EMDR é uma nova forma de psicoterapia
desenvolvida com veteranos de guerra pela psicóloga Francine Shapiro nos EUA
A estimulação dos hemisférios cerebrais
auxilia no reprocessamento das experiências traumáticas amenizando os sintomas
da depressão
Depressão
é assunto sério. Até mesmo pessoas famosas – que aos olhos do resto do mundo
possuem tudo que é necessário para serem felizes – afirmam sofrer do transtorno
e se recolhem em clínicas. Pois o quadro desse transtorno pode encontrar alívio
real e bastante rápido se as memórias traumáticas acumuladas forem
reprocessadas pelo cérebro. Para isso, a abordagem terapeutica do EMDR - aprovada
pela Organização Mundial da Saúde - tem a solução.
Para o apontamento e tratamento eficaz dos transtornos depressivos e de ansiedade, a terapia de EMDR mostra sinais promissores. Segundo Ana Castello, quando o paciente apresenta um quadro de ansiedade generalizada ou de depressão profunda, muitas vezes isto pode estar ligado a traumas que ele viveu durante sua vida e o trabalho com a terapia de EMDR é eficaz para reprocessamento dos traumas.
"Por meio do EMDR, o profissional identifica a queixa que o paciente traz, localiza com o paciente os alvos que deverão ser trabalhados durante o processo terapêutico, começando pelo evento chave mais antigo que o paciente viveu e que gerou algum trauma que ficou aprisionado no seu cérebro e que o impediu de caminhar para frente em função dos resquícios sensoriais do trauma", afirma
Segundo a psicóloga especialista, o EMDR atua na origem dos sintomas ansiosos e depressivos atuais que vem de um ou mais acontecimentos na vida do paciente que são registrados por meio de imagens, crenças, emoções e sensações corporais. "Os sintomas excessivos que são marcas registradas da ansiedade e da depressão funcionam no presente como um bloqueio ao acesso e a percepção relacionadas com a informação referente aos acontecimentos que foram vividos no momento do trauma", comenta.
Ana Castello explica que o EMDR ajuda o paciente a reativar e redescobrir os recursos internos que o próprio pode dispor, e com eles encontrar suas capacidades potenciais para lidar com as vivências que foram difíceis e transformá-las em situações funcionais para lidar com as futuras preocupações.
"Consequentemente, um paciente que está pensando em suicídio pode livrar-se destes pensamentos e conseguir lidar com as dificuldades da vida de uma maneira diferente, após reprocessar os eventos negativos que o perseguiam durante os momentos ansiosos ou depressivos mais difíceis", conclui.
Associação Brasileira de EMDR
www.emdr.org.br