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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Obesidade: segundo estatísticas, até 2030, o Brasil poderá ter 30% da população obesa

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Especialista comenta as principais causas da doença, além da importância da prevenção e do controle para evitar o surgimento de outros problemas relacionados e até risco de morte 

 

No Brasil, a obesidade vem em uma crescente que tem preocupado especialistas. Um levantamento feito pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel, revela que o país já tem 20,3% de sua população adulta composta por obesos. Até 2030 esse percentual pode aumentar para 30% da população. 

Informações do Ministério da Saúde (MS) e da Organização Panamericana da Saúde (OPA) indicam que 12,9% das crianças com idade entre 5 e 9 anos estão obesas, ao passo que entre os adolescentes na faixa dos 12 aos 17 anos, esse índice é de 7%. A obesidade pode causar problemas respiratórios, nas articulações e uma série de outros problemas de saúde que podem prejudicar a qualidade de vida e, em casos graves, levar à morte.  

“Obesidade é uma doença crônica, que é gatilho para várias doenças quando não tratada. Os maus hábitos, uma vida irregular, sedentária, sono irregular, intestino, tudo isso é um gatilho quando colocado e somado ao longo dos anos” explica Mariana Arraes, médica experiente em emagrecimento e longevidade saudável. 

De acordo com a médica, quando o indivíduo não se dá conta que está obeso, “o gordinho saudável” é um dos estágios que mais traz riscos para a saúde. Segundo ela, exames normais e alto grau de obesidade, cursando com apneia do sono e intestino irregular são sinônimo de que algo não está bem com o corpo do paciente e deve ser investigado.  

“Mudança de estilo de vida é a base para a prevenção da obesidade, juntamente com acompanhamento médico, nutricional e de um educador físico. Além disso, a rotina regular, alimentação e exames de rotina também são pontos que podem ser observados e melhorados para saúde”, explica a médica. 

 

Como calcular o IMC 

A obesidade é determinada pelo Índice de Massa Corporal (IMC) que é calculado dividindo-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado.

 

Classificação do IMC:

Menor que 18,5 – Abaixo do peso

Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal

Entre 25 e 29,9 – Sobrepeso (acima do peso desejado)

Igual ou acima de 30 – Obesidade

 

Cálculo do IMC:

IMC=peso (kg)/altura (m) x altura (m)

Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m

Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625

IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10

O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso). 

“É importante lembrar que é possível prevenir e tratar a obesidade por meio de uma alimentação saudável e de atividade física regular”, conclui Mariana. 


Os Raros são muitos, são Fortes, são Orgulhosos!

Mais de 13 milhões de pessoas possuem uma patologia rara no Brasil

28/02 – Dia Internacional da Doença Rara

 

O Ministério da Saúde considera uma patologia rara quando afeta até 65 pessoas em um grupo de 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2.000 indivíduos. “Importante ressaltar que - muito embora sejam individualmente raras - como um grupo elas acometem um percentual significativo da população, o que resulta em um problema de saúde relevante”, alerta a Dra. Ana Carla Moura Falcão, especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 


Abaixo, a médica traz informações e ressalta a importância do diagnóstico precoce. 


- Existem estatísticas de quantas pessoas tenham alguma doença rara no Brasil?

Dra. Ana Carla - O número exato de doenças raras não é conhecido. Estima-se que, mundialmente, existam em torno de seis a oito mil patologias raras, acometendo mais de 300 milhões de pessoas. Esse número representa cerca de 3,5 a 5,9% da população mundial com uma doença rara. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 13 milhões de pessoas possuem uma patologia rara. 


- É demorado chegar ao diagnóstico de uma doença rara?

Dra. Ana Carla - Sim. As patologias consideradas raras podem apresentar uma grande diversidade de sinais e sintomas, com manifestações relativamente frequentes, que podem simular doenças comuns, e estes variam de doença para doença e de indivíduo para indivíduo com o mesmo diagnóstico, corroborando para o atraso do diagnóstico. A maioria das patologias raras ainda não tem cura, são crônicas, progressivas e estima-se que 70 a 80% delas são ocasionadas por fatores genéticos. As demais são oriundas de causas ambientais, infecciosas, imunológicas, entre outras. Ressaltando a complexidade e a dificuldade diagnóstica dos casos raros.

 

- Se esse diagnóstico fosse mais rápido, precoce, poderia mudar a qualidade de vida do paciente?


Dra. Ana Carla - Sim. A dificuldade e retardo do diagnóstico de uma doença rara estão atrelados a um elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados, bem como para suas famílias. Um diagnóstico precoce pode mudar este cenário. Como se tratam, em geral, de doenças crônicas, progressivas, degenerativas e com risco de vida, o reconhecimento precoce favorece ao tratamento adequado com impacto na evolução da doença e sua gravidade. Ressalta-se que muitas delas não possuem cura, de modo que o tratamento consiste em acompanhamento clínico, fisioterápico, fonoaudiólogo, psicoterápico, entre outros, com o objetivo de aliviar os sintomas ou retardar seu aparecimento. Além da necessidade de terapêutica medicamentosa específica, de acordo com a doença rara. Considerando que cerca de 80% das doenças raras são de origem genética, o aconselhamento genético é fundamental na atenção às famílias e pessoas com essas doenças. Demonstrando, a importância do diagnóstico acurado e precoce das doenças raras.

 

- O que falta para identificar uma doença rara mais cedo possível?


Dra. Ana Carla - O atraso no diagnóstico de pacientes com doenças raras é comum e, muitas vezes, ocasionada pela baixa conscientização e reconhecimento das doenças raras entre os profissionais de saúde. O Brasil adota a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, desde 2014. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza atendimentos para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de pessoas com doenças raras, além de tratamento dos sintomas. É necessário melhorar o acesso aos serviços de saúde e à informação, habilitar cada vez mais centros e profissionais de saúde para atuação, ampliar o conhecimento sobre as doenças raras, pesquisas e potenciais terapias, reduzir a incapacidade causada por essas doenças e contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas e familiares que convivem com as doenças raras. Além da organização de política e rede nacional de doenças raras, é muito importante a participação de grupos e organizações de pacientes e familiares, mobilizando de forma coletiva e globalmente a comunidade.

 

- Qual a mensagem que a Sra. gostaria de deixar para o Dia Internacional das Doenças Raras?


Dra. Ana Carla – No dia 28 de fevereiro é comemorado o Dia das Doenças Raras. O objetivo é aumentar a conscientização e gerar mudanças para 300 milhões de pessoas em todo o mundo que vivem com uma doença rara, suas famílias e cuidadores. É significativo destacar que tanto no dia 28 quanto todos dias, podemos dar voz a causa das doenças raras, com solidariedade e respeito. Doenças raras são individualmente raras, mas, coletivamente, essas condições são comuns. Os Raros são muitos, são Fortes, são Orgulhosos!

 

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Verão - mastopexia em L com cicatriz reduzida permite maior conforto às mulheres na escolha das roupas

Divulgação
O verão valoriza a cirurgia mamária com cicatriz reduzida em L.

 

As mulheres brasileiras, em especial, têm como característica o uso de biquínis menores e roupas mais decotadas. No verão, uma das grandes preocupações das mulheres é poder escolher seu decote e seu biquíni sem se preocupar com cicatrizes entre as mamas. 

Pensando nisso, uma técnica de mastopexia -- cirurgia que visa levantar e remodelar as mamas - com cicatriz reduzida em L já é considerada a preferência entre as mulheres. 

A cicatriz em L é feita com uma incisão em volta da aréola, um pequeno corte na vertical, e uma incisão na horizontal na parte de baixo das mamas, de aproximadamente 4cm. A ausência de cicatriz entre as mamas não aumenta a cicatriz horizontal lateral, melhora o formato da parte interna das mamas e possibilita à mulher a escolha das suas roupas sem se preocupar com a marca. 

A empresária que atua no mercado financeiro, Eliane Miranda da Costa, 43 anos, demorou 15 anos para realizar a tão sonhada cirurgia nos seios, justamente devido ao medo da cicatriz. 

"Todos os médicos diziam que devido ao caimento das minhas mamas, deveria ser cicatriz em T, o que deixaria marcas dos dois lados da mama. Foi aí que conheci a mastopexia em L e soube que poderia reduzir os cortes e as marcas", conta. 

Segundo ela, a cirurgia mudou a sua vida. "Antes não conseguia colocar um vestido com decote nas costas porque tinha que usar sutiã, Não podia usar um 'tomara que caia', porque literalmente as mamas caiam. Hoje a minha autoestima melhorou muito e sempre que posso uso decotes", conta. 

O Brasil é o segundo país do mundo em cirurgias plásticas, com 1,3 milhões de procedimentos realizados ao ano. As cirurgias de mastopexia, aparecem também em segundo lugar, de acordo com o último levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (2020).

 

Sistematização inédita da técnica

A técnica de mastopexia multiplanos com cicatriz em L - foi sistematizada pela primeira vez no Brasil pelo cirurgião paranaense Adel Bark Junior, com um grande diferencial: ela atua individualmente nos três componentes anatômicos das mamas: por isso é denominada multiplanos. 

A mastopexia em L multiplanos o cirurgião consegue tratar a pele, o músculo e a glândula de forma separada "Com a técnica Multiplanos tratamos de forma completa e simétrica a mama internamente, melhorando a anatomia interna e externa de cada esfera. Desta forma é possível oferecer um resultado mais previsível e uma maior estabilidade para a mama a longo prazo", explica o cirurgião. Além disso, segundo ele, com multiplanos é possível subir o sulco inframamário (posição da mama no tórax), promovendo maior estabilidade, maior colo mamário com implantes menores, e alongando a região abdominal. 

O cirurgião traz em seu currículo mais de três mil cirurgias de mastopexia utilizando a cicatriz em L, sendo atualmente o método utilizado por ele em 100% das pacientes. Os altos índices de satisfação nas pacientes operadas, devido a uma incisão menor -- fez com que o cirurgião se dedicasse a reproduzir a técnica que é uma evolução da tradicionalmente realizada incisão em formato de T invertido. Com isso foi lançado em Curitiba o primeiro Curso de Mastopexia Multiplanos em L do mundo. 

A mastopexia em L foi descrita pela primeira vez pelo cirurgião Hollander, em 1924, e posteriormente replicada por cirurgiões brasileiros na década de 80, com Antonio Roberto Bozola, e na década de 90, por Chiari Junior, mas por muitas décadas permanenceu pouco realizada, segundo Adel Bark Júnior “pela dificuldade de marcação pré-operatória e limitação do tratamento da parte interna das mamas, uma vez que não individualiza a pele e o tecido mamário”. Com a sistematização da Mastopexia Multiplanos em L, mais de 150 cirurgiões brasileiros e de outros 9 países, já foram treinados em Curitiba e estão aplicando os conceitos para suas pacientes. “Mesmo em mamas volumosas e com grande ptose (queda) é possível, com a técnica multiplanos ”entregar a estabilidade e a cicatriz reduzida em L” afirma o cirurgião curitibano.
 

Diferencial

Adel conta que aos poucos foi eliminando a necessidade da marcação prévia, que gerava grande complexidade cirúrgica e aplicando a técnica em casos cada vez mais desafiadores. “Eliminando a marcação prévia conseguimos sistematizar uma maneira reprodutível de executar a técnica da cicatriz em L, tanto que a grande maioria dos cirurgiões que vieram para aprender a replicá-la estão realizando a cicatriz em L em suas pacientes; vários colegas relatam que mesmo quando não conseguem entregar a cicatriz em L, o conceito Multiplanos permitiu reduzir suas cicatrizes e promover maior estabilidade da cirurgia” enfatiza. 

“Hoje, estamos cumprindo nosso papel de beneficiar o maior número possível de mulheres pelas mãos dos nossos colegas, permitindo que eles realizem o procedimento com segurança. Com a nossa plataforma de ensino online, complementamos e sedimentamos os conceitos compartilhados no curso prático”, afirma Adel..

dradelbarkjr.com.br


Pesquisa aponta que 20 minutos de atividade física pode reduzir risco de hospitalização por AVC

 

Estudo foi publicado recentemente pelo JAMA Network



 

Sabe-se que incluir hábitos saudáveis na rotina pode reduzir o risco de várias doenças. Segundo dados de uma nova pesquisa publicada no JAMA Network, apenas 20 minutos diários de exercícios físicos ajudam na prevenção de inúmeros problemas de saúde. Entre eles, câncer, diabetes e acidente vascular cerebral isquêmico (AVC). 

De acordo com o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, o estudo aumenta as evidências de que a prática de atividade física está associada a melhores resultados de saúde.

“A atividade física regular é um dos principais agentes para prevenir doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão arterial, obesidade, diminuir doenças inflamatórias, doenças pulmonares e também pode melhorar o sono. E isso tudo ajuda no bem-estar e consequentemente diminui a incidência de fatores de risco. Atualmente, o AVC e infarto estão entre as principais causas de mortalidade do mundo. Por isso, praticar exercício físico regularmente é essencial para manter uma boa saúde e diminuir os riscos de hospitalizações por doenças cardiovasculares”, afirma o especialista. 

Para a pesquisa, mais de 81.000 pacientes com idades entre 42 e 78 anos foram avaliados. Os participantes receberam um rastreador de atividades físicas, que foi utilizado por uma semana. 

Entre as doenças que podem ser evitadas, segundo o estudo, estão diabetes, pneumonia, acidente vascular cerebral isquêmico, doença da vesícula biliar, anemia por deficiência de ferro, infecções do trato urinário (UTIs), pólipos do cólon, tromboembolismo venoso e doença diverticular.

De acordo com os pesquisadores, a conclusão foi de que se exercitar por pelo menos 20 minutos por dia pode ser uma intervenção eficaz e não farmacêutica para evitar hospitalização.   

 


No Dia da Conscientização sobre a Anosmia, médicos otorrinos oferecem atendimento gratuito em São Paulo, Salvador e Ribeirão Preto

Em 27 de fevereiro, Dia da Conscientização sobre a Anosmia, nas cidades de São Paulo, Salvador e Ribeirão Preto, médicos otorrinos oferecerão atendimento gratuito à população em locais de grande circulação. A iniciativa “Sinusite e Alterações de Olfato: sinais de alerta”, tem o intuito de alertar a sociedade que a anosmia, ou seja, a perda da função olfativa, pode ser sinal de outros problemas de saúde e precisa ser investigada. 

Poderão participar pessoas que, nos últimos 12 meses, tenham tido diagnóstico de rinossinusite crônica com pólipo nasal (RSCcPN) ou apresentado sintomas constantes, mesmo sem ter sido diagnosticadas, de nariz entupido, secreção nasal, dor ou sensação de pressão no rosto e dificuldade em sentir cheiros.

A ação é promovida pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e Academia Brasileira de Rinologia (ABR) e conta com o apoio da Sanofi.

 

Sobre a iniciativa

Nos locais definidos, a partir das 8h, haverá distribuição de senhas e os participantes passarão por uma triagem, na qual responderão a um questionário, com a finalidade de auxiliar na coleta de informações para a etapa de avaliação médica. Também estarão disponíveis testes para analisar a qualidade do olfato. O atendimento será limitado a 200 pessoas e terminará às 17h. 

Pacientes avaliados na ação e que forem identificados com sinais relacionados à rinossinusite crônica com pólipo nasal terão apoio da Sanofi para encaminhamento a consultas gratuitas com especialista em otorrinolaringologia. A assistência será limitada a 20 consultas.

Serviço


São Paulo
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Avenida Paulista 1.313, Cerqueira César, São Paulo. A equipe estará localizada em frente à entrada da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo)
Evento Gratuito
 

Salvador
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Shopping Tricenter - Av. Antônio Carlos Magalhães, 1034, Itaigara, Salvador. A equipe estará localizada na entrada principal do prédio Tropical Center
Evento Gratuito
 

Ribeirão Preto
Data: 27 de fevereiro de 2023
Horário: das 8h às 17h
Local: Praça XV de Novembro, s/n, Centro, Ribeirão Preto. A equipe estará localizada em frente à loja Americanas
Evento Gratuito



Sobre a anosmia

A anosmia e a hiposmia caracterizam-se pela ausência total ou parcial do olfato, respectivamente, e podem ser causadas por diversos fatores, como a infecção pelo coronavírus e a rinossinusite crônica com pólipos nasais1. 

A rinossinusite crônica, popularmente chamada de sinusite, está entre as causas da anosmia e o distúrbio do olfato é um dos sintomas para o diagnóstico, especialmente a com pólipos nasais. A doença é caracterizada pela inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face e apresenta sintomas como congestão e secreção nasal, perda do olfato, dor na face, tosse, entre outros. Somente em São Paulo, aproximadamente 5,5% da população convive com o problema, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo2. A rinossinusite crônica com pólipo nasal é considerada um subtipo dessa doença.
  
Como o olfato está diretamente ligado ao paladar, quem tem anosmia pode até sentir gostos -- como doce, ácido, salgado ou amargo -- mas o sabor, que nos ajuda a identificar qual alimento estamos comendo, fica comprometido, afetando o apetite e o prazer com a alimentação1. E tem mais: experiências importantes como apreciar novas comidas ou sentir um perfume também são prejudicadas. A segurança é outra questão: o olfato ajuda a detectar perigos ambientais, como alimentos estragados, fumaça, cheiro de gás e de vapores químicos1, por exemplo.

  

Sanofi 



Referências 

1 - Palheta Neto, Francisco Xavier et al. Anormalidades sensoriais: olfato e paladar. Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia, v. 15, p. 350-358, 2011. Disponível em: <Link>.
2 - Pilan RR, Pinna FR, Bezerra TF, etal. Prevalence of chronic rhinossinusitis in Sao Paulo. Rhinology. 2012;50(2):129-138.

 

Problemas de aprendizagem podem estar ligados ao Transtorno do Processamento Auditivo Central

Quando uma criança, adolescente ou mesmo um adulto apresenta dificuldades com o processo de aprendizagem, de aquisição de linguagem e de escrita, o primeiro diagnóstico que vem à mente é o de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA). Mas na verdade, como alerta o médico otorrinolaringologista Thiago Brunelli Resende da Silva, do hospital Santa Casa de Mauá, pode se tratar do Transtorno do Processamento Auditivo Central (TPAC), que envolve a capacidade do sistema auditivo nervoso central em utilizar os sons. 

A dificuldade surge quando o cérebro recebe as informações que chegam aos ouvidos, mas ocorre um problema com a interpretação dos sons e causam sintomas como: ouvir bem, mas não entender o que é dito; falha na interpretação de sons; problemas com a localização e o espaço; dificuldades de memorização; falta de atenção, distração e agitação. Respostas demoradas e a dificuldade em distinguir sons parecidos também são comuns.  

“Essa falha na identificação ocorre porque o problema afeta as vias centrais da audição no cérebro, responsáveis pelas habilidades auditivas. No entanto, se o paciente fizer um exame de audiometria, possivelmente ele estará normal. O diagnóstico é mais assertivo quando realizado na infância. Por isso, assim que as crianças começam a frequentar a escola é importante fazer um check-up”, explica Brunelli. 

Entre as causas do TPAC estão a otite de repetição, doenças degenerativas, lesões cerebrais, traumas, prematuridade, acidente vascular cerebral (AVC) e hereditariedade. O diagnóstico precisa ser muito bem feito e assertivo, podendo envolver testes que simulam situações de audição complexas exigindo a total habilidade auditiva do paciente.  

O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar com otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e neurologistas, sessões de treinamento e aparelhos auditivos que ampliem a capacidade de ouvir além de apoio e envolvimento da família. Dessa forma, o paciente terá maior qualidade de vida, permitindo que ele se adapte ao convívio social e tenha sucesso na aprendizagem.

 

Hospital Santa Casa de Mauá
Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/


Mal mundial: cardiologista ensina uma forma eficiente de acabar com a ansiedade

Se há um problema que tem sido motivo de discussões cada vez mais crescentes na sociedade, é a ansiedade. O médico Roberto Yano explicou que a ansiedade é um estado constante de alerta, uma sensação de que a qualquer momento algo ruim vai acontecer, uma angústia misturada com tensão e insegurança, e que muitas vezes a pessoa nem sabe por que está assim.

O cardiologista especialista em marca-passo declarou que ela é diferente da depressão. “Diferente da ansiedade, a depressão é um estado de tristeza, desânimo, baixa autoestima, em que a pessoa fica sem vontade de fazer os seus afazeres do dia a dia, é pessimista e não tem interesse pela vida”.

Segundo Yano “É preciso explicar que aquela ansiedade sentida antes de uma reunião, ou antes de apresentar um trabalho na escola, por exemplo, é normal. É importante que nosso corpo reaja dessa maneira em algumas situações. Mas quando isso é constante, acontece com trabalhos corriqueiros e começa a atrapalhar sua qualidade de vida, o alerta deve ser ligado porque isso já é preocupante”, informou.

Em mais um vídeo publicado em seu canal no YouTube, o médico revelou que tem recebido em seu consultório cada vez mais pessoas informando que estão ansiosas e que isso se manifesta das mais diversas formas, desde a irritação fácil com filhos, esposa ou no trabalho, casos de perda de sono, ganho de apetite e de peso. “Antes mesmo que eu pergunte, dificilmente o paciente entra no meu consultório e não diz que está sofrendo de ansiedade, hoje é a minoria dos pacientes”.

Para Yano, não podemos descartar os agravantes trazidos pela pandemia. “Foram dois anos difíceis. De perdas de entes queridos, emprego, muita gente tendo que fechar as portas de seus negócios. Tudo isso contribuiu para o aumento de pessoas ansiosas”, comentou.

“O que acontece também é que pessoas ansiosas têm sintomas semelhantes aos de problemas do coração, então o ansioso chega ao consultório referindo dor no peito, falta de ar, palpitação, sensação de tontura ou desmaio, pressão mal controlada”, completou.

O médico fez um alerta para as pessoas que têm ansiedade, porque segundo ele, esse problema, quando não tratado adequadamente pode levar a um aumento de casos de infarto, derrame cerebral e problemas de pressão alta.

Ainda no vídeo, Roberto Yano falou que um conselho às pessoas que sofrem com isso é buscar ajuda. “Da mesma maneira que você vai ao cardiologista para cuidar do seu coração, você também deve cuidar da sua cabeça, do seu psicológico. Então se você sofre de ansiedade procure ajuda. Procure um psicólogo, terapeuta, um bom psiquiatra. Tão importante quanto cuidar do nosso órgão mais nobre (coração) é cuidar do seu cérebro. Se a sua cabeça não tiver bem, o corpo vai responder ficando doente”, alertou.

Yano ressaltou que uma forma natural de tratar a ansiedade, e a mais eficaz, é fazer exercício físico. “É fato que o exercício físico alivia o estresse, faz o seu cérebro liberar mais endorfina, dopamina, serotonina e melhora o seu humor. Não há tratamento eficaz para a ansiedade sem associar o exercício físico. Então faça no mínimo 150 minutos de exercício físico por semana. Se puder fazer 300 minutos por semana, melhor ainda. Mas, claro, antes de intensificar seus exercícios, procure um bom cardiologista para conferir se seu coração está 100%”, revelou.

 
Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 1,5 milhão engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram. O principal objetivo do profissional é divulgar informações valiosas aos seguidores, sempre visando os preceitos do código de ética médica.


Confira cinco dicas para desinchar e desinflamar o organismo pós-carnaval

Nutróloga, Dra. Esthela Oliveira explica efeitos dos exageros cometidos durante a folia e traz um guia simples para voltar ao ritmo com saúde

 

Com um feriadão prolongado, como o de Carnaval, é bem comum “chutar o balde” e se preocupar apenas com a curtição. No entanto, passada a folia o corpo começa a sentir os sinais dos descuidos da última semana. Aquela sensação de ter engordado, corpo mais inchado, pesado e cansado, nada mais é do que fruto de uma alimentação irregular, aumento no consumo de álcool, noites de sono mais curtas e dias mais agitados que de costume. 

Mas, para quem exagerou um pouco no Carnaval e quer retomar a sensação de bem-estar físico e mental, a nutróloga e especialista em medicina integrativa, Dra. Esthela Oliveira indica algumas mudanças de hábitos básicas. “Para desinchar o corpo e desinflamar o organismo o primeiro passo é investir na alimentação e hidratação. Beber bastante água vai ajudar no processo de eliminação das toxinas do corpo, assim como uma dieta com comida de verdade, como carnes magras, legumes, verduras e frutas”, explica a especialista.

Para ajudar a corrigir o prejuízo dessa última semana de folia, a Dra. Esthela Oliveira preparou um guia simples, com algumas dicas para voltar ao ritmo da vida cotidiana de forma mais saudável. Confira:
 

  1. Não pule refeições -- Durante o carnaval é comum comer fora de hora, beber mais do que comer, não se preocupar com a qualidade das refeições. Portanto, passada a festa, é hora de investir em alimentos integrais, frutas, legumes, proteínas magras e sementes, assim como reduzir os industrializados. Lembre-se as fibras são suas aliadas;
  2. Cuidado com o doce - Evite alimentos com muito açúcar, mas também fique atento àqueles com álcoois de açúcar, um tipo de adoçante de baixa caloria, como Eritritol e Xiitol, que aumentam o inchaço e os gases;
  3. Potencialize a ingestão de líquidos -- Aqui é importante reforçar que o álcool não é uma opção, substitua qualquer bebida por água e chás naturais;
  4. Movimente-se - Voltar a praticar atividades físicas ou começar a aderir a pratica na rotina é importantíssimo nesse processo para desinflamar o organismo e acelerar o metabolismo, gastando assim as calorias dos excessos cometidos no feriado;
  5. Durma bem - Uma vez que mudamos a nossa rotina de sono nesse período de folia, o funcionamento do metabolismo também fica comprometido. Portanto, retomar a qualidade de sono nas semanas seguintes é indispensável. Durma um pouco mais cedo, evite comer e o uso de telas uma hora antes de dormir.
     

“Vale destacar que é muito comum que a imunidade caia um pouco após períodos de festa como esse. Recebemos muitos pacientes pós-carnaval com essa queixa, por isso, minha dica extra é investir em alimentos ricos em vitamina A, C e D, fontes de zinco e ômega 3, além de probióticos para regular o intestino. Mas, se ainda sentir que algo não vai bem com a saúde, procure seu médico e aproveite que o ano ainda está no começo para fazer aquele check-up de rotina”, conclui a nutróloga.


Esthela Oliveira - Médica do esporte (RQE 76855), membro titular da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e médica do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. É pós-graduada em nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Pós-graduada em Medicina Integrativa pelo Instituto de ensino e pesquisa Albert Einstein. Em 2019 realizou o curso de Mind Body Medicine na Universidade de Harvard. Fundadora da Side Clinic, espaço que busca trazer uma visão mais ampla no cuidado com os pacientes, acompanhando-os em todas as etapas da vida e em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas, como ferramenta para complementar a medicina tradicional.
draesthelaoliveia l @sideclinic


Santana Parque Shopping convoca público da Zona Norte para campanha de Doação de Sangue

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Ação tem como foco ajudar hemocentros paulistas a recuperarem seus estoques 

 

Segundo dados do Banco de Sangue Paulista, os estoques sanguíneos estão 50% abaixo do esperado neste primeiro trimestre do ano. O ideal é que sejam feitas 100 doações por dia, mas apenas 50 unidades estão sendo coletadas diariamente, e a instituição convoca doadores em caráter de urgência.

Pensando nisso, o Santana Parque Shopping realiza uma campanha de doação de sangue em parceria com o Grupo H. Hemo, Banco de Sangue Paulista e AmorSeDoa no dia 1º de março, das 10h às 16h, no 1º andar próximo ao Bacio de Latte.

Para participar, é preciso se inscrever no link. Os interessados também devem ser maiores de idade e portarem documento com foto. Os doadores ganham isenção de estacionamento e também um mimo da L´Occitane em forma de agradecimento.

“Procuramos, além de trazer entretenimento e lazer para nossos visitantes, também conscientizá-los e ser um local onde instituições como o Banco de Sangue Paulista possam alcançar a população. Acreditamos como empreendimento no senso de comunidade e ficamos muito satisfeitos em poder ajudar uma causa tão relevante e que salva vidas”, afirma Rodrigo Rufino, gerente de marketing do Santana Parque Shopping.

Os requisitos para a doação incluem estar com bom estado de saúde e seguir os seguintes passos:

  • Estar alimentado e evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
  • Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas;
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos;
  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três para as mulheres;
  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Também é importante lembrar que os impedimentos para a doação de sangue são:

  • Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
  • Gravidez;
  • Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
  • Amamentação: até 12 meses após o parto;
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
  • Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
  • Extração dentária: 72 horas;
  • Apendicite, hérnia, retirada de amígdalas, varizes: 3 meses;
  • Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
  • Transfusão de sangue: 1 ano;
  • Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
  • Diarreia recente;
  • Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnóstico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de Covid-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.

 

Serviço
Doação de Sangue
Quando:
1º de março
Horário: 10h às 16h
Onde: 1º andar próximo ao Bacio de Latte
Inscrições: https://www.sympla.com.br/evento/doacao-de-sangue-no-santana-parque-shopping-dia-01-03/1871844

Santana Parque Shopping
Endereço:
 Rua Conselheiro Moreira de Barros, 2780 – Santana
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(11) 2238-3002


 

Dia Mundial de combate à LER/DORT: fisioterapeuta explica o que é e como preveni

Créditos: Freepik
A data, instituída pela OMS, chama atenção sobre a importância de adotar medidas para evitar essas lesões


28 de fevereiro marca o Dia Mundial de Combate às Lesões por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares (LER/DORT) relacionados ao trabalho. Essa data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o propósito de chamar atenção para o tema e alertar a sociedade sobre a importância e necessidade de adotar medidas para evitar essas lesões. Fisioterapeuta da UNINASSAU Graças explica quais são os principais sintomas e como a prevenção pode ser feita.

Segundo o estudo Saúde Brasil 2018, realizado pelo Ministério da Saúde, as Lesões por Esforços Repetitivos e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho são as doenças que mais afetam os trabalhadores brasileiros. Entre os anos de 2007 e 2016, 67.599 casos foram notificados e neste período, o total de registros aumentou 184%, passando de 3.212 casos no ano de 2017, para 9.122 em 2016, este levantamento foi feito com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, esses problemas foram mais recorrentes em profissionais do sexo feminino (51,7%), entre 40 e 49 anos (33,6%), e em indivíduos com ensino médio completo (32,7%).

As LER/DORT abarcam uma série de doenças que são causadas pela realização de atividades contínuas e repetitivas durante o trabalho. Esses danos são em decorrência da utilização excessiva de determinados membros do corpo, aliada à falta de tempo da recuperação deles, o que pode ocasionar lesões nas estruturas dos tendões, músculos e ligamentos em consequência do excesso do esforço físico, má postura, dentre outros problemas.

Os sintomas podem se manifestar por meio de inflamação, dor, edema, aumento da sensibilidade, redução da mobilidade, fraqueza muscular e redução progressiva da mobilidade e força. Na maioria dos casos, os membros superiores e inferiores, além da coluna são os mais afetados. De acordo com a fisioterapeuta e professora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Graças, Luana Sousa, é fundamental que os trabalhadores incorporem algumas medidas preventivas no dia a dia e em casos de dor ou desconforto busquem de forma imediata ajuda profissional.

"Dentre alguns cuidados que podem ser feitos estão a prática de atividades físicas, leves a moderadas, prevenção de comorbidades e alimentação equilibrada. Buscar o atendimento precoce do médico Ortopedista e Reumatologista, assim como as terapias complementares com a Fisioterapia, também é fundamental para inibir a progressão ou cronicidade da doença", orienta.

Para evitar que os profissionais sejam acometidos por essas enfermidades, a fisioterapeuta recomenda ainda o investimento na ginástica laboral, acompanhamento da saúde do colaborador, uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPCs) e na ergonomia no trabalho.


Sente tremores? Conheça o “marca-passo cerebral”, a cirurgia que inovou o tratamento dos tremores

O tremor essencial é um problema comum, mas ele pode melhorar com o auxílio de um procedimento conhecido como “Estimulação Cerebral Profunda"

 

Os tremores podem ser bastante comuns, mas apesar de serem primeiramente associados ao Parkinson ou, muitas vezes, até serem considerados normais, também podem ser sintomas de diversas outras condições, entre elas, o TREMOR ESSENCIAL. Esse tipo de tremor é bem mais comum que o próprio Parkinson, mesmo que passe "batido" por muita gente. Ele é um problema bastante frequente que afeta as mãos, a cabeça, voz e pernas e, assim, prejudica bastante a qualidade de vida. 

O TREMOR ESSENCIAL traz sintomas que podem comprometer o indivíduo no seu dia-a-dia, em tarefas como escrever, usar talheres, vestir-se, além de gerar constrangimento em situações de convivência social devido à pouca compreensão da sociedade em relação ao tema. Na doença de Parkinson, além dos tremores, ainda existem problemas como rigidez e lentidão na realização de movimentos. Ainda existe a distonia, que pode ser uma doença por si só, ou ainda um sintoma de outras doenças, caracterizada por movimentos parecidos com câimbras, torções e posturas incomuns, além do próprio tremor distônico; em alguns casos também pode ser dolorosa. 

Mas uma técnica já utilizada há algum tempo, apesar de ainda pouco conhecida no Brasil, pode otimizar muito o seu tratamento, a chamada  Estimulação Cerebral Profunda (ECP), mais famosa pelo seu termo em inglês, "DBS" (Deep Brain Stimulation), ou também conhecida como “marca-passo cerebral”. 

De acordo com o Dr. Bruno Burjaili, neurocirurgião que realiza esse procedimento, a técnica pode beneficiar bastante muitas pessoas que tenham tremores, mesmo que pensem que a condição é natural. 

Em alguns casos os tremores são tão recorrentes, principalmente em situações de ansiedade ou estresse, que muitos acham que eles seriam 'normais'. No caso do tremor essencial, isso pode acontecer em vários membros da família, então, muitos pensam que não há nada a ser feito, o que é uma ideia incorreta. É importante ter em mente que eles podem receber tratamento adequado, trazendo maior bem-estar a quem tem o problema, e permitindo que volte a fazer coisas que havia deixado." 

A Estimulação Cerebral Profunda é, sem dúvidas, um procedimento que pode trazer grandes resultados no tratamento dos tremores e, justamente por isso, ela tem sido cada vez mais buscada.” Explica.

 

Como funciona o tratamento?

A cirurgia de ‘marca-passo cerebral’ é realizada através do implante de eletrodos com precisão milimétrica em determinadas áreas do cérebro, permitindo uma estimulação elétrica rigorosamente controlada. Ela é capaz de ajustar parte do funcionamento de regiões cerebrais responsáveis pelo surgimento dos sintomas de Tremor Essencial, Parkinson e Distonia." Explica Dr. Bruno Burjaili.

 

O impacto dos resultados da cirurgia na qualidade de vida do paciente 

Como os tremores afetam bastante o indivíduo, limitando atividades básicas do seu cotidiano, a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda é vista, frequentemente, como um divisor de águas. Esses sintomas podem ser reduzidos drasticamente, como conta Antônio, paciente que realizou o procedimento com a equipe do Dr. Bruno Burjaili e notou uma grande melhora nos sintomas do tremor essencial. 

O tremor essencial é algo que me acompanha desde a juventude, foi ao longo dos anos piorando; eu tomava medicação, que foi sendo aumentada nas doses ao longo dos anos, porém sem melhora significativa. Nos últimos 5 anos, o tremor piorou significativamente, me causando muitos transtornos. Procurei então por um neurologista, que me sugeriu a cirurgia, e me encaminhou para o Dr. Bruno." 

Após a cirurgia a redução dos tremores superou todas as minhas expectativas, os tremores não foram reduzidos, eles deixaram de existir, foi como um renascer, posso escrever com segurança, me servir de alimentos no restaurante, sem receios, trabalhar no computador, sem medo de errar e de forma rápida e precisa, como muito não acontecia” Conta Antônio. 

Dr. Bruno Burjaili destaca a importância do acompanhamento médico para que cada caso seja avaliado de modo personalizado de acordo com a condição de cada paciente. 

"Para haver uma indicação correta do procedimento, com os melhores resultados possíveis, precisamos entender que cada pessoa é única. O paciente e sua família podem se inspirar no sucesso de outros, mas apenas deve saber o que esperar para si mesmo após uma análise individual detalhada e um protocolo extremamente rigoroso.". 

 

Dr. Bruno Burjaili - Neurocirurgião especializado no tratamento de doenças da cabeça, nervos e coluna vertebral, com experiência em doença de Parkinson, tremores, distonia, dores crônicas e fibromialgia.


Beach tennis: praticar a modalidade faz bem à saúde, mas requer cuidados para evitar lesões

Criado em meados de 1987 na província de Ravenna, localizada na Itália, o beach tennis começou a se profissionalizar em 1996. A modalidade chegou ao Brasil em 2008, no Rio de Janeiro, e de lá para cá vem ganhando cada vez mais adeptos. O esporte ganhou popularidade, inclusive, nas cidades não litorâneas. 

Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT), a estimativa é de que atualmente cerca de 2 milhões de pessoas espalhadas em todos os continentes optaram pelo beach tennis. O Brasil é uma das maiores forças da modalidade no mundo e vem ganhando cada vez mais adeptos. A entidade estima que cerca de 1,1 milhão de indivíduos praticam a modalidade no País, mais que o dobro em comparação a 2019. 

O médico Vagner Messias Fruehling, ortopedista do Hospital VITA, especialista em tratamento e cirurgia de ombro e cotovelo, explica que o aumento da procura por atividades físicas tem sido visto a cada dia. Ele conta que as pessoas buscam praticar algum exercício para condicionamento físico ou como alternativa para realizar um esporte. Dentro desse conceito, tem-se percebido o aumento da procura pelo beach tennis, em áreas urbanas e clubes. “Com essa crescente popularização, alguns cuidados são necessários para executar com saúde e experimentar os benefícios dessa atividade”, destaca o ortopedista. 

O Dr. Vagner alerta a necessidade de manter alguns cuidados. Deve-se dar atenção para os efeitos do sol, sendo necessário ingerir água para manter o corpo hidratado. O médico aponta também a necessidade do aquecimento das articulações e da musculatura, os quais são indispensáveis. “As queixas ortopédicas são frequentes em ombro e cotovelo, mas não se pode esquecer de lesões dos membros inferiores pelas torções do tornozelo na areia, ocasionando fraturas e lesões ligamentares”, relata o especialista.

Nos membros superiores, a dor no ombro pela posição do braço elevado, tem feito com que os pacientes busquem atendimento médico. A frequência excessiva de partidas causa sobrecarga muscular e articular trazendo dores frequentes. O médico conta que a dor no cotovelo é comum, e muito conhecida no meio ortopédico, pois o tenista apresenta com frequência, em uma situação conhecida como cotovelo do tenista. É o mesmo problema, só que agora visto no beach tennis. “O paciente apresenta dor na região externa do cotovelo, às vezes com inchaço, ocasionado pela ação de agarrar a raquete e fazer movimentos repetidos”, aponta o cirurgião.

O tratamento sem cirurgia é o mais comum, iniciando com o uso de medicações e compressas de gelo, que geralmente atenuam os sintomas. Na persistência dos sintomas, deve-se buscar uma avaliação com ortopedista.  “Fazer uma atividade física é extremamente importante para a saúde, devendo, também, ser prazerosa. Mas cautela é fundamental, a pessoa deve evitar excessos e aproveitar os benefícios de cada esporte”, alerta o Dr. Vagner.



Hospital VITA
http://www.hospitalvita.com.br



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