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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Toda Queixa Importa: SOBOPE reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer

Mês é destinado à conscientização sobre o câncer Infantojuvenil, principal causa de mortalidade por doença entre crianças e adolescentes


Vinte e três de novembro é marcado como o Dia Nacional de Conscientização sobre o Câncer Infantojuvenil. Para reforçar a importância do diagnóstico precoce, a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) inicia em suas redes sociais a campanha "Toda Queixa Importa". A ideia é alertar pais, educadores e profissionais de saúde para ficarem atentos aos sintomas do câncer nessa faixa etária.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer já representa a primeira causa de mortalidade por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos de idade em todo o País. Ainda, segundo a entidade, no Brasil, o número esperado de novos casos para cada ano do triênio 2020-2022 é de 8.460, sendo 4.310 no sexo masculino e 4.150 no sexo feminino.

"É natural que as pessoas que convivam com as crianças ou adolescentes minimizem algumas queixas, como as queixas de dor, fadiga ou alterações visuais, ou não se atentem para sinais como distúrbios de marcha, perda de peso e manchas roxas no corpo - entre outros sinais e sintomas que podem estar relacionados ao câncer - afinal, crianças caem e adolescentes praticam esportes", exemplifica a Dra. Flávia Delgado Martins, oncologista pediátrica e membro da diretoria da SOBOPE. "Os familiares devem estar atentos a qualquer alteração e devem abrir espaço diariamente para que as crianças e adolescentes exponham suas queixas. Mais importante ainda, é que essas queixas sejam valorizadas, ainda que os cuidadores optem por acompanhá-las domiciliarmente", ressalta Dra. Flávia.

Outro ponto reforçado pela campanha é a importância de uma relação de confiança entre o médico que faz o primeiro atendimento, seja ele pediatra ou não, família e paciente. "Para o médico, é importante praticar a escuta de maneira profunda e acolher toda e qualquer queixa. Ou seja, estar apto a ouvir mesmo as queixas não diretamente relacionadas à criança, como por exemplo a demora no atendimento ou quantas outras unidades aquela família tentou até conseguir este atendimento. Isto trará ao médico um conhecimento amplo da situação de ansiedade e estresse a que vem sendo submetida esta família e a criança, e o ajudará a julgar com maior sensatez a queixa principal. Quanto às queixas relacionadas à criança ou ao adolescente, todas as queixas importam! Sinais, sintomas, histórico comportamental, mudança nos sentidos, etc.", esclarece a oncologista da SOBOPE.

Uma vez feita a hipótese diagnóstica, que pode indicar alguma comorbidade mais corriqueira ou até a suspeita de um câncer, o médico deve explicar de maneira compreensível e realista qual a situação atual do paciente, se há a necessidade de realizar exames mais detalhados e a urgência dos mesmos. "Muitas vezes o pediatra dá o encaminhamento - para algum exame ou consulta com outro especialista - mas não fala o porquê ou a urgência. O que acontece é que a família não dá muita importância, posterga ou nem continua o acompanhamento", alerta a Dra. Flávia Martins.

Por sua vez, pacientes e familiares precisam ter em mente que aquele é o momento deles. "À família, pais ou cuidadores, eu diria: Descrevam no seu tempo tudo o que está acontecendo, dores, alterações nos sentidos (como alteração na visão, fala ou audição, mudança cognitiva), caroços em qualquer parte do corpo, febre prolongada, observem o exame físico do médico, ouçam com atenção o que ele tem a dizer e não se sintam acuados em perguntar novamente, em requerer mais explicações. Enfim, saiam do consultório completamente esvaziados em todas as suas dúvidas e receios. Nós médicos, muitas vezes, não saberemos explicar tudo ou daremos o diagnóstico final, mas até a dúvida é nossa obrigação comunicar, para que a família fique ciente da necessidade de observação rigorosa até a resolução dos sintomas ou surgimento de outras alterações", salienta a oncologista.

Por fim, Dra. Flávia cita ainda a importância do médico e dos familiares de colocarem o paciente, seja ele criança ou adolescente, como centro da consulta. "É de suma importância não subestimar a capacidade de comunicação da criança ou adolescente pelo fato de eles terem interlocutores. Desde o momento da anamnese, quanto durante o exame físico e à comunicação da hipótese diagnóstica e das medidas a serem tomadas, eles podem contribuir com informações valiosas, além de terem o direito de expressar dúvidas e anseios".

Diferentemente do câncer em adultos, que geralmente se desenvolve a partir de fatores de risco relacionados a outras doenças crônicas (obesidade, hipertensão, tabagismo etc), o câncer na criança e no adolescente está ligado a fatores genéticos e, geralmente, afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, como ossos e músculos. Segundo a American Cancer Society, o tipo de câncer mais comum nesta faixa etária é a leucemia (28%), seguida pelo do sistema nervoso central (26%), com os linfomas (8%) em terceiro lugar

A boa notícia é que, de acordo com o INCA, 8 entre 10 crianças e adolescentes diagnosticados com câncer podem ser curados se a doença for descoberta precocemente e tratada em centros especializados. "Por isso é tão necessário não ignorar os sinais iniciais do câncer, dar atenção às queixas, principalmente as recorrentes, ter acompanhamento médico regular e levá-los para consulta com o pediatra caso surja alguma anormalidade. Afinal, toda queixa importa", finaliza a Dra. Flávia Delgado Martins, oncologista pediátrica e membro da diretoria da SOBOPE.


DOR NA COLUNA? PODE SER HÉRNIA DE DISCO, EXPLICA FISIOTERAPEUTA

Fisioterapeuta explica sobre sintomas e tratamentos da dor lombar

 

Dor nas costas, sensação de queimação ou dormência, dificuldade para locomover-se e até mesmo para trabalhar, são alguns dos principais sintomas e consequências da temida hérnia de disco. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o problema atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros.

Para entender melhor, o fisioterapeuta Bernardo Sampaio explica que, esse problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga. “Quando é colocado pressão ou estresse na coluna, o anel externo do disco pode inchar, rachar ou rasgar. Se isso ocorrer na região lombar, a protusão do disco pode empurrar a raiz do nervoso espinhal próxima, o resultado são dores agudas nas nádegas e nas pernas” – pontua o profissional, diretor clínico das unidades de Guarulhos do ITC Vertebral e do Instituto Trata.

Por outro lado, muitas pessoas podem ser diagnosticadas com Hérnia Disco mesmo sem os sintomas e a intensidade da dor, varia de caso a caso. “Na maioria deles, os sintomas melhoram naturalmente com três meses, mas podem ser auxiliados com tratamentos clínicos e fisioterapêuticos”. No entanto, o especialista orienta que mesmo assintomático, o ideal é realizar um programa de tratamento voltado para a funcionalidade normal da coluna e para o seu fortalecimento.

O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando-se em conta o histórico do paciente, as características dos sintomas e o resultado do exame físico realizado durante a avaliação. Exames como raio-X, tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar o tamanho da lesão e localizar em que região exata da coluna está o machucado, mas eles não são decisivos para a tomada de conduta. “O exame mais importante é escutar o paciente, ouvir o que ele tem a dizer sobre a dor, procurar saber o que ele faz no dia a dia em casa e no trabalho e entender as reações do corpo” – de acordo com especialista, todos esses detalhes contribuem significativamente para a melhora do paciente, e cabe ao profissional ficar atento.

Mudanças no estilo de vida são indispensáveis para evitar o surgimento da hérnia de disco. Bernardo orienta que seus pacientes evitem carregar excesso de peso no dia a dia ou no trabalho, que pratiquem atividades físicas sob orientação profissional para fortalecer a musculatura de sustentação da coluna, tornando-a mais resistente aos possíveis impactos e sugere que mantenham uma dieta saudável para controlar o peso corporal e prevenir que a coluna sofra com as sobrecargas. Tudo isso pode ajudar a manter a saúde da coluna em dia.

Normalmente, a maioria dos casos de hérnia de disco podem ser tratados com garantias de sucesso, sendo necessária, contudo, uma manutenção de importantes hábitos ao longo da vida para evitar recidivas. “O período de recuperação total é individual, ou seja, cada paciente evolui de acordo com suas condições, não existe um período padrão. Esse processo também vai depender do quadro da hérnia de disco submetido ao tratamento e do comportamento do paciente em obediência às orientações médicas” – finaliza Bernardo.

 

BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br


Endocrinologista ensina como não cair nas pegadinhas dos rótulos alimentícios

Nem sempre o que se lê é o que se come... Especialista em ciência da alimentação nos Estados Unidos desvenda o que está por trás de cada expressão ou palavra presente em embalagens de alimentos processados

O estresse da vida moderna, a correria, a infinidade de informações contraditórias e de produtos novos, bem como a falta de tempo para organizar e planejar a rotina diária, impacta diretamente no que comemos e em como comemos.

Dra. Paula Pires Endocrinologista e Metabologista pela USP explica que é preciso conhecer o que se comunica nos rótulos e ainda entender o que significam as palavras e frases "caça-consumidores" presentes nas embalagens dos alimentos.

Para a médica o segredo de boas escolhas esta em selecionar marcas que prezam por poucos e bons ingredientes. "Perca nem que seja 1 minutinho olhando a lista de ingredientes. E quando for abrir uma exceção e comer coisas não tão saudáveis (o que pode e deve ser feito, às vezes, sim), faça com consciência, bom senso e com o que realmente vale a pena! A meta é sempre minimizar esse uso, preferindo os alimentos simples e naturais, aqueles que vêm direto da feira e nem tem rótulo para ler", explica.

A dieta mais saudável é aquela baseada na inclusão de alimentos in natura ou minimamente processados, ou seja, que crescem na terra vão direto para o prato, como frutas, legumes, verduras, cereais, tubérculos, leguminosas, grãos, oleaginosas e sementes. "Trazer a natureza para a mesa, nos coloca em contato com os alimentos, sabores e nutrientes em sua forma mais pura e o mais perto de sua forma original possível. É a comida de verdade, caseira, que mais faz bem a você", alerta.

Os maiores vilões são os alimentos ultraprocessados, pois geram dependência alimentar, têm excesso de calorias e aumentam o risco de doenças. O primeiro problema é que chegam ao consumidor com preços inferiores ao de frutas e verduras e contêm indicações que podem confundir o público.

Fique atento a pegadinhas contidas em frases como:


1 - Produtos lights, para manter a consistência e sabor da versão original, precisam que muito açúcar ou aspartame sejam adicionados. Verifique cuidadosamente seus aditivos.

2 - Produto multigrão não é necessariamente 100% integral, mas contém mais de um tipo de grão, e um deles pode ser a farinha enriquecida com ferro e ácido fólico.

3 - Produto natural não significa que seja semelhante a algo natural, mas que, a certa altura, o fabricante trabalhou com uma fonte natural, como maçãs ou arroz.

4 - Produto orgânico diz muito pouco sobre ser um produto é saudável. Por exemplo, o açúcar orgânico ainda é açúcar (que pode prejudicar o seu pâncreas). E o iogurte orgânico pode ser cheio de açúcares adicionados.

5 - Sem adição de açúcar. Alguns produtos são naturalmente ricos em açúcar. O fato de não terem adicionado açúcar não significa que sejam saudáveis e substitutos do açúcar não saudáveis também podem ter sido adicionados.

6 - Baixa caloria. Os produtos de baixa caloria precisam ter um terço a menos de calorias do que o produto original da marca. E pode ser zero calorias, mas cheio de aditivos e adoçantes em excesso.

7 - Baixo teor de gordura. A gordura foi reduzida às custas da adição de mais açúcar. Normalmente, quando tiramos um ingrediente, substituímos por outro que pode ser até pior.

8 - Baixo teor de carboidratos. Dietas com baixo teor de carboidratos (low carb) foram associadas à melhoria da saúde. Ainda assim, os alimentos processados rotulados com baixo teor de carboidratos, geralmente ainda são junk food, processados, semelhantes aos alimentos processados com baixo teor de gordura.

9 - Feitos com grãos inteiros. Verifique se os grãos inteiros estão entre os três primeiros ingredientes; se não estiverem, a quantidade é insignificante.

10 - Fortificado ou enriquecido. Significa que nutrientes foram adicionados ao produto. Por exemplo, a vitamina D é frequentemente adicionada ao leite. No entanto, só porque algo é fortificado, não o torna saudável necessariamente.

11 - Livre de glúten. Sem glúten não significa saudável. O produto simplesmente não contém trigo, centeio ou cevada. Muitos alimentos sem glúten são altamente processados e carregados de gorduras prejudiciais à saúde. Qual o melhor alimento sem glúten? Aquele que nem rótulo tem: vegetais, arroz, feijão, frutas, quinoa…

12 - Com sabor de frutas. Muitos alimentos processados têm um nome que se refere a um sabor natural, como iogurte de morango. No entanto, o produto pode nem conter frutas - apenas produtos químicos com gosto de fruta.

13 - Cereais integrais de caixinha. Com frequência tem açúcar e corantes na composição. Prefira granolas caseiras, aveia, sementes e castanhas.

14 - Pão de supermercado. O problema é a distribuição em larga escala, que faz com que esses produtos sejam cheios de conservantes. Mesmo com versões sem glúten e/ou integrais, prefira um pãozinho mais artesanal, feito em uma padaria legal, com fermentação natural, de preferência. Hoje tem muita gente fazendo e entregando pães mais nutritivos também. Você pode congelar em fatias para facilitar.

15 - Requeijão. Pode ser uma mistura química cheia de espessantes. Se for comer lácteos, prefira comer queijo em fatias, cremosos como cottage ou ricota ou ainda manteiga mesmo.

16 - Suco de caixinha. Mesmo as versões mais naturais continuam sendo bem industrializadas, uma vez que um suco de frutas é uma bebida bem perecível. Deixe para momentos pontuais e não no dia a dia.

17 - Barrinhas de cereais. Muitas delas são cheias de corantes, adoçantes em excesso e substâncias estranhas que tem mais o objetivo de facilitar do que nutrir. Por isso, leia sempre o rótulo e faça a relação carboidratos/fibras.

Sem dúvida, é quase impossível para quem trabalha por mais de 8 horas diárias, consumir apenas produtos in natura ou minimamente processados. Porém isso não pode ser uma desculpa para não se alimentar bem. Passo a passo, pode-se substituir produtos e buscar o que de melhor o mercado traz em termos nutricionais. Procure desembalar menos a cada dia

 

 

Paula Pires - CRM/SP 138.809 - Especialista em Endocrinologia e Metabologia - RQE nº 47818 - Especialista em Endocrinologia Pediátrica - RQE nº 47818-1  - Especialista em Clínica Médica - RQE nº 47817. Como endocrinologista e clínica geral, presta atendimento a todas as faixas etárias, desde a infância até a terceira idade, seguindo o crescimento, a puberdade e o desenvolvimento até o envelhecimento e suas alterações hormonais características. Especialista em Endocrinologia, Metabologia e Clínica Médica • Sócia Proprietária da Clínica Essenza.


Novembro Branco: dez perguntas e respostas sobre a relação entre fumo e câncer

90% dos casos de câncer de pulmão possuem como origem o tabagismo. Por isso, no mês de conscientização da doença, é fundamental alertar sobre o diagnóstico precoce e os prejuízos

 

Durante todo o mês, Novembro Branco é dedicado à conscientização do câncer de pulmão, doença que tem como origem em 90% dos casos o tabagismo. Os fumantes possuem um risco 20 vezes maior de desenvolverem tumores pulmonares, fazendo com que o alerta seja visto com ainda mais sensibilidade para este grupo em especial.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), apesar dos dados não serem novidades, os tumores pulmonares ainda lideram o ranking de doenças oncológicas com maior número de óbitos todos os anos. Além disso, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 30 mil pessoas irão ter o diagnóstico da doença em 2021.

Um dado alarmante, também apresentado pelo INCA, indica que aproximadamente 10% dos brasileiros acima de 18 anos fumam - ou seja, 20 milhões de pessoas são fumantes no país. Mesmo o Brasil sendo reconhecido mundialmente por suas campanhas de combate ao fumo, esse desafio ainda é grande. Segundo a Dra. Mariana Laloni, oncologista do Grupo Oncoclínicas em São Paulo, é necessário alertar quanto ao uso de vaporizadores de fumo, que tem sido usado principalmente por jovens.

"Apesar da redução do consumo de cigarros no país, em decorrência das campanhas de conscientização e proibições do fumo, que vêm sendo aplicadas em locais públicos desde a década de 1990, o número absoluto de tabagistas ainda é alarmante. E os novos dispositivos tecnológicos de vape, que conquistam especialmente as chamadas gerações Millennial e Z sob a falsa justificativa de serem menos nocivos à saúde e por seu design moderno - que serve como atrativo adicional para essa parcela da população - representam uma ameaça ainda maior de retrocesso na luta contra o tabagismo", comenta a especialista.

No mundo, a OMS aponta que atualmente 8 milhões de pessoas vão à óbito por causa de doenças relacionadas ao tabaco. No Brasil, esse número pode chegar a 156 mil mortes anualmente - uma média de 428 óbitos por dia. Vale lembrar ainda que o tabagismo vai muito além do câncer de pulmão, incluindo problemas de saúde como: doenças cardiovasculares, diabetes, infarto e Acidente vascular cerebral (AVC), entre outros.


Iluminando o caminho

Com o avanço da ciência, as diferentes maneiras de tratar o câncer foram se transformando ao longo dos anos. No caso das neoplasias de pulmão, as alternativas terapêuticas têm sido indicadas para o enfrentamento da doença, como é o caso da radioterapia isolada. "A indicação depende principalmente do estadiamento, tipo, tamanho e localização do tumor, além do estado geral do paciente", diz Mariana Laloni.

A imunoterapia exerce um papel importante para o enfrentamento do câncer de pulmão. A partir do reconhecimento do tumor pelo organismo, e que com o passar do tempo ele irá se "disfarçar" para não ser reconhecido e crescer, a técnica consiste em fazer com que o corpo ative uma espécie de chave, religando a resposta imunológica para agir contra o problema.

"Embora o sistema imune esteja apto a prevenir ou desacelerar o crescimento do câncer, as células cancerígenas sempre dão um jeitinho de driblá-lo e, assim, evitar que sejam destruídas. O papel da imunoterapia é justamente ajudar os ‘soldados’ de defesa do organismo a agir com mais recursos contra o câncer, produzindo uma espécie de super estímulo para que o corpo produza mais células imunes e assim a identificação das células cancerígenas seja facilitada - devolvendo ao corpo a capacidade de combater a doença de maneira efetiva", explica a especialista. Entretanto, é fundamental alertar que antes de remediar, o câncer de pulmão deve ser prevenido. Para Mariana Laloni a melhor alternativa é sempre parar de fumar.

A seguir, a oncologista Mariana Laloni esclarece dez perguntas e respostas comuns sobre a relação entre o fumo e o câncer.


O fumo pode aumentar o risco de câncer de pulmão?

Sim. O tabagismo pode aumentar em aproximadamente 20 vezes o risco de desenvolver câncer de pulmão. Cerca de 90% dos casos estão relacionados ao fumo.


Quais são os principais sintomas do câncer de pulmão?

Nas fases iniciais da doença, onde a chance de cura é maior, o problema é, infelizmente, silencioso, não apresentando sintomas. Já nas fases em que o câncer está mais avançado, o paciente pode apresentar sinais no aparelho respiratório, como tosse, dor no peito e falta de ar.


Quais são os principais tipos de câncer de pulmão?

Existem dois tipos de câncer de pulmão, sendo eles o carcinoma de pequenas células e o de não pequenas células. Geralmente, o segundo caso corresponde a 80 a 85% dos casos, podendo ser subdividido em carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. No mundo, o tipo mais comum é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes.


Como é o tratamento para câncer de pulmão?

Para o tratamento adequado, é importante analisar o estadiamento, subtipo, tamanho e localização do tumor, além se o paciente possui algum tipo de comorbidade. Caso a doença esteja em seu estágio inicial e localizado apenas no pulmão, a indicação é de cirurgia ou radiocirurgia, uma radioterapia direcionada

Já nos casos mais avançados, porém sem lesões à distância, o tratamento escolhido pode ser a combinação da quimioterapia e radioterapia, podendo consolidar a imunoterapia. Quando existem metástases, o caminho para os recursos irá depender do tipo de tumor.


Além do câncer de pulmão, o tabagismo aumenta o risco de outros tipos de câncer?

Sim. Além do câncer de pulmão, o fumo pode aumentar os riscos para o câncer de de cabeça e pescoço, boca, laringe, faringe e bexiga.


Quais são os principais elementos cancerígenos dos cigarros convencionais?

Ao todo, existem quase cem tipos diferentes de substâncias cancerígenas nos cigarros tradicionais. As principais são: monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, nicotina e alcatrão. Dentre elas, é importante ressaltar aida a mais perigosa em termos cancerígenos: a nicotina.


Qual dessas substâncias causa dependência em cigarros?

É justamente a nicotina, uma vez que provoca a sensação de prazer e pode levar ao vício. Essa substância psicoativa faz parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.


O cigarro eletrônico também aumenta o risco de câncer de pulmão?

Sim. Como ele vaporiza um líquido com grande quantidade de nicotina, a substância também pode elevar os riscos da doença. Mas, vale lembrar que ainda não se sabe qual a extensão de impacto no desenvolvimento de cânceres, devido ao desenvolvimento recente e uso variado do produto: há pessoas que fumam apenas ele, outras que consomem cigarros eletrônico e convencional, aquelas que nunca fumaram cigarro convencional e foram direto para o eletrônico, as que substituíram o convencional pelo eletrônico, etc.


Depois de quanto tempo sem fumar há a diminuição do risco de desenvolvimento de cânceres ligados à nicotina?

Com o passar das horas e dias, os benefícios à saúde são bastante perceptíveis e as chances de desenvolvimento de cânceres também diminui com o passar dos anos - com 10 anos sem fumar, os riscos são considerados baixos. Mas, dependendo da carga tabágica - número de maços por dia vezes o número de anos que a pessoa fumou - é importante continuar de olho.


Que impacto haveria nos diagnósticos de câncer se todos os fumantes do mundo conseguissem se livrar do vício agora?

O principal impacto seria a diminuição de aproximadamente 33% do número de casos de câncer diagnosticados e, ao longo do tempo, uma redução ainda mais expressiva.


Tenho hérnia de disco, posso correr?

Neurocirurgião dá dica de exercícios para quem tem hérnia


“O corpo precisa de movimento como caminhar e correr, atividades que podem ser estimuladas no processo de reabilitação de doenças da coluna. Porém, elas devem ser acompanhadas por um médico e equipe multiprofissional. Pessoas que, por motivo de doença, ficam restritas de algum movimento por muito tempo sofrem com o desuso e a rigidez das articulações envolvidas”, comenta o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

 

Para quem tem hérnia de disco, após melhora de um quadro agudo, o médico ressalta que hábitos de vida saudáveis (dieta balanceada e sono equilibrado) e o reinício de prática regular de atividade física são essenciais para reabilitação, Veja as dicas de exercícios do Dr. Marcelo para quem tem hérnia de disco:

 

- Exercício de alongamento e fortalecimento da musculatura abdominal, dorsal, assoalho pélvico e glúteos.

 

- Esses exercícios podem ser feitos em diversas modalidades com correta orientação, como Pilates, academia, hidroginástica, yoga, artes marciais etc. 

 

As hérnias de disco decorrem do desgaste (por uso repetitivo ou inadequado) dos discos intervertebrais, que saem da posição normal e comprimem a medula ou raízes nervosas. “O problema é mais comum nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga”, comenta Dr. Amato. Predisposição genética é a causa de maior importância para a formação de hérnias discais, seguida do envelhecimento, do sedentarismo e do tabagismo.  

 

Atividades físicas de alto impacto, competitivas e que envolvam movimentos bruscos também podem prejudicar a boa saúde da coluna. “Daí a importância do acompanhamento de um preparador físico”, explica o neurocirurgião.

 

A endoscopia de coluna é um tratamento muito eficaz e minimamente invasivo para solucionar hérnias de disco. É utilizado um endoscópio associado a uma câmera pelo qual o neurocirurgião acessa o local, remove a hérnia de disco ou outra lesão, e descomprime as estruturas neurais, com dano mínimo às estruturas da coluna, preservando ao máximo as articulações, ligamentos e musculatura. A recuperação é rápida e permite que o paciente volte brevemente às suas atividades físicas, segundo Dr. Marcelo “um trabalho recente com atletas profissionais no Japão, mostrou que é possível voltar ao nível competitivo em média de 9 semanas pós uma endoscopia de coluna”.

 

 


Dr. Marcelo Amato – Graduado e doutor pela USP Ribeirão Preto, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em cirurgia de coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Diretor do Hospital Dia Amato, centro especializado em cirurgias minimamente invasivas da coluna. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros.

www.neurocirurgia.com, www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


Inscrições para projeto Bolsa Trabalho de capacitação para jovens encerram nesta sexta-feira (05)

 Iniciativa da Prefeitura de São Paulo, programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital é gratuito e oferece bolsa auxílio para os estudantes para formação em diversos temas


Prorrogadas até a próxima sexta-feira (05/11) as inscrições para o programa Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, iniciativa da Prefeitura de São Paulo que promove a capacitação de jovens em situação de vulnerabilidade para o mercado e prevê a formação de 108 alunos nos temas de fabricação digital, empreendedorismo, mercado de trabalho, direitos humanos e cidadania.

Com duração de 06 meses, o curso é realizado nas 13 unidades da rede FAB LAB LIVRE SP (Laboratórios Públicos de Fabricação Digital). Nestes polos de inovação social, os jovens tem contato com ferramentas tecnológicas e aprendem a utilizar softwares de programação, entre outros aprendizados. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) é responsável pela formação dos jovens na área de cidadania, com a realização de palestras sobre direitos humanos, visitas a museus e centros culturais.

O Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital oferece uma bolsa auxílio no valor de R569,25 para garantir a manutenção e a permanência dos jovens, usados principalmente no transporte e em alimentação. Para se candidatar a uma das vagas, os jovens devem atender aos seguintes critérios de seleção: idade entre 16 e 20 anos; estar matriculada(o) na escola ou ter concluído o Ensino Médio; residir no município de São Paulo há pelo menos dois anos; desempregada(o) nos últimos 6 meses sem estar recebendo seguro-desemprego e ter renda per capita familiar inferior a meio salário mínimo.

Instituído em 2004, o programa é realizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (SMDET), em cooperação com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT). O Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital já formou mais de 600 jovens.


Varejo alimentar: estudo revela comportamento do consumidor diante do aumento de preços

Alta de preços faz brasileiro trocar marca de produto no momento da compra


Nos últimos 12 meses o varejo alimentar vem apresentando crescimento de faturamento, mas não porque o consumidor está comprando mais, e sim devido ao aumento de preços que acumula alta média de 14% entre setembro 2021 e setembro 2020. Este e outros indicadores sobre o comportamento do consumidor brasileiro são revelados pelo "Estudo de trocas de marca como resultado do aumento de preços" da Scanntech, plataforma especializada no levantamento de dados ágeis, robustos e granulares para fomentar o varejo e a indústria no Brasil.

Nas categorias analisadas no estudo, Arroz, Café e Iogurte, que representam suas respectivas cestas, apesar de apresentarem variação positiva em valor, o crescimento é impulsionado pelo aumento de preços, o que revela a redução de consumo pelos brasileiros. Enquanto na movimentação da cesta de Perfumaria, tendo os Desodorantes como sua representação, o estudo aponta retração tanto em valor quanto em unidades.

"Com o estudo entendemos que na maior parte das categorias, além da redução de volume total consumido, o consumidor também está optando por marcas mais baratas para equilibrar as contas", confirma Andressa Oliveira, executiva de atendimento ao varejo e análises de mercado da Scanntech. De acordo com a análise, no acumulado do ano, o arroz apresenta o maior crescimento de 39%, no entanto, olhando mais no curto prazo, comparando setembro 2021 contra setembro 2020 o preço do Arroz estagna e explode o preço do café com variação de 43,9%. Já o Iogurte apresentou aumento de preço de 2 dígitos, ligeiramente abaixo da média de 14% e Desodorante com aumento bem abaixo da inflação.

"Entre as 4 categorias analisadas, podemos observar que a tendência de trade down, que é uma tentativa das marcas atingirem a faixa mais popular do mercado, acompanha a variação de preços: durante os meses de maiores variações de preço é quando observamos maiores crescimentos das marcas mais baratas. No caso do Arroz foi em setembro de 2020 e do Café em setembro deste ano. Mas o destaque em trade down ficou na categoria de desodorantes onde as marcas mais baratas ganharam 4p.p. de participação no acumulado do ano e ao mesmo tempo era a categoria onde o segmento premium tinha maior participação", afirma Andressa.

 

Análise do cenário nos supermercados x atacarejos

O estudo revela que os Supermercados têm aumento de preços superior aos Atacarejos que, por sua vez, sofrem um menor impacto de queda de vendas também pelo menor repasse de preços, conforme tabela abaixo.


Vale ressaltar que o aumento de preço do Arroz é 9,1p.p. maior nos Supermercados frente aos atacarejos. Enquanto o Café tem aumento de preços similares nos diferentes canais, e a categoria de Desodorantes mantém o nível de preços de 2020 no Atacarejo este ano.

"Com maior ajuste de preços na categoria de Arroz nos Supermercados, o segmento perde 4p.p. de participação neste canal contra apenas 2p.p. no Atacarejo. Além disso, a categoria de Desodorantes representa o grupo que mais apresenta trade down tanto nos supermercados quanto no atacarejo.", explica Andressa.

Apesar da perda de relevância em todas as categorias, Andressa explica que as "marcas com valores superiores continuam sendo mais relevantes nos Supermercados quando comparado aos Atacarejos, com exceção do Café, onde as marcas mais caras representam 42% das vendas do canal".

De acordo com a executiva, o resultado do estudo confirma o cenário atual do País. "Diante do aumento da inflação e diversos outros fatores que evidenciam a mudança no comportamento do consumidor, observamos a redução no consumo de itens nas principais categorias do varejo alimentar, mas ainda assim, a conta continua mais cara no seu bolso".


Scanntech - plataforma de dados granulares e acionáveis, que aumenta a eficiência do Varejo, orientando através de inteligência de mercado decisões como comparação de preços, ajuste de mix de produtos e criação de ofertas e promoções de forma ágil e precisa.


Voos na segunda quinzena de janeiro são até 38% mais baratos que no fim de dezembro

Foto: Anete Lusina para Unsplash
Levantamento do KAYAK mostra que vale a pena deixar para viajar na segunda semana de janeiro, ao invés do fim de dezembro. A diferença pode chegar a 38% no preço médio de passagens aéreas

 

Para aqueles que ainda estão programando as férias de verão, deixar para viajar na segunda quinzena de janeiro de 2022 pode ser uma opção melhor se a ideia é economizar nas passagens. O metabuscador de viagens KAYAK aponta que tanto destinos nacionais quanto internacionais mostram queda no preço médio das passagens aéreas se compradas para a segunda quinzena de janeiro, em comparação com viagens programadas entre 20 de dezembro e 10 de janeiro.

Entre os destinos mais buscados fora do Brasil para o período das férias de verão, o que apresentou maior queda de preço foi Porto, em Portugal. A diferença do valor da passagem para viagens a partir de 15 de janeiro de 2022 é de 38% a menos do que se fosse realizada entre 20 de dezembro e 10 de janeiro do próximo ano. 

Outras cidades no exterior que estão entre as dez mais buscadas e têm decréscimo no valor do ticket se comprados para a segunda quinzena de janeiro de 2022 são Miami (-33%); Nova York (-31%); Lisboa (-29%); Orlando (-29%); Cancún (-26%); Paris (-23%); Madrid (-21%) e Santiago (-21%). Buenos Aires é o único destino entre os mais buscados que não apresentou variação no preço.

 

Metodologia: Levantamento calculado com base na busca de voos no KAYAK realizadas entre 06/09/2021 e 06/10/2021, considerando passagens de ida e de volta para o período entre 20/12/2021 e 10/01/2022, assim como viagens entre 15/01/2022 e 31/01/2022.

 

Quanto aos destinos nacionais, São Paulo é o que tem a maior redução do preço médio, com 32% de variação se a viagem for na segunda quinzena de janeiro, ao invés do fim de dezembro e começo de janeiro. No ranking, que inclui sete cidades do Nordeste, também tiveram diminuição Florianópolis (-31%); Rio de Janeiro (-30%); João Pessoa (-30%); Salvador (-28%); Natal (-27%); Fortaleza (-26%); Porto Seguro (-25%); Recife (-22%) e Maceió (-21%).

 

Metodologia: Levantamento calculado com base na busca de voos no KAYAK realizadas entre 06/09/2021 e 06/10/2021, considerando passagens de ida e de volta para o período entre 20/12/2021 e 10/01/2022, assim como viagens entre 15/01/2022 e 31/01/2022.

 

Para não perder nenhuma oferta ou promoção, é possível configurar um Alerta de Preços no KAYAK, gratuitamente. Basta pesquisar o itinerário de preferência na aba Voos. Quando a página de resultados abrir, no canto superior esquerdo é possível habilitar a opção "Acompanhar Preços”, informando um e-mail, que passará a receber avisos automáticos de variações de preços. Outra ferramenta gratuita é o Detetive de Preços, que investiga se o valor de passagem aérea ou hospedagem encontrado pelo usuário em outros canais é realmente uma boa opção.

Para viagens internacionais, é possível ficar atualizado também sobre as restrições para conter o avanço da COVID-19 de cada país, além de saber quais destinos estão abertos para viajantes brasileiros. Basta checar o Mapa de Restrições e conferir as regras vigentes para o seu destino.

 

KAYAK

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