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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Com cerca de 180 mil novos casos por ano, câncer de pele atinge principalmente homens


Devido à falta de cuidados preventivos, como o uso diário de protetor solar, homens estão em primeiro lugar no ranking de mortes causadas pela doença.

Proteger a pele das radiações ultravioletas é o cuidado fundamental para manter uma pele saudável, principalmente com a chegada das estações mais quentes. Mas nem todos têm essa preocupação, já que segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados cerca de 180 mil novos casos da doença por ano, sendo que a maioria destes casos ocorre em homens. “O câncer de pele é o tipo de tumor mais incidente no Brasil, correspondendo a 33% de todos os tumores malignos registrados no país. Este tipo de câncer é definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Por qualquer célula do tecido poder originar a doença, existem diversos tipos de câncer de pele. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (CBC), responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide (CEC), representando 25% dos casos. Apesar de ser o mais incidente, o CBC é também o menos agressivo”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Além da genética, a principal causa do câncer de pele é justamente a falta de proteção contra os perigosos raios UV. E o descuido dos homens faz com que eles figurem em primeiro lugar no ranking de mortes causadas pela doença. “Além de não utilizarem o filtro solar diariamente, os homens se expõem com mais frequência ao sol, especialmente em horários não recomendados, como entre 10h e 16h. Mesmo os homens que aplicam o protetor solar, o fazem apenas uma vez ao dia e não a cada 2 horas, como é o ideal”, afirma a dermatologista.

Mas a falta de proteção não é o único problema. Segundo a Dra. Valéria, o diagnóstico precoce é mais complicado em homens do que em mulheres. Isso porque, nas mulheres, o lugar onde a doença mais aparece é nas pernas, enquanto nos homens aparece mais nas costas, o que torna difícil a percepção dos sinais. “É sempre importante procurar sinais de possíveis tumores. Por isso, peça para alguém de sua família procurar em suas costas por pintas muito grandes, assimétricas, com bordas irregulares, coloração diferenciada e que mudam de aparência com o tempo. Se for o caso, deve-se procurar um médico para realizar o diagnóstico”, destaca.

Quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de o tratamento ser bem-sucedido. Porém o mais importante é a prevenção. “O filtro solar é indispensável e deve ser aplicado diariamente a cada duas horas ou quando necessário, independentemente da estação do ano. Até mesmo em dias nublados o protetor se faz necessário, pois apenas 30% da radiação UV é barrada pelas nuvens. Além disso, lembre-se de sempre aplicar protetor solar na nuca, atrás das orelhas, nas costas e pés. Por fim, é fundamental que você realizr consultas regulares com um dermatologista”, finaliza a médica.







Fonte: Dra. Valéria Marcondes - Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. www.valeriamarcondes.com.br


5 dúvidas sobre o Parto Natural, respondidas pelo idealizador do Centro Paulista de Parto Natural


 Dr. Antônio Júlio Sales Barbosa, fundador do Centro Paulista de Parto Natural, esclarece as principais dúvidas das mulheres sobre o assunto


Nos consultórios de obstetrícia do país, têm se observado um aumento no interesse das mulheres pelo parto natural humanizado. Isso vai de acordo com o que é indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que promove o parto natural como a melhor alternativa para a saúde tanto da mamãe quanto do bebê.

Amparado pelos questionamentos mais comuns acerca do assunto, o obstetra e ginecologista Dr Antônio Julio Sales Barbosa, fundador do Centro Paulista de Parto Natural, respondeu as 5 principais dúvidas das futuras mamães que optam por esse tipo de parto. Confira! 

As principais dúvidas sobre Parto Natural, respondidas pelo Dr. Antônio Julio Sales Barbosa


Posso ficar na posição que eu quiser durante o parto ou preciso ficar deitada?

Dr. Antônio Júlio
: Um dos principais benefícios do parto natural é o protagonismo da mamãe. Isso é: ela pode e deve escolher a posição quer se sentir melhor, que a ajude a ficar mais tranquila e sentir menos dor.


Vou precisar fazer episiotomia se eu optar por Parto Natural?

Dr Antonio Júlio:
A episiotomia é um corte feito no períneo para ampliar o canal de parto e facilitar a passagem do bebê. Seu uso de rotina está em desuso, pois sabe-se que, na grande maioria das vezes, não há vantagens na sua realização. De maneira nenhuma ela é uma prerrogativa do Parto Natural. Ela é um procedimento médico que deve ser utilizado somente (e friso muito essa palavra) com a avaliação criteriosa do médico assistente. Há respaldo para sua utilização em poucas situações, como quando houver risco grave de lacerações vaginais ou o bebê estiver em uma posição difícil para sua saída ou for muito grande.


Tenho pressão alta. Posso ter Parto Normal?

Dr. Antônio Júlio
: Muitas vezes, em quadros de pré eclâmpsia ou eclampsia, o nascimento do bebê precisa ser antecipado, e talvez não seja possível o Parto Natural. No entanto, para a maioria das mamães com quadros de hipertensão leve ou moderada sob controle, ainda é possível a realização do Parto Natural.


Meu bebê está com o cordão umbilical enrolado no pescoço. Posso optar pelo Parto Natural?

Dr. Antônio Júlio
: A maioria das circulares de cordão não influenciam no bom andamento do Parto Natural. Em casos mais raros, se o cordão for curto ou estiver muito ajusto no pescoço, a descida do bebê pode ser dificultada e ele pode ter comprometimento de circulação sanguínea e batimentos cardíacos – facilmente identificados pela Cardiotocografia (exame realizado durante o trabalho de parto). Nesses casos, a possibilidade de um Parto Natural pode ser comprometida.


E se meu bebê passar da hora enquanto eu estiver esperando por um Parto Natural?

Dr. Antônio Júlio
: Para que isso não ocorra, é essencial um bom acompanhamento de pré-natal. No final da gravidez, não perca as consultas regulares com seu médico e realize todos os exames que ele solicitar. Com o acompanhamento correto, seu Parto Natural com certeza será bem sucedido.







Dr. Antonio Julio - ginecologista, obstetra e fundador do Centro Paulista de Parto Natural. Atualmente, divide suas atividades entre a gerência de uma unidade de saúde pública estadual e o Centro Paulista de Parto Natural, que coroa sua escolha e dedicação ao longo dos anos no atendimento a gestantes que se identificam com o parto natural. Dentro outros feitos, Dr Antonio Julio inaugurou, em parceria com colegas de profissão, o serviço de plantonistas da maternidade do Hospital Santa Catarina em 1992, passando a incentivar práticas do Parto Humanizado na instituição.


Dia Nacional de Combate ao Câncer: conheça oito mitos da doença


 Especialistas do Grupo Oncoclínicas pontuam os principais erros de informação relacionados à incidência de tumores malignos


Para muitas pessoas, falar sobre câncer é sempre uma questão delicada. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a incidência da doença no Brasil em 2018 deve ficar em torno de 600 mil novos casos, sendo que a estimativa indica que três em cada 10 tumores diagnosticados estão relacionados a hábitos evitáveis como tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol. Por isso, a melhor forma de reduzir os índices do câncer no país é garantir o acesso a informações qualificadas à população em geral. Ainda existem, contudo, muitas dúvidas relacionadas à doença que em boa parte têm suas respostas baseadas em dados que não possuem comprovação científica e nem tampouco refletem a realidade.

Para esclarecer alguns mitos sobre o tema, especialistas do Grupo Oncoclínicas dão suas opiniões sobre assuntos recorrentes nos consultórios e mídias sociais.


1- Mito: Todo câncer é igual

Na realidade, existem centenas de tipos de cânceres. E cada tipo de tumor evolui de forma diferente, assim como os métodos de tratamento podem variar de acordo com cada caso e as respostas às terapêuticas da mesma forma dependerão do comportamento do organismo do paciente. "Cada câncer tem uma única assinatura molecular com manifestações clínicas e prognóstico variáveis. Por isso, é inviável generalizar, pois cada paciente tem um caso específico", conta a Dra. Ana Paula Giuliani, oncologista da Oncoclínica Porto Alegre – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio Grande do Sul.

A especialista alerta ainda para o diagnóstico precoce como fator essencial para o sucesso no tratamento de todos casos de câncer, independente do tipo. "Não podemos indicar de forma genérica um ou outro medicamento que poderá ser eficaz para toda a gama de tumores malignos que existem, mas há um conselho que vale para a população em geral: busque sempre aconselhamento médico especializado caso note qualquer alteração à sua saúde. Quanto mais cedo identificado o problema, maiores as chances de cura", ressalta.


2- Mito: O câncer é hereditário. Você terá câncer apenas se existir em sua família

Grande parte da população acredita que casos de câncer na família aumentam as chances dos indivíduos desenvolverem a doença. E que quanto mais próximo o grau de parentesco, maiores os riscos de cedo ou tarde ser surpreendido com um tumor maligno. Porém, tais medos são infundados. Estudos internacionais apontam que apenas entre 5% a 10% dos casos de câncer são decorrentes da combinação genética familiar.

"É errado dizer que o câncer é uma doença hereditária, mas não é errado dizer que é uma doença genética. Nos acostumamos a relacionar a genética como algo hereditário e é aí que está o problema. Quando falamos em genética é porque existem alterações no DNA da célula tumoral. E essas alterações podem ser herdadas ou não dos pais. Mas é fato que se há um grande número de pessoas na família com o mesmo tipo de tumor e acometidos em idade mais jovem (abaixo dos 50 anos), pode ser um sinal de atenção e um oncogeneticista deveria ser procurado", contextualiza o Dr. Raphael Parmigiani, biomédico especialista em genética e sócio-fundador do IdenGene - Grupo Oncoclínicas, laboratório de análises especializado em testes genéticos para ajudar no tratamento e prevenção do câncer.


3- Mito: Os pacientes com pele mais escura não podem ter câncer de pele e não precisam usar protetor solar

O câncer da pele responde por 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil – são cerca de 180 mil novos casos a cada ano, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. Em 90% dos casos, o fator de risco é a exposição excessiva e sem proteção ao sol. "Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele, mas isso não significa que quem não se encaixa nesse padrão de características físicas está livre dos riscos de desenvolver esse tipo de tumor. Quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer de pele não melanoma", destaca o Dr. Frederico Arthur Pereira Nunes, oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico - Grupo Oncoclínicas.


4 - Mito: A quimioterapia é a mesma para todos os cânceres

Existe uma ampla variedade de medicamentos quimioterápicos e de combinação entre elas, com perfil de tolerância e toxicidade variável. Isso significa que nem toda quimioterapia é igual, sendo a definição sobre a droga feita de acordo com suas indicações para cada tipo de tumor e necessidades específicas de tratamento para o caso específico do paciente.

Quimioterapia é um nome genérico dado ao conjunto dos medicamentos que agem contra o câncer. Dentro dessa classificação existem diversos tipos de drogas que atuam de maneira diferente. Por isso, a escolha do tratamento depende do tipo da doença, suas mutações, pontos fracos, tamanho do tumor e o estado geral do paciente. Além disso, é preciso ressaltar que durante todo o processo contra o câncer podemos utilizar diversas opções terapêuticas como: cirurgia, radioterapia, medicamentos orais e intravenosos que são conhecido como quimioterapia, a ciência tem avançado na descoberta de novas frentes, como a imunoterapia, por exemplo", destaca o Dr. Felipe Ades, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO) – Grupo Oncoclínicas.


5 - Mito: Não há nada que você possa fazer para reduzir o risco de desenvolver câncer

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 80% dos casos de surgimento de tumores malignos estão relacionados ao nosso modo de vida, sendo o sedentarismo um dos principais protagonistas destas estatísticas. 

De acordo com a Dra. Ana Carolina Guimarães, oncologista do Oncocentro - unidade do Grupo Oncoclínicas em Minas Gerais, outro dado que reforça essa percepção vem de uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), que aponta que a prática frequente de atividade física pode reduzir o risco de desenvolvimento de 26 tipos de câncer, entre eles o de mama, neoplasia que mais atinge a população feminina no Brasil.

"Para manter seu risco baixo, o certo é manter um peso saudável, fazer exercícios regularmente e limitar a quantidade de álcool ingerida. Vale lembrar ainda que o incentivo à prática constante de atividades físicas e ingestão de alimentos saudáveis surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados de risco de desenvolver a tumores malignos como também forma de potencializar o processo de tratamento", diz.


6 - Mito: Quimioterapia significa que você vai perder o cabelo

Assim como existem variados tipos de câncer, também os efeitos dos diferentes tipo de medicamentos quimioterápicos podem variar de acordo com sua composição e resposta do paciente. Entre os efeitos colaterais de algumas quimioterapias, pode acontecer a queda dos fios de cabelo, que pode ainda variar de intensidade de acordo com cada caso.

"As células do câncer se multiplicam e crescem mais rápido que as células normais do corpo. Sabendo disso, os remédios foram desenvolvidos para atacar as células que se multiplicam mais rápido, assim reduzindo os tumores e aumentando a chance de cura em casos em que há indicação cirúrgica. O problema disso é que existem células normais do corpo que também se multiplicam rapidamente, como as células responsáveis por fazer crescer o cabelo. Por isso, dependendo do remédio que se use, pode ocorrer a queda do cabelo depois de alguns dias do tratamento. Normalmente os cabelos voltam a crescer algumas semanas depois do tratamento terminar", comenta a Dra. Clarissa Mathias, oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia (NOB) – Grupo Oncoclínicas.

Como alternativa para prevenção à perda dos fios durante o tratamento quimioterápico, há a opção de utilização de aparelhos que causam o resfriamento do couro cabeludo durante a administração da quimioterapia. "O frio faz com que os vasos sanguíneos se contraiam, assim menos sangue passa por partes do corpo que estão geladas. A ideia por trás dessa estratégia é fazer com que menos quimioterapia circule pela pele do couro cabeludo, reduzindo assim o efeito de queda de cabelo", explica.


7- Mito: Homens não desenvolvem câncer de mama

Assim como as mulheres, homens também apresentam glândulas mamárias e, portanto, apesar da baixa incidência, o câncer de mama pode se manifestar em homens. Apesar da baixa incidência - em cerca de 100 casos da doença, apenas um ocorre no sexo masculino – estima-se que os Estados Unidos registram cerca de 1900 casos ao ano e, na maioria das vezes, o diagnóstico é tardio.

"O diagnóstico precoce ainda é uma das principais ferramentas de sucesso para o tratamento do câncer, por isso a informação é essencial neste processo. Para detectar qualquer tipo de problema, é preciso que o homem realize o autoexame com frequência, principalmente depois dos 50 anos, faixa etária em que ocorrem mais casos do câncer de mama masculino . E claro, caso haja qualquer mudança suspeita na região mamária, é preciso deixar de lado qualquer tipo de preconceito e procurar a ajuda de um especialista", explica o Dr. Daniel Gimenes, oncologista do CPO - Grupo Oncoclínicas, em São Paulo.


8 - Mito: Fé é para pessoas fracas e apenas uma fuga para os pacientes com câncer

Na verdade, os pacientes com câncer que possuem fortes crenças religiosas têm melhores resultados, segundo um estudo publicado em 2017 no Cancer, um dos mais importantes jornais médicos do mundo. Uma outra análise, liderada pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, comprovou que pacientes que se valem de práticas religiosas apresentam 40% menos chances de sofrerem depressão durante o tratamento não apenas do câncer, mas das doenças em geral.

"Não há provas científicas de que a fé representa um reforço para o sistema imunológico, mas inúmeros estudos sugerem uma ligação entre religião e espiritualidade com a melhor saúde física relatada entre os pacientes com câncer. Elas funcionam como um incentivo extra para a autoestima dos pacientes e ajudam a proporcionar conforto diante do medo", finaliza a Dra. Clarissa Mathias, do NOB – Grupo Oncoclínicas.






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