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terça-feira, 27 de novembro de 2018

Em iniciativa inédita, indústrias de alimentos e bebidas lançam plano de redução voluntária de açúcares


Ação, em parceria com o Ministério da Saúde, tem como meta retirar mais de 144 mil toneladas de açúcares de alimentos e bebidas até 2022


As indústrias brasileiras, comprometidas com a promoção de estilos de vida saudáveis, anunciaram hoje mais uma ação inédita: um plano de redução voluntária de açúcares em alimentos e bebidas.

O trabalho tem como objetivo contribuir para a redução do consumo de açúcares pela população brasileira. Importante destacar que a maior parte do consumo de açúcar no Brasil vem do que é adicionado no preparo final dos alimentos em casa ou em bares e restaurantes: 56,3%. O açúcar adicionado nos alimentos industrializados responde por 19,2% do total consumido, de acordo com estudos feitos com base na última POF/IBGE.

A redução voluntária será feita em 23 categorias de alimentos e bebidas compreendidas em 5 grupos: bebidas adoçadas, biscoitos, bolos prontos e misturas para bolo, achocolatados em pó e produtos lácteos. O projeto prevê retirar, de forma gradual, 144,6 mil toneladas até 2022.

O acordo com o Ministério da Saúde é assinado pela Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), ABIR (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e VIVA LÁCTEOS (Associação Brasileira de Laticínios). Ao todo, fazem parte do acordo 68 indústrias, que representam 87% do mercado de alimentos e bebidas do País.


Histórico e detalhes 

Entre 2008 e 2010, um acordo entre o Ministério da Saúde e a Abia conseguiu retirar cerca de 310 mil toneladas de gordura trans dos alimentos industrializados. Já o Plano de Redução de Sódio, em curso, registrou a retirada de 17.254 toneladas até o ano passado. A meta é chegar a 28,5 mil toneladas em 2020.

Com relação ao acordo voluntário para a redução de açúcares, o início dos trabalhos foi marcado pela realização de diversos encontros, a partir de maio de 2017, entre representantes das indústrias e do Ministério da Saúde. Foram realizadas 6 oficinas técnicas sobre os seguintes temas: overview sobre os açúcares nos alimentos, bebidas adoçadas (néctar, refrescos e refrigerantes), bolos (bolos prontos e misturas para bolos), biscoitos (doce com e sem recheio, wafer), achocolatados e produtos lácteos (iogurtes, bebidas lácteas, fermentadas e não fermentadas prontas para consumo, iogurtes gregos e Petite Suisse).

O ponto de partida para a definição das metas de redução foi um levantamento feito com as empresas associadas, para identificar os teores de açúcares – em gramas por 100 gramas ou mililitros do produto - existentes em cada categoria e calculados os teores médios praticados. O principal critério adotado para o final dos primeiros quatro anos de pactuação é que todos os produtos do mercado possuam teores de açúcares menores ou iguais às essas médias identificadas.

Por exemplo, na categoria de biscoitos tipo "Maria" e "Maisena", a média ajustada foi de 22,8 g de açúcares por 100 gramas do produto. A meta é que, em 2022, esse seja o teor máximo de açúcares existente em todos os produtos dessa categoria.





ABIA
www.abia.org.br


Lesões por esforço repetitivo


Como evitar e tratar

Tudo em excesso faz mal. E isso vale também para o corpo. Como se sabe, abusar dos movimentos de mãos e braços -  seja no trabalho, no esporte, nos estudos – pode levar à chamada LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Essas lesões podem ser definitivas e deixar sequelas. Uma bom exemplo é a síndrome do túnel do carpo. “Este problema é mais comum do que se imagina. Costuma acometer principalmente pessoas que digitam muito, pois ocorre uma inflamação no nervo mediano na altura do punho. E devido à posição em flexão do punho e o tempo da digitação, há  uma inflamação do nervo. Os sintomas são formigamento e dor”, explica a reumatologista Karine Luz, da Clínica Ultrarticular de São Paulo.
A postura diante o computador pode gerar ainda problemas musculoesqueléticos e outros que envolvem nervos, ligamentos, músculos e tendões. “A má postura pode causar contração nos músculos e desencadear mialgias ou inflamação nos tendões e bursas (uma pequena bolsa cheia de líquido)”, diz a Dra. Karine.
Portanto, além da síndrome do carpo, há outras lesões como a epicondilite lateral (associada como uma lesão dos jogadores de tênis é uma inflamação dos tendões do cotovelo), doença de quervain (inflamação que afeta os tendões do punho que se dirigem para o polegar), além de tendinites dos extensores dos dedos e tenossinovite dos flexores dos dedos.
A LER, que não é caracterizada como uma doença, é diagnosticada a partir da descrição dos sinais e sintomas. E, caso necessário, o médico realiza exames de imagem como o ultrassom para indicar o tratamento correto. Em alguns casos, recomenda-se o uso de órtese (aparelho destinado a suprir ou corrigir a alteração morfológica de um órgão, de um membro ou de um segmento de um membro, ou a deficiência de uma função).
O tratamento dessas alterações é baseado também no uso de anti-inflamatórios e infiltrações. Trata-se de uma injeção de corticosteróide, que tem um efeito anti-inflamatório no local acometido. E quando realizada com o auxílio de aparelhos de imagem como o ultrassom, a agulha é visualizada em tempo real e evita o dano em outras estruturas. “Estudos recentes demonstraram que as infiltrações associadas com o uso de órtese evidenciaram melhora na síndrome do túnel do carpo a longo prazo. Contudo, se houver uma degeneração importante das fibras nervosas o tratamento cirúrgico é indicado. Dessa forma, orienta-se um diagnóstico e tratamentos precoces”, diz a médica. 

E como prevenir?
A melhor prevenção é a postura correta e o mobiliário adequado como altura da mesa e cadeira. O ideal é manter as costas sempre eretas e apoiadas em um encosto confortável, apoiar os pés no chão e manter os joelhos fletidos enquanto estiver sentado. É necessário alternar os períodos de atividade com de repouso, um exemplo permanecer por volta de 1 minuto em pé a cada 20 minutos sentado.  Lembrando da necessidade de realizar atividade física, pois alguns estudos evidenciaram que a prática diária dos exercícios no ambiente de trabalho previne doenças causadas por esforços repetitivos e ainda motiva mudanças nos hábitos posturais, além de prevenir o risco de doenças cardiovasculares e despertar nos trabalhadores a consciência em prol da saúde corporal.






Karine Luz - Médica responsável pela clínica Ultrarticular, São Paulo. Formada pela Universidade Católica de Pelotas, com especialização em Reumatologia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde realizou mestrado e doutorado com estudos em infiltração em reumatologia e o uso do ultrassom na artrite reumatóide.Possui cursos e treinamentos para o uso do ultrassom nas doenças reumatológicas em centros de referência internacionais: Universidade de Leeds (Inglaterra), UniversitàPollitecnicadelle Marche (Itália) e Universidade de Barcelona (Espanha). Membro da Comissão de Imagem da Sociedade Brasileira de Reumatologia e do Grupo de Ultrassom do PANLAR (Pan American LeagueofAssociations for Rheumatology).http://ultrarticular.com.br/


Com cerca de 180 mil novos casos por ano, câncer de pele atinge principalmente homens


Devido à falta de cuidados preventivos, como o uso diário de protetor solar, homens estão em primeiro lugar no ranking de mortes causadas pela doença.

Proteger a pele das radiações ultravioletas é o cuidado fundamental para manter uma pele saudável, principalmente com a chegada das estações mais quentes. Mas nem todos têm essa preocupação, já que segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são registrados cerca de 180 mil novos casos da doença por ano, sendo que a maioria destes casos ocorre em homens. “O câncer de pele é o tipo de tumor mais incidente no Brasil, correspondendo a 33% de todos os tumores malignos registrados no país. Este tipo de câncer é definido pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Por qualquer célula do tecido poder originar a doença, existem diversos tipos de câncer de pele. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (CBC), responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermoide (CEC), representando 25% dos casos. Apesar de ser o mais incidente, o CBC é também o menos agressivo”, explica a dermatologista Dra. Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology (AAD).

Além da genética, a principal causa do câncer de pele é justamente a falta de proteção contra os perigosos raios UV. E o descuido dos homens faz com que eles figurem em primeiro lugar no ranking de mortes causadas pela doença. “Além de não utilizarem o filtro solar diariamente, os homens se expõem com mais frequência ao sol, especialmente em horários não recomendados, como entre 10h e 16h. Mesmo os homens que aplicam o protetor solar, o fazem apenas uma vez ao dia e não a cada 2 horas, como é o ideal”, afirma a dermatologista.

Mas a falta de proteção não é o único problema. Segundo a Dra. Valéria, o diagnóstico precoce é mais complicado em homens do que em mulheres. Isso porque, nas mulheres, o lugar onde a doença mais aparece é nas pernas, enquanto nos homens aparece mais nas costas, o que torna difícil a percepção dos sinais. “É sempre importante procurar sinais de possíveis tumores. Por isso, peça para alguém de sua família procurar em suas costas por pintas muito grandes, assimétricas, com bordas irregulares, coloração diferenciada e que mudam de aparência com o tempo. Se for o caso, deve-se procurar um médico para realizar o diagnóstico”, destaca.

Quanto antes for diagnosticado, maiores são as chances de o tratamento ser bem-sucedido. Porém o mais importante é a prevenção. “O filtro solar é indispensável e deve ser aplicado diariamente a cada duas horas ou quando necessário, independentemente da estação do ano. Até mesmo em dias nublados o protetor se faz necessário, pois apenas 30% da radiação UV é barrada pelas nuvens. Além disso, lembre-se de sempre aplicar protetor solar na nuca, atrás das orelhas, nas costas e pés. Por fim, é fundamental que você realizr consultas regulares com um dermatologista”, finaliza a médica.







Fonte: Dra. Valéria Marcondes - Dermatologista da Clínica de Dermatologia Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia com título de especialista e da Academia Americana de Dermatologia. Foi fundadora e é membro da Sociedade de Laser. www.valeriamarcondes.com.br


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