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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Emoções e máquina de lavar: semelhança ou diferença?

3 dicas de como estender as emoções sem misturar as peças

 

Dia de lavar roupa. Dentro do cesto há variadas peças com suas texturas, cores e tamanhos. Tudo vai para a máquina! Que maravilha! A potente e inesgotável máquina recebe todas as peças e ao toque de um botão, após o processo de sabão e amaciante, inicia sua operação. Mexe daqui, dali, sacode aqui e acolá e as roupas vão se misturando, se enroscando e nesse emaranhado de tecidos vão se limpando e continuam cada etapa até finalizar o processo.

Segue-se então, para um novo momento, onde retira-se peça por peça, de forma que todas caibam no varal de forma organizada. Cheiro de roupa limpa, varal cheio e pronto para a secagem.

Nesse momento, penso...epa, essa máquina de roupas está parecendo meus muitos momentos do dia. Confuso? Explico:

Acordei atrasada, coração batendo mais rápido do que o normal, fiquei nervosa, pois o dia já iniciava atrapalhado e todos iriam se atrasar. Acordei as crianças, tomamos café na velocidade master, apressei todo mundo e a agitação rolando solta. As crianças empolgadas com a atividade especial da escola e eu ansiosa para chegar a tempo deles não perderem nada e de eu não ter problemas no trabalho. No caminho, muita raiva do trânsito, mas na verdade a minha preguiça foi a causadora de tudo isso. Chegamos na escola, 10 minutos de atraso, mas ainda daria tempo. Agora rumo ao trabalho, cortei caminho para sair do trânsito e me dei mal, entrei num beco e fiquei com muito medo de me perder ali. Fiquei enjoada e com nojo de pensar que poderia passar mal. Respirei fundo e segui em frente, até conseguir chegar no trabalho. Envergonhada entrei procurando demonstrar indiferença ao que tinha acontecido, mas no fundo estava bem frustrada! O dia seguiu, confesso que em um certo momento do dia senti um pouco de tédio, pois as coisas estavam muito com a “mesma cara”, bateu saudade das crianças e uma certa tristeza, por não ter tido mais tempo para conversarmos pela manhã sobre o nosso dia e o que aconteceria. Bem, mas toquei em frente e no final do dia ao vê-los tranquilos e alegres me senti grata e menos frustrada, afinal tudo tinha dado certo!

As emoções muitas vezes são esse emaranhado, assim como as roupas que batem na máquina. O importante é que saibamos percebê-las para colocá-las nos seus devidos lugares, assim como fazemos com nosso varal.

Aqui vão algumas dicas para você estender suas peças no varal, de forma que as emoções fiquem organizadas.

Identifique o que você está sentindo
Esse é um bom exercício de autoconhecimento. Respire fundo e pense o que está acontecendo com você naquele momento. Fale sobre como está se sentindo e busque estratégias para lidar com o momento.

Permita-se sentir sem julgamento
Todos os sentimentos são importantes e demonstram que você é totalmente normal. Não é preciso culpar-se por senti-los. O importante é o equilíbrio, ou seja, como você os demonstra e em que intensidade. Se estoura com os outros com facilidade ou guarda tudo demonstrando passividade.

Fale sobre o que está sentindo
Esse é um hábito que precisa ser desenvolvido pela maioria de nós, pois não fomos ensinados a falar sobre nossos sentimentos, mas ele é fundamental para que possamos criar diálogos e promover a empatia.

Ao praticar a identificação, se permitir sentir e falar sobre eles, você estará organizando suas peças e ao estendê-las perceberá o frescor e o cheirinho de roupa limpa!!!

Que tal lavar roupa mais vezes?

 



Adriana Gardel - Apaixonada pela educação, caminhando pelo universo da pedagogia e psicopedagogia há 38 anos e, sempre curiosa, buscou na neurociência e no Kidcoach mais fundamentação para entender e atuar na formação dos pequenos. Trajetos em escolas pela educação infantil, fundamental I, coordenação e orientação educacional, mas acima de tudo mãe do Gui e do Fred, suas grandes inspirações de vida! Ah, e vovó do Gabriel.


Valéria Rezende - Mãe da Carol, do Augusto e do Vinicius, vó do Gabriel desbravadora quando o assunto é comportamento e relacionamentos humanos. Acredita na família como base para o desenvolvimento integral do ser humano melhor. Coach de pais, casais e adolescentes pela Parenting Coach Brasil, Kidcoach pela ICIJ Rio de Janeiro e instrutora da Jornada das Emoções. 


Carolina Vieira - Viajante e curiosa, novos desafios e necessidades de adaptação são o que mais a motivam. Confia que a chave para um ser humano mais preparado para o mundo e feliz está na infância e no afeto familiar. Carol é mamãe de primeira vigem do Gabriel. Comunicóloga formada pela UFJF, especialista em Marketing pela Ibmec e Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Educadora Parental com foco em Disciplina Positiva e CNV.


6 regras para um conflito saudável

Margareth Signorelli conta como transformar uma discussão em uma oportunidade para crescimento do relacionamento


A maior convivência entre os casais provocou o aumento do número de divórcios e separações durante a Pandemia. O fato de as pessoas ficarem mais próximas e submetidas a uma convivência integral acabou provocando a sobrecarga física e emocional entre os parceiros e, consequentemente, muitos conflitos.

Posso imaginar o que você sentiu quando leu este título se pergunto e é possível existir um “Conflito Saudável?”. A resposta é sim! Deve existir.

Segundo John Gottman, PHD em Relacionamentos e uma das maiores autoridades no mundo nesta área, os conflitos são extremamente importantes em um relacionamento, pois são a forma que cada um tem para expressar sua opinião e fazer com que o casal consiga chegar a um consenso. Para o especialista “o conflito saudável” leva o casal a um patamar superior ao que estavam anteriormente, consolidando a conexão entre os dois”.

Apesar de ser algo positivo, nem sempre temos consciência de como nos expressamos em um conflito e, muitas vezes, a forma como nos manifestamos pode refletir positiva ou negativamente, independente das nossas melhores intenções.

Para guiar você em um momento de conflito, separoi 6 Regras que farão com que seus objetivos continuem os mesmos, mas com diferentes abordagens capazes de proporcionar um resultado mais positivo para o relacionamento.

  • NÃO ROTULAR- “Você é.....” - Quando rotulamos o outro afastamos a possibilidade de conexão. Ninguém gosta de ser rotulado, principalmente em uma discussão.
  • NÃO JULGAR- Não acusar- “Você fez isto...”. Quando acusamos ou julgamos geramos no outro a necessidade de defesa. Melhor é dizer “Quando isto aconteceu, eu me senti assim...”. Explore suas emoções, e fale como se sentiu quando algo aconteceu, pois quando mostramos nossos sentimentos, a receptividade muda e geramos empatia.
  • NÃO TRAZER O PASSADO PARA A DISCUSSÃO DE HOJE - Concentre-se no que quer resolver hoje. Trazer o passado não vai resolver o que passou e muito menos o que precisa ser resolvido hoje.
  • NÃO DIGA “VOCÊ NUNCA...” OU “VOCÊ SEMPRE...”. Limitar a pessoa dizendo que ela Sempre ou Nunca constrói um abismo entre os dois. É melhor dizer “Eu preferia que você fizesse...”
  • NÃO APELAR- Nós adultos maduros sabemos nossos limites e devemos prestar atenção nos limites do outro para não os ultrapassar. Isto se chama Respeito.
  • DESCULPE-SE- Caso cometa algum deslize no seu conflito peça desculpas. Não tem nada mais nobre do que admitir um erro e se desculpar.

Aproveite essas regras 6 regras, tente aplicá-las no seu relacionamento e cuide para que os conflitos não sejam uma batalha, mas sim uma oportunidade de crescimento e maior conexão entre vocês.

 

 

MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, Margareth Signorelli tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli

 

Seletividade alimentar é uma característica do espectro autista que pode ser melhorada

Intervenção adequada auxilia a criança com seletividade alimentar a expandir a aceitação dos alimentos


O autismo não é caracterizado como uma doença, mas sim uma condição neurológica, responsável pelo desenvolvimento e comportamento de uma pessoa e como ela percebe o mundo, portanto não há cura. Porém, muitos avanços foram feitos nos últimos anos e a estimulação precoce multidisciplinar tem apresentado resultados extremamente satisfatórios no tratamento de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Uma das características mais comuns nestes indivíduos é a seletividade alimentar, ou seja, uma forte resistência em ingerir determinados alimentos e texturas. Em muitos casos a criança leva esse hábito até a fase adulta e mesmo assim não desenvolve de modo satisfatório esta ocorrência.

A dra. Carla Deliberato, é fonoaudióloga e dedica-se ao estudo e tratamento de bebês e crianças com seletividade e recusa alimentar e apresenta técnicas simples capazes de reverter o quadro de seletividade em crianças com TEA. “O primeiro passo é identificar o grau de seletividade e onde está a maior dificuldade, se é na textura, na apresentação do prato ou até mesmo nas cores”- comenta Carla

A profissional inicia seu atendimento entendendo as dificuldades que os pais enfrentam durante as refeições, depois é hora de observar a criança. Por essa razão, para os experimentos, em seu consultório existe uma cozinha onde alguns alimentos são apresentados e preparados para a criança. Após entender a problemática, utiliza técnicas que envolvem a criança no processo do preparo até que chegue ao prato e ela já tenha familiaridade e inclinação a provar o alimento.

 A criança precisa participar, para conhecer e reconhecer os sabores e cores dos alimentos, só assim é possível se familiarizar e introduzir texturas diferentes. “A criança que é resistente a texturas, pode desenvolver alguns problemas de deglutição, dentição e até a fala” – afirma a fonoaudióloga. É sabido que a fala também é atingida por crianças com TEA e o processo de atendimento de introdução alimentar e o tratamento da seletividade contribui também para o desenvolvimento da fala, já que o ato de mastigar também fortalece os músculos da face e da garganta.

A estimulação precoce em crianças com TEA minimiza muitos danos e garante que seu desenvolvimento e relação com os demais seja menos impactada e proporcione uma melhora na qualidade de vida.

 



Dra. Carla Deliberato (CRFa 2-13919 )  - fonoaudióloga dedicada ao estudo e tratamento de recusa e seletividade alimentar. Desde 2019 Carla lidera uma clínica especializada em São Paulo – a Care Materno Infantil conta, além da fonoaudiologia com uma equipe de nutricionista, psicologia, neurologista, gastroenterologia, endocrinologista, psiquiatra e pediatria dedicados a atender crianças de 06 meses à 12 anos. Estudou  com referências mundiais no assunto como Kay A. Toomey, PhD, e Erin S. Ross, PhD, no Instituto Fleni, em Buenos Aires no curso “Assessment and Treatment Using the SOS Approach to Feeding”,  e Suzanne Evans Morris, PhD, no Neurofuncional Chile, em Santiago com o curso “Feeding The Whole Child- A Mealtime Approach”.

https://fonocarladeliberato.com/

https://www.facebook.com/fonocarladeliberato/

https://www.instagram.com/fono_carladeliberato/

 

A musicoterapia na saúde mental

Como a música pode ajudar no tratamento e qualidade da saúde mental


Quem nunca ouviu que, para começar bem o dia, é importante ouvir uma música bem animada logo de manhã? Apesar de ter se tornado até mesmo senso comum, a raíz desse ditado é científica. Ouvir a sua música preferida tem grande influência sobre o seu humor e qualidade de vida. Por isso, com inúmeros benefícios para o nosso bem-estar, a música, além de lazer, “também pode ser utilizada como método terapêutico”, afirma o psicólogo e musicista Alessandro Scaranto.

Depois de um dia estressante no trabalho ou cansado no trânsito das 18h, ouvir uma música pode, sem dúvida, mudar o nosso humor. Isso porque, “a música evoca em nós emoções e sentimentos diferentes”, afirma o especialista em saúde mental. Com determinadas emoções ativadas, a música consegue melhorar a nossa criatividade, humor, concentração e bem-estar.

Fora do dia a dia comum, a arte dos sons também pode ser usada como forma terapêutica. Isso porque, a música ajuda a expor problemas internos de uma forma tranquila, que não se priva somente à utilização das palavras para expressar as emoções sentidas.

De acordo com Rubem Alves, psicanalista e educador, “há músicas que contêm memórias de momentos vividos. Trazem-nos de volta um passado. Lembramo-nos de lugares, objetos, rostos, gestos, sentimentos. (…) Mas há músicas que nos fazem retornar a um passado que nunca aconteceu.” Ao complementar a citação de Alves, Scaranto afirma que há músicas que nos direcionam a um futuro que pode acontecer.

Desse modo, por meio da musicoterapia é possível sentir, compreender, expressar e perceber sentimentos e emoções difíceis de expor. A raiva, o medo, a tristeza e a preocupação são sentimentos que, através dos sons, são colocados para fora e, assim, se tornam mais fáceis de serem tratados.

Segundo Scaranto, “cantar, ouvir ou tocar uma música tem um grande poder sobre as emoções das pessoas”. Mesmo quando não é você quem está cantando, a música, pela letra ou pela melodia, faz você entrar em uma nova realidade que te tira de toda a aura em que se encontra. Desse modo, de acordo com a sonoridade ouvida, “o paciente consegue sentir as suas emoções representadas, mesmo que a letra não retrate exatamente a realidade em que ele vive”, completa.

Nos consultórios, a música pode ser ouvida, cantada ou até mesmo tocada. Sempre de acordo com a realidade do paciente, também é possível a utilização de karaokês para a expressão das emoções. Assim, mesmo fora da sala de consulta, o paciente consegue também utilizar no seu dia a dia a música como uma válvula de escape. Para finalizar, Scaranto explica que a musicoterapia ajuda na melhora do humor, da criatividade e em questões físicas, como na regularização da frequência e respiratória em pacientes com doenças arteriais ou coronárias.

 


Alessandro Scaranto - Psicólogo - Especialista em Saúde Pública e Saúde da família
Acupunturista
@scaranto_psicologia


Como mostrar que alguém pode contar com você

Dicas para uma rede de apoio eficiente na prevenção ao suicídio


Se alguém não aguenta mais viver, o primeiro passo é estar aberto ao diálogo e conversar sobre o motivo. Depois, é essencial também estar disposto a ouvir. Independentemente do que for dito, é importante continuar escutando, sem julgamentos nem críticas. Todo mundo precisa saber que pode contar com alguém. Dessa forma, é preciso ser uma rede de apoio eficiente para quem precisa, como explica a psiquiatra Alexandrina Meleiro, membro do Conselho Científico da ABRATA (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos), que lançou a campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: O diálogo sobre depressão e ansiedade pode salvar vidas” junto com a Viatris.

 

Um alerta para familiares e amigos, que se sentem responsáveis por não ajudarem o suficiente a ponto de evitar um caso de suicídio: é preciso ter em mente que o ato é intencional e o parente não deve carregar a culpa. Por isso, a importância de uma rede de apoio para amparar quem está passando por algum transtorno. “Além de ajudar a criar essa teia de contatos para auxiliar a pessoa que precisa, também é possível emprestar a sua”, lembra Alexandrina.

 

Como criar rede de apoio para alguém que mostra sintomas de isolamento e depressão:

 

1) Entrar em contato com a pessoa e ver se consegue abertura para conversar e verificar o que está acontecendo, se de fato tem motivos para se preocupar. Ou se é algo momentâneo causado por um evento pontual. Perguntar se já conversou com mais alguém, quem são as pessoas mais próximas.

 

2) Procurar a família para saber se notaram algo e para levar a preocupação com a mudança de comportamento observada.

 

3) Amigos próximos, muito citados pela pessoa, também devem ser contatados.

 

4) Porteiro do prédio ou vizinhos: são indicados para fazer parte da rede de apoio, porque conhecem a rotina da pessoa. E estão perto, ainda mais para quem mora sozinho.

 

5) No ambiente de trabalho é preciso ter muito cuidado antes de levar a preocupação a alguém, para não piorar a situação da pessoa com preconceito ou bullying. A não ser que exista um amigo muito próximo no trabalho, em quem a pessoa confia e já demonstrou isso claramente.

 

A depressão precisa ser tratada; entretanto, nem todas as pessoas que sofrem desse transtorno mental recebem tratamento adequado. Além de apoiar, é fundamental lembrar que esse paciente precisa de respeito, compreensão e paciência. Portanto, é preciso deixar de lado qualquer julgamento ou cobrança. Para tentar acolher, deve-se ouvir, incentivar a adotar um estilo de vida saudável e encorajar a busca de ajuda profissional.


No Brasil, são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos e mais de 1 milhão no mundo, principalmente entre os jovens. Quase 97% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais, sendo que em primeiro lugar está a depressão, seguida de transtorno bipolar e abuso de álcool e de drogas ilícitas.

 

Atitudes que ajudam 

- Encontrar um local calmo para falar sobre esse assunto com a pessoa;

- Incentivar que procure tratamento com profissionais de saúde;

- Se perceber que existe um risco imediato, não deixe a pessoa sozinha.

 

Sinais de alerta 

- Agressividade e irritabilidade constantes;

- Desinteresse em atividades comuns à pessoa;

- Mudanças nos horários de sono;

- Mudanças na aparência;

- Uso de roupas de frio com frequência, inclusive em dias quentes, para esconder

marcas de automutilação;

- Isolamento e falta de contato constante.

 

O que fazer 

●       Praticar a escuta ativa sem críticas: como se sente? No que está pensando? Como posso ajudar?

●       Videochamada com amigos ou uma simples ligação tornam a vida mais alegre na pandemia.

●       Sugerir hobbies como pintura, dança e esportes.

●       Evitar julgamentos e não simplifique ou minimize a dor com respostas prontas.



Psicóloga da Escola da Inteligência explica como identificar sintomas de depressão em crianças e jovens e o que fazer

Especialista detalha que é fundamental criar uma rede de apoio que ofereça segurança em expressar seus sentimentos de forma a evitar o isolamento e até mesmo o suicídio

 

Pesquisa do IBGE revela que as meninas estão sentindo mais a saúde mental negativa do que os meninos. O estudo foi realizado com adolescentes de 13 a 17 anos e informa que para 29,6% das meninas a vida simplesmente não vale a pena. Entre os meninos, o índice daqueles que também pensam da mesma forma está em 13%. Cerca de 40% das meninas não aceitam o próprio corpo, enquanto que entre os garotos o número chega a 24,5%. Outro ponto de atenção é com relação ao bullying na escola: 57,8% das meninas e 20% dos meninos disseram já ter sofrido. Esses são indícios de que jovens e adolescentes podem estar com quadro de depressão.

 

A psicóloga e consultora Educacional da Escola da Inteligência Ana Lídia Zerbinatti informa como perceber os sintomas de depressão e, principalmente, de como colaborar com quem precisa, mas que não consegue pedir ajuda. “Para evitar que este quadro se agrave mais, é fundamental estar próximo, dar atenção e ter um acompanhamento médico. Isso envolve a participação direta da família, amigos e professores”, explica.

 

Para facilitar a identificação dos sintomas e saber o que deve ser feito para ajudar os adolescentes neste momento tão difícil, Ana Lídia traz dicas que podem ser colocadas em prática pelas pessoas próximas. A seguir estão os detalhes:

 

1.     Saber o que é a depressão e quais fatores a desencadeiam

A depressão é uma doença multideterminada. Não existe uma única causa, mas um grupo delas. É a resposta do nosso organismo para um conjunto de fatores quando passamos por perdas significativas na nossa vida. Por exemplo, traumas físicos e/ou emocionais; problemas familiares, acadêmicos, no relacionamento, entre outros. Isso traz mudanças ao estado psíquico da pessoa até o ponto em que ela acaba adoecendo. Ou seja, uma desestrutura na rotina, da perda de sentido, significado e de propósito na vida dessa pessoa.

 

2.     Tomar cuidado com a massificação das redes sociais

Os maiores índices de depressão, automutilação e suicídio entre crianças e adolescentes estão correlacionados com a massificação do acesso às redes sociais. Por exemplo, segundo investigação do jornal norte-americano The Wall Street Journal, um relatório interno realizado pelo Facebook informa que o Instagram, que faz parte da mesma empresa, está relacionado a danos à saúde mental de adolescentes. O estudo informou que 13% dos usuários britânicos e 6% dos norte-americanos relataram ter pensamentos suicidas em decorrência do uso do aplicativo. Este pode ser um indicativo do perigo do uso excessivo das redes sociais porque pode proporcionar a perda de referência do que é próximo da realidade dele. São padrões excessivos de felicidade, sucesso, beleza inacessíveis que podem levar à depressão.

 

3.     As consequências na saúde mental ocasionadas pela pandemia

A pandemia trouxe uma perda muito grande na rotina de socialização. Momentos de lazer foram prejudicados e isso pode ocasionar problemas de saúde mental. O primeiro passo é que as famílias observem seus filhos, como se comportam, expressam suas emoções, quem são seus amigos. Quanto mais a gente conhece, mais tem vínculo familiar e consegue se aproximar para fazer a intervenção e estar atento aos sinais. É muito comum ouvir de famílias que sofrem com casos de depressão, de automutilação ou mesmo de suicídio que o jovem não falou nada. Muitas vezes, a gente não está prestando atenção nos sinais daquela depressão

 

É importante conhecer os sintomas da depressão e, principalmente, seus filhos porque o que mais se destaca é a mudança de comportamento daquela criança ou adolescente. Geralmente, é uma apatia, falta de vontade de fazer as coisas. Porém, faz parte do comportamento dos jovens, principalmente os adolescentes, ficarem mais entediados e com falta de interesse. Por isso, não é apenas a mudança em si, algo que acarreta em prejuízos para aquele jovem. Por exemplo, se a família começa a perceber que a pessoa não quer mais sair com os amigos, perdeu o interesse em atividades de que antes gostava, reclama de ter que ir à escola, começa a ter dificuldade na escola, perda ou excesso de peso e sono. A partir de qualquer desses indícios, é preciso ficar atenta.

 

4.     A importância da relação integrada entre família e escola

A escola também precisa conhecer seus alunos, estar atenta a esses sinais e fazer os encaminhamentos adequados. A escola deve orientar a família. O mesmo vale para a família e ambos precisam atuar de forma conjunta. A disciplina de educação socioemocional ajuda a prevenir para que o aluno possa se conhecer melhor, expressar o que sente, se aproximar mais dos amigos, família e professores, conseguir pedir ajuda quando necessário, gerenciar e reduzir situações de estresse. É importante que a pessoa com depressão tenha um acompanhamento médico porque se trata de uma doença e que as pessoas em volta criem uma rede de apoio ao paciente. É papel da família, escola e amigos estar presente, incentivar e acompanhar o tratamento porque mostra à pessoa que ela não está sozinha.

 


Escola da Inteligência


Meditação, autocompaixão e menos estresse no trabalho

Uma liderança compassiva, amorosa e dedicada ao bom desempenho de sua equipe tem pela frente um longo caminho de equilíbrio e autoacolhimento a trilhar. E uma dessas rotas passa pela mindfulness. Esta técnica simples de meditação, desconectada de qualquer religião ou doutrina, traz muitos benefícios. O principal deles é exercitar a mente, permitindo que todas as experiências do momento estejam presentes.

As práticas de meditação mindfulness estimulam o desenvolvimento do córtex pré-frontal, que a neurociência define como a área do cérebro responsável por diferentes funções cognitivas, como atenção, julgamento, resolução de problemas, discernimento, pensamento crítico, organização, priorização, controle de impulsos, perseverança, regulação emocional e aprendizado contínuo a partir das experiências.

Embora não pareça, algumas percepções que possamos ter de nós mesmos em determinados períodos ou situações, como distrações, procrastinação, hiperatividade, falta de organização, baixa capacidade de julgamento, ansiedade, dificuldade para gerir o tempo, atrasos constantes, são indicativos de que há algo “desregulado” em nosso córtex pré-frontal.

A meditação mindfulness vem acompanhada de muitos benefícios. A lista é extensa, mas podemos colocar entre os principais efeitos a clareza mental e a facilidade na hora de tomar decisões. Como técnica, também propicia o desenvolvimento da autoconsciência e a consciência das emoções, que nos leva a não mais reagir de maneira intempestiva.

Como prática meditativa contemplativa multissensorial, a mindfulness não requer grandes condições para ser aplicada. Podemos meditar caminhando, enquanto fazemos um intervalo para o lanche, em pé, repousando, e mesmo quando estamos alongando a musculatura corporal nas pausas laborais.

A meditação também surte efeitos importantes na redução do estresse. Pesquisa realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, juntamente com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto Appana Mind, revelou que uma hora e quinze minutos de meditação, três vezes por semana, ao longo de dois meses, conseguiu reduzir à metade a concentração do cortisol, o hormônio do estresse, em um grupo de cuidadores de doentes de Alzheimer, categoria profissional em que se verificam índices altíssimos de estresse.

Para quem está começando, ou quer começar a meditar, justamente para ter mais equilíbrio e entendimento de suas emoções e atitudes, recomendamos as “três respirações conscientes”.

Eis aqui um exemplo prático: antes de iniciar uma reunião, de responder e-mails, de enviar mensagens de WhatsApp, de fazer uma refeição, a cada hora meia ou a cada 30 minutos, coloque um lembrete no alarme do celular e pause por alguns segundos para retomar o foco.

Faça assim: com três respirações, traga a sua atenção para o momento presente. Inspire e atente-se à sua respiração, ao seu corpo e à sua mente, perguntando-se: o que é importante agora?

Este exercício muito simples orienta o foco para o momento presente. E quanto mais presentes estivermos conosco, mais seremos capazes de oferecer a atenção plena ao outro.

 

Mais autocompaixão, por favor

A liderança compassiva pressupõe disposição para ajudar a equipe a se sentir segura e cumprir os objetivos. Mas tão importante para o gestor quanto ter este direcionamento é tratar-se sempre com gentileza.

Neste sentido, a prática da autocompaixão é fundamental para que a liderança enfrente um eventual fracasso com leveza, exercitando a coragem e a resiliência para tentar novamente e com mais vontade.

Exercer a autocompaixão, tendo a meditação mindfulness como aliada, nos ajuda a enfrentar os desafios com mais clareza da realidade. E nunca se esqueçam: quanto mais presentes, mais autoconscientes somos das nossas necessidades.


Vamos praticar?

No YouTube, disponibilizo um vídeo que gravei sobre a prática da autocompaixão. Pratique assim que puder: https://www.youtube.com/watch?v=EAjC1hU5lgA

 


LIGIA COSTA - Escritora, palestrante e pesquisadora. Fundadora do Thank God it’s Today, agência dedicada a desenvolvimento humano e promoção de Inteligência Emocional e Mindfulness para equidade de gênero, diversidade e inclusão, é precursora no Brasil do Movimento Liderar com Amor Gera Lucros. Graduada em Marketing pela Universidade Mackenzie, com pós-graduação em Gestão Organizacional e Relações Públicas pela ECA-USP. Também é certificada em Mindfulness pelo Centro de Felicidade do Butão. Professora na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV/ESSP), tem no currículo certificação em Neurociências, Inteligência Emocional e Mindfulness pelo instituto SIYLI, criado no Google, na Califórnia, e reconhecido em mais de 50 países com programas e eventos direcionados a dezenas de milhares de profissionais.


Chegada do calor liga alerta para câncer de pele, que exige tratamento rápido

A primavera começou no último dia 22 de setembro, sinalizando oficialmente a abertura da temporada de calor no Brasil. Este é um período em que as pessoas ficam mais tempo expostas ao sol. Apesar disso, a grande maioria ainda resiste às recomendações médicas para que usem o protetor solar com mais freqüência, independente de estarem na rua, no trabalho, na praia ou na piscina.

O resultado é a proliferação das doenças de pele, de modo particular o câncer, que se tornou o mais comum no país – ele representa 30% do total de casos registrados, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). O Espírito Santo mantém-se próximo dessa estimativa. No início de 2020, o INCA projetava para o Estado o surgimento de 3.690 novos casos de câncer de pele, algo próximo de 33% dos 11 mil novos registros de pacientes oncológicos previstos para o ano passado.

Ainda de acordo com o INCA, o câncer de pele mais comum é o não melanoma, que tem origem em outras células que não sejam as produtoras de melanina. Embora seja a forma mais branda da doença, ele provoca manchas que incomodam o paciente.

“Por ser uma enfermidade que decorre de um comportamento cultural do brasileiro, esse tipo de câncer de pele tem um poder de incidência maior, principalmente nos períodos mais quentes. Toda forma de proteção é recomendada para quem se expõe ao sol em maior intensidade”, avalia Rodrigo Felipe, presidente do Grupo First, conglomerado que mantém o plano de saúde You Saúde.


Prevenção


Em vista da necessidade de alarmar a população a prevenção acerca do câncer de pele, a You Saúde promoveu a distribuição de kits contendo protetores solar. A ação ocorreu em Vitória, capital do Espírito Santo. Cerca de 25 mil pessoas foram impactadas durante o mês de setembro em ações por toda grande Vitória.

O produto é importante neste momento porque ele impede que os raios solares UVA alcancem a derme (camada interna da pele), e impede que os raios UVB, atinjam a epiderme (a mais externa). A explicação para a eficácia é porque os raios que atingem o corpo encontram moléculas que absorvem a energia do sol. A ação do produto também varia de acordo com o fator de proteção solar (FPS), expressa por um número no rótulo. A aplicação de um filtro com FPS 80, por exemplo, permite que uma pessoa permaneça exposta ao sol por um período oito vezes maior sem que a pele fique avermelhada.

 

Campanha da ADJ alerta para relação do diabetes com doenças cardiovasculares

Com mensagem humanizada, campanha digital mostra importância de manter o diabetes sobre controle para evitar complicações ligadas ao coração


Enquanto o país deve atingir o número de 20 milhões de pessoas com diabetes em 2045, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 400 mil brasileiros morrem por ano em decorrência de problemas cardiovasculares, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. O que boa parte da população não sabe é que em um grande número de casos essas graves questões de saúde se cruzam. É neste cenário de necessidade de informação sobre a relação entre diabetes e doenças cardiovasculares que a ADJ Diabetes Brasil aproveitou o último dia 29 de setembro, Dia do Coração, para lançar a campanha digital “Se Cuida”.

As pessoas que têm diabetes são mais propensas ao desenvolvimento de alguma complicação cardíaca, caso não sigam o tratamento de forma adequada. Por isso, a ADJ tradicionalmente realiza ações presenciais nesta data, sempre com o objetivo de educar e conscientizar, mas precisou reformular a estratégia desde o ano passado por conta da pandemia. A abordagem deste ano, que conta com patrocínio das empresas Novo Nordisk e AstraZeneca, será virtual, apostando no poder de alcance das mídias sociais.

 

A Campanha


O vídeo mostra uma criança que tem diabetes entregando o desenho de um coração para o seu padrinho, que também tem a doença, narrando tudo o que ele precisa fazer para cuidar bem daquele presente tão valioso. Entre as recomendações: não beber, não fumar e seguir todas as orientações médicas. Na mesma data, uma live com cardiologista, profissional de educação física e nutricionista será realizada nas páginas do Facebook e do YouTube da ADJ com dicas multidisciplinares para cuidados com o coração.

Teve também um desdobramento nas redes, com outras cinco crianças com diabetes tipo 1 repetindo o mesmo movimento do vídeo, entregando seus corações em desenho para 5 adultos com diabetes tipo 2.  É importante declarar que toda a dinâmica seguirá os protocolos de segurança. Sobre a simbologia da ação, o presidente da ADJ Diabetes Brasil, Gilberto Casanova, diz:

“Estamos cada vez mais nos empenhando em disseminar informações não apenas sobre o diabetes, mas também sobre as suas complicações, como é o caso das doenças do coração. Nem todos relacionam o diabetes ao risco cardiovascular. Queremos levar este recado ao público, de uma forma que toque o coração, mostrando a pureza das crianças. Dar este alerta é nosso trabalho. Por isso, "Se cuida".

 

Como o diabetes impacta em risco cardiovascular?


O diabetes, tipo 1 ou tipo 2, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, mas não é tão associado quanto o colesterol, obesidade e triglicérides aumentados. Dados do Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde (VIGITEL), mostram que de 18 a 25% das pessoas que têm diabetes desenvolvem hipertensão arterial. Estudos apontam, ainda, que 30% dos casos de insuficiência cardíaca tem relação com o diabetes e que a doença leva ao dobro de risco de infarto.

 

Como a pessoa que tem diabetes pode evitar doenças cardiovasculares

  • Hábitos alimentares saudáveis
  • Prática regular de atividade física
  • Uso das medicações conforme prescrição médica
  • Manter os níveis de glicemia e Hemoglobina Glicada (HbA1C) sempre dentro das metas preconizadas pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes

 


Mais informações em: www.adj.org.br


Dia Mundial do Coração: procurar por atendimento a qualquer sinal de anomalia é primordial

Tratamentos precoces e procedimentos de urgência, como os do Vera Cruz Hospital, são efetivos para salvar pacientes com doenças cardiovasculares 

 

"Aos 37 anos, eu infartei. Depois disto, a minha vida é outra", conta a bancária Ana Carla Basso Fussi, de 43 anos. "Eu vivia uma fase bem animada da minha vida, era um domingo, saí para dançar com os amigos, mas não consegui me divertir, comecei a sentir um cansaço, como se fosse ficar gripada, e preferi voltar para casa. No dia seguinte, senti uma angústia no peito, e uma colega de trabalho me levou para o hospital. Ao receber atendimento, foi detectado que eu havia infartado", recorda.

A bancária é uma das exceções que procura por atendimento ao sentir os primeiros sintomas. Segundo Silvio Gioppato, cardiologista do Vera Cruz Hospital, muitas mortes por problemas do coração acontecem sem qualquer atendimento, em casa, por negligência a sinais de que algo está errado. "É importante estar atento aos sinais de infarto mais comuns, como a dor típica no peito, em aperto, predominando do lado esquerdo e irradiando para o ombro e braço esquerdos. Nos idosos, mulheres e diabéticos também devemos levar em consideração o mal-estar indefinido, de início súbito ou dor na boca do estômago que se irradia para pescoço e mandíbula. Habitualmente, há sintomas associados, como suor frio que predomina na parte superior do corpo, náuseas, vômitos, palidez, mal-estar indefinido e dor no peito", exemplifica.

A agilidade é um fator determinante para a sobrevivência dos pacientes que apresentam sintomas cardiovasculares. "Cada minuto é decisivo para salvar uma vida. No Vera Cruz Hospital, temos um Centro Cardiológico completo para urgência e emergência, 24 horas por dia, com protocolos assistenciais para rápida detecção de problemas cardiológicos", descreve o coordenador da cardiologia do Vera Cruz Hospital, Dr. Silvio Pollini, que ainda destaca um dos tratamentos disponíveis à população no hospital. "Para uma pessoa que teve infarto agudo do miocárdio, por exemplo, podemos realizar o cateterismo de urgência com angioplastia coronária primária, procedimentos percutâneos para correção de cardiopatias estruturais, além da abordagem cirúrgica das doenças cardiovasculares, sejam eletivas ou nas urgências".

O hospital também conta com outros exames, como ecocardiograma de última geração, exames intraoperatórios, incluindo ressonância magnética nuclear com imagens tridimensionais, angiotomografia de coronárias e angiotomografia de coronavírus. "Prevenir, diagnosticar e tratar com os melhores equipamentos e especialistas, cuidando de cada vida desde o primeiro contato com o paciente até o alcance do resultado clínico de sucesso, essa é a missão da cardiologia do hospital", concluiu Pollini.

As doenças cardiovasculares estão entre as que mais causam mortes no Brasil. Segundo dados do Cardiômetro (indicador da Sociedade Brasileira de Cardiologia), 1,1 mil pessoas perdem a vida todos os dias com problemas de coração: cerca de 46 por hora, 1 morte a cada 90 segundos.

Os dados por si só já chamam a atenção e, somados à pandemia do novo coronavírus (que chega ao 18º mês em setembro), preocupam ainda mais. Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), com dados do Portal da Transparência, mostra um crescimento de 6,4% em relação às doenças cardíacas em 2020, com destaque para as de causas cardiovasculares inespecíficas, 50%, que são as mortes ocorridas em casa. O que poderia ter acontecido com a Ana, se não tivesse procurado por atendimento.

Os números ganham destaque na quarta-feira (29), Dia Mundial do Coração. A data tem como meta alertar a população sobre prevenção destas doenças que, em 2021, já causaram mais de 280 mil mortes. Na visão de Gioppato, o crescimento neste número torna a prevenção ainda mais urgente. "Por isso, sempre saliento sobre a questão da importância da cautela, da valorização para os cuidados com essas doenças. Só assim conseguiremos reduzir as chances de eventos cardiovasculares", reforça.

Dentre as doenças cardiovasculares, duas se destacam: o infarto e o AVC (acidente vascular cerebral), responsáveis por mais mortes e incapacitação no mundo, respectivamente. Dos óbitos por infarto, 66% são de pessoas que não chegam a receber assistência médica (morrem na rua ou em casa), sendo grande parte passíveis de serem evitadas ou postergadas com cuidados preventivos e medidas terapêuticas. "O alerta, a prevenção e o tratamento adequado dos fatores de risco e das doenças cardiovasculares podem reverter essa grave situação", adiciona Gioppato.


 

Hospital Vera Cruz

Campanha pró-aleitamento materno atinge público 506 vezes maior em 2021

Intitulada "O Melhor Produto do Mundo", a ação reuniu influenciadoras famosas para conscientizar sobre a importância do consumo e da doação do leite. Startup parceira disponibilizou ferramentas que aumentam alcance das publicações para até 100% dos seguidores

 

Desde 1992, a Organização Mundial da Saúde (OMS) promove, no mês de agosto, uma campanha para alertar mães e pais sobre a importância de alimentar os filhos com o leite materno durante os primeiros meses e anos de vida. O Agosto Dourado, como é chamado, faz referência ao ‘ouro’ para destacar a preciosidade do alimento e sua importância para a saúde e o desenvolvimento dos bebês. Após quase 3 décadas de campanha, pela primeira vez, as ações da ONG brasileira "Eu Apoio Leite Materno" tiveram o auxílio de uma ferramenta capaz de maximizar o alcance nas redes sociais, e o resultado foi um número 506 vezes maior de pessoas acessando a página da organização e conhecendo o projeto, que neste ano foi batizado de "O Melhor Produto do Mundo".

Os dados são do balanço divulgado nesta semana pela startup Inflr, pioneira em marketing de influência no País, que disponibilizou gratuitamente sua plataforma para impulsionar as publicações de apoio no Instagram. Em parceria com McCANN Health, empresa de comunicação especializada em saúde e bem-estar, a INFLR aplicou seu método de maximização de posts em perfis de celebridades e influenciadoras que divulgaram a campanha em seus perfis, como a cantora Claudia Leitte, a atriz Flávia Alessandra, a apresentadora Titi Müller e a jornalista Renata Alves.

O sócio e diretor da empresa, Thiago Cavalcante, explica que, normalmente, as redes sociais limitam a entrega das postagens, em média, a apenas 5% dos seguidores de um determinado perfil. Por isso, a empresa se sensibilizou para que a campanha alcançasse o maior número de pessoas em 2021. "Quando a Inflr começou a crescer, percebemos o potencial do nosso método em conscientizar mais pessoas em campanhas como essa, que consideramos urgente. Descobrimos que muita gente ainda não entende a importância de não deixar que esse alimento falte para os seus filhos ainda bebês, além da necessidade de que as pessoas doem o leite materno para os bancos de leite no Brasil, que o fornecem gratuitamente. Como as redes sociais têm grande alcance, porém limitado devido aos mecanismos de filtragem delas, decidimos participar voluntariamente das ações para que mais usuários conhecessem o projeto", afirma.

Segundo o relatório divulgado pela Inflr, que analisou os resultados da campanha nos perfis das quatro influenciadoras e no da página De Um Pra Cinco, a quantidade total de visualizações orgânicas dos posts relacionados à campanha foi de 127.153. Já com o Modelo Inflr, foram 3.503.554 visualizações, um aumento 26 vezes maior. Somente no perfil da cantora Claudia Leitte, que alcançou 25.110 impressões orgânicas, o crescimento foi de 46 vezes, alcançando 1.163.811 visualizações. Mas o grande destaque, de acordo com Thiago Cavalcante, foi o número de pessoas que de fato clicaram e conheceram o projeto da ONG "Eu Apoio Leite Materno".

"Apenas 146 pessoas clicaram nos links que direcionavam à página de forma orgânica, sem o nosso modelo de divulgação. Mas com esse método, foram 73.815 cliques, 506 vezes mais! Este resultado nos deixou bastante satisfeitos, pois entendemos que conhecer a fundo o projeto é ainda mais importante, principalmente quanto à questão da doação do leite materno, já que a ONG é bastante didática sobre isso e, atualmente, os estoques do alimento nos bancos de todo o país não estão no nível ideal", diz o diretor da Inflr.


Causa urgente

De fato, o alerta é válido, segundo o médico pediatra Moises Chencinski, mentor do projeto. Ele afirma que a ampla divulgação da causa é necessária para além das datas comemorativas, pois o Brasil enfrenta dificuldades em repor o alimento nos bancos que oferecem gratuitamente. "Nosso país tem a maior rede de banco de leite de mãe do mundo à sua disposição, de forma gratuita, o que também depende de doações por parte da sociedade, pois em diversos momentos o produto fica em estado de escassez. Muitas mães não conseguem produzir o alimento em quantidade ideal e precisam recorrer aos bancos, enquanto muitas produzem o leite além do necessário para seus filhos e às vezes não sabem do valor que ele tem para outras crianças", explica.

O médico comemorou o alcance da campanha neste ano. "Muita gente acha que qualquer tipo de leite serve para os bebês, o que não é verdade. Durante os dois primeiros anos, este alimento oferece tudo o que a criança precisa para crescer e se desenvolver ao máximo, além de oferecer maior proteção ao sistema de defesa do organismo. E como essa audiência nunca antes registrada pela nossa ONG nas redes sociais, com certeza mais pessoas saberão disso pelo ‘boca a boca’, e menos bebês ficarão sem esse precioso alimento", afirma Moises Chencinski.

Mesmo fora do Agosto Dourado, as ações continuam nas redes sociais da ONG "Eu Apoio Leite Materno" para conscientizar o maior número de pessoas. Quem se interessar em doar ou adquirir o leite materno, de forma gratuita, pode consultar o banco de leite mais próximo através do site omelhorprodutodomundo.com.br. A página também fornece dados como informações nutricionais sobre o alimento e a relação da amamentação com a covid-19.

 

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