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quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Janeiro Branco: é tempo de cuidar da saúde mental


A ansiedade, depressão e transtornos alimentares são os distúrbios mentais mais comuns no mundo. As possíveis causas envolvem fatores genéticos e sociais.



O primeiro mês do ano alerta para conscientização e prevenção de transtornos relacionados a saúde mental por meio da campanha Janeiro Branco, promovida desde 2014. A ação, que convoca reflexões sobre a vida no início do ano, reforça a importância de atentar-se a aspectos relacionados à saúde mental e ao que pode ser feito para mantê-la equilibrada ao longo da vida. As hashtags #vemprasaudemental e #todostemdireitoasaudemental foram criadas destinadas a chamar atenção nas redes sociais para o Janeiro Branco.

Apesar de toda divulgação voltada ao mês, ainda falta reconhecimento do Janeiro Branco. De acordo com a base de buscas do BoaConsulta, a procura por psicólogos e psiquiatras mantém-se constante durante o ano, sem nenhum destaque no mês de janeiro, evidenciando a necessidade de relacionar o mês a preocupação e cuidado da saúde mental.

Ninguém está isento de ter a saúde mental afetada, pois a rotina acelerada exigida pela vida profissional faz com que muitos deixem de lado o bem-estar emocional e psíquico. Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a maioria dos transtornos mentais iniciam-se na juventude, pois é um momento na vida do adolescente de profundas mudanças, internas e externas.

“Metade de todos os transtornos mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada e tratada. Em termos de carga de doenças entre adolescentes, a depressão é a terceira principal causa. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos. O uso nocivo do álcool e de drogas ilícitas entre adolescentes é uma questão importante em muitos países (...)”, relatou a Organização.

Para a psicóloga clínica Lucimara Pizzotti, “vivemos em tempos imediatistas, onde as pessoas sentem a necessidade ou a pressão de serem perfeitas o tempo todo, a partir de exigências da sociedade e cobranças pessoais.” Ainda segundo ela, a tecnologia também pode ser um fator agravante de transtornos psíquicos. “A tecnologia veio para ajudar muito, porém vem sendo um impulsionador nesse processo de estresse, baixa autoestima, ansiedade e depressão.”

A ansiedade, depressão e transtornos alimentares são os distúrbios mentais mais comuns no mundo. As possíveis causas envolvem fatores genéticos e sociais. Incluir pequenas ações podem ajudar a ter uma vida mais equilibrada, como praticar atividade física na rotina semanal e reservar um tempo individual para fechar os olhos e acalmar a mente. “Precisamos focar também e principalmente no realismo, entrando em contato com nossos medos, frustrações e anseios, para que tenhamos foco!”, complementa Lucimara.

Quando os distúrbios atrapalham a rotina, porém, é preciso buscar ajuda. Na maioria das vezes, a procura por um especialista não parte da vítima, por isso, pais, professores e pessoas próximas devem estar atentos a sintomas dos transtornos mentais e encaminhar a tratamento a psicólogos e psiquiatras.






BoaConsulta



Como a musicoterapia favorece a preservação das funções neurológicas dos idosos


Atividades com música auxiliam a ressignificação de histórias, momentos e sentimentos, e a socialização de alguns pacientes que têm algum sentimento ou comportamento de isolamento



Quem nunca ouviu a frase motivacional “quem canta os males espanta”? A citação de quatro séculos em Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, é uma afirmação tão corriqueira quanto verdadeira. A música é uma poderosa ferramenta quando associada a atividades terapêuticas direcionadas aos idosos, como a musicoterapia.

“Fazer música é em geral prazeroso, nos ajuda a lidar melhor com nossos sentimentos, e facilita a comunicação e a socialização”, observa o musicoterapeuta Lucas Viveiros Gabriele, profissional responsável pelas sessões de musicoterapia do Residencial Santa Cruz.

A musicoterapia é uma terapia complementar em que se utiliza música e seus elementos (ritmo, melodia e harmonia), sons e até expressões não-verbais (movimentos, expressões corporais, gestos) para criar um canal de comunicação com o paciente. Através dela, se dá o processo terapêutico que pode ter diversos objetivos, como estimular a memória, coordenação motora, atenção, percepção ou até facilitar o autoconhecimento do paciente para lidar melhor com seus sentimentos e emoções.

No Residencial Santa Cruz, moradia para pessoas com mais de 60 anos, em pouco mais de um ano desde o início dos atendimentos da musicoterapia, já se observa uma evolução comportamental e funcional de seus moradores. “Pacientes com dificuldades na fala soltam a voz durante as sessões, aumentando sua capacidade de dicção das palavras. E também observamos ganhos principalmente na coordenação motora, atenção, memória e humor dos residentes”, avalia Lucas Viveiros Gabriele.

Com atendimento semanal e sessões com uma hora de duração, a musicoterapia é uma das atividades mais esperadas pelos moradores do Residencial, que se divertem muito. “O foco terapêutico é favorecer a qualidade de vida dos residentes, o que envolve preservar as funções mentais desses idosos, e a música é a atividade humana que mais estimula o Sistema Nervoso Central, auxiliando na prevenção de algumas patologias típicas dessa fase da vida e como terapia complementar de reabilitação nos casos de patologias demenciais”, observa Gabriele.




Cuidados com a alimentação ajudam no tratamento da gastrite e refluxo


Segundo nutricionista, alimentação adequada é fundamental para ajudar a melhorar os sintomas


A gastrite nada mais é que uma inflamação da mucosa do estômago e ser causada por alguns fatores: a bactéria H. Pylori, o aumento da secreção gástrica pelo estresse e ansiedade (gastrite nervosa), ou ainda pelo consumo e intolerância (individual) de alguns alimentos. Já o refluxo é aquela sensação de que o alimento fica o tempo todo “voltando” pelo esôfago. Suas causas são variadas, mas está relacionado a um problema causado pela válvula que separa o esôfago do estômago, permitindo que o conteúdo gástrico volte pelo esôfago.

Segundo a nutricionista e pesquisadora Aline Quissak, em ambos os casos o desconforto e as dores podem ser grandes e causam inúmeras queixas. “A alimentação nesses casos é fundamental para ajudar a melhorar os sintomas, mas é importante procurar um médico (gastroenterologista) para avaliar a situação e propor um tratamento paralelo”, avalia.

Porém, existem alguns cuidados com a alimentação que podem ajudar quem sofre com essas doenças. Tanto quem sofre com a gastrite, como quem tem problemas com refluxo, deve dar preferência a alimentos que tenham efeitos calmantes e anti-inflamatórios, como couve, gengibre, hortelã, alecrim e chás (sem cafeína). Consumir também  vegetais e legumes cozidos, além de frutas, sempre evitando as cítricas (limão, abacaxi, laranja).

Tomar bastante água durante os intervalos das refeições além de dar preferência aos temperos naturais, como coentro, manjericão, erva-doce, alho e salsa. Evitar o consumo de leite e derivados. Se for consumi-los, dar preferência aos desnatados. “O leite é um alimento alcalino, e o nosso estômago ácido. Quanto mais o ingerimos, mais ácido é produzido pelo nosso estômago, agravando os sintomas”, explica a nutricionista.

Evite a cafeína! Ela está presente em chás, cafés e outras bebidas, que quando consumidas em grandes quantidades, acabam prejudicando ainda mais o sistema digestivo que está debilitado. “Você pode substituir o café pela versão descafeinada e os chás pelos de camomila, hortelã, erva-doce, melissa e erva-cidreira”, complementa. E não para por aí, o chocolate também tem que ser evitado, já que também possui cafeína, o que estimula a produção de ácido pelo estômago.

Adicionar cúrcuma e gengibre nas refeições, pois ambos possuem ações anti-inflamatórias e fortalecem o sistema imunológico, ajudando no tratamento desses problemas.  Quanto a carne, consuma as mais magras como o frango (grelhado, assado), peixes com menos gordura, como pescada e merluza (ao forno, grelhado) e algumas carnes vermelhas com teor de gordura menor (coxão mole e patinho).

Álcool, temperos muito fortes (molho shoyo, pimenta, catchup, mostarda, canela, maionese), refrigerantes, bebidas energéticas, frituras, gorduras, embutidos, berinjela (digestão difícil), pimentão, tomate e molho de tomate, alimentos prontos congelados e industrializados, não devem ser consumidos pelo menos enquanto a pessoa estiver em tratamento. Fumar pode piorar ainda mais os sintomas para quem tem gastrite, pois aumenta a produção de ácido no estômago, causando irritação local e alterando a mucosa da boca e os dentes, prejudicando a digestão, que começa na boca.

Goma de mascar e as balas influenciam na produção de ácido no estômago, já que ele entende que algum alimento irá ser deglutido, mas como nada irá para o estômago, ele produz ácidos que causam mais desconforto. “Coma sem medo qualquer alimento que não esteja na lista dos que precisam ser evitados. Lembre-se de mastigar muito bem os alimentos. Evite fazer jejuns prolongados, preste atenção no que está comendo, escute seu corpo. Pode parecer complicado, mas são atitudes simples que ajudam, e muito, a melhorar tanto a gastrite quanto o refluxo”, finaliza Aline Quissak.








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