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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Dia do Médico: ser médico é ser abnegado, altruísta e "viciado" em cuidar das pessoas

 

Dia desses, mexendo em arquivos dos meus 47 anos de atuação na medicina, encontrei uma carta recebida de um paciente muitos anos atrás, quando eu ainda cursava o sexto ano de faculdade. Humilde, mal sabia escrever, mas, basicamente, me agradecia por ter salvado a vida dele. Uma mensagem que me recorda, dentre outras coisas, o grande valor de ser médico. Um momento importante em minha vida, pois aquela empatia entre paciente e médico me fez perceber que tinha acertado em cheio na escolha da profissão.

Lembro-me, na juventude, de minha família perguntar o que eu queria ser quando crescesse. Eu costumava responder "fazendeiro". Naquela época, os médicos costumavam ser abastados e, na minha cabeça de pré-adolescente, fazer medicina me daria a oportunidade de comprar uma fazenda.

Mal sabia eu o vício que minha ocupação se tornaria. Uma dependência que só me tirará dessa atividade quando a morte nos separar. Nós, médicos, temos obsessão em cuidar, tratar, ser útil e conseguir salvar vidas.

Mas as coisas, claro, não vêm de graça. Engana-se quem pensa que o final da faculdade, das especializações e das pós-graduações significa parar de estudar. Ser médico é estudar a vida inteira, é acompanhar o ritmo das especialidades e o dinamismo da tecnologia. É estar apto e em consonância com a contemporaneidade para buscar sempre a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É ser abnegado, renunciar a noites bem dormidas, à família, a finais de semana de folga para estar nos hospitais.

Em 2020, o estudo "Demografia Médica do Brasil", publicado pelo Conselho Federal de Medicina em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), apontou que o Brasil atingiu o marco de mais de 547 mil médicos registrados junto aos Conselhos Regionais de Medicina. Até 2030, este número deve ultrapassar a marca de 820 mil, segundo o levantamento.

Para quem está chegando à profissão, é importante lembrar de que um vestibular dificílimo já foi vencido. Que, nas universidades públicas, é concorridíssimo, e nas particulares, além da concorrência, paga-se uma mensalidade alta. Minha dica: até o terceiro ano você tem que saber se esse é o caminho. É a melhor época para realmente ter certeza. Às vezes é melhor abdicar do diploma de medicina para ir fazer algo que você realmente goste. Para quem já percebeu o acerto, procure ver tudo sobre medicina enquanto está na faculdade. Não escolha a especialização cedo. Veja o que te dá satisfação. Depois, é possível selecionar com mais segurança. Na medicina, você já acertou. Na especialidade, a chance de ser bem-sucedido é diretamente proporcional ao amor pelo que escolheu.

O Dia do Médico, celebrado no dia 18 de outubro, me lembra de que eu, de fato, não sou um fazendeiro frustrado, mas um profissional de medicina de êxito. E me lembra, também, que todo e qualquer conhecimento deve ser partilhado e usado em benefício das pessoas. Do contrário, é ingratidão e egoísmo. E um médico egoísta não é um bom médico.



Dr. Aloísio Carvalhaes - se formou em medicina em 1973, é especialista em gastroenterologia e endoscopia da parte digestiva e tem quase 44 anos de atuação no Vera Cruz Hospital, do qual hoje é Coordenador-chefe da Gastroenterologia, presidente da Fundação Roberto Rocha Brito (entidade ligada ao ensino do Grupo Vera Cruz) e Mestre da Medicina pela instituição.


Vera Cruz Hospital

 

Distúrbios do sono podem causar acidentes de trânsito

Causas da má qualidade do sono precisam ser investigadas, uma vez que muitos não notam a sonolência e não sabem que têm apneia do sono

 

Pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), em parceria com a Academia Brasileira de Neurologia e o Conselho Regional de Medicina, indicou que cerca de 42% dos acidentes de trânsito no país estão relacionados ao sono.1

A privação de sono lentifica as reações a estímulos, diminui a acurácia de resposta e leva a longos lapsos de atenção de acordo com o estudo conduzido pela AAA Foundation for Traffic Safety. Um estudo americano identificou que o risco de colisões aumenta de maneira inversamente proporcional à quantidade de horas de sono entre os motoristas. Períodos de sono entre 6 e 7 horas levaram a uma taxa de risco de acidentes de 0,3 vezes maior em relação a indivíduos que dormiram ao menos 7 horas nas 24 horas anteriores, podendo chegar a 10,5 vezes mais em períodos de sono inferiores a 4 horas. 2

Muitos fatores responsáveis por afetar o sono e gerar insônia são comumente conhecidos. Porém, entre eles, está também a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), um distúrbio ainda pouco conhecido pela maioria da população no qual os músculos da garganta relaxam a ponto de entrar em colapso, restringindo o fluxo de ar, o que faz com que a respiração se torne superficial e até pare por segundos ou minutos, privando o corpo e o cérebro de oxigênio.3 Mesmo que os despertares sejam geralmente muito curtos, eles fragmentam e interrompem o ciclo do sono. Essa fragmentação do sono pode causar níveis significativos de fadiga e sonolência diurna4, o que pode causar inúmeros prejuízos à pessoa e à sociedade, como o aumento do risco de acidentes de trânsito.5

Segundo o Doutor Geraldo Lorenzi Filho, médico e professor associado da Faculdade de Medicina da USP e diretor do laboratório do sono do InCor: “existem evidências cientificas claras de que, como a AOS causa sonolência, pode gerar desconcentração e ocasionar acidentes automobilísticos”.5 Ele afirma que o reconhecimento da apneia e o tratamento adequado com CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas) levam à melhor qualidade do sono e de vida e como consequência diminuem os riscos de acidentes.5 “A sonolência e a direção formam uma mistura muito perigosa porque o sono vai se instalando aos poucos e a pessoa não percebe. Como dirigir já faz parte da rotina de muitos, o indivíduo pode não se dar conta de que está sonolento ao volante”, declara o médico.

Alguns sinais que podem indicar a presença do distúrbio são: ronco, cansaço diurno constante, dificuldade de concentração, dores de cabeça matinais, humor depressivo, falta de energia, esquecimento ou hábito constante de acordar para ir ao banheiro.6

Uma vez que a apneia seja diagnosticada, o tratamento mais comumente indicado é o uso de CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas).7 No Brasil, o tratamento para apneia pode ser realizado com equipamentos ResMed, líder mundial de soluções para o tratamento da doença. Pacientes podem acompanhar sua própria terapia com CPAP por um aplicativo gratuito e fácil de usar, chamado myAir™. O app fornece uma pontuação diária sobre como a pessoa dormiu e inclui vídeos e informações personalizadas de treinamento com base nos dados de terapia, o que melhora ainda mais a adesão ao tratamento.8

 


ResMed

https://www.resmed.com.br/

 

 

Referências:

  1. 2019. Disponível em: https://autopapo.uol.com.br/noticia/mais-de-40-dos-acidentes-de-transito-acontece-por-sonolencia-afirma-a-abramet/
  2. Foundation for Traffic Safety.2016. https://aaafoundation.org/acute-sleep-deprivation-risk-motor-vehicle-crash-involvement/
  3. Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS). Disponível em: http://www.abmsono.org/saos.html#:~:text=A%20Apneia%20Obstrutiva%20do%20Sono,oxig%C3%AAnio%20sangu%C3%ADneo%20e%20despertares%20frequentes
  4. Vida Saudável – Einstein. 2021. Disponível em: https://vidasaudavel.einstein.br/apneia-obstrutiva-do-sono-principais-informacoes/
  5. Tregear S e cols, Sleep 2010. 33(10):1373-80. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/21061860/
  6. Disponível em: https://www.resmed.com.br/apneia/home
  7. AASM Clinical Practice Guidelines. Treatment of OSA with PAP. J Clin. Sleep Med. 2019; 15(2):335-43.
  8. Malhotra A, et al. Chest, 2018. Disponível em: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext

 

Conselho Regional de Biomedicina do Paraná abre concurso público com 75 vagas

                                             Provas do concurso devem ser realizadas no próximo dia 12 de dezembro, em Curitiba

Divulgação


Duas vagas são para contratação imediata e 73 para cadastro reserva; todas são para atuação em Curitiba; Inscrições devem ser feitas até 8 de novembro


 

O Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6-PR) abriu as inscrições para um concurso público com 75 vagas em Curitiba. Do total, duas são para contratação imediata e 73 para cadastro reserva. Há oportunidades para pessoas que tenham ensino médio ou superior.

 

Interessados devem se inscrever no site da organizadora do concurso www.quadrix.org.br até as 23h59 do dia 8 de novembro. A taxa de inscrição é de R$ 54 para cargos de nível superior e de R$ 45 para nível médio.


 

Vagas


Auxiliar Administrativo: 25 vagas para cadastro reserva. Salário de R$ 1.431,39 por 40 horas de trabalho semanais. Exige curso de nível médio completo;

 

Agente Administrativo: Uma vaga para contratação imediata e 24 vagas para cadastro reserva. Salário de R$ 2.625,27 por 40 horas de trabalho semanais. Exige curso de graduação de nível superior em qualquer área de formação.

 

Fiscal Biomédico: Uma vaga para contratação imediata e 24 vagas para cadastro reserva. Salário de R$ 2.982,34 por 40 horas de trabalho semanais. Exige curso de graduação de nível superior em Biomedicina, inscrição no respectivo Conselho Regional de Biomedicina e Carteira Nacional de Habilitação na Categoria “B”.

 

O CRBM6-PR oferece ainda benefícios como vale-alimentação, no valor de R$ 908,99, vale-transporte e plano de saúde.



Provas


O concurso público terá duas etapas de avaliações, sendo uma prova objetiva com 120 questões de conhecimentos básicos, complementares e específicos para todos os cargos. A prova está prevista para ocorrer no dia 12 de dezembro de 2021, em Curitiba.

 

Uma avaliação de títulos, de caráter classificatório, para os cargos de nível superior será realizada após a classificação dos candidatos na prova objetiva.



 

Serviço:


O que: Concurso público do Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6-PR)

Vagas: São 75 vagas; duas para contratação imediata e 73 para cadastro reserva

Escolaridade exigida: ensino médio ou superior

Quando se inscrever: Até as 23h59 do dia 8 de novembro

Informações: www.quadrix.org.br

 

A importância da gestão do Departamento Pessoal

Responsável por garantir a relação legal entre empregado e empregador, por meio de tarefas como gestão de ponto, registros de trabalho e gestão de benefícios e férias, o Departamento Pessoal é uma área indispensável ao funcionamento da empresa, independente do porte. Por essa razão, abaixo, descrevo as três subdivisões fundamentais do departamento.

 

Admissão

Responsável por todo o processo burocrático de admissão, desde recolhimento dos documentos do novo colaborador até registro em carteira e transmissão das informações do trabalhador para os órgãos competentes. 




 

Manutenção

Gerencia o controle de frequência do funcionário, bem como elaboração da folha de pagamento, regulamentação de benefícios e pagamento de tributos. 




 

Desligamento

Realiza todo o processo de desligamento de um colaborador, incluindo solicitação de comunicação ao trabalhador ou orientação ao funcionário de como fazer o comunicado para a empresa, cálculo das verbas rescisórias e representação da empresa nos órgãos oficiais (homologação).

 

Com apoio tecnológico, o departamento pessoal vem se tornando parte estratégica da empresa. Essa mudança de mentalidade possibilita uma atuação ainda mais voltada para minimizar danos financeiros, indenizações e reduzir custos. Dessa forma, o departamento pessoal consegue otimizar atividades, facilitar cálculos e agilizar todos os processos da empresa.

 

Entretanto, para chegar em resultados de excelência como vimos, é necessário que o setor seja integrado por responsáveis qualificados ou empresas de Contabilidade que prestam esse serviço. Assim, a organização e os colaboradores são beneficiados.

 



 

Dora Ramos - Consultora contábil com mais de 30 anos de experiência, além de terapeuta holística e reikiana há 25 anos. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial, empresa reconhecida pela excelência na prestação de serviços como Gestão Contábil, Gestão Fiscal, Gestão de Departamento Pessoal, Legalização, Assessoria Pessoa Jurídica e Assessoria Pessoa Física. Em setembro de 2021, Dora inaugurou em sociedade com Renèe Lermen a Sinapse Positiva, um espaço de bem-estar, com terapia corporal que integra a fala e a escuta. 

 

Uma a cada três empresas que conhecem o Brasil Mais querem participar do programa

Ação do Sebrae apresentou programa de produtividade durante a Mercopar, maior feira de inovação da América Latina


Os empresários que participaram da Mercopar, a maior feira de inovação e negócios da América Latina, tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre o Brasil Mais. Uma ação promovida pelo Sebrae cadastrou mais de mil empresas nas bases desse programa de produtividade, que é coordenado pelo Ministério da Economia e tem gestão operacional da (ABDI) e execução pelo Sebrae e Senai. O resultado da aproximação feita é que 34% dos empreendedores demonstraram interesse em participar do Brasil Mais e outros 63% pediram para ser contactados posteriormente.

O empresário Douglas Fonseca, proprietário da Energytec Soluções em Eletricidade, na cidade de Caxias do Sul (RS), foi um dos participantes do evento que esteve presente na ação do Sebrae e ficou surpreso com a proposta apresentada, que ainda era desconhecida pelo empreendedor. “Acredito que o programa ajuda a melhorar a gestão e como lidar com diferentes situações que ocorrem no dia a dia da empresa”, frisou. Ele destaca que atua em um setor que está em alta nesse momento e que a inovação e capacitação são essenciais para o sucesso da empresa. “Hoje se vê uma guerra de preços, mas é possível aumentar o faturamento, desde que você busque por qualidade e produtividade. Isso fará todo o diferencial no mercado”, comenta.

De acordo com o analista da Unidade de Inovação do Sebrae Marcus Vinícius Bezerra, durante os três dias da Mercopar, o Sebrae apresentou ferramentas de priorização de problemas, adotadas pelo Brasil Mais e os empreendedores também puderam degustar alguns serviços oferecidos pelo programa. “Os donos de pequenos negócios que participaram dessa ação, além de terem sido cadastrados na plataforma do Brasil Mais e recebido um link para a inscrição do programa, receberam um e-book com dicas de gestão, produtividade e inovação”, conta o analista.


Brasil Mais

No próximo dia 1º de novembro começa o novo ciclo do Brasil Mais. Empreendedores de todo lugar do Brasil podem se inscrever nesse programa que visa aumentar a produtividade e competitividade das empresas brasileiras, com a promoção de melhorias rápidas, de baixo custo e alto impacto. O programa oferece às micro, pequenas e médias empresas soluções para melhorar a gestão, inovar processos e reduzir desperdícios e visa a capacitação de 2 milhões de empreendedores pelo país. A meta é realizar até 120 mil atendimentos assistidos até dezembro de 2022.

O Brasil Mais, por meio de metodologias de alto impacto e baixo custo, aprimora processos gerenciais e produtivos das micro, pequenas e médias empresas, promovendo melhorias rápidas e que garantem aumento da produtividade e da competitividade. O Sebrae levou para dentro do Brasil Mais a metodologia que a instituição aplica, em todo o Brasil, nas empresas de micro e pequeno porte por meio do projeto Agentes Locais de Inovação (ALI). As empresas participantes do programa recebem acompanhamento e orientação para inovarem e se tornarem mais produtivas, faturarem mais e gastarem menos. Durante quatro meses, os ALI acompanham a realidade do negócio, traçam um raio-X da situação da empresa e ajudam na construção e implantação de um plano de inovação juntamente com o empreendedor.

Saiba mais: https://brasilmais.economia.gov.br/


Solidariedade, visão sistêmica e inclusão: Empreendedorismo Social a nova chave para a educação básica


Se existe um aspecto que ganhou força nos últimos tempos é o senso de empatia e coletividade. Em meio a maior pandemia das últimas gerações, surgiu uma rede de pessoas com um único propósito: a preservação da vida. O olhar para o próximo, tido sempre como um pressuposto essencial para o funcionamento de qualquer sociedade, parecia ter se perdido na corrida desenfreada por avanços mercadológicos. Mas, com o inesperado surgimento do coronavírus, em dezembro de 2019, a visão sistêmica para combate e enfrentamento da crise sanitária e financeira voltou-se para questões primordiais de sustentabilidade. Afinal como podemos criar um mundo melhor? Ficou claro que uma das respostas é a busca por soluções para preservação do meio ambiente e outras problemáticas da sociedade. 

Pensando nisso, nota-se um fortalecimento da prática de Empreendedorismo Social, com o desenvolvimento de ações capazes de gerar impactos positivos e transformações no mundo. Adotar essa prática no ensino básico é um movimento inerente da revolução que estamos vivenciando na área da educação.

Desde a década de 1980, especialmente quando as iniciativas socioambientais resultaram em negócios rentáveis, o termo Empreendedorismo Social vem ganhando força no Brasil. Nesse período, houve uma queda nos investimentos públicos em programas de assistência social, o que acarretou um crescimento da desigualdade e uma maior participação do setor privado em ações no campo social. Essa movimentação filantrópica passou a ser planejada e monitorada por empresas e cidadãos. 

Agora, diante de uma nova realidade, o universo da educação incorpora essa vertente e se propõe a engajar as pessoas desde a infância nesse objetivo, que contempla perspectivas históricas, culturais e sociais, para proporcionar um mundo em que todos tenham acesso a direitos básicos e a uma vida digna. 

Mas como implementar o Empreendedorismo Social no ensino básico? O primeiro passo é pensar na educação como uma comunidade formada por grupos diversos e multietários, com crianças de diferentes idades, realidades sociais e étnicas. 

O impacto transformacional na educação acontece a partir do momento em que a escola é repensada como um todo em quesitos de locação, papel do professor e trajetória do estudante. Por exemplo, porque não criar um coletivo de mestres, tutores e especialistas de diversas áreas que será responsável por orientar projetos que apresentam soluções sustentáveis? Trata-se da transformação de uma educação conteudista para uma educação com propósito.  

Engajar estudantes nesse modelo de ensino requer um trabalho diário para mantê-los informados sobre o que está acontecendo no cotidiano global e regional. Quais são as principais problemáticas mundiais e do país em que vivem? Como a comunidade mais próxima está vivendo? O bairro e arredores da escola estão enfrentando dificuldades? Essas questões interligam os alunos à realidade e, consequentemente, os aproximam de pontos fundamentais para o desenvolvimento humano. 

Somado a isso é essencial descobrir os principais interesses e necessidades de cada estudante e oferecer autonomia para que, no coletivo de mestres, colegas e familiares, eles proponham soluções para os principais dilemas socioambientais. A tecnologia e a inovação são peças indispensáveis nesse processo transformacional. 

Quem atua na área de educação sabe o quanto é gratificante ver crianças e jovens motivados e envolvidos em um projeto. Ainda mais quando esse planejamento proporciona mudanças significativas para o mundo. Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU visam solucionar problemas relacionados à pobreza, fome, desigualdade social e falta de saneamento básico e devem ser atingidos até 2030. As chances de juntos alcançarmos essas metas não seriam muito maiores se ensinarmos nossas crianças, desde cedo, a terem um pensamento crítico, coletivo, solidário e empático? 

Mas seria até irônico tentar promover essa mudança significativa considerando apenas o ensino em âmbito privado. Por isso convido vocês a repensarmos a educação como um todo e para todos! 

Vamos apoiar as escolas públicas, oferecer consultorias e plataformas inovadoras que proporcionem uma metodologia ativa, gestão participativa e, juntos, construiremos uma educação para um mundo melhor.

 


Raphael Ozawa - empreendedor, especialista em tecnologia educacional e CEO da Lumiar Educação

 

Pesquisa da GEM aponta que 50 milhões de brasileiros desejam abrir um negócio nos próximos três anos

Número de cidadãos que pretendem se tornar empreendedores cresce 75% em 2020


Em 2020, o número de brasileiros que queriam se tornar empreendedores atingiu a marca de 50 milhões, com um aumento de 75%. Esse resultado foi divulgado no estudo publicado pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM), realizado no Brasil em parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).

“Segundo a pesquisa, o atual cenário pandêmico do país e a consequente alta da taxa de desemprego provocaram a busca pelo empreendedorismo na sociedade brasileira, como uma forma de obter alguma fonte de renda, mesmo que a Covid-19 tenha derrubado consideravelmente o índice de investimentos próprios no último ano”, explica João Esposito, economista e CEO da Express CTB – Accountech de contabilidade.

Outro dado publicado no relatório aponta que a formalização entre os empreendedores do Brasil cresceu 69% entre 2019 e 2020. O total de indivíduos com CNPJ entrevistados passou de 26% para 44%, sendo o maior crescimento dos últimos quatro anos. Em 2018, apenas 23% eram formalizados e, em 2017, 15%.

“Vale ressaltar os principais motivos à formalização/legalização gera para os negócios: acesso a benefícios (56%), emissão de nota fiscal exigida por parte dos clientes (53%) e contribuição para a Previdência Social (30%)”, destaca o economista.

 


Express CTB

https://expressctb.com.br/

 

Aumento superior a 100% no tráfego de sites de companhias aéreas indica grande vontade dos brasileiros em voltar a viajar.

O desejo de viajar do brasileiro e os diferentes contextos da pandemia: o que podemos esperar para o final do ano?


Entre 2019 e 2020, o Brasil experienciou uma queda de 57% no volume total de voos (domésticos e internacionais) por conta da pandemia de CODI-19. Porém, principalmente devido ao avanço da campanha de vacinação no país, a quantidade de voos vem aumentando significativamente desde março de 2021. Por isso, a Decode, empresa de client acquisition e consulting do grupo BTG Pactual, pesquisou sobre o movimento desse mercado e descobriu alguns dados que demonstram a influência da pandemia do COVID-19 no turismo e, consequentemente, nas linhas aéreas. 

Em 2019, a demanda por voos domésticos totalizava 97 milhões, porém, em 2020, esse número caiu para 45 milhões, o que representa um decréscimo de 54%. Analisando o histórico de passageiros que demandaram por voos desse tipo, percebemos que esse foi o pior resultado desse tipo de viagem desde 2016: 

  • 2016: 92 milhões 
  • 2017: 93 milhões (crescimento de 1%) 
  • 2018: 95 milhões (crescimento de 2%) 
  • 2019: 97 milhões (crescimento de 2%) 
  • 2020: 45 milhões (decrescimento de 54%) 

Mas, apesar dessa queda brusca, os voos internacionais acabaram sendo ainda mais afetados: em 2019, a demanda por voos internacionais, que atingia 24 milhões, em 2020 caiu para 7 milhões, o que representa um decréscimo de 71%. Sendo, também, o pior resultado desse tipo de viagem desde 2016: 

  • 2016: 22 milhões 
  • 2017: 23 milhões (crescimento de 5%) 
  • 2018: 24 milhões (crescimento de 4%) 
  • 2019: 24 milhões (crescimento de 1%) 
  • 2020: 7 milhões (decrescimento de 71%) 

Os motivos que levaram milhões de pessoas a pararem de viajar durante o período de 2020 foram centrados nos efeitos gerais do COVID-19 e o medo do contágio, mas também se destacam questões econômicas: 

Queda nos voos domésticos: 

  • Efeito total da Covid-19 no país (diminuiu em 53% o número de viagens) 
  • Economia (PIB) (diminuiu em 10% o número de viagens) 
  • Medo de contágio (diminuiu em 37% o número de viagens) 

Queda nos voos internacionais: 

  • Efeito total da Covid-19 no país (diminuiu em 71% o número de viagens) 
  • Economia (PIB) (diminuiu em 9% o número de viagens) 
  • Medo de contágio / fechamento de fronteiras (diminuiu em 69% o número de viagens) 

A vacinação da população brasileira tem ajudado a mudar este cenário. Após se vacinarem, 70% dos brasileiros decidiram que irão viajar assim que surgir a oportunidade. Algo que não era observado no mesmo período em 2020, quando afirmaram que não pretendiam viajar tão cedo. 

Dos turistas em potencial, 25% pretendem viajar de carro, enquanto 45% pretendem viajar de avião, 26% querem fazer viagens dentro do Brasil e 19% desejam fazer viagens para o exterior. Quando analisamos essas estatísticas, percebemos que não é à toa que os voos domésticos, no Brasil, recuperaram 80% do volume 

de passageiros que possuíam antes da pandemia. 

Algo interessante percebido pela Decode, é que os dados relacionados à voos internacionais e domésticos também refletem a desigualdade no país, uma vez que voos internacionais são muito mais caros do que voos domésticos:  

População que ganha mais de 10 salários-mínimos: 

  • 83% querem viajar 
  • 48% pretendem viajar pelo Brasil 
  • 42% pretendem sair do país 

População que ganha até 3 salários-mínimos: 

  • 63% querem viajar 
  • 84% pretendem viajar pelo Brasil 
  • 16% pretendem sair do país 

Um dado que confirma o recente aumento no interesse do povo brasileiro em viajar é o crescimento do volume de acessos nos sites das principais companhias aéreas do país. Só até o fim do mês de outubro, é estimado um aumento de 181% no volume de acessos no site da Latam, enquanto nos sites da Decolar e da CVC, esse aumento é estimado em 158% e 131%, respectivamente. Apesar de ser mais expressivo no mês em questão, se voltarmos o período de observação para os meses anteriores, percebemos que esse crescimento já estava em andamento:  

Acessos no site da Latam: 

  • Jul/2021: 457.698 
  • Ago/2021: 524.858 (aumento de 15%) 
  • Set/2021: 802.361 (aumento de 53%) 
  • Até 12/Out/2021: 873.301 (aumento de 9%) 
  • *Out/2021: 2.256.027 (aumento estimado até o fim do mês: 181%) 

Desde julho/2021, é estimado um aumento de 393% no volume de acessos no site da Latam em busca de passagens aéreas. 

Acessos no site da CVC: 

  • Jul/2021: 2.737.302 
  • Ago/2021: 2.901.704 (aumento de +6%) 
  • Set/2021: 3.055.258 (aumento de 5%) 
  • Até 12/Out/2021: 2.726.060 (aumento de 11%) 
  • *Out/2021: 7.042.322 (aumento estimado até o fim do mês: 131%) 

Desde julho/2021, é estimado um aumento de 157% no volume de acessos no site da CVC em busca de passagens aéreas. 

Acessos no site da Decolar: 

  • Jul/2021: 5.668.411 
  • Ago/2021: 5.303.264 (decréscimo de 6%) 
  • Set/2021: 6.079.926 (aumento de 15%) 
  • Até 12/Out/2021: 6.317.100 (aumento de 4%) 
  • *Out/2021: 16.319.175 (aumento estimado até o fim do mês: 158%) 

Desde julho/2021, é estimado um aumento de 188% no volume de acessos no site da Decolar em busca de passagens aéreas. 

Em 2020, as principais origens internacionais dos passageiros eram: Estados Unidos (22%), Argentina (10%), Chile (9%), Alemanha (5%) e, por fim, Peru (4%). Em 2021, isso pouco mudou: Estados Unidos, Argentina e Chile continuam liderando o ranking, agora representando 25%, 8% e 7% das origens internacionais, respectivamente. A Colômbia entrou para a lista em quarto lugar, representando 5% das origens internacionais e, por fim, a Alemanha caiu para última posição, representando 4% das origens internacionais.  

Se tratando dos principais destinos internacionais. Em 2020, eles eram: Estados Unidos (15%), Chile (11%), Argentina (10%), Colômbia (9%) e Equador (6%). Já em 2021, também não houve muitas mudanças no ranking: em primeiro lugar, se mantém os Estados Unidos (16%, seguido do Chile (11%), da Colômbia (11%) e da Argentina (9%) e, por fim, temos o Equador (6%). 

 

Apesar de todo esse anseio por viagens, o brasileiro ainda terá que lidar e aceitar com algumas restrições, trazidas pelo contexto do COVID-19, quando o assunto é viagens internacionais:  

  • 54 países possuem restrições leves para viajantes brasileiros (apenas pessoas vacinadas ou com teste PCR negativado). 
  • 33 países possuem restrições moderadas para viajantes brasileiros (exigência de quarentena e com teste PCR negativado). 
  • 68 países possuem restrições fortes para viajantes brasileiros (praticamente fechados). 

 










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