente o meio ambiente. Não é para menos: de acordo com a ONU, a indústria da moda é responsável por 10% de todas as emissões de gases do efeito estufa.  

“Mas, claro, sempre que pensamos em atitudes sustentáveis e marcas, é sempre bom lembrarmos do greenwashing.  É necessário que as mudanças sejam reais, e que caminhem para além do discurso. O discurso, e o marketing, quando não são traduzidos em práticas efetivas, podem causar danos na reputação da companhia. E a sua reputação, assim como os produtos que as marcas desejam vender, deve durar tanto quanto uma boa peça reaproveitada”, concluem as especialistas em marketing. 

 

Jahe Marketing

 

Mudanças do INSS de 2023 dão sequência à Reforma da Previdência

Para especialista, dificuldade para se aposentar exige cada vez mais o planejamento previdenciário


O ano começou complicado para os segurados do INSS, diante das mudanças que adequam e dão sequência à Reforma da Previdência. São as chamadas regras automáticas de transição, que significam, principalmente, mudar as normas de benefícios a cada ano e que, em 2023, vão resultar no aumento da pontuação para aposentadoria por tempo de contribuição e por idade.

Contudo, diante dessa realidade, aquelas pessoas que ainda têm tempo para se aposentar devem fazer um planejamento previdenciário e se organizar.

“Esse plano tem sido uma maneira mais eficaz de garantir uma aposentadoria menos prejudicial e mais vantajosa, visto que tivemos tantas alterações com a Reforma da Previdência. Uma análise é o que garante que o segurado não perca dinheiro e nem tempo”, orienta a especialista.

As mudanças impostas pela reforma para a aposentadoria retardaram mais ainda o tempo de espera para alcançar o benefício. “A aposentadoria é um direito de toda pessoa que contribuiu para a previdência e é o momento da vida na qual o segurado não deveria se preocupar tanto e, sim, desfrutar de um momento tão esperado. Porém, infelizmente, muitos terão que esperar mais ainda para se aposentar”, diz Isabela.


Entenda as mudanças em vigência a partir de 2023

Entre as alterações, as mulheres são as mais impactadas na aposentadoria por idade, com a regra de transição estabelecendo o acréscimo de seis meses a cada ano até chegar a 62 em 2023. Os homens, por sua vez, estão com a idade mínima fixada em 65 anos, com o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para ambos os sexos.

No que se refere ao tempo de contribuição, em 2023 há os reflexos de duas regras que previram modificações na virada de 2021 para 2022.

Em janeiro de 2023, conforme a primeira regra que estabelece um cronograma de transição para a regra 86/96, a pontuação composta pela soma da idade e dos anos de contribuição subiu. Agora são 90 pontos para as mulheres e 100 pontos para os homens. A outra regra que se refere à idade mínima mais baixa para quem tem um tempo longo de contribuição, a idade mínima para pedir o benefício é 58 anos para as mulheres e 63 anos para os homens.

Cabe lembrar que a reforma acrescentou seis meses às idades mínimas a cada ano até atingirem 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 2031. Para ambos, o tempo mínimo de contribuição exigido é de 30 anos para as mulheres e 35 para homens.

 

Brisola Advocacia Associados

 

Job hopping: por que a geração Z muda tanto de emprego?

Sua empresa está tendo dificuldades em reter profissionais da geração Z? Então saiba que, infelizmente, não é a única a estar enfrentando esse problema. Dinâmicos, revolucionários e ambiciosos, permanecer em uma vaga por muitos anos não é mais um compromisso que estão dispostos a aceitar. Muito mais preocupados com seu propósito, autonomia e flexibilidade, não pensam duas vezes em mudar de emprego em companhias que ofereçam essas visões – desencadeando um movimento que vem gerando uma verdadeira preocupação em saber não apenas como atrair os zillennials, mas principalmente como retê-los nas companhias.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência identificaram que profissionais entre 18 e 24 anos tendem a ficar menos de três meses no mesmo emprego. Mas, quando analisamos aqueles entre 50 e 64 anos, sua grande maioria costuma permanecer na mesma vaga por mais de dez anos. O choque geracional presenciado pelo mercado é completamente discrepante, e não faltam motivos para compreender essa mudança.

Há alguns anos, o sonho de consumo de entrar e se aposentar em uma mesma empresa era justificado pelo cenário econômico internacional. As opções de mercado não eram tão vastas como atualmente, o que gerava uma relação mais marcada hierarquicamente e pelo anseio em construir uma carreira forte em uma organização. Hoje, estamos na época das infinitas possibilidades profissionais – com diversas vagas em modelos de trabalho variados a serem escolhidos conforme o perfil e desejos de cada um.

Se não se sentirem valorizados ou acreditarem que seus valores não estão de acordo com os ofertados pela empresa, a geração Z não terá muito receio em procurar outra oportunidade que se adeque mais ao seu perfil. Pular de emprego para esses profissionais se tornou algo natural, uma vez que podem encontrar com facilidade outra vaga que lhes traga maior felicidade, onde possam desenvolver suas habilidades e, principalmente, tenham liberdade para exercer suas funções e aprender cada vez mais.

O job hopping é um movimento muito presente nessa geração, e não há como deixar de lado esses desejos. Agora, é tempo de se preocupar em como adaptar a cultura organizacional para torná-la atrativa para estes profissionais, criando um ambiente convidativo que não apenas os atraia, como especialmente consiga retê-los de forma que se identifiquem com os propósitos da marca e os impactos que desejam causar no mercado.

Em termos de cultura, fortalecer a marca empregadora é estratégico para evitar essa saída dos zillennials. Se tornar um local desejado para se trabalhar não é fácil, mas fundamental para essa missão. Para isso, é extremamente importante compreender e definir com clareza o perfil de profissional desejado para seu negócio – monitorando as tendências de seu segmento e as adequando internamente desde o processo seletivo.

Esses fatores devem caminhar conjuntamente, garantindo a máxima assertividade no recrutamento e a coerência entre as demandas dos profissionais e o que sua empresa pode oferecer. Assim, ao recrutar profissionais alinhados com estes princípios, a retenção da geração Z será uma consequência natural.

Ao contrário do que muitos acreditam e colocam em prática hoje em dia, oferecer uma série de benefícios corporativos não é garantia de retenção de nenhum profissional, seja qual for sua geração. Não é preciso ser muito criativo ou pensar em brindes valiosos que agradem a geração Z, mas sim firmar um processo seletivo personalizado capaz de buscar aqueles que estejam alinhados aos propósitos da marca. Assim, mesmo diante de uma movimentação intensa entre empregos, esse match fará toda a diferença para a atração e retenção de profissionais que queiram crescer junto com sua empresa.

 

Ricardo Haag - sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.

Wide
https://wide.works/


Estudo sobre demografia médica 2023 mostra desigualdades regionais e entre especialidades médicas no Brasil

Áreas como a Hematologia e Hemoterapia possuem menor número de profissionais em relação a outras. Além disso, pesquisa aponta desigualdades regionais e entre gêneros.

 

O número de médicos mais que dobrou no país em pouco mais de 20 anos, segundo dados da Demografia Médica no Brasil 2023, cujos resultados foram publicados no último dia 8 de março. Em janeiro deste ano, havia 562.229 médicos inscritos nos 27 Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o que corresponde a uma taxa nacional de 2,6 médicos por mil habitantes. Nessa perspectiva, deverão ser mais de um milhão de médicos em 2035. Mesmo assim, de acordo com o estudo, realizado pela Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), existem proporções desiguais entre especialidades médicas e no salário de homens e mulheres, bem como no número de profissionais da área em diferentes regiões.

Apenas na área da Hematologia e Hemoterapia, cujos especialistas são responsáveis pelo diagnóstico e tratamento de doenças do sangue e pelo acompanhamento da doação de sangue, eram 3.271 médicos registrados, segundo a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), representante dos profissionais da área.  

Em um comparativo das duas últimas décadas do mesmo levantamento, embora as especialidades tenham apresentado um crescimento de 72% no número de profissionais, de 2002 a 2012 (versões subsequentemente anteriores do mesmo levantamento apresenta este ano), hoje ainda é bastante diferente do número de profissionais de especialidades como a Clínica Médica (56.976), a Pediatria (48.654) e a Clínica Geral (41.547), mas ainda a frente da relação de profissionais de outras especialidades, como a Radioterapia (1.014), a Medicina de Emergência (779) e a Genética Médica, que tem a menor quantidade de especialistas no País, com 407 médicos registrados. 

De acordo com o médico hematologista e hemoterapeuta, Dr. José Francisco Comenalli Marques Júnior, presidente da ABHH, existe um déficit de profissionais da Hematologia e Hemoterapia, assim como de outras áreas para atender os pacientes nas diferentes regiões e municípios, o que também reflete a concentração de centros especializados no tratamento de doenças onco-hematológicas em determinadas localidades. 

“Temos investidos em programas voltados a profissionais desde a graduação para se que interessem pela Hematologia e Hemoterapia, bem como na Terapia Celular, que é uma área promissora no tratamento do câncer e de outras doenças. No entanto, a formação de especialistas encontra uma estrutura de saúde no Brasil ainda aquém do que os pacientes precisam, com centros especializados de tratamento ainda restrito a alguns municípios, portanto, uma oferta menor de vagas, além de salários não tão atrativos em relação a profissionais de outras especialidades.”, aponta o presidente ABHH que, em 2022, iniciou ampla discussão sobre Equidade na Saúde. 

O levantamento aponta ainda um envelhecimento dos profissionais da Hematologia e Hemoterapia em atividade. Ao compararmos a idade média apresentada há dez anos (46,95 anos), percebemos um avanço para 48,4 na pesquisa apresentada recentemente. “É fato que profissionais com mais idade em exercício representam quase que metade do nosso universo e, por isso, temos investido cada vez mais em formação e apresentação das nossas especialidades para estudantes e residentes através dos Programas de Ligas Acadêmicas e Sangue Jovem, da ABHH, a fim de atrair os novatos e incluir os nativos da internet e das tecnologias no mercado de trabalho”, ressalta Marques.
 

Diferenças regionais e de gênero -- Nas regiões do Brasil, conforme mostra o estudo da USP e da AMB, há proporções diferentes de profissionais. Enquanto no Sudeste há uma razão de 3,39 médicos em geral para cada mil habitantes, no Centro-Oeste de 3,10 e no Sul de 2,95, no Nordeste essa razão é de 1,93 e no Norte de 1,45. Mesmo assim, mesmo dentro de regiões com alto índice de médicos, há discrepâncias entre capitais, municípios do interior e das regiões metropolitanas.  

Essas desigualdades relacionadas à demografia médica também se fazem presentes em recortes entre gêneros. O estudo mostra que as mulheres ganham, em média, R 13 mil a menos que os homens, ainda que exista a estimativa que elas serão maioria daqui a apenas um ano, com 50,2% do total de profissionais. Em 2035, a expectativa é de que a porcentagem aumente para 56%. Apenas na Hematologia e Hemoterapia, as mulheres são cerca de 64% dos profissionais. 

“Essa desigualdade na renda entre homens e mulheres é uma problemática que estamos procurando equacionar. Recentemente, criamos o programa Equidade da ABHH, que está promovendo ações no sentido de tornar nossa especialidade mais equânime, bem como a área médica e o acesso dos pacientes à Hematologia e Hemoterapia. Nesse sentido, estudos como esse da USP e da AMB são fundamentais para nos fornecerem insumos para realizar um trabalho mais direcionado.”, esclarece Marques Júnior.


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