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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Diferentes formas de engatinhar - e todas são importantes

Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica explica a importância de engatinhar e suas diferentes formas. Ao engatinhar o bebê desenvolve grupos musculares importantes das mãos, dos braços, dos ombros, além de fortalecer ligamentos, necessários para o aprimoramento de habilidades motoras finas.


Ortopedista pediátrica explica a importância deste treino para o desenvolvimento do bebê


O desenvolvimento motor e cognitivo durante o primeiro ano de vida é intenso e fascinante. Em pouco tempo, aquele serzinho recém-chegado ao mundo é capaz de rolar, sentar, sustentar a própria cabeça e explorar o mundo ao seu redor.

Cada criança tem um ritmo e cada etapa tem a sua necessidade de atenção, uma vez que novos riscos podem surgir no caminho do pequeno.

Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica, lembra que entre 7 e 10 meses o bebê pode iniciar os movimentos de engatinhar. "Para isso, os bracinhos e pernas devem estar fortes para sustentar o tronco e elevá-lo do chão", destaca.

E há diversas formas de engatinhar: com 4 apoios (mãos e joelhos no chão), de bumbum com o auxílio das mãos, deslizando de barriga para baixo, entre outras.

"O mais importante é o bebê ser capaz de explorar o ambiente e fortalecer os seus músculos para poder aprender a caminhar. É muito importante que pais e cuidadores incentivem o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças", diz a médica.

Algumas crianaças, no entanto, não curtem engatinhar e tentam pular essa etapa tão importante para o desenvolvimento. Para esses casos, Dra. Natasha dá algumas dicas:

- Os estímulos devem ser oferecidos com a criança acordada e tranquila;

- Colocar a criança de bruços, mas sempre com supervisão de um adulto.Bebês com mais de 6 meses podem ficar de 20 a 30 minutos nessa posição;

- Usar espelhos pode ser divertido e a curiosidade natural da criança pode ser um estímulo para o engatinhar;

- Engatinhar com o seu bebê pode ser encorajador e um bom exemplo para o pequeno;

- NÃO exagerar: a criança pode ficar irritada e chorar se forçar a barra. Está tudo bem se a brincadeira tiver de parar. É importante que ele tenha associações positivas durante os treinos;

- Mostrar objetos intrigantes um pouco além do seu alcance;

- Conforme for criando habilidade podemos oferecer obstáculos (almofadas, caixas, travesseiros);

- Se envolver na brincadeira e se esconder atrás dos obstáculos e brincar de "ACHOU" também pode ser uma boa dica.

No entanto, se o bebê já engatinha, é preciso atenção redobrada com o ambiente para prevenir acidentes. O bebê nunca deve ficar sem supervisão de um adulto, por exemplo, o berço deve ter o colchão abaixado, é preciso colocar grades em escadas e na porta de cômodos perigosos, como cozinha e quintal.

"Também é preciso tirar objetos pequenos do chão para evitar que o bebê leve à boca, é preciso cuidado com quinas, tomadas, fios soltos e sempre deixar a criança longe de locais com água, porque apenas 5cm de profundidade são suficientes para um afogamento", alerta Dra. Natasha.

 


Dra. Natasha Vogel • Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil • Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil • Especialização - Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia Pediátrica • Especialização - Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil Título: Ortopedia e Traumatologia • Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Pediatra explica o motivo de crianças terem o Q.I. inferior ao de seus pais

Horas em frente a dispositivos móveis colocam em perigo a saúde neural das crianças


Pediatra explica quais são os estímulos "arquitetos" essenciais para a saúde física, cognitiva, social e emocional das crianças


Cada dia que passa, há mais telas acesas nas mãos de crianças e adolescentes e elas chegam cada vez mais cedo diante daqueles pequenos olhos atentos, às vezes, antes do bebê ter um ano de idade. Isso coloca em risco as bases da humanidade: a linguagem, a concentração, a capacidade de memória, a criatividade, a cultura (no sentido de um agrupamento de conhecimento que permite pensar e compreender o mundo) e o raciocínio, porque cada hora em frente ao celular é uma hora a menos brincando com outras crianças e construindo "os espaços" onde poderia transitar sabedoria.

"Uma infância saudável, equilibrada, com adequado suporte nutricional, educacional, acesso a saúde e, claro, brincadeiras, é o alicerce da formação de um ser social", explica a pediatra Dra. Francielle Tosatti, da Sociedade Brasileira de Pediatria, especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein, em São Paulo - SP.

A médica ressalta que esses estímulos são os arquitetos da grande máquina que chamamos de cérebro. "Esse órgão tão nobre, que nos destaca dos demais seres vivos, tem uma capacidade ímpar de desenvolvimento na infância, devido a algumas características inerentes à idade, como a sua plasticidade, ou seja, sua capacidade de absorver informações, se moldar e estabelecer novas conexões", indica.

"Daí, cada hora que a criança passa em frente a uma tela, em uso recreacional, é uma hora a menos que ela passa interagindo com o meio ambiente e com outras crianças. Cada hora de mundo virtual é uma hora a menos de mundo real. Cada hora de contato visual plano e instantâneo é uma hora a menos de textura, tato e imaginação", explica a especialista em saúde infantil.

Há algum tempo, estamos diante de uma geração de jovens que tem o Quociente de Inteligência (Q.I.) inferior ao de seus pais. O assunto voltou à cena por conta da publicação do livro A Fábrica de Cretinos Digitais, do neurocientista Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, lançado em português. Ele apresenta, com dados concretos, como os dispositivos digitais estão afetando seriamente - e de maneira negativa - o desenvolvimento cognitivo de adolescentes e crianças.

Até recentemente, vivíamos o "efeito Flynn", um aumento constante na média de acertos nas provas de Q.I. em todo o mundo, muito provavelmente, graças a melhor nutrição, avanços na saúde e na educação, e devido a ambientes mais estimulantes.

No entanto, como explica a Dra. Francielle, o olhar sempre atento aos smartphones, computadores e televisores têm prejudicado o desenvolvimento neural, porque, de uma forma ilustrativa, aqueles estímulos que chamamos de arquitetos (alimentação, educação, saúde, artes, cultura, brincadeiras…), operam construindo pontes, estradas, túneis por onde irão circular milhares de informações, grandes ideias, lindas memórias, muitas emoções e descobertas. "É a nossa inteligência, nosso Q.I.", alerta Francielle.

Como indica a recente publicação do especialista francês, "nossos arquitetos estão ficando sem tijolos, sem cimento, sem massa. O cérebro das crianças está ficando carente de seus principais estímulos. Não está, portanto, se desenvolvendo ao seu máximo potencial. Ao invés de grandes avenidas por onde circulariam informações que se encontrariam em grandes ideias, estamos construindo uma rua sem saída", lamenta a pediatra.

A médica aponta assim um grande desafio: "Estamos criando e educando a primeira geração que já nasce imersa na era digital e é preciso ponderar continuamente as vantagens e os limites, orientar o uso adequado da tecnologia em cada faixa etária". Segundo a especialista, "não haverá vilões nessa história, desde que haja bom senso".

 


Dra. Francielle Tosatti - Graduada pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. - Residência Médica em Pediatria pela Universidade Federal do Rio Grande - RS. - Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. - Especialista em Emergências Pediátricas pelo Instituto Israelita Albert Einstein. - Médica Emergencista da equipe do pronto-socorro e enfermaria do Hospital Infantil Sabará.


Bactérias de cárie podem atingir tecido cerebral

Apesar de raro, o abcesso cerebral pode levar a risco de morte

Doença está associada ao caso de modelo


Relacionado ao caso da modelo Renata Banhara, “O abcesso cerebral é uma doença rara, mas ao mesmo tempo bem grave e leva ao risco de morte do paciente. As infecções dentárias têm sido relatadas como fontes de bactérias e elas podem dar origem a esse quadro clínico, inclusive, em crianças”, alerta o Dr. Ricardo Santos de Oliveira, neurocirurgião pediátrico.

 

Segundo o médico, as bactérias de uma cárie, por exemplo, podem atingir o tecido cerebral por meio da circulação sanguínea. Uma vez instalada neste tecido, a bactéria vai produzir uma reação inflamatória que se torna uma coleção cheia de pus, porque o organismo vai tentar isolar a bactéria.

 

“O paciente pode se queixar de cefaleia, sonolência, náusea, fraqueza de um lado do corpo e até mesmo ter convulsões”, explica o neurocirurgião. Os exames diagnósticos são comumente a tomografia de crânio e a ressonância magnética, em casos específicos.

 

Geralmente, o tratamento inicial pode ser feito através da administração de antibióticos, mas, via de regra, é preciso drenar o abscesso através de um procedimento cirúrgico. “Isso é feito através da realização de uma perfuração e um guia como uma cânula, por exemplo, nos leva até o abscesso para podermos esvaziá-lo. O paciente deve ser acompanhado semanalmente com tomografia de crânio. Quando há recorrência do abscesso ou quando ele não tem resolução, podem ser necessárias outras drenagens e até mesmo a remoção do abscesso através de cirurgia”, finaliza Dr. Ricardo.

 

 


Dr. Ricardo Santos de Oliveira - Neurocirurgião pediátrico principal do caso das gêmeas siamesas do Ceará. Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris na França e pela FMRPUSP.

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Falta de cálcio e de exercícios na infância e adolescência são determinantes para aumento de casos de osteoporose

A quantidade recomendada de cálcio equivale a cerca de quatro copos de leite por dia
Crédito: Envato

Quantidade de cálcio ingerida por brasileiros é metade da recomendada por especialistas; estudantes curitibanos desenvolvem projeto para ajudar a combater a doença


Normalmente associada à idade avançada, a osteoporose precisa ser debatida com crianças e adolescentes. O consumo exagerado de refrigerantes, a falta de exercício físico e a baixa ingestão de cálcio durante a infância são fatores que contribuem para um aumento no número de casos da doença. Um projeto desenvolvido por alunos do Ensino Médio do Positivo International School, em Curitiba, quer contribuir para a conscientização e na prevenção do problema.

De acordo com o mapa global da ingestão de cálcio produzido pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF), os brasileiros consomem apenas metade da quantidade diária de cálcio necessária para manter a saúde dos ossos. A organização recomenda ao menos 1000 mg de cálcio por dia. Por isso, o projeto desenvolvido pelos estudantes curitibanos tem como objetivo debater esse problema e arrecadar caixas de leite para a Fundação Iniciativa, que acolhe crianças de 3 a 18 anos vítimas de negligência e/ou violência. “Essa é uma doença que afeta pessoas mais velhas, mas a prevenção deve ser feita na infância e na adolescência. Isso é problemático porque nessa idade nós não costumamos pensar na osteoporose, visto que é uma doença que afeta mais os idosos”, detalha o estudante Artur Ulsenheimer, um dos responsáveis pela iniciativa.


Pandemia piorou o cenário

O envelhecimento causa, naturalmente, uma perda de densidade óssea. Além dele, algumas enfermidades e a redução da produção de hormônios sexuais também contribuem para essa perda. Assim, uma dieta pobre em cálcio durante a infância pode ocasionar um acúmulo insuficiente de massa óssea para quando isso acontecer. Evitar esse cenário depende não apenas do consumo de cálcio, mas também da prática regular de atividade física. A endocrinologista especialista em osteoporose e doenças osteometabólicas, Carolina Aguiar Moreira, explica que as perdas de massa óssea são mais acentuadas nas mulheres após a menopausa e, nos homens, depois dos 50 anos. "Quanto maior o pico de massa óssea, maior a reserva disponível quando essa fase chegar. É importante conscientizar as crianças porque nessa etapa da vida é quando mais aumenta o pico de massa óssea", conta.

Durante a pandemia, com a necessidade de distanciamento social, crianças e adolescentes se tornaram mais sedentários. Uma pesquisa conduzida pela Fiocruz, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 2020, ouviu 9.470 jovens entre 12 e 17 anos: 20,9% deles relataram que nunca praticavam 60 minutos de exercício diário antes da pandemia. Depois, esse índice subiu para 43,4%. A endocrinologista ressalta que a falta de exercício físico não é o único problema. "As crianças em casa, além de fazerem menos atividade física, também tiveram uma exposição menor ao sol e, consequentemente, à vitamina D, que influencia na absorção do cálcio", diz.

Para Paola Nogaroli, uma das responsáveis pelo projeto, falar sobre a doença é um passo fundamental para que crianças e adolescentes compreendam a necessidade de adotar hábitos que priorizem a saúde óssea. “Precisamos levar a informação para que os jovens saibam que os hábitos que eles têm agora serão determinantes para ter saúde no futuro. A quantidade recomendada de cálcio é relativamente grande, ou seja, equivale a cerca de quatro copos de leite por dia, o que não é costume entre muitos jovens, inclusive eu”, afirma a estudante. Por outro lado, a ingestão de alimentos e bebidas como o refrigerante, por exemplo, é massiva e pode atrapalhar a absorção de cálcio pelo organismo. Em um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em 2016, o refrigerante já aparecia em sexto lugar na lista de alimentos mais consumidos por adolescentes no país. O alto nível de ácido fosfórico presente nessas bebidas é prejudicial porque reage com o cálcio e produz fosfato de cálcio, que é solúvel em água e facilmente eliminado do organismo. Por fim, a vitamina D também é muito importante nesse processo, porque ajuda nessa fixação. Então, além de ingerir cálcio, movimentar-se e evitar comidas e bebidas industrializadas, é preciso garantir, também, a exposição adequada aos raios solares.

Para contribuir com o projeto, as doações de caixas de leite podem ser feitas na sede do Positivo International School, que fica na rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300, no bairro Campo Comprido, em Curitiba.


Saiba como é feita a reconstrução mamária pós mastectomia

 

Segundo o último Censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o percentual da taxa de reconstrução mamária (razão de reconstruções pelo número total de mastectomias, multiplicados por 100, a cada ano), que em 2008 foi de 14,9%, continuou estável até 2012; em 2014 era de 29,3%; e passou a aumentar a partir da implantação da lei de reconstrução mamária, em 2013. Em 2017, aproximadamente 34% das mulheres realizaram a reconstrução mamária. 

Se não tivesse ocorrido queda das cirurgias oncológicas, a taxa de reconstrução poderia estar em aproximadamente 44%. Em 2020, a pandemia de covid-19 impôs restrições à realização de cirurgias plásticas. Mas, já no início de 2021, os sinais de recuperação foram perceptíveis, com um aumento de quase 50% na procura por procedimentos, em comparação com o mesmo período do ano passado.

 

Como ocorre a reconstrução das mamas

A reconstrução mamária é realizada através de várias técnicas que tentam restaurar a mama, considerando forma, aparência e o tamanho; após a mastectomia (retirada da mama, de forma parcial ou total, para remover ou prevenir o câncer de mama). 

“A mama é uma das principais marcas externas da feminilidade, e a sua perda, parcial ou total, traz prejuízos na imagem corporal e no psicológico. Quando o cirurgião plástico realiza a reconstrução mamária, atua de maneira significativa na melhora da autoestima da mulher”, afirma o cirurgião plástico Dr. Luís Felipe Maatz, Especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

Segundo ele, a reconstrução envolve vários procedimentos realizados em múltiplos estágios. Saiba como são as etapas, de acordo com as normas da SBCP:

 

Etapa 1 – Anestesia

Medicamentos são administrados para o seu conforto durante o procedimento cirúrgico. As opções incluem sedação intravenosa e anestesia geral. Seu médico irá recomendar a melhor opção para você.

 

Etapa 2 – Técnicas de retalhos com músculo, gordura e pele próprios da paciente para criar ou cobrir o local da mama

Às vezes, a mastectomia, ou o tratamento com radiação, podem deixar tecido insuficiente na parede torácica para cobrir e sustentar o implante mamário. O uso de implante mamário para reconstrução exige quase sempre uma ou demais técnicas de retalho ou expansão de tecido. 

O retalho TRAM usa como doador músculo a gordura e a pele do abdômen da paciente para reconstruir a mama. O retalho pode permanecer com o suprimento sanguíneo original e ser tunelizado (criar um acesso) para ser posicionado na caixa torácica ou ser completamente separado para formar a nova mama. 

Como alternativa, o cirurgião pode escolher o DIEP, ou técnicas de retalhos SGAP, que não usam músculo, mas tecido do tórax posterior ou da nádega. O retalho do latissimus dorsi utiliza músculo, gordura e pele tunelizados no local da mastectomia, permanecendo com seu suprimento sanguíneo original. 

Ocasionalmente, o retalho pode reconstruir a mama, mas, muitas vezes, fornece o músculo e o tecido necessários para cobrir e sustentar o implante mamário.

 

Etapa 3 – Expansão da pele saudável para dar cobertura a um implante mamário

Reconstrução com expansão do tecido permite recuperação mais rápida que os procedimentos utilizando retalhos. No entanto, é um processo de reconstrução mais demorado. Este procedimento requer muitos retornos ao consultório, por 4 a 6 meses, após a colocação do expansor, para enchê-lo através de uma válvula interna e expandir a pele. Um segundo procedimento cirúrgico será necessário para substituir o expansor, que não é concebido para servir como implante permanente.

 

Etapa 4 – Cirurgia de colocação do implante mamário

O implante mamário pode ser um complemento ou uma alternativa para técnicas de retalhos. Implantes de silicone estão disponíveis para a reconstrução. O cirurgião irá lhe ajudar a decidir qual alternativa é melhor para você. Reconstrução com implantes geralmente requerem expansão de tecido

 

Etapa 5 – Enxertos e demais técnicas especializadas para criar o mamilo e a aréola

A reconstrução da mama é finalizada através de uma variedade de técnicas para reconstruir o mamilo e a aréola. 

Os resultados finais da reconstrução pós mastectomia podem ajudar a minimizar o impacto físico e emocional da mastectomia. Com o tempo, certa sensibilidade na mama pode voltar, e as cicatrizes tendem a melhorar, embora nunca desaparecerão completamente. 

“Há algumas limitações, mas a maioria das mulheres acha que são pequenas em comparação à melhoria em sua qualidade de vida. Monitoração cuidadosa da saúde da mama através do autoexame, mamografia e demais técnicas de diagnóstico é essencial para sua saúde a longo prazo. Vale lembrar que, antes de decidir realizar a reconstrução mamária, é fundamental buscar sempre um médico comprovadamente qualificado, experiente e que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica”, finaliza Dr. Luís Felipe Maatz.


Desordem Sensorial: um problema comum e pouco diagnosticado

Divulgação
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Condição neurológica mais comum do que parece afeta vida social, familiar, entre outros

 

Sabe aquele amigo “cheio de frescura”? Então, talvez ele possua uma condição neurofisiológica pouco diagnosticada chamada Desordem do Processamento Sensorial (DPS). Identificada pela primeira vez nos anos 50 pela médica Dra. Jean Ayres, a condição atinge o sistema nervoso ainda criança causando dificuldade na integração, compreensão e organização dos sentidos (tato, olfato, audição, paladar e visão).

Quando há a desordem sensorial é comum que algumas habilidades da criança tenham alterações por conta do estresse e desconforto causado por um dos sentidos, afetando diretamente a comunicação, a sociabilidade, o aprendizado, o comportamento e o senso de regularidade da criança.  

Existem três tipos de processamento sensorial, o alto, médio e baixo. A condição neurofisiológica afeta esses graus de forma diferente e exige estímulos específicos. Uma das situações comuns em pessoas com DPS é a seletividade alimentar, ou seja, a criança desenvolve aversão a texturas e cores, por exemplo. É aí que nasce um Chato para Comer, isso se dá pela alteração de sensibilidade as vezes intensas, as vezes não. 

Segundo a fonoaudióloga Dra. Carla Deliberato, dedicada ao estudo e tratamento de seletividade e recusa alimentar em crianças, muitas delas chegam na clínica com dificuldades alimentares e os pais, por falta de informação não compreendem que pode haver alguma condição neurológica diferenciada e que necessita de atenção, observação e tratamento. “Essas crianças se mostram bem exigentes com a alimentação,  sensíveis a cheiros, texturas e cores. Muitas vezes carregam o estigma de chatas pela vida inteira” – comenta a fonoaudióloga. 

Durante a terapia de alimentação, as crianças realizam com a fonoaudióloga estímulos de aproximação com os alimentos que até então estão sendo rejeitados por elas. Para isso, faz parte da terapia a criança conseguir manipular nesses alimentos com as mãos e sem nojo, tolerar as mãos sujas, molhadas e melecadas nas mais diversas texturas de alimentos, suportar os cheiros diversos dos alimentos (por exemplo o cheiro de um mamão, de peixe, de ovo...) e tolerar estímulos auditivos mais fortes (por exemplo o barulho de eletrodomésticos ligados, como um liquidificador ou um mixer). Porém, para muitas crianças a aproximação delas com os alimentos numa refeição ou até mesmo num momento de culinária não ocorre porque elas não conseguem processar todos esses estímulos citados acima e, ao invés de se aproximarem, se afastam cada vez mais de situações nesses contextos e, nesses casos, é fundamental que seja investigado se essas crianças não apresentam uma DPS. 

“É importante ressaltar que existem duas variações da DPS, a hiper e a hiposensibilidade. A hipersensibilidade é quando a criança sente os estímulos com mais intensidade e a hipo quando há a dificuldade de sentir os estímulos. Para cada uma é necessário estímulos diferentes” - afirma. O diagnóstico é multidisciplinar e envolve uma terapeuta ocupacional especialista em integração sensorial. O quanto antes diagnosticada, mais chances de tratar e a criança ter uma vida absolutamente normal.

Uma vez o diagnóstico de DPS confirmado, a terapeuta ocupacional pode indicar sessões de integração sensorial para que exercícios específicos auxiliem a criança a integrar o sistema nervoso e ela consiga processar informações sensoriais fundamentais para uma vida comum. Nestes casos, a terapia de alimentação com enfoque na seletividade alimentar deve realizada em parceria com esse trabalho de integração sensorial para que os desafios sensoriais na alimentação da criança possam ser devidamente vencidos. “É primordial dar atenção à questão sensorial da criança pois a ajuda especializada realmente pode fazer a diferença na alimentação dessa criança que é vista como a “chata para comer”. ” – finaliza Carla.

 


Dra. Carla Deliberato - CRFa 2-13919 – Fonoaudiologa dedicada ao estudo e tratamento de recusa e seletividade alimentar. Desde 2020 Carla lidera uma clínica especializada em São Paulo – a Care Materno Infantil conta, além da fonoaudiologia com uma equipe de nutricionista, psicologia, neurologista, gastroenterologia, endocrinologista, psiquiatra e pediatria dedicados a atender crianças de 06 meses à 12 anosEstudou  com referências mundiais no assunto como Kay A. Toomey, PhD, e Erin S. Ross, PhD, no Instituto Fleni, em Buenos Aires no curso “Assessment and Treatment Using the SOS Approach to Feeding”,  e Suzanne Evans Morris, PhD, no Neurofuncional Chile, em Santiago com o curso “Feeding The Whole Child- A Mealtime Approach”.

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Uma análise dos 15 anos da Lei Maria da Penha

Violência contra a mulher alcançou o debate público, mas sociedade ainda precisa de mais reação e menos cumplicidade 


Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Essa obviedade só passou a integrar nosso ordenamento jurídico em 1988, com a promulgação da atual Constituição da República. Desde então, o Estado levou mais 18 anos para reconhecer que as brasileiras são violentadas sistematicamente em níveis que colocam em risco a sua integridade física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. O principal passo para reposicionar nosso sistema de Justiça diante desse cenário foi a aprovação da Lei Maria da Penha, em agosto de 2006, momento histórico do qual tenho orgulho de ter participado, então como deputado federal. 

Apesar de o texto normativo representar um pacto social, aprovado pelo Congresso, a proteção à mulher só aumenta, de fato, na medida em que os julgadores, promotores de Justiça, defensores públicos, delegados e advogados passam a articular os conceitos e dispositivos previstos para tanto. Esse pressuposto, talvez, seja o maior acerto da Lei nº 11.340/2006, que vai muito além de prever sanções mais graves aos agressores, e se preocupa em propor políticas públicas, facilitar o acesso ao Judiciário, aprimorar os operadores do direito, e educar a população sobre o tema. 

Pesquisa divulgada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em agosto de 2021 indica que um quarto das mulheres acima de 16 anos sofreu algum tipo de violência desde o início da pandemia. O mesmo levantamento apontou ainda que 4,3 milhões de brasileiras foram agredidas com tapas, socos ou chutes, o que representa uma média de 8 mulheres espancadas por minuto no país. 

Para além de estatísticas –que são pouco precisas quando considerada a subnotificação–, um balanço honesto dos 15 anos de vigência da norma precisa olhar para avanços estruturais e para desafios que surgiram no período. 

Percebo como motivo de comemoração a divulgação, por parte da imprensa e de campanhas institucionais, da existência de um aparato de atenção e acolhimento às mulheres agredidas. É importante deixar claro que vítimas de violência doméstica e familiar têm direito a atendimento especializado da autoridade policial e que os magistrados podem determinar medidas protetivas de urgência com o objetivo de garantir a segurança dessas mulheres após a comunicação da ocorrência de qualquer tipo de violência prevista na lei. A confiança no Estado, que tem amparo legal para intervir na relação conjugal, é imprescindível para alguém que teme vingança, se preocupa com os filhos e/ou tem vergonha de expor a intimidade. 

Com base nos Arts. 22 e 23 da Lei Maria da Penha, a juíza ou juiz pode impor, de diferentes formas, que o agressor se mantenha afastado da vítima, e pode agir para que essa vítima tenha seus direitos preservados. Em casos extremos, de risco de morte, há, inclusive, abrigos que garantem o básico para que essas mulheres recomecem sua trajetória. 

Somente em 2020, as autoridades de segurança pública do país registraram 1.350 vítimas de feminicídio, categoria jurídica criada por lei em 2015 para especificar o assassinato de uma mulher motivado pelo menosprezo ou discriminação de sua condição de gênero. A pena imposta ao criminoso é maior do que a sanção prevista para o homicídio, e aumenta ainda mais se a vítima estiver grávida ou se o crime tiver ocorrido em frente aos filhos ou pais. 

Entre os avanços trazidos pela Lei Maria da Penha, vale citar o fim de situações esdrúxulas em que o agressor era condenado, no Juizado Especial Criminal, a penas de prestação pecuniária que muitas vezes acabavam sendo pagas pela própria vítima. Também ficou bem mais difícil se livrar de um processo penal exercendo pressão sobre a mulher para que se retrate da comunicação feita à polícia. Conforme o art. 16 da norma, a renúncia à representação só pode ocorrer perante um magistrado. 

Contudo, a popularização desses caminhos oferecidos pela legislação não garante o acesso ao sistema de Justiça, em razão de uma peculiaridade da violência doméstica. O agressor muitas vezes mora com a vítima, possui uma relação de intimidade com ela, e tenta controlar seus atos por todos os meios possíveis, inclusive pelo domínio financeiro. 

É difícil dizer o quanto a violência contra as brasileiras aumentou ou diminuiu nos últimos quinze anos. Mas é certo que o problema rompeu os limites do lar e passou a ser reconhecido no âmbito público. Agressões de diferentes tipos também deixaram de ser banalizadas e hoje suscitam debates importantes para a educação dos homens e empoderamento das mulheres. Sabemos que não é o suficiente. A nós, que convivemos nesse contexto, cabe mais reação e menos cumplicidade. 

 


Dimas Ramalho – Vice-Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. 

  

Abandono de animais cresce 61%, e plataforma busca aumentar adoções

Crises financeira, econômica e sanitária após a pandemia do novo coronavírus deram luz à falta de responsabilidade das pessoas com animais de estimação


O índice de abandono e recolhimento de animais de julho de 2020 até fevereiro de 2021 aumentou 61% no Brasil, aponta levantamento realizado pela ONG AMPARA Animal.

A organização ouviu mais de 530 ONGs e protetores independentes de animais de 11 estados e mais o Distrito Federal. O número confirma o que as organizações que lutam pelos direitos dos animais já vinham alertando sobre a pandemia do novo coronavírus: aumentaram muito os casos de maus tratos dos animais. 

Foi este cenário que incentivou um grupo de amigos a criar o PetPonto, plataforma que conecta ONGs e protetores a possíveis adotantes.

 

Plataforma PetPonto busca aumentar adoção

Lançado no final de agosto, o PetPonto já ficou conhecido como “Tinder” dos pets por conta de seu principal objetivo: fazer com que esses adotantes deem match com os animais ainda sem uma família. 

Através da plataforma do PetPonto, é possível analisar perfis de animais disponíveis para adoção. Do outro lado, ONGs e protetores independentes conseguem de forma mais rápida analisar o perfil dos candidatos a adotantes para destinar o animal à família ou pessoal ideal. 

Essa análise é importante porque existem pessoas que adotam por impulso e acabam por devolver o animal adotado. 

Além disso, é preciso entender que, ao adotar um animal, a pessoa ou família assume a responsabilidade de cuidar de um ser vivo pelo resto de sua vida, um ser com características e necessidades individuais. Vale lembrar que cães e gatos vivem, em média, 15 anos. 

O PetPonto está disponível para download nos sistemas iOS e Android. A busca por animais disponíveis para adoção pode ser filtrada pelas características desejadas do animal e da família e ainda usa geolocalização, assim fica mais fácil de encontrar um pet próximo de você.


Saída do trabalho de profissionais na melhor idade na pandemia

Cerca de 1,3 milhão de pessoas com mais de 60 anos saíram de seus empregos


A crise sanitária provocada pelo COVID-19 que paralisou o mundo na metade de março de 2020 foi a que mais afetou os profissionais acima dos 60 anos. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a faixa etária entre 60 e 79 anos é a que representa o maior número de vítimas do coronavírus. Apesar disso, a pandemia não provocou problemas somente à saúde da melhor idade, mas também, à participação deles no trabalho.

Nesse período, segundo dados baseados no IBGE, 1,3 milhão de idosos deixaram de trabalhar, em comparação com o primeiro trimestre e os mesmos meses do ano anterior. De acordo com Madalena Feliciano, gestora de carreira e especialista em RH, “a aceleração da saída de idosos se justifica por vários motivos, dentre eles, a discriminação etária”. Em outras palavras, alguns contratantes tendem a ficar apreensivos ao contratar pessoas mais velhas, tanto por discriminação quanto pelo custo de minimizar os riscos de problemas.

A discriminação contra idosos no trabalho não é novidade. “Por acreditarem que eles são mais frágeis a doenças, nesse momento de pandemia a situação fica pior”. alerta a especialista. Outro fator de discriminação se dá pelo aumento do uso da tecnologia para trabalhar. Assim muitos acreditam que a população mais velha não possui conhecimento suficiente para adentrar à modalidade exigida atualmente.

Apesar disso, Madalena afirma que a capacidade de profissionais com idade mais avançada é tão boa quanto a de uma pessoa mais nova. “A experiência adquirida nos anos de trabalho é uma qualidade muito forte desses concorrentes”, explica. A especialista ainda alerta que, além da experiência, a idade não é antônimo de competência e resultado. Muito pelo contrário, existem muitas vantagens ao contratar pessoas mais velhas.

Experiência profissional e experiência de vida
Pessoas que se encontram na terceira idade são, na maior parte das vezes, pessoas muito sábias. Por isso, além da experiência profissional, os mais velhos também têm inteligência emocional, o que pode contribuir fortemente com os mais jovens.

Disponibilidade de horário
Por já não terem mais os mesmos compromissos que tinham aos 30 anos, pessoas com mais de 60 anos estão, em sua maioria, com mais tempo livre para se dedicar ao trabalho, o que nem sempre é uma realidade dos mais novos.

Comprometimento e responsabilidade
Um fator muito importante para acrescentar sobre os idosos é quanto à sua responsabilidade. “Ao contratar um profissional da terceira idade na sua empresa, você terá um funcionário dedicado e comprometido com os resultados da corporação”, alerta a especialista.

Independente da idade, todos têm algo a oferecer, basta encontrar a forma certa de se mostrar para o mercado. Uma das atitudes que podem ajudar o candidato da terceira idade a se sobressair no âmbito profissional é com a ajuda de uma empresa de recolocação no mercado. Elas oferecem acompanhamento e dicas muito úteis para a sua inserção nesse ambiente.

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreiras e Hipnoterapeuta
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Urgência na educação: recuperar perdas de aprendizagens é possível e necessário

    

Já atravessamos um ano e meio desde que a pandemia chegou ao Brasil. E, das inúmeras crises ocasionadas pela doença, a educação vem preocupando especialistas, pais, alunos e professores. Aulas remotas em um país pouco conectado – segundo o IBGE, em 2019 o número de domicílios sem acesso à internet era de 12,6 milhões –, além das desigualdades sociais e raciais e falta de treinamento de professores, sobretudo da rede pública, para que reestruturassem as aulas para o ensino a distância são fatores que pioraram a já delicada situação educacional. Outro dado preocupante é que a evasão escolar sofreu aumento de 12% no último ano, representando um contingente de 172 mil alunos entre 6 e 17 anos fora das escolas, conforme apontou o relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). 

Os investimentos em educação no Brasil também não são suficientes, como indica o relatório da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico: enquanto dois terços de países membros ou parceiros disseram ter elevado gastos com educação por conta da pandemia, o Brasil não aumentou seu orçamento entre 2020 e 2021 e os índices de proficiência em português e matemática também são preocupantes e mostram que temos ainda pela frente uma longa batalha para evitar prejuízos maiores, ou mitigar os que já existem.  

Para se ter uma ideia das perdas em aprendizagens, usarei como exemplo um estudo feito pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (CAEd/UFJF), em parceria com a Secretaria da Educação de São Paulo, que avaliou alunos do 5° ao 9° ano (ensino fundamental) e da 3ª série do ensino médio. Os resultados de alunos do 5° ano – comparados aos mesmos indicativos de 2019 – apontam que, somente em matemática, estudantes avaliados obtiveram 46 pontos a menos, representando queda de 19%. Já em português, foram 29 pontos inferiores, cuja queda é de 13%. Também se chegou à conclusão de que todas as séries avaliadas apresentaram pioras.  

Com o avanço da vacinação no País e a retomada do ensino presencial, ainda que gradual e de maneira heterogênea, começamos a trilhar para a recuperação de perdas no ensino - que foram muitas, mas o percurso ainda é longo e tortuoso. A rede pública de educação básica atende cerca de 85% dos estudantes brasileiros e há nela uma enorme diversidade, desde classe social até condições de estudos. Enquanto alguns alunos puderam aprender durante o ensino remoto, outros não conseguiram se adaptar ou, pior, nem sequer tiveram acesso às aulas. O que faz com que os problemas sejam diferentes e, portanto, com soluções distintas.  

O denominador comum, entretanto, é a necessidade de avaliação diagnóstica do ensino, que indicará quais são as melhores soluções e estratégias para obtermos resultados satisfatórios.  Também é fundamental lutar pela conectividade, pois internet e banda larga precisam chegar aos alunos menos abastados. Se no século passado o estudante precisava de lápis e caderno, hoje em dia é vital que ele conte com dispositivos e internet para que o ensino híbrido esteja a contento. 

Com maior engajamento dos alunos no ensino remoto, adoção eficaz de aulas híbridas e otimização do currículo, as perdas de aprendizagens poderão ser reduzidas em até 40%. É o que apontaram especialistas, em um estudo do Insper. Mas todas essas ações precisam fazer parte de um planejamento integrado, envolvendo todas as esferas do governo com o único objetivo de minimizar os impactos na educação. A tarefa não é simples, porém necessária. E, com muito empenho, é também possível. 

 


Suely Melo de Castro Menezes - Consultora na Mind Lab. Pedagoga com habilitação em Administração Escolar e Orientação Educacional pela Universidade Federal do Pará, Mestra em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Taubaté. Também é Conselheira Nacional de Educação e Presidente da Câmara de Educação Básica do CNE.


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