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sábado, 5 de março de 2022

Mais que salário, 37% da geração Z buscam oportunidades de aprendizado, aponta pesquisa FEEX – FIA Employee Experience 2021

Shutterstock
Por outro lado, a geração Z é menos fiel à sua empresa. Mesmo empregados: 8% dos jovens já se candidataram a uma vaga de emprego em outra companhia 


Um estudo realizado com a geração Z no mercado de trabalho – 17 a 22 anos – mostra que 37% dos participantes visam oportunidades de aprendizado, enquanto apenas 14% valorizam mais remuneração e benefícios. Em contrapartida, a Pesquisa FEEx – FIA Employee Experience 2021 também mostra que a geração tem a tendência de deixar as empresas atuais em busca de oportunidades melhores: 8% dos jovens entrevistados já se candidataram a uma vaga de emprego em outra empresa, sendo um índice 33% maior do que os outros grupos etários. 

A pesquisa, que em 2021 contou com a participação de 290 empresas e mais de 180 mil participantes, avaliou as características profissionais desta nova geração. 

A geração Z é mais responsável por seu desenvolvimento e carreira, à medida que entende os critérios para promoções e busca conhecimentos com seus gestores e até fora da empresa, compreendendo que a avaliação de desempenho recebida contribui para o seu crescimento. 

“O mais marcante dessa geração é a sua relação com a tecnologia e com o meio digital, considerando que essas pessoas vivenciaram, desde muito jovens, o momento de maior expansão tecnológica proporcionada pela popularização da internet. São também chamados de nativos digitais, conhecidos por serem cidadãos do mundo, além de terem uma forte responsabilidade social e ambiental”, comenta Lina Nakata, estudiosa da FIA. 

Outro ponto que chama atenção é que a geração Z tem uma chance de saída mais rápida da empresa. Enquanto, no total de funcionários pesquisados, 6% buscam uma saída voluntária mais imediata (em até 1 ano), isso acontece para 11% do total daqueles que têm até 22 anos de idade. 

Além disso, enquanto 39% dos participantes querem ficar na empresa até se aposentar, por gostarem do seu trabalho atual, apenas 23% da geração Z tem essa mesma expectativa. 

Por fim, a pesquisa ainda questionou se os entrevistados estavam buscando novas oportunidades enquanto estavam trabalhando - 3% afirmaram na ocasião que participavam de um processo seletivo em outra organização.

 

Inscrições para 2022

As inscrições para a edição 2022 da Pesquisa FIA Employee Experience (FEEx) estão abertas. Para participar, a empresa interessada deve ter no mínimo 50 funcionários e preencher o formulário no link https://feex.fia.com.br/inscricao até 31 de maio. No final do processo, as participantes terão acesso ao mapeamento do clima organizacional gratuito e concorrem ao “Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar”, cujo resultado sai em agosto no UOL.


Dia da Mulher: quatro ideias para abordar a data com crianças pequenas

Divulgação

Ano após ano, o significado e a importância do Dia Internacional da Mulher vão se modificando e ganhando novas camadas. Dos aspectos mais protocolares às reflexões mais profundas, a data tem atualmente um sentido muito mais amplo que a simples celebração das virtudes femininas. Mas como trabalhar esse assunto tão complexo com as crianças mais novas?

Para a assessora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Tatiane Sprada, é fundamental estabelecer, desde cedo, um diálogo sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea. “Essa é uma oportunidade para que os familiares e professores possam enaltecer figuras femininas que fizeram e continuam fazendo história no mundo, mas não podemos esquecer que esse também é o momento de mostrar mulheres inspiradoras que estão próximas às crianças”, afirma. A especialista destaca, ainda, que não é preciso abordar essa temática apenas no Dia Internacional da Mulher. O ideal, segundo ela, seria transformar essas ações em atividades contínuas de valorização da mulher.


Mães, irmãs, avós

Uma das muitas maneiras de trabalhar ludicamente a relevância da mulher é trazer a conversa para exemplos próximos dos pequenos. Todos eles convivem com suas mães, tias, avós, irmãs, professoras. Por isso, uma das atividades possíveis é incentivá-los a falar sobre essas mulheres. O que elas fazem no dia a dia? Com que trabalham? Qual a importância que têm para o cotidiano dessas crianças? O adulto pode fazer perguntas como essas e deixar que os pequenos se expressem livremente, relatando seu relacionamento com as mulheres que os cercam todos os dias.

No entanto, a sociedade contemporânea tem uma grande diversidade na composição dos núcleos familiares. Por isso, é muito importante respeitar e acolher todas as crianças. “Principalmente em sala de aula, onde há maior diversidade, é necessário ter um cuidado para que as crianças respeitem a fala dos colegas - e mais importante ainda é acolher os que apontarem um homem em vez de uma mulher ocupando este lugar de referência”, destaca Tatiane.


Retratos afetivos

Um passo adiante nessa mesma atividade é, por exemplo, pedir que as crianças desenhem as mulheres com quem convivem. Enquanto elas utilizam lápis-de-cor, canetinhas e gizes-de-cera, o adulto deve estimular a reflexão sobre o papel que elas desempenham em casa, no trabalho, no grupo social. Quem são os amigos ou amigas delas? O que elas gostam de comer? Que tipo de música gostam de ouvir? Todos esses detalhes contribuem para que as crianças desenvolvam a compreensão de que essas mulheres são seres humanos completos e complexos, com seus próprios medos, vontades e objetivos.

Uma vez mais, é fundamental reconhecer e validar as experiências dos pequenos, conversando sobre os muitos formatos de família existentes. “O olhar atento e a escuta ativa do adulto são fundamentais para que o trabalho desta temática também respeite as crianças que não se sentirem à vontade em compartilhar seus sentimentos e pensamentos”, diz a especialista.


Me conta uma história

Muitas escolas de Educação Infantil têm como costume separar um momento do dia ou da semana para a contação de histórias. As crianças adoram e interagem com os enredos e as personagens, fazendo com que cada história se torne única naquele contexto. A ideia, então, é levar para a criança histórias reais de mulheres incríveis. Já existem, atualmente, coletâneas com essa característica especialmente pensadas para crianças. O adulto pode buscar essas coletâneas e contar as histórias, sempre incluindo a opinião dos pequenos na narrativa.

Depois, desenhos, músicas e outras representações artísticas daquilo que eles ouviram sempre são uma boa pedida. Peça para que eles reproduzam suas personagens ou histórias preferidas. Outra ideia é incluir toda a família nesse processo e pedir para que os pequenos contem aos parentes as histórias que ouviram e, juntos, desenvolvam um trabalho manual, como um desenho ou um cartaz, contando essas histórias.


Senhoras e senhores

Por fim, uma ideia mais ampla para trabalhar o Dia da Mulher é montar com as crianças uma peça de teatro narrando a vida de mulheres incríveis. Aqui, pode ser selecionada uma das histórias trabalhadas na atividade da contação de história. Cada um deles desempenha um papel da narrativa e os pais e responsáveis são a plateia.

 

Sistema Positivo de Ensino

 

4 livros para entender lutas e poderes das mulheres nos dias atuais

Literatura, feminismo e desafios se misturam nesta seleção especial da Disal para celebração do mês das mulheres

 

O espaço que as mulheres vêm conquistando é fruto de muitas batalhas, individuais e coletivas, e que foram travadas por anos, até séculos. Por isso, para celebrar o mês das Mulheres, em especial o Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, a Disal montou uma seleção literária que traz histórias que nos ajudam a entender as dores e as glórias de ser mulher, mesclando ficção, história, necessidades e diferentes visões de mundo.

Confira alguns títulos separados especialmente para entendimento deste cenário:

 

  • Mulheres e deusas – Renato Noguera

Obá, Afrodite, Eva, Naiá. Mulheres, deusas, mitos. Neste livro, o filósofo Renato Noguera apresenta aos leitores as histórias de divindades e personagens femininas nas culturas grega, iorubá, judaico-cristã e guarani, fazendo uma reflexão sobre o lugar das mulheres em diferentes sociedades, e como a mitologia ajuda a entender e manter os papeis de gênero.

Saiba mais:  https://cutt.ly/6AkD4tj 

 

  • Mulheres são como flores – Flávia Silva

Deus é o escultor de suas obras. E como um cuidadoso criador. Ele usa toda Sua criatividade para projetar em nós o melhor da Sua semelhança. E como um habilidoso especialista sabe a dose certa do remédio para nossas questões mais intocáveis. Ele age em todo trauma, dor e marcas que possam causar incômodo e tristeza. No jardim de Deus não há espaço para esterilidade, então deixe Deus te regar, mexer na sua terra e a perfumar como mulher preciosa e muito amada. Mulheres são como flores no jardim de Deus

Saiba mais: https://cutt.ly/HAkFliv 

 

  • A ciranda das mulheres sábias – Clarissa Pinkola Estes

Clarissa Pinkola Estés parte de um doce convite à leitora para que se acomode ao seu lado e deguste com ela a bebida que foi reservada para ´uma situação especial´, a fim de que possam conversar sobre ´assuntos que importam de verdade´ a duas mulheres, com a garantia de que ´aqui sua alma está em segurança´. Seduzida por uma linguagem terna, emocionante e poderosa, a autora apresenta os encantos deste ´arquétipo misterioso e irresistível da mulher sábia, do qual a avó é uma representação simbólica´ e que ´não chega de repente, perfeitamente formado e se amolda como uma capa sobre os ombros de uma mulher de determinada idade´. O aspecto mais sedutor do livro reside, justamente, na representação simbólica contida nas avós.

Saiba mais: https://cutt.ly/FAkFKWd 

 

  • Mulheres têm a forca – Tiffany Reese

 Assuma o controle da sua vida: este é o guia da mulher poderosa. Como a gente aprende a se amar verdadeiramente, ir atrás dos nossos sonhos e viver o momento presente? Como, se às vezes até chegar à sexta-feira já é uma luta? "Mulheres têm força" é um guia prático, divertido e ricamente ilustrado, elaborado com todo o bom-humor de Tiffany Reese, para nos ajudar a dar conta de tudo isso: da carreira aos relacionamentos pessoais, passando pela saúde mental, imagem corporal e muito mais. Lembre-se: você é poderosa e nunca é tarde demais para libertar o seu eu incrível.

Saiba mais em: https://cutt.ly/RAkF7Mb

 


Disal Distribuidora

 www.disal.com.br


IoT: recriando a experiência do usuário em um mundo conectado

Vivemos em um mundo instantâneo, em que as pessoas buscam conveniência na utilização de serviços e produtos, de forma a obter o que desejam com mais velocidade, menor esforço e deslocamento físico possível. O digital reina em nosso dia a dia, e a tendência é que isso se intensifique ainda mais com a chegada do 5G ao Brasil, possibilitando colocar em prática uma série de tecnologias, como a Internet das Coisas (IoT).

É possível prever que os dispositivos conectados à internet se farão ainda mais presentes em diversos setores, mas, principalmente, em áreas que envolvam consumo e experiência do usuário, demandando a aderência, inclusive, no campo de atendimento ao consumidor.

Um estudo da McKinsey Global Institute indica que o segmento de IoT no Brasil deve registrar um impacto econômico anual entre US$ 50 bilhões e US$ 200 bilhões em 2025.

Casas inteligentes com dispositivos (cortinas, ar-condicionado, TV, luzes, entre outros) respondendo ao um comando de voz, a Indústria 4.0, soluções para Smart Cities em coleta seletiva, pagar usando seu Smart Watch, são alguns exemplos de como a IoT já está presente em nossas vidas.

No Varejo IoT pode ser aplicado no “Marketing de Proximidade”. Mais de 75% dos 20 maiores varejistas dos EUA já implementaram o marketing de proximidade de uma forma ou de outra em suas lojas. O marketing de proximidade segue uma abordagem proativa e não reativa para alcançar os clientes e envolvê-los quando estiverem mais próximos da marca. A Macy's, uma grande rede de lojas de departamentos americana, usa semáforos mais próximos de suas lojas para enviar notificações de ofertas ou descontos a clientes que estiverem passando por perto, alavancando a receita destas lojas.

Marcas têm buscado cada vez mais disseminar o uso de IoT nos seus serviços e produtos, pois perceberam que o nível de engajamento dos consumidores ao uso desta tecnologia é excepcional e é este nível de engajamento que os tornam mais fiéis às marcas.

Com a redução do tempo de diagnóstico de falhas e do atendimento, a longo prazo, a aplicação de IoT é capaz de trazer uma série de oportunidades e benefícios para as empresas que buscam ampliar a satisfação dos clientes e, assim, fidelizá-los com uma maior conversão de vendas. Elevar a experiência e o relacionamento com o consumidor para outro patamar tem como vantagem não apenas o incremento no faturamento, mas também a melhora da reputação de marca.

Criar caminhos para atender a todas as necessidades dos clientes e proporcionar satisfação no serviço prestado é o que irá trazer excelência na experiência oferecida. Como a Internet das Coisas consegue tornar a distância geográfica algo irrelevante, ela permite que o alcance do atendimento tome proporções maiores e atinja regiões antes inimagináveis, aumentando a área de atuação das empresas. Estamos em um mundo em que não existem mais fronteiras. As linhas que as demarcavam se tornaram invisíveis graças à internet. Com a chegada do 5G, a velocidade da conexão certamente vai gerar mais oportunidades para recriar a experiência do cliente.

 


Fernando Martins - gerente Comercial na Necxt, empresa do Grupo Stefanini


A importância do Apostilamento de Haia

O Apostilamento de Haia é um assunto muito importante e que merece atenção. Mas, infelizmente, muitos ainda desconhecem o tema

 

Desde 14 de agosto de 2016, está em vigor, no Brasil, o Apostilamento de Haia, que veio para  desburocratizar o reconhecimento mútuo de documentos entre os países que fazem parte da Convenção.

Atualmente, mais de 100 países são signatários da Convenção de Haia, logo, se o seu país está no rol de membros, o Consulado do seu Estado está impossibilitado de legalizar qualquer documento estrangeiro. Isso quer dizer que, para que os seus documentos tenham validade no exterior, obrigatoriamente, eles deverão ser apostilados pela autoridade competente.

Ressalto que os Estados Unidos da América, destino mais procurado pelas pessoas, é um dos países-membros da Convenção da apostila, sendo assim, para que um documento brasileiro seja utilizado em solo americano, desde 2016, ele precisa estar apostilado, valendo a mesma regra para os documentos norte-americanos.

Ao apostilar um documento, a autoridade competente colocará um selo ou carimbo, certificando a autenticidade do documento e tornando-o válido, em outros países. Essa autenticidade, no Brasil, pode ser conferida no CNJ, no link https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/validacao-de-apostila/

O processo é semelhante ao reconhecimento notarial de documentos existentes no Brasil.

Na prática, o requerente deve reconhecer a assinatura da pessoa, da função ou do cargo, quando cabível, no tabelionato de notas no Brasil e, depois disso, deve encontrar um tabelionato que faça o apostilamento, podendo conferir os cartórios habilitados para realizar este serviço no site do CNJ. https://www.cnj.jus.br/poder-judiciario/relacoes-internacionais/apostila-da-haia/cartorios-autorizados/

O mais interessante é que a Apostila de Haia não tem prazo de validade e também não prolonga a validade do documento, estando esta condicionada ao documento e não ao apostilamento.

A Convenção permite o apostilamento de documento como a tradução pública, documentos notariais, administrativos, declarações oficiais e documentos originados de uma autoridade, porém, é comumente utilizado para casamentos, seja de estrangeiro no Brasil ou de brasileiro no exterior. Além disso, é possível apostilar todos os documentos necessários para a realização do casamento.

A apostila também é usada para os contratos havidos entre as empresas norte-americanas que contratam funcionários, no Brasil. Este contrato só terá validade, mediante a tradução juramentada, que depende do apostilamento.

Os estudantes que pretendem passar uma temporada estudando no exterior podem se valer do apostilamento, seguindo o mesmo trâmite.

Vale lembrar que o apostilamento está ao alcance de todos e os valores variam de Estado para Estado, custando em média 70 reais, por documento.

Então, para evitar problemas e transtornos, antes de viajar para o exterior você deve apostilar seus documentos brasileiros, pois eles só podem ser apostilados nos cartórios brasileiros e a ausência da apostila o invalida no exterior.

A mesma regra é adotada para os estrangeiros que desejam validar seus documentos no Brasil.

Sabemos que milhares de brasileiros residem no exterior, então, ainda que eles não tenham apostilado seus documentos antes de sair do país, existem empresas e profissionais habilitados para realizar esse serviço, incluindo os Estados Unidos.

A Convenção de Haia veio para facilitar a vida dos imigrantes e daqueles que estão fora do seu país por um período, pois, um cidadão americano, por exemplo, não precisa voltar ao país de origem para validação de documentos, basta que ele contrate a assessoria de um advogado no país onde se encontra.

Resumindo, o apostilamento ainda é um universo desconhecido para muitas pessoas, porém, de extrema importância para tornar válido os documentos a serem utilizados no exterior.

 

Katiusci Morais Dias - advogada especializada em Direito Imobiliário, Contratos e Responsabilidade Civil.


sexta-feira, 4 de março de 2022

Gordofobia: No Dia Mundial da Obesidade, Vanessa Sap, critica o peso do peso emocional e a preocupação com o peso alheio

O Brasil é referência mundial em legislações que combatem a gordofobia. O tema vira livro de ficção pelas mãos de Vanessa Sap, com direito a trilha no Spotify (de Edith Piaf à Noel Rosa), e nos próximos meses se converte em série na Netflix


Um em cada cinco brasileiros estão com sobrepeso, segundo os dados do Ministério da Saúde. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já afirma que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde a ser enfrentado. Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade.

No Brasil, essa doença crônica aumentou 72% nos últimos 13 anos, saindo de 11,8% em 2006 para 20,3% na última pesquisa. Esses números aqueceram a balança, mas não diminuem o preconceito. O levantamento realizado pela Skol Diálogos observou que 92% dos brasileiros dizem ter preconceito contra a pessoa gorda, mas destes, apenas 10% assumiram que são realmente gordofóbicos.

No mercado de trabalho, o peso também pesa no momento da contratação. 92% dos brasileiros afirmam sofrer gordofobia no convívio social. Os dados do Grupo Catho revelam que 65% dos executivos preferem não contratar pessoas obesas. E os números não param por aí. Em um mercado de trabalho que paga mais para empregados magros cada ponto do IMC (Índice de Massa Corporal) equivale à perda de R$92 por mês.

Para combater a gordofobia, o Brasil tem se empenhado na aprovação de legislações de proteção legal de pessoas acima do peso. Segundo a Constituição Federal, a discriminação pode ser interpretada como assédio moral e, em casos de humilhação, as ofensas podem ser interpretadas como injúria e crime contra a honra, previsto no Código Penal.

Fora da lei, o tema muda de página e vira livro. É nesse neste cenário que o livro "Temporada 1", da autora Vanessa Sap, ganhou espaço nas prateleiras com a questão universal: O peso do seu peso pesa?, uma obra que vai virar, em breve, série da Netflix.

A ficção acontece no Centro de Emagrecimento Ingatori, durante a derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. Durante a goleada alemã de 7X1, o médico é assassinado e aí começa o mistério, pois todos que estavam presentes têm motivos e “pesos” para cometer o assassinato.

“Quem matou Dr. Vitorio Ingatori? O mistério vai render várias “temporadas”. Para quem gosta da série americana Lost, o livro é um achado. A autora usou o mesmo formato, porém com algumas modificações. “Ao invés do mistério se iniciar com a queda do avião, o suspense que une todas as tramas no livro surge só no ultimo capitulo”, explica. Agora, quem desembarcou no do final da série americana, vai poder viajar novamente na “Temporada 1”, que deverá ser produzida pela Netflix.

A viagem será com direito a trilha sonora. Cada capítulo conta uma história com "música- título". A playlist, com código do Spotify, está nas primeiras páginas e tem estilos variados. Rimsky-Korsakov, Bellie Holiday, além de Jimmy Cliff, Madonna, Amy Winehouse, Jimi Hendrix, Mercedes Sosa, Metallica, Noel Rosa, Edith Piaf, Sidney Magal e muitos outros dão vida aos dramas dos personagens.

A capa do livro esboça um espelho quebrado. “Como se a bola de futebol espatifasse a imagem em que a sociedade se enxerga e deixasse em cacos as diversas tentativas frustradas, por alguns personagens, em recuperar a autoestima com emagrecimento, através de inúmeros métodos tradicionais ou alternativos da medicina”, explica Sap, ao informar que a moldura do espelho da capa do TEMPORADA 1 é de cobre; as continuações serão prata e ouro “, finaliza a autora, ao enfatizar que o livro deriva de um ativismo por uma sociedade sem pressão sobre o peso alheio. “Quem quiser que fique magro. Muito magro. Quero poder ser gorda. Muito gorda”, brinca a autora, que já arranca elogios pelo estilo de escrita de Danuza Leão, ao usar uma linguagem sofisticada e palavras de outra época.



SERVIÇO DO LIVRO

Editora Labrador
Idioma:
Português
N
úmero de páginas: 132 páginas
Link para a compra na Amazon:
https://url.gratis/qGgeiM
Link para ouvir a playlist ambientada e feita especialmente para o livro:
https://url.gratis/EYwW49
Rede Social – Vanessa Sap
https://url.gratis/mcdftJ
Editora Labrador -
https://url.gratis/N5qkNj
Instagram - @vanessa_sap_oficial

Atletas sem preparo emocional, tendem a apresentar problemas de performance em momentos cruciais

Lincoln Nunes, psicanalista e preparador mental para performance esportiva, explica a importância da saúde mental em carreiras de sucesso

 

Ser atleta significa ter comprometimento com longas horas de treino, torneios e lidar com expectativas e pressões que podem chegar a níveis inimagináveis. Por isso, além de todo o preparo físico essencial da carreira, é necessário ter cuidado com a saúde mental, não só por questões emocionais, mas também porque ela influencia diretamente no desempenho esportivo desses profissionais.

 

De acordo com o psicanalista e preparador mental para performance esportiva, Lincoln Nunes, não é incomum que atletas de alto rendimento apresentem problemas de desempenho justamente em momentos considerados cruciais ou o “auge” de suas carreiras. “Quantos atletas são leões de treinos e se tornam gatinhos nas competições?”, compara o especialista.


Para ele, um atleta sem preparo mental e que não possui autoconhecimento, nem mesmo tem as ferramentas necessárias para controlar suas emoções em competições importantes. “O atleta que não consegue lidar com as suas crenças e emoções, naturalmente, não terá recursos para acessar e utilizar em momentos de decisão”, pontua.

 

Ou seja, é como se em um momento de maior pressão, haja uma predisposição de não conseguir colocar para fora todo o talento que foi lapidado durante os treinos. “Se eu pedir para você falar japonês agora, se você não tem o conhecimento da língua, você não vai conseguir falar. Não é possível colocar em prática um conhecimento que não existe dentro de si”, explica o psicanalista.

 

Logo, o sucesso esportivo é resultante de uma união de trabalhos externos e internos. “Não adianta o atleta dar tudo de si sem ter mente e corpo alinhados, a preparação se dá em todos os âmbitos em que se for possível”, alerta. “Resultados são consequência de um balanço ideal em qualquer nível de preparação”, afirma Lincoln Nunes. 

 

 

Lincoln Nunes - Criador do Método Atleta de Elite, psicanalista e especialista em performance esportiva. Com inúmeros cases de sucesso, Lincoln Nunes já atendeu atletas olímpicos como Guilherme Costa, estrelas do futebol europeu e nacional como Philippe Coutinho, Artur Victor, e Pedro Rocha e lutadores do UFC como Pedro Munhoz, Edson Barboza Jr, dentre outros.


Especialista dá dicas de como dar a volta por cima após cancelamento nas redes sociais

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Camila Silveira diz que é necessário assumir os erros

 

Não é apenas quem participa de um reality show, como o BBB, qualquer pessoa pública, e até empresas, está sujeito ao "cancelamento" nas redes sociais. E quem é cancelado qual o comportamento deve ter? A especialista em redes sociais Camila Silveira avalia que é necessário expor que aprendeu a lição.

"Primeiramente vale lembrar que, hoje, todos nós fazemos parte do grande “BBB” da vida real. Estamos sujeitos a cancelamentos, julgamentos, seguidores que amam e após um tempo não conseguem ouvir, um entra e sai de pessoas a todos os momentos, porque independente dos produtos comercializados a imagem e os valores compartilhamos através dela é o que movimenta as redes sociais e proporciona resultados. Vale pensar que não correr este risco neste momento é sem dúvidas um prejuízo muito maior uma vez que temos neste momento mais contas de redes sociais que população. A formação inicial da sua base de seguidores pode diminuir a chance e o perigo de haver cancelamento, por normalmente ser um grupo de pessoas que de maneira geral compartilham dos mesmos valores, assim sendo, se ocorrer o cancelamento medidas de reconstrução da imagem podem ser eficazes de uma forma de conscientização e expor o aprendizado obtido. Construir uma imagem leva anos mas desconstruir segundos, onde o tempo nesta reparação é fundamental unido a um trabalho intenso de exposição e reafirmação da lição aprendida, podemos exemplificar o caso de Mayra Cardi e o atual BBB Artur que mesmo após um cancelamento, dentro da exposição e reconhecimento de seu erro está entre os favoritos para vencer o prêmio deste ano, e é visível o trabalho intenso de sua atual esposa nesta reconstrução ao seu lado sem medo de enfrentar a exposição e reconhecer que podemos recomeçar e voltar com muito mais força que antes", pondera.

Quem está passando por cancelamento ou sofrendo fortes críticas na internet, acaba restringindo os comentários nas postagens. Camila diz que é uma medida útil. 

"As redes sociais são públicas, mas não precisam ser um território descontrolado e de ofensas. Recursos existem para serem utilizados e colocar limites mesmo de uma forma superficial. Todas as maneiras que lhe tragam segurança nesta exposição devem ser utilizados", avalia.

Depende muito do cancelamento, dentro de uma realidade de conceitos atuais e arrependimento sincero, o "cancelado" pode ter uma segunda chance.

"São pessoas e podem dar até mais chances. Lembrando sempre que em um coletivo de pessoas existem diversos entendimentos e olhares sob a mesma situação, onde não agradar todos faz parte do processo da seleção natural de pessoas que vão estar em sua “comunidade” e compartilhar de suas opiniões mesmo que sofram alterações no percurso da evolução até mesmo incluindo a ferramenta principal que pode ser o erro", avalia.

E não são apenas pessoas que são canceladas, marcas também podem sofrer com a Cultura do Cancelamento. Camila diz que a empresa precisa agir rápido para tentar reverter o viés negativo inflamado pelas redes sociais.

"O tempo nas redes sociais sempre é muito curto, então de maneira rápida é necessário expor publicamente o ocorrido, lembrando que todo colaborador deve ser monitorado por um líder e cada um dentro deste quadro deve assumir sua responsabilidade preservando e expondo o conceito da empresa, omitir ou demorar neste processo pode ser fatal para a marca", argumenta.

A especialista pontuou questões sobre a Cultura do Cancelamento e deu dicas de como lidar com essa situação.

"Erros, frases que antes não pensávamos e que hoje precisam ser reavaliadas fazem parte de um novo mundo, onde traumas, bullying e outras dores antes normais começam a ganhar voz. Assumir os erros também faz parte deste novo mundo com um olhar crítico e minucioso a comportamentos que antes eram aceitáveis, sendo a única forma definitiva de cancelamento a omissão e a falta de adaptação a uma evolução necessária. Uma comunicação criada de formas rápidas dentro de núcleos que não conhecem seus princípios, e não compartilham de suas ideias, ser autêntico e respeitar o tempo desta construção ou reconstrução se for necessária será mesmo a chave mestra para a proteção de sua imagem. Saber ser extremo com injustiças ao lado de sua “tribo” também será uma grande ferramenta", finaliza.


Mês da Mulher- Empreendedorismo Feminino

Empresária e mentora em liderança feminina ajuda mulheres a empreenderem por meio da autoconfiança inabalável 

Mentora em Carreira & Liderança, Gisele Miranda há 25 anos auxilia mulheres a despertarem 100% do potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história;

ela já qualificou cerca de 1000 mulheres durante sua trajetória, e defende que a “chave” para o sucesso ao abrir um novo negócio é ter “fé cega” e 100% de autoestima

Que empreender não é uma tarefa fácil não é novidade para ninguém. Muito já se falou, e ainda se comenta, sobre o árduo “caminho das pedras” para alcançar o sucesso em um novo empreendimento - como a importância de um plano de negócios bem estruturado, gastos bem calculados e uma gestão adequada. Mas será que existe outro fator envolvendo a trajetória empreendedora, que vá “além” do bom e velho “arroz com feijão”? 

Para a Mentora em Carreira & Liderança Feminina Gisele Miranda a resposta é sim, pelo menos no que se refere ao empreendedorismo feminino. “Claro que as dicas como traçar um planejamento financeiro eficiente, estudar o mercado em que se irá atuar, investir em gestão e traçar metas realistas, com prazos para batê-las, sempre foram e continuam a ser importantes e muito válidas”, pondera ela, que também é palestrante e autora do livro “A coragem de se apaixonar por você” (2021). 

“Mas, no que diz respeito à mulher empreendedora, pela minha experiência de 25 anos auxiliando e atuando como mentora de mulheres, posso dizer sem medo de errar que existe um ‘ponto-chave’ que precisa ser trabalhado: a autoconfiança. Historicamente, nós, mulheres, não fomos criadas para acreditarmos em nós mesmas e em nosso potencial, ainda mais quando se fala de criar algo novo, praticamente do zero. Por isso, a mulher que decide empreender precisa investir na auto-estima, na confiança em si mesma, antes de enveredar por um caminho tão desafiador quanto é empreender. É uma rotina árdua, sim, porém ao mesmo tempo prazerosa, e com a rica possibilidade de crescimento. E que não levará ao tão almejado sucesso se a autoconfiança não estiver de acordo”, defende a empresária.  

Gisele explica que, quando perguntam o que diferencia um negócio de sucesso de outro que não deu certo, ela costuma responder que é a “fé cega” naquela ideia. “Sempre digo que, para um negócio vingar, é fundamental que quem o criou acredite nele de olhos fechados, sem titubear nunca, e defenda a ideia custe o que custar. Se nem mesmo quem inventou o negócio acreditar nele, quem o fará?”, questiona ela.  

No caso das mulheres, ela destaca que a questão da autoconfiança é tão importante quanto, ou até mesmo mais crucial do que a “fé cega”. “Hoje já está comprovado que a auto-estima é a maior aliada no mundo do trabalho, pois um profissional que se valoriza sente-se mais seguro para se expressar, dar ideias, se posicionar e defender seus argumentos e durante uma reunião”, exemplifica Gisele.  

Uma pesquisa recente da Universidade da Flórida demonstrou que a autoestima não apenas torna a pessoa mais segura e colabora para o sucesso profissional como também pode fazer crescer a conta bancária. Isso porque, de acordo com o estudo, profissionais com a autoconfiança elevada recebem salários até 4 vezes maiores em comparação com os que não são tão autoconfiantes.  

“Se isso já acontece no ambiente corporativo, no que se refere a colaboradores de uma empresa, imagine o peso que a auto-estima tem para uma empreendedora?”, questiona a empresária e autora. “Sem dúvida é um fator determinante para o futuro daquele negócio em questão, e para qualquer outro daquela pessoa”, avalia Gisele.

 

“Segredo” para o sucesso? 

Mas, afinal, existe uma “fórmula” para o sucesso de um negócio. Para Gisele, com certeza não. “Não acredito que exista essa receita, se existisse, seria tudo muito fácil, seria apenas seguir esse modo de fazer e agir, mas na prática sabemos que não é assim que funciona. Não existe fórmula, e nem a autoestima tem esse poder”. 

Estudos apontam que, no Brasil, 60% dos empreendimentos “fecham as portas” em um prazo de até cinco anos. “Costumo dizer que o primeiro passo para um bom negócio é que ele seja uma solução eficiente para o problema que o cliente tem. Se ao menos 1 em 1000 pessoas estiver em busca dessa solução agora, então a empresa está no caminho certo para se tornar um grande negócio”, ensina Gisele. 

No entanto, na visão da autora, o sucesso, na grande maioria das vezes, será uma jornada de acertos e erros a ser vivenciada no dia a dia. “Com o passar do tempo, é possível aprender cada vez mais sobre o cliente, suas necessidades, a gestão de custos, o marketing, e outros elementos que fazem parte da rotina empreendedora. Ou seja, o sucesso não é algo em si, e sim uma construção”, afirma. 

“Sempre digo que o lucro deve ser visto como uma consequência de uma jornada empreendedora bem realizada. É necessário investir tempo e dedicação, por isso, escolher algo que não gosta ou não se identifica, por exemplo, aumenta - e muito- as chances de fracassar. Some-se a esses fatores a falta de “fé cega”, ou seja, a incerteza sobre a viabilidade do negócio e a baixa auto-confiança, e se chegará à verdadeira ‘receita’ para o insucesso. É isso que se deve evitar, e não buscar uma única forma de trilhar um caminho que é único e muito particular”, finaliza a autora.

 

Gisele Miranda - Mentora de Carreira & Liderança Feminina, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente).

Como auxiliar uma criança a superar o bullying

Divulgação / MF Press Global
Lucas Briquez, diretor administrativo da escola Teia Multicultural, explica as melhores formas de ajudar os pequenos a superarem os traumas

 

O bullying é um problema que está presente nas escolas de todo o mundo há muito tempo, porém, somente na idade contemporânea recebeu uma denominação e começou a ser amplamente debatido na sociedade. Atualmente, muitas escolas já adotam políticas anti-bullying e tentam conscientizar os alunos sobre as consequências da prática, mesmo assim, o problema continua acontecendo.

 

O bullying não é caracterizado apenas por agressões físicas, mas também por perseguições psicológicas e emocionais repetitivas. Há, inclusive, uma versão modernizada, na qual os alunos são importunados mesmo após o período escolar, em casa: o cyberbullying. Tanto transtorno pode causar inúmeros problemas emocionais para as crianças e esse trauma pode ser difícil de superar sem o auxílio adequado. De acordo com Lucas Briquez, diretor administrativo da escola Teia Multicultural, não é raro receber alunos extremamente machucados provenientes de outras escolas. “Além de todo tipo de dificuldade que as crianças podem enfrentar em suas relações com seus pares, os adolescentes ainda são prejudicados pelas redes sociais, que além de serem extremamente viciantes, mexem profundamente com a autoestima das pessoas”, explica.

 

Por isso, o diretor acredita que uma das melhores formas de auxiliar na superação de um trauma anterior é trabalhar no fortalecimento e na promoção da autoestima. “O desenvolvimento da autoestima está diretamente conectado ao ambiente escolar e as experiências vividas ali dentro. Pode não parecer, mas ter uma autoestima bem desenvolvida pode ser crucial para alcançar metas futuras”, afirma.

 

Lucas detalha que, no ensino tradicional, o fator motivador do processo de aprendizado é o medo, sentimento que também está presente nos casos de bullying, por isso, é importante gerar uma alteração nesse ciclo para fortalecer os alunos afetados. “Valorizamos o desenvolvimento da autoestima, para que reconheçam seus pontos fortes e também reconheçam suas dificuldades, para aprenderem a lidar com essas características a fim de aprimorarem-se como seres humanos”, opina.

 

O educador destaca que este é um trabalho a ser realizado em conjunto, onde escola e familiares têm papéis fundamentais e decisivos quando combinados. “É difícil para os pais perceberem as marcas que o bullying deixa nos filhos, porém, é preciso preparo emocional para saber lidar com a situação de uma forma que a maior beneficiada seja a criança”, pontua.


Gaslightting: a violência através da manipulação

Gaslightting é um tipo de violência psicológica que tem como vítimas, na maioria dos casos, as mulheres. Entretanto, alguns homens também podem ser vítimas desse tipo de violência. Infelizmente, as estatísticas mostram que é pouco provável que uma mulher, no decorrer de sua vida, nunca tenha sido vítima de Gaslightting, seja no âmbito familiar, em uma relação afetiva, no ambiente laboral ou em outro meio social frequentado.

 

O Gaslightting baseia-se, essencialmente, em obter controle sobre os demais através de táticas de persuasão para diminuir a autoestima da vítima. Na medida em que a vítima vai aceitando o comportamento manipulativo, o nível de manipulação vai aumentando gradativamente.

 

Os Gaslighters são as pessoas que cometem o Gaslightting, podendo ser praticados por homens e mulheres. Alguns são fáceis de identificar, enquanto outros desafiam uma percepção mais aguçada e possuem uma série distinta de comportamentos. O que todos têm em comum é a manipulação enquanto estilo de vida para obter controle sobre os demais, tirando o equilíbrio emocional da pessoa e fazendo com que ela se questione sobre a sua própria realidade.

 

Exemplos de comportamentos assim podem ser citados: o namorado extremamente controlador e ciumento, mas que envolve a parceira por ser charmoso e autoconfiante, fazendo com que a namorada acredite que o ciúmes é prova de amor; o assediador que culpa a vítima por uma violência cometida contra a mesma, dizendo que ela foi a causadora da situação, e/ou que está “maluca” e enxergando coisa onde não existe; o chefe que sempre dá um jeito de levar o crédito pelo trabalho que você faz, ou, então, que tenta invisibilizar – de forma direta ou velada – a sua competência técnica, fazendo com que você se questione se realmente é uma boa ou bom funcionário; o presidente de uma empresa que atormenta e intima os seus subordinados, jogando um contra os outros para desviar a atenção do seu próprio comportamento antiético no trabalho.


 

Discórdia e coleta de dado: sim, eles vão além

 

Outra tática comum dos Gaslighters é coletar informações fornecidas pela própria vítima e, posteriormente, utilizá-las contra elas de forma a prejudicá-las. Eles tratam a vulnerabilidade da vítima como uma fraqueza a ser explorada e, em muitos casos, espalham boatos a respeito das vítimas para enfraquecê-las emocionalmente. Causar discórdias entre as pessoas é algo que atende muito bem a necessidade que eles têm de dominar e controlar, pois, assim, eles fazem com que as pessoas concordem com eles, maculando o caráter da vítima, evitando o confronto direto e evitando as responsabilidades por suas ações.

 

Um exemplo corriqueiro desse tipo de conduta é quando a mulher, vítima de algum tipo de violência, decide procurar ajuda e denunciar o que está acontecendo. Ao invés de ser acolhida como deveria, o seu discurso é desqualificado e desacreditado, além de ser acusada de estar expondo o seu agressor (que pode ser uma pessoa ou uma instituição). A vítima, então, se torna algoz. Ela sofre um processo de revitimização, se sente acuada e não sabe mais para quem recorrer pedindo ajuda. Os perpetradores da violência usam o Gaslightting como maneira de convencer as vítimas de que elas estão loucas, aumentando o ciclo de violência que pode levar à depressão e, em alguns casos, ao suicídio. Para evitar esse tipo de situação, está a importância da capacitação adequada dos profissionais que atendem vítimas de violências.  

 

No âmbito doméstico, familiar e afetivo, o Gaslightting cometido contra a mulher pode configurar violência psicológica a atrair a incidência da Lei Maria da Penha. Caso tal fato ocorra contra a vítima mulher em outro ambiente, pode configurar o crime de violência psicológica contra a mulher previsto no artigo 147-B do Código Penal.

 

Se você é vítima de Gaslightting, não hesite em procurar ajuda!


 

 

Flávia Albaine -  Graduada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialista em Direito Privado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Mestra em Direitos Humanos e Acesso à Justiça pela Universidade Federal de Rondônia com pesquisa no tema sobre atuação estratégica da Defensoria Pública em prol da inclusão social de pessoas com deficiência.Fundadora e coordenadora do Projeto Juntos pela Inclusão Social em prol das pessoas com deficiência e das pessoas idosas. Coautora de livros sobre os direitos das pessoas com deficiência. Palestrante. Autora de artigos acadêmicos e artigos de educação em direitos sobre os direitos das pessoas com deficiência e direitos dos idosos.


Dia Internacional da Mulher: O verso e o reverso da mulher virtuosa dos tempos modernos

Fico imaginando como vivia Eva no início da existência do Homem! Feliz no Paraíso, a tranquilidade reinava naquele lugar. A natureza exuberante e a intimidade com os animais fazia parte da rotina daquela mulher que, ao lado de Adão, usufruía de intensa harmonia e companheirismo! Pelo menos é isso que eu imagino. Confesso que tento me colocar no lugar dela e tenho dificuldade! Quando volto os meus pensamentos para a mulher moderna, a tranquilidade sai de cena e, como flashes, surgem em minha mente uma série de responsabilidades que deixam bem longe a aparente passividade dos séculos passados e me deparo com a ansiedade da mulher do século XXI.

Após a revolução dos sutiãs, a mulher vem conquistando espaços muito além do que ela própria conseguiria imaginar. Nos diversos setores da economia, a “matéria prima” feminina é maioria, mas o sonho de construir uma família permanece. E, por obra da natureza, a tarefa da procriação não pode ser delegada aos homens! Assim, começa a árdua tarefa de conciliar papéis. A vida moderna e o avanço tecnológico trouxeram muitas facilidades, mas, no pacote, vêm também a falta de privacidade e a necessidade de estar sempre conectada a tudo e a todos. Na ânsia de conquistar uma carreira bem-sucedida ou uma condição de poder, muitas mulheres têm deixado de lado sonhos singulares. As que decidiram buscar seus sonhos singulares questionam se fizeram a escolha certa. E, ainda nesse cenário entra a condição do homem, aquele que desde os primórdios tem o papel de desbravar a selva de pedra e ser o sustentador da família, dos negócios, da sociedade, mas, hoje, com o novo perfil da mulher, muitas vezes sente-se acuado e preterido! E muitas mulheres também têm que administrar isso!

Certa vez, durante uma entrevista, uma jornalista visivelmente admirada com a minha postura de mulher independente e bem resolvida, decidiu “investigar” qual o caminho das pedras para eu ser boa mãe, boa profissional, boa filha, boa esposa, boa amiga... E, quando ela ia enumerar mais alguns itens da suposta “boa conduta feminina” eu a interrompi e falei: “Pode parar! Eu não consigo ser boa em tudo. Isso é um mito. O que eu aprendi da vida e coloco em pratica é que quando se é boa em algumas coisas, a qualidade se amplia! Eu não sou perfeita em tudo, mas procuro investir o melhor de mim em cada momento.” E isso é um fato!  Observo que a mesma coisa acontece com o aspecto negativo. Se a mulher é péssima motorista, péssima cozinheira e tem o seu guarda-roupa sempre desorganizado, logo as pessoas passam a rotulá-la como péssima mãe, péssima esposa, péssimo exemplo. Vejo isso como uma espécie marketing associativo. 

O rótulo de que mulher moderna sabe e pode tudo é um mito que a sociedade tem feito muita gente engolir, mas não diz respeito à realidade. Tem muita gente padecendo as amarguras dessa visão e tem se tornado crescente uma angústia generalizada para as mulheres e, também, para os homens. As mulheres têm se cobrado demasiadamente o tempo todo: tem que ser a melhor profissional, tem que ter um filho e tempo para brincar com ele, tem que ser bonita e elegante, ter nádegas durinhas, barriga tanquinho e seios empinados, tem que acompanhar a moda, ser excelente amante, companheira, amiga, esposa, mãe, filha! Ufa! Querer ser boa em tudo também cansa!

O fato é que a mulher não mudou os seus papéis. Ela vem acumulando diversos outros e nenhum ser humano consegue ser excelente em tudo ao mesmo tempo. É importante considerar isso para encarar a vida de forma mais descontraída e menos complicada. Cá para nós, você quer ser melhor em que? A resposta a essa pergunta faz total diferença. Se a própria mulher não tem clareza do que ela quer para a sua vida, imagine com fica a cabeça dos homens para entendê-las! Por isso vivemos em um clima de guerra dos sexos!

Não se pode ter tudo, mas é possível conquistar o melhor naquilo que escolheu. Realizada em um ponto, ajusta-se os desejos secundários, mas não menos importantes. Administrar as demandas tem a ver com equilíbrio, autoconhecimento e definição de autorrealização. No filme “De pernas para o ar 2”, a workaholic Alice (interpretada por Ingrid Guimarães), fica enfurecida porque o marido conhece uma mulher perfeita: bonita, mãe presente de cinco filhos, bem-sucedida profissionalmente, dona de casa exemplar e, por aí vai! Intrigada, ela segue ao encontro da super, hiper, mega mulher e pergunta como ela consegue ser tão perfeita em tudo.  A resposta foi simples e direta: “Eu não tenho marido!”. Disso tudo, eu tiro três conclusões: Eva nasceu no tempo certo e a realidade da mulher moderna é bem diferente. A segunda é que não existe certo ou errado e sim resultado de uma escolha. A terceira é que todas as nossas escolhas devem ser feitas a partir de nossos próprios parâmetros e não com base no que consideramos realidade na vida do outro. Quais as escolhas que você tem feito para a sua vida? Qual é a prioridade das suas realizações? Ter de forma clara e bem resolvida essas questões faz total diferença na vida da Super Mulher que desejamos ser! Pense nisso!

 


Leila Navarro - palestrante motivacional com reconhecimento no Brasil e no Exterior. Autora de 16 livros, entre eles, “Autocoaching de carreira e de vida”, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise”, “A vida não precisa ser tão complicada”, “O poder da superação”.

Instagram: @leilanavarrooficial


Março é o mês delas na ViaQuatro, ViaMobilidade e ViaMobilidade Linhas 8 e 9

 Concessionárias responsáveis pelas linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos homenageiam o mês da mulher com ações de empoderamento, memória, brindes e muito chocolate


Em celebração ao 08 de março, Dia Internacional das Mulheres, as concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade promovem diversas exposições e campanhas nas linhas 4 e 5 de metrô e 8 e 9 de trens metropolitanos. São iniciativas que dão luz à luta e às conquistas das mulheres por segurança e equidade de direitos ao longo da história.
 

Durante o mês, as mostras fotográficas trazem o protagonismo de mulheres comuns, o legado da sambista Dona Ivone Lara, histórias de mulheres no Rugby, entre outras. Já no dia 08, também haverá a distribuição de livros escritos exclusivamente por autoras, das 11h às 13h, na Estação Butantã. Na Estação Largo Treze (Linha 5-Lilás), das 13h às 15h, serão distribuídos folhas para infusão de chá produzidos por agricultoras da região de Parelheiros, juntamente com folhetos, botons e cartões informativos sobre como prevenir a violência contra a mulher.  

Nas estações Vila Olímpia (Linha 9-Esmeralda), Oscar Freire (Linha 4-Amarela) e Largo Treze (Linha 5-Lilás), das 10h às 15h, também serão distribuídas mais de 15 mil barras de chocolates, em parceria com a marca Hershey's.

Todas as ações do dia terão o acompanhamento constante da equipe de Sustentabilidade das concessionárias para garantir as normas e recomendações sanitárias contra a Covid-19.  

Para Juliana Alcides, Gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade, o mês de março é uma reiteração do papel fundamental que a mulher desempenha em nossa sociedade. “A programação especial do mês e do dia 08 é um gesto de sororidade e agradecimento a todas as nossas colaboradoras e passageiras que nos ajudam a construir um futuro melhor para todas e todos”.


 

Serviços: 
Distribuição de livros escritos por mulheres - das 11h às 13h - Estação Butantã.

Distribuição de chocolates - das 10h às 15h - Estação Oscar Freire (linha 4-Amarela), Estação Largo Treze (linha 5-Lilás) e Estação Vila Olímpia (linha 9-Esmeralda).

Distribuição de chás e informativos sobre violência contra a mulher - das 13h às 15h - Estação Largo Treze (Linha 5-Lilás).


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