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quarta-feira, 21 de novembro de 2018

A VITÓRIA CHEGOU, SUCESSO É O QUE VEM DEPOIS.


       Com tantos amigos querendo ir morar em Portugal para viver em ambiente civilizado, pus-me a pensar que isso representava uma espécie de regressão à vida intrauterina. Afinal, foi de lá que nos veio a civilização com os valores e os padrões de relação que lhe são inerentes. Nas últimas décadas, na cidade e no campo, o ambiente social brasileiro foi se decompondo, brutalizando. A mobília urbana é civilizada. Temos hospitais, escolas, e tudo mais, mas os usuários, em número crescente, foram deixando de lado referenciais e limites indispensáveis a um convívio social que se identifique com civilização. Então, além-mar; então, Portugal.

        Não éramos assim. Nos anos 60, cantamos com Vinícius de Moraes e Tom Jobim que “quando derem vez ao morro, toda cidade vai cantar!”. Hoje, quem canta no morro são fuzis e metralhadoras. Chegamos a um ponto em que o país se tornava tão insuportável quanto insanável, pois a hegemonia do pensamento esquerdista preservava o caos em todas as suas vertentes. Por isso, a rejeição à ordem, à segurança pública, às várias formas de autoridade, à instituição familiar; por isso, também, a defesa da liberação das drogas, do aborto, da ideologia de gênero nas escolas, do ativismo pedagógico e da militância política no Poder Judiciário.
Então, neste abençoado ano da graça de 2018, a democratização do direito de opinião emergiu poderosa nas redes sociais. Vieram as eleições e as vitórias de outubro. Interrompeu-se o predomínio da esquerda, que se dizendo “progressista” estava retirando o Brasil do mundo civilizado. Não há bem possível quando o mal é insistentemente buscado, louvado e praticado. Ademais, a Venezuela estava logo ali, suscitando reverências e apontando descaminhos.
Para escândalo dos tradicionais fazedores de cabeça, monitores habituais da opinião pública, após 30 anos de um ruinoso roteiro sinalizado pela Constituição de 1988, a maioria da opinião pública deu um solene “Basta!” aos “progressistas”.  Literalmente, a maioria saiu do armário onde, constrangida, remoía as próprias convicções conservadoras, patrulhadas pelo politicamente correto e pela única ideologia que se fazia ouvir no tom alto e glamoroso dos grandes meios de comunicação.
Contudo, é bom que eleitores e eleitos saibamos: não salvaremos o Brasil do caos apenas com os valiosos e imprescindíveis princípios do conservadorismo. Nossos problemas não são apenas de conduta e regras de convivência. Precisaremos das reformas usualmente identificadas com o rótulo de “liberais”, voltadas à redução do tamanho e peso do Estado, ajuste fiscal e reforma tributária, desregulamentação, desburocratização, desaparelhamento da máquina pública, extinção de mordomias e privilégios. Sem a reforma da previdência social, o país afundará em nova recessão. Ela levará à instabilidade política e ao caos – caldo de cultura dos que hoje juntam forças para, na oposição, jogar como sabem: à base de tranco, empurrão, puxão de camiseta, cama-de-gato e carrinho por trás. É sua receita para o ameaçador retorno.
Obtida a vitória nas urnas, o sucesso passa a depender da combinação das duas receitas. De um lado, os princípios e valores que inspiram condutas civilizadas; de outro, as ações de Estado com vistas às liberdades econômicas e ao equilíbrio das contas públicas. Ainda é mais viável do que uma mudança para Portugal.

       

Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.




Porque o mercado de criptomoedas ganha cada vez mais espaço e credibilidade

  
Desde que alcançou ampla popularidade no fim do ano passado, o mercado de criptomoedas esteve marcado por discussões que envolvem a confiabilidade do sistema, a segurança, a transparência, a regulamentação ou a alta volatilidade da moeda. A verdade é que essa agenda é superada a cada dia pela revolução que o bitcoin vem causando no sistema financeiro.  As criptomoedas possuem um valor de US$ 200 bilhões e somam mais de US$ 6 trilhões desde que surgiu, segundo dados de abril deste ano.

Descentralizado e distribuído, ou seja, não controlado por nenhuma entidade ou governo, o mercado de cripto está ancorado na blockchain, o que garante segurança e praticamente impede ataques ou adulteração. Para se ter uma ideia, hoje seriam necessários US$ 56,5 bilhões e uma estrutura computacional como a da Nasa para burlar a rede Bitcoin.

Qualquer movimentação em bitcoin fica registrada e disponível para visualização na blockchain por parte dos usuários. Ainda assim, as consultas são feitas aleatoriamente e as ligações entre as transações exigem um conhecimento aprofundado de navegação nos incontáveis nós da rede.

Isso já começa a fazer das exchanges agentes do processo de transparência e de combate a crimes como lavagem de dinheiro. Alguns magistrados de diferentes órgãos do Poder Judiciário têm demandado consultas às nossas bases de dados, e o fazem requisitando informações e até bloqueio de eventual saldo em criptomoedas, vinculado a determinado CNPJ ou CPF tornado réu em alguma operação criminal.

A ausência de regulamentação específica do setor também já não inibe o mercado. Esse é um segmento extremamente organizado e a prova está na tributação de suas atividades, mesmo sem definição da categoria. As criptomoedas precisam ser declaradas ao fisco brasileiro no Imposto de Renda, por exemplo.

Além disso, ganha força a defesa da autorregulação. Entende-se que o Conselho Monetário Nacional poderia outorgar, como já se faz no mercado imobiliário, poderes a associações que têm como objeto social a defesa do mercado de criptomoedas. Essas entidades, com notória e irrefutável expertise no segmento, ficariam encarregadas da regulação, supervisão, fiscalização e certificação do criptomercado, com vistas a preservar a segurança, eficiência e integridade das operações de negócios e ofertas.

O ideal é que um dia cheguemos ao patamar de países como o Japão, que promoveu a autorregulação e passou a reconhecer as criptos como “moedas legais”, a aumentar a fiscalização contra operações ilegais e para segurança dos investidores. Até mesmo o governo aceita receber seus impostos em moedas virtuais e recentemente um banco tradicional do país passou a fazer oferta de criptomoedas.

O bitcoin também ganha força como forma de investimento. Ao comprar na “baixa” e vender na “alta” e realizar negociações até mesmo com outros usuários das plataformas das exchanges, é possível conseguir boa rentabilidade mesmo em ambiente alta volatilidade. Ganha ritmo agora o uso das criptomoedas como meio de troca de produtos e serviços, especialmente pela possibilidade de realizar transações de maneira rápida, ágil e acessível. Em todo o mundo, são mais de 13,5 mil estabelecimentos, de acordo com o site CoinMap.org, que realiza o monitoramento.

A expansão deve continuar mesmo diante de resistência no sistema financeiro tradicional. Para entrar no segmento de criptos ainda é preciso fazer a troca pela moeda fiduciária e passar pelos bancos, mas a tendência é de que haja uma transformação cada vez maior nesse novo mundo que vai muito além da simples compra e venda de bitcoins.

É com essa certeza que o Grupo Bitcoin Banco investe em estruturas que materializam o mundo das criptomoedas. Nossa agência física em Curitiba é pioneira e oferece produtos concebidos inclusive para quem não tem intimidade com moedas digitais. Entre eles, modalidades de investimento por 90 ou 180 dias, com ou sem possibilidade de trade, que remuneram o cliente com 1% ao mês em bitcoin, com base no valor investido. Na plataforma La Rêve, um depósito por 12 meses permite escolher um “presente” no valor correspondente.

Com as inovações, o Grupo Bitcoin Banco prova ser possível fazer investimento seguro e transparente em criptomoedas, sem risco de perdas. Mais um caminho para oferecer ainda mais credibilidade e consolidar o mercado de criptomoedas.
 





Jaime Schier - diretor comercial do Grupo Bitcoin Banco, contratualista com larga experiência no mercado financeiro e especialização em Direito Regulatório. Fazem parte do Grupo Bitcoin Banco as exchanges NegocieCoins e Zater Capital, além de outras empresas.


23% dos trabalhadores devem usar 13º salário com presentes de Natal, mostra pesquisa CNDL/SPC Brasil


27% vão economizar e 17% quitar dívidas em atraso com dinheiro extra. Apenas 11% vão priorizar pagamento de impostos e tributos de início de ano. Segundo pesquisa, 44% dos consumidores brasileiros vão recorrer a bicos para comprar mais presentes de Natal



Para muitos, fim de ano também é sinônimo de dinheiro extra entrando na conta e, por isso, alguns se perguntam qual deve ser a prioridade do uso do décimo terceiro salário. Um levantamento realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que dois (23%) em cada dez trabalhadores que recebem décimo terceiro salário devem utilizar ao menos parte desse dinheiro extra para comprar presentes de Natal. Na lista dos principais destinos quem encabeça é a intenção de poupar ou investir a quantia recebida, com 27% de menções.

O recebimento do décimo terceiro salário também é visto pelos consumidores como uma oportunidade para organizar a vida financeira. De acordo com a pesquisa, 17% dos trabalhadores pretendem utilizar o dinheiro extra para quitar dívidas que estão em atraso. Há ainda 16% que vão gastar o recurso durante as festividades de Natal e Ano Novo e 13% que vão pagar despesas essenciais da casa, como contas de água e luz. Outra alternativa que aparece com menos força (11%) é guardar o dinheiro extra para cobrir tributos e impostos típicos de início de ano, como IPTU e IPVA, por exemplo.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, antes de decidir o que fazer com o dinheiro do décimo terceiro salário, o ideal é que o consumidor faça uma análise de sua situação financeira e estabeleça prioridades. “O dinheiro deveria ser primeiramente pensado para pagar dívidas atrasadas, empréstimos ou para investir. Se o consumidor tem apenas uma dívida em aberto, é mais fácil resolver o problema. Caso exista mais de uma, o ideal é escolher aquela que está atrasada ou optar pela que possui o valor com juros mais altos como, por exemplo, cheque especial e cartão de crédito”, afirma Vignoli.

Vignoli ainda alerta que é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, as mensalidades escolares e o IPVA, por exemplo. “Assim como a quitação de dívidas atrasadas, a formação de uma reserva para saldar compromissos típicos de início de ano também deve ser uma prioridade do consumidor. Todos os anos elas aparecem, mas muitos só deixam para pensar nessas despesas quando elas chegam”, alerta Vignoli.


44% dos entrevistados vão recorrer a bicos para gastar mais no Natal

A pesquisa ainda mostra que 44% dos entrevistados pretendem fazer bicos ou seja, atividades que possam gerar uma renda extra, para comprar mais presentes para o Natal, principalmente os mais jovens (54%) e as pessoas das classes C, D e E (51%).médio de 45% nos produtos e serviços ofertados.

“Muitos consumidores costumam recorrer aos trabalhos informais e temporários
para comprar presentes melhores ou em maior quantidade. O Natal é uma data comercial de grande apelo e tem uma importância simbólica para as pessoas. Portanto, se a pessoa quer investir um pouco mais na festa e nos presentes, por que não procurar uma atividade que possa gerar mais recursos? Outra dica é não dividir o pagamento dos presentes em muitas parcelas para não sobrecarregar o orçamento com as contas de início de ano e pesquisar bastante para conseguir bons descontos e condições vantajosas”, orienta Vignoli.



Metodologia

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%.





Praxeologia, economia e o entendimento da ação humana



"O ser humano tem três necessidades básicas iniciais: alimento, abrigo e repouso. Se elas não forem atendidas, em poucos dias o homem morre. Nas comunidades primitivas, em que outras necessidades quase não existiam, os homens saíam de manhã e voltavam com o produto de suas atividades de caça, coleta e pesca, e então se alimentavam das frutas coletadas, dos peixes pescados e dos animais abatidos. Por óbvio, nem todos os membros da comunidade participavam do trabalho, a exemplo das crianças.

Para abrigar o corpo e se proteger das intempéries do clima, usavam couro de animais, folhagens e adentravam as cavernas, onde repousavam e dormiam. Assim vivam as comunidades primitivas, também dividiam as tarefas e repartiam o que produziam. Se alguém quiser saber como nasceu a economia (sistema de produção, distribuição, circulação e consumo), basta remontar à história e ver que ela nasceu com a luta do animal homem para preservar sua vida.

Nesse sentido, a economia é a ciência da ação humana, definida como o emprego de meios para atingir fins. À medida que a população foi aumentando, instrumentos de produção foram inventados (os chamados “bens de capital”, como as ferramentas movidas pelos braços humanos), o conhecimento sobre as leis da natureza foi se ampliando, a coexistência em grupos se expandiu, provocando o surgimento de outras necessidades, outras atividades e formas novas de produção, distribuição e consumo.

Com o passar do tempo, começaram a se misturar ações humanas de natureza puramente econômica com formas de organização das comunidades (é o caso das cidades e, com elas, o alvorecer da política) e as interações e conflitos da vida coletiva (estudados pela sociologia), e a ação humana passou a ser observada, estudada e explicada por leis e regras que poderiam ser englobadas em uma única ciência: a ciência da ação humana, que existe com o nome de “praxeologia”, com sua teoria geral da ação humana.

O termo “praxeologia” foi empregado por Espinas, talvez pela primeira vez, em 1890, e vem do grego práxis (prática, hábito, ação). A rigor, a praxeologia é uma ciência maior, que seria a soma da economia, sociologia, política e psicologia. Para as relações humanas em comunidade e para a ação humana no âmbito da economia e das relações de mercado, foram escritas as leis jurídicas a fim de regular e controlar a vida e os atos humanos em sociedade, um corpo de leis tendo por base uma filosofia do direito. Esse ordenamento regulatório passou a fazer parte do conjunto das ciências sociais que hoje regem o destino das nações.

A economia é uma das mais novas ciências e, à medida que o homem foi inventando máquinas, processos e tecnologias – com a ajuda da física, da química e de outras ciências da natureza –, as necessidades se multiplicaram. Com o aumento da complexidade da vida social, descobriu-se haver uma regularidade e interdependência nos fenômenos de mercado, cujo entendimento deixou a humanidade aturdida e confusa, e levou à formação de um novo corpo de teorias para explicar a ação humana e suas consequências na luta diária para atender as necessidades múltiplas com os recursos escassos da natureza, do capital e do trabalho.

Durante séculos, os filósofos e os estudiosos da ação humana tentaram descobrir as leis (científicas) que governam o destino e a evolução da história humana. A evolução da economia (a ciência, não o sistema) mostrou ao mundo que existe um outro aspecto, diferente do bem e do mal, do justo e do injusto, segundo o qual a ação humana podia ser considerada. Quem melhor analisou a ação humana sob as teorias da nova ciência foi o grande Ludwig von Mises (1881-1973), um desses gênios raros que habitaram o planeta.

Mises dizia que toda ação humana representa uma escolha e, ao escolher, o homem opta não apenas entre bens materiais e serviços, mas entre todos os valores humanos. Assim, os teóricos começaram a entender a economia (agora, o sistema) como uma máquina de produzir, distribuir e consumir a partir de uma “ciência da escolha”. Isto é, até mesmo a escolha de seu trabalho e dos atos de compra e venda no mercado se conecta com as escolhas que o homem faz em relação aos valores que lhe são oferecidos para opção.

Quando a economia comportamental ganhou fama, muitos pensaram estar diante de uma novidade. Mas não. O comportamento do agente homem no mercado já vinha sendo estudado desde ao menos 1850, provocando a união entre os fenômenos econômicos e as análises científicas oferecidas pela psicologia. A partir do momento em que o Estado começou a crescer e a se tornar uma fábrica de normas intervencionistas na vida do indivíduo, sobretudo após a Primeira Guerra Mundial, o entendimento da economia passou a exigir conhecimento das teorias econômicas e, também, da psicologia, da filosofia, do direito, da sociologia e da política. Como dizia Friedrich von Hayek, não é bom economista quem é apenas economista.





José Pio Martins - economista, é reitor da Universidade Positivo.

Como encontrar oportunidades em cenários desfavoráveis?


                                                                                                      
Nas situações difíceis, como a que nos encontramos, boa parte das empresas entra no chamado “modo de subsistência”. Cortam custos, reduzem as atividades e ficam quase em hibernação, esperando a tempestade passar. É como aqueles pacientes que estão em estado grave e são colocados pelos médicos em “coma induzido”. Será que esta é a melhor forma de se enfrentar crises como a que estamos passando?

Empresários e executivos se acostumam com determinadas situações em que se sentem confortáveis. Um bom exemplo é quando temos uma carteira de clientes estável e previsível com os quais podemos contar. São as chamadas “vacas leiteiras” que, de uma forma ou de outra, garantem as vendas e as receitas. Isto é ótimo, porém, levam à uma “zona de conforto” onde as equipes de vendas “desaprendem” a prospectar. É como pescar em um aquário. Os peixes estão lá dóceis e bem alimentados. Mas o que ocorre quando este “aquário” fica com o nível de água tão baixo que os peixes mal conseguem sobreviver?

Em outras palavras, não é incomum quando atravessamos dificuldades, a nossa base de clientes, antes tão rentável, diminuir suas atividades e parar de investir. De uma hora para outra, nossos clientes reduzem drasticamente suas compras ou simplesmente param de comprar e nos deixam em situação complicada. É o tal círculo vicioso provocado pelas crises econômicas que parecem nos deixar em um beco sem saída. A consequência, geralmente, é o imobilismo que coloca em risco o próprio negócio. Existe alguma saída para esta situação?

Não tenha esperança de que as coisas vão mudar por elas mesmas ou que o governo fará alguma coisa pelo seu negócio. Esperança não é estratégia e mudanças dependem de nossas iniciativas e a primeira coisa a fazer é sair imediatamente da “zona de conforto” e procurar peixes em “outros aquários”.
Prospecte e busque oportunidades fora de seu nicho tradicional. Se a situação não é boa onde você está acostumado, é necessário buscar alternativas. Trabalhe alianças e parcerias. Uma boa forma de buscar novos mercados e novos cliente é colocar suas vantagens competitivas e suas expertises a serviço de parceiros de negócios. Colaboração entre empresas através de parcerias entre empresas complementares tem sido uma boa maneira de buscar novas oportunidades de negócio.

Mesmo quando existem aspectos onde empresas podem se considerar concorrentes, sempre podem ser encontradas sinergias que aumentam as chances de geração de oportunidades. E tudo o que se precisa em cenários desfavoráveis são novas oportunidades. Mas não esqueça de que gerar as oportunidades não é suficiente para que se tenha novas vendas. Um dos aspectos da “zona de conforto” é a perda da capacidade de executar as oportunidades de forma efetiva. Quero dizer, nos acostumamos a deixar que o cliente compre, muito comum quando se vende para a base de clientes existentes. Quando se busca novos mercados e novos clientes é necessário voltar a vender de forma proativa. Para isto, é importante ter processos e modelos de venda que permitam acompanhar, prever e mensurar os resultados de vendas.

Nestes tempos bicudos, é necessário investir em novos processos e, por vezes, em novas ferramentas que permitam suas equipes de vendas saírem da zona de conforto, buscarem novas oportunidades - elas existem, mas não tão fáceis de achar – e, finalmente, executarem estas oportunidades com eficácia.






Enio Klein - Professor nas disciplinas de Vendas e Marketing da Business School São Paulo

Black Friday: Psicóloga dá dicas para controlar as compras impulsivas



 Em tempos de promoções, é preciso ter cautela para não se arrepender depois


Em época de Black Friday o espírito do poder de compra dominam as propagandas e os desejos das pessoas. É fato que uma boa promoção pode trazer aquele bem tão desejado ainda mais rápido, porém é preciso ter cuidado para não cair na cilada que comprar apenas por impulso. Segundo pesquisa recente realizada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), cerca de 85% dos consumidores admitem fazer compras sem qualquer planejamento. No estudo, 47% dos entrevistados revelaram que o maior motivo para a gastança desenfreada é a ansiedade, seguida de perto pela a insatisfação com a própria aparência, que atinge 44% do público da pesquisa. Sendo assim, quatro em cada dez entrevistados declararam ter consumido por impulso em momentos de baixa autoestima, angústia ou tristeza.

Para a psicóloga Lia Clerot, o impulso é uma forma de compensação para suprir problemas de autoestima e inseguranças. “Acredito que a falta de visão de si mesmo e de amor próprio faz com que a pessoa desconte todas as suas frustrações e problemas em coisas externas, uns descontam na comida, outros na bebida e muitos nas compras”, ressalta a especialista. Segundo ela é preciso estar atento aos sinais, pois a pessoa que sofre desse mal vive num vazio constante, já que o prazer da compra é muito efêmero e se vai muito rápido, às vezes horas depois do bem adquirido.

Um alvo fácil para as campanhas e promoções natalinas são o mais jovens, como crianças e adolescentes. Conectados a todo tempo na web, onde tudo acontece muito rápido e com certo imediatismo, eles convivem a todo tempo com essa urgência de conseguir o querem o mais rápido possível e transmitem essa sensação aos pais na hora de comprar. “Nessa situação cabe aos pais avaliarem a necessidade de compra e não apenas satisfazer a vontade do filho. É valido ponderar quantos presentes a criança já ganhou, o real uso que ela fará dele e se precisa daquilo que está pedindo”, explica Lia.

Uma dica da psicóloga é evitar o cartão de crédito e o motivo está estritamente ligado a ínsula cerebral (responsável por, entre outras funções, coordenar as emoções)“Quando saímos só com  dinheiro na carteira e gastamos um grande volume, visualmente aquela movimentação nos impacta, já com o cartão cria-se a ilusão de que não houve um gasto já que não se viu quantitativamente o quanto se gastou, ali no ato de pagar o caixa”, finaliza. Outra dica é contar até dez “pode parecer estranho, mas contar mentalmente aciona o aspecto racional e ajuda a controlar o impulso” revela. Outra boa medida é diferenciar a necessidade do desejo, por exemplo: Se seu celular estraga, a compra de um novo é uma necessidade, porque você usa o telefone como meio de comunicação, mas se ele está em bom estado e você apenas quer um mais moderno, isso configura desejo.

O desejo é uma sensação de imediatismo muito comum na sociedade moderna, principalmente entre os jovens. “Vivemos a geração fast food, ou seja, tudo é pra agora, os meus desejos precisam ser realizados de forma imediata, e esse imediatismo é que acaba trazendo frustração e infelicidade. Acredito que a compra de algo que gostamos é importante, mas é necessário avaliar se temos a condição financeira para isso. A aquisição instantâneas  ou  simplesmente ter algo porque o outro tem, não preenche o vazio e não resolve nenhum problema, pensar melhor sobre as atitudes que tomamos é sempre uma boa solução para  todas as áreas da nossa vida” diz a psicóloga.




Como se proteger dos cibercriminosos durante a Black Friday


Fuja das armadilhas! Conheça os hábitos que devem ser seguidos para garantir uma compra segura na internet e evitar prejuízos


A Black Friday chega à sua 9ª edição brasileira em 2018 já consolidada como uma das principais ações promocionais do calendário varejista do Brasil. O sucesso da data, famosa nos Estados Unidos por anteceder o feriado de Ação de Graças, vem sendo impulsionado pela crescente expectativa dos brasileiros aliada à adesão cada vez maior dos lojistas, com descontos atraentes e facilidades de pagamento. E os resultados não poderiam ser outros: adesão da grande maioria do mercado varejista, e expectativa por descontos significativos por parte dos consumidores.

Para escapar do estresse e participar deste grande momento de vendas, muitos consumidores vêm preferindo realizar suas compras pela internet, seja por sites ou aplicativos diretamente nos smartphones. Porém, junto com a série de benefícios que o universo on-line proporciona, vêm os riscos. As chances de cair em armadilhas e fraudes durante as compras pela web são bem maiores do que em uma loja física.

E entre os principais motivos para as dores de cabeça estão as brechas de segurança encontradas nos sistemas dos próprios usuários aliado à falta de cuidado ao entrar nos sites ou em clicar em e-mails maliciosos – exemplos de "phishing" – que servem para que os cibercriminosos deem golpes naqueles consumidores mais desatentos ou inexperientes.

"Entender como essas fraudes funcionam e, acima de tudo, se prevenir adequadamente destes crimes são questões essenciais para evitar prejuízos que podem estragar a experiência do consumidor em uma época tão proveitosa para as compras", afirma o especialista em cibersegurança Wolmer Godoi, CTO da CIPHER.

De acordo com o especialista, para se precaver, é importante, primeiramente, informar-se sobre como os ataques mais recentes e modernos vêm sendo desenvolvidos pelos criminosos, bem como conhecer quais são os principais prejuízos a que as pessoas estão expostas ao comprarem pela internet sem um cuidado adequado. "Com um só golpe o consumidor pode perder muito dinheiro", ressalta Godoi.

Além de refletir sobre os comportamentos e hábitos mais frequentes na web, outro aspecto mencionado pelo especialista da CIPHER para garantir uma compra segura é fazer um checklist com as ações que devem ser tomadas para acabar com as brechas de segurança no computador ou smartphone como, por exemplo, manter sempre o equipamento atualizado ou não usar redes de Wi-Fi desconhecidas.

Confira outras dicas do especialista:

  1. Procure o máximo de informações sobre o site onde você quer comprar: "Pesquisar sobre a loja virtual onde você vai comprar é um passo imprescindível. Em sites como Reclame Aqui e Procon é possível buscar a reputação dos e-commerces e ver se há reclamações de consumidores, como, por exemplo, em atrasos na entrega, no uso indevido de dados e até em ofertas falsas, além de quais tipos de respostas aquelas empresas deram para a reclamação.";
  2. Verifique se o site que você está acessando tem o mínimo de segurança: "É importante que o usuário observe, ao efetuar a compra on-line, se o site tem protocolo de segurança e certificado HTTPS válido. Estes detalhes são vistos no próprio navegador, a partir da imagem de um cadeado na barra de navegação e do endereço da página. Além disso, uma outra dica é que, antes de clicar em algum endereço, o consumidor passe o mouse no banner da mensagem ou botão para ver no canto da tela se o link direciona para o endereço oficial da loja";
  3. Não use software pirata: "Utilizar softwares ou aplicativos piratas no seu computador ou smartphone pode facilitar ações de criminosos para acessar os dados pessoais e financeiros";
  4. Utilize uma solução de antivírus paga: "As soluções de antivírus pagas costumam investir mais e lançar vacinas com maior velocidade e frequência do que as soluções gratuitas";
  5. Suspeite de promoções que chegam pelo WhatsApp: "Ser um dos aplicativos de mensagens mais famosos do mundo traz o peso de também ser um alvo fácil dos criminosos. Isso significa que frequentemente links falsos de grandes lojas são divulgados em mensagens para roubar dados pessoais e senhas de cartões de crédito. Por isso, antes de clicar nos links que receber, verifique se a promoção existe na loja ou se a página existe em uma busca no próprio Google".





Wolmer Godoi Engenheiro de Computação com MBA em Governança de TI, atua com segurança de informação há mais de 18 anos. Ministrou palestras em eventos de Segurança de Informação pelo Brasil afora. Já ocupou posições como Security Officer e VP em empresas de relevância nacional. Atualmente exerce suas atividades na CIPHER como Chief Technology Officer (CTO), além de buscar compreender como a Tecnologia da Informação pode apoiar nas relações humanas e na construção de uma sociedade mais justa e sustentável.



Como começar a investir seu dinheiro



Investir não é a coisa mais comum que nós brasileiros fazemos. Alguns acham entediante aprender sobre o mercado financeiro, outros são mais interessados nessas áreas. O fato é que a maioria não sabe como investir. 

A Wecash preparou 5 dicas importantes de como começar a investir seu dinheiro. Confira!

Psicopedagoga alerta para a influência dos Youtubers em crianças e adolescentes



As novas gerações já nascem na era da tecnologia. Por isso, é cada vez maior a participação de crianças e adolescentes interagindo no mundo virtual. E vendo o número crescente deste público conectado à internet, é que a psicopedagoga e palestrante Ana Regina Caminha Braga, dá um alerta aos pais, que é preciso cuidado com o tempo e monitoramento na qualidade do conteúdo consumido, pois os Youtubers podem sim influenciar no comportamento desse público, negativamente.

Segundo a educadora, o youtube é um canal benéfico quando utilizado adequadamente para pesquisa e entretenimento. Os adultos sabem o que pode ou não ser consumido, mas as crianças e os jovens não tem esse mesmo discernimento, e se mal orientados, esse conteúdo digital pode ser inadequado, incentivando, por exemplo, o vício em tecnologia, o consumismo exagerado, a realização de experimentos perigosos ou ainda estimular comportamentos e linguagens que não são para a idade. “Quando falamos de crianças e adolescentes, conversamos sobre seres humanos em formação cognitiva e de personalidade. E os Youtubers, por sua vez, expõem muitas temáticas de interesse desse público em formação, mas que precisam de limites, diálogos, orientações e acompanhamentos do adulto para que não seja influenciado de maneira negativa, refletindo em seus comportamentos”.

Limite é base de tudo comenta Ana Regina. Ela afirma ainda que os responsáveis devem ter claro quais são os valores e atitudes esperadas dos filhos quanto à utilização da internet. O diálogo e a assistência são fundamentais. Também é preciso limitar horários de acesso, fiscalizar todas as páginas, os vídeos, e deixar uma lista do que pode ser visto e do que não pode. “A geração Y tem uma aderência a tecnologia pela facilidade com os eletrônicos, entretanto ela não deve interferir nos limites existentes. A educação deve ser a mesma sempre, pautada nos valores éticos de respeito a si e ao outro, respeitando tempo, ritmo, tarefas e obrigações. A conectividade não pode atrapalhar a produtividade do ser humano”.

Ela ressalta ainda que nada em excesso traz benefícios e quando o assunto é o uso da internet, não poderia ser diferente.  “O uso da tecnologia é necessário, mas utilizá-la de maneira consciente para estudos e para entretenimento, mas sempre com moderação.
  O tempo indicado seria no máximo de 2 horas, fracionadas ao longo do dia”. A especialista alerta ainda, que o uso exagerado dessa plataforma pode comprometer a produtividade e seu desenvolvimento cognitivo.

E para finalizar, a educadora comenta que os responsáveis devem lembrar sempre da sua função e do seu papel como orientadores dos filhos. “Os pais são as peças fundamentais para o desenvolvimento sadio cognitivo, afetivo e social da criança, adolescente e futuro adulto”.




Causas emocionais podem atrapalhar alfabetização


 Divulgação

Compreensão do contexto da criança e utilização de diferentes métodos auxiliam a superar dificuldades


A alfabetização é um dos principais desafios da Educação Básica brasileira. 

Dados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) mostram que mais da metade dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública têm níveis de leitura considerados insuficientes. Um dos fatores dessa defasagem é a diferença entre os próprios alunos. Ao mesmo tempo em que muitas crianças têm facilidade no aprendizado, outras têm dificuldades que vão além do que é tratado em sala de aula. Fatores como o contexto familiar, o histórico de vida e questões emocionais podem ser barreiras na alfabetização.

Segundo a doutora em educação e coordenadora do curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica da Universidade Positivo, Liliamar Hoça, todas as crianças são capazes de aprender, porém, não da mesma maneira. Para observar quais alunos têm dificuldades e/ou limitações emocionais, a professora cita algumas características que podem servir de indicativos, como: condutas evitativas na realização de atividades, baixa tolerância à frustração, problemas de coordenação visomotora, dificuldade de socialização, dificuldade de planejamento, organização e memorização de conceitos, desenvolvimento tardio da linguagem oral, dificuldade em direcionar atenção para atividades próprias da infância e do processo de escolarização, choro constante sem motivo aparente, evasão de atividades orais e insegurança excessiva.

Para superar essas dificuldades, Liliamar propõe uma avaliação inicial a fim de considerar se a criança apresenta alguma dificuldade específica e, posteriormente, desenvolver habilidades necessárias para a aprendizagem efetiva - e não focar somente no momento de aprender. “O professor precisa discutir adequações metodológicas, e a escola, como um todo, necessita propor projetos diferenciados que possam colaborar no desenvolvimento de habilidades necessárias para a aprendizagem escolar. Trabalhos com estimulação da linguagem oral e escrita, raciocínio lógico matemático, e a exploração de habilidades de atenção, memória, percepção e imaginação são muito úteis”, diz a especialista. Segundo ela, é preciso levantar as habilidades que essa criança já desenvolveu ou está em desenvolvimento, o que ela gosta de fazer - pintar, recortar, jogar -, e propor outras alternativas em sala de aula.

Liliamar também alerta que os traumas que o aluno pode trazer consigo podem influenciar a aprendizagem e, em geral, atingem o emocional e até o biológico da criança. “A família tem um papel preponderante, pois precisa comunicar a escola, ser parceira e conversar com os gestores da instituição para buscar ajuda especializada”, orienta, além de lembrar que a ajuda de profissionais especializados é importante, mas a maior ajuda poderá vir do professor, que pode modificar as atividades em benefício do estudante e colocar a criança em evidência positiva.

Foi o que aconteceu com Rafael Koswoski Neutzling, de apenas 7 anos e aluno do 1º ano do Colégio Positivo Júnior, em Curitiba. Rafael apresentava dificuldades frequentes em participar das aulas, chorava com facilidade e acabava por não conseguir evoluir na alfabetização no mesmo ritmo que os colegas de turma. “Fizemos um acompanhamento com ele e os pais e descobrimos que a avó, a qual ele era muito próximo, havia falecido. A partir daí oferecemos acompanhamento, carinho e atenção e ele passou a demonstrar maior confiança na escola”, conta a gestora educacional de Rafael, Patrícia Beltrão. Segundo ela, o suporte emocional fez com que ele se sentisse mais confortável, amenizando o sofrimento da perda e deixando com que ele fizesse uso das habilidades que já tinha, mas estavam bloqueadas pelas emoções.

Além do apoio emocional, para aprender especificamente conteúdos e conceitos do currículo escolar também são necessárias determinadas habilidades e organização. A gerente de produto da Editora Positivo, Damila Bonato, responsável pelo programa de letramento e alfabetização Letrix, conta que o material didático deve ser um suporte para o trabalho pedagógico e não a única fonte de consulta ou de trabalho para os estudantes e para o professor. “Ele precisa abrir possibilidades de investigações. As escolas possuem, em geral, uma mesma estrutura e, dependendo do transtorno de aprendizagem, é preciso pensar como essa estrutura pode colaborar com o aprendizado. Por exemplo, crianças com autismo necessitam da rotina - mudanças na organização do ambiente são complicadas para elas”, explica. Damila ressalta que, em casa, a organização do tempo e do local de estudo é importante para qualquer criança.





Sobre o Letrix
É um programa de letramento e alfabetização voltado para alunos que ainda não estão alfabetizados ou que apresentam defasagem de alfabetização. Desenvolvido pela Editora Positivo, o Letrix oferece às escolas assessoria pedagógica e os docentes têm acesso a orientações por meio de vídeo-aulas específicas sobre as unidades dos livros, webcursos, avaliações de entrada e de saída, além de suporte on-line e via telefone. Um dos diferenciais do programa é estar alinhado às novas gerações de estudantes. Tanto a proposta pedagógica, quanto o projeto gráfico conversam com o universo de jogos e elementos presentes no dia a dia dos alunos, nativos digitais, com algum acesso, mesmo que mínimo, às tecnologias digitais. O programa pode ser adotado por escolas públicas e privadas e está dividido em duas etapas: uma com um trabalho de letramento mais simples, com foco maior na alfabetização e compreensão da escrita, e outra com um trabalho mais intenso de letramento, com textos de gêneros mais complexos e propostas de leitura e compreensão progressivamente mais desafiadoras.

Dislexia: por que aconteceu com meu filho?


Mais do que procurar “culpados”, família e escola devem se unir para ajudar a criança a superar o distúrbio e nunca esquecer de que a limitação pode ser passageira 


Nós, seres humanos, somos excessivamente sociais. Temos a possibilidade de nos comunicarmos por meio da linguagem. E a comunicação é uma atividade social, rica e complexa, que envolve competências linguísticas, cognitivas e pragmáticas. Existem no cérebro áreas destinadas para atender essa demanda social e cultural. Hoje, por meio da neurociência, é possível compreender o processamento e a armazenagem da linguagem no cérebro de forma mais clara.

Assim, descobriu-se que o processo de linguagem não é linear; pode ocorrer uma alteração adquirida da linguagem, de causa neurológica, caracterizada pelo comprometimento linguístico da produção e compreensão de material verbal, da leitura e da escrita. Estudos mais recentes revelam que as lesões subcorticais podem originar alterações de linguagem, denominadas afasias subcorticais, ou atípicas. As dificuldades relacionadas na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas estão relacionadas às disfunções no sistema nervoso central. Mas é importante que fique claro que muitas crianças que são diagnosticadas com dificuldades de aprendizagem apresentam inteligência normal, e não demonstram desfavorecimento físico, emocional ou social.

No caso da dislexia, ocorre uma falha no processamento da habilidade da leitura e da escrita, um atraso no desenvolvimento ou a diminuição em traduzir sons em símbolos gráficos e compreender qualquer material escrito. Etimologicamente, dislexia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura), sendo um distúrbio de origem neurobiológica, que dificulta o reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.
O diagnóstico da dislexia deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar, com profissionais da área da Neurologia, Psicologia, Fonoaudiologia, Psicopedagogia, Oftalmologia, entre outros. Normalmente os sintomas aparecem já no processo de alfabetização.

O professor e a família devem em primeiro lugar compreender que essas crianças não são incapazes: elas compreendem as tarefas. Mas é necessário dividir as tarefas por passos, encorajando-as a cada sucesso obtido.

Devido ao problema de memória de curto prazo que acomete essas crianças, é necessário repetir várias vezes os mesmos exercícios e praticar mais a leitura e escrita. Por isso, deve-se entender que o processo para aquisição da escrita e leitura é mais lento. Dê-lhe mais tempo para se organizar, evite correções sistemáticas de todos os erros de escrita, faça avaliações orais e pontuações positivas para melhorar a autoestima delas.

Vale ressaltar que a família é uma peça fundamental no desenvolvimento da aprendizagem das crianças com dislexia. É necessário que os pais se conscientizem do distúrbio e as ajudem a superar as dificuldades. Com um trabalho associado a um tratamento interdisciplinar, a escola, a família e a criança com a dislexia têm todas as condições necessárias para um desenvolvimento adequado de sua aprendizagem.

É importante compreender que, quais sejam as limitações no processo da leitura e escrita do indivíduo com dislexia, a criança possui todas as condições necessárias para o aprendizado, desde que acompanhada por profissionais habilitados e professores que possibilitem uma intervenção adequada.





Genoveva Ribas Claro - coordenadora do curso de Psicopedagogia do Centro Universitário Internacional Uninter. 

O que a filosofia tem em comum com a educação infantil?



Quando pensamos em Educação Infantil, logo nos vem em mente a criança pequena atrelada aos cuidados mais básicos da primeira infância. E apontamos aqui que realmente é isso, é impossível dissociar o educar aos cuidados da mais tenra infância. O nosso enfoque aqui é articular esse cuidado à filosofia. Mas como isso é possível? Pois bem, me explico.

É do imaginário de todos que a Filosofia é uma ciência humana, abstrata e quase que inalcançável aos que ainda não se apropriaram da educação escolar. Porém, ao mergulhar no universo filosófico, percebemos que ela é a base para o pensar. Através do pensamento filosófico que os seres humanos alcançam as funções superiores do pensamento, nome este dado pelo estudioso Lev Vygotsky. Em sua obra, “Pensamento e Linguagem”, o autor aponta que para que o pensamento alcance níveis superiores, é necessário que a criança tenha como suporte a linguagem. Quando apontamos aqui a questão da linguagem, destacamos a importância das múltiplas linguagens principalmente na educação infantil, sendo elas, linguagem artística, linguagem corporal, linguagem oral e escrita, linguagem matemática, entre outras.

E é aqui que entra aquilo que consideramos o foco da educação infantil: o brincar. A base para todo desenvolvimento está no brincar, pois será nesse momento que a criança, ao explorar, torna-se uma grande investigadora, e assim, alcança níveis superiores de pensamento, sendo atravessadas necessariamente pela linguagem.

A médica e estudiosa Emmi Pikler dedicou-se a observar bebês na mais tenra infância, ressaltando a importância do primeiro ano de vida de crianças pequenas. Ao observá-las, Emmi Pikler percebeu que os mais básicos cuidados como o banho, a troca, a alimentação, tudo isso influencia no desenvolvimento da criança. A criança pequena descobre o mundo e se descobre por meio de seus sentidos. É através dos sentidos que estabelecemos contato entre o mundo interno e o mundo externo. Tudo o que vemos, ouvimos, tocamos, experimentamos exerce um reflexo físico, uma ação pequena, e um reflexo psíquico, sensações e sentimentos.  Os sentidos nos informam sobre o mundo externo e transformam nosso mundo interno, o que acontece dentro de nós.

E o brincar é nada mais do que isso, explorar, conhecer um objeto a fundo, sua funcionalidade, e assim criar e (re)criar novas possibilidades. O constante movimento do brincar potencializa a aprendizagem.

O papel do adulto nesse processo de significações é fundamental para a construção do simbólico no pensamento infantil. Ademais, ressaltamos a importância para a construção de vínculos, do afeto, da criação de memórias que ecoam no imaginário das crianças, possibilitando um desenvolvimento sadio e integral.  O educador ao assumir esse papel de mediador das relações, faz com que a criança pequena perceba a essência do pensamento do outro, possibilitando assim uma melhor socialização e melhor organização do próprio pensamento. É aqui que lembramos do papel filosófico do ato de educar. A criança ao manipular, explorar, vivenciar, investiga tudo que está a sua volta, e assim seu pensamento vai se constituindo.

Poderíamos ficar aqui tecendo mais e mais sentidos sobre tal assunto, porém faz-se necessário um ponto final. Enfatizamos, portanto, a importância do ato de brincar, de experimentar, sentir, explorar, investigar na educação infantil, criando assim a base para o pensamento filosófico e investigativo, sustentado pelo vínculo e afeto, tão essenciais para o desenvolvimento infantil sadio.





Ana Paula Alberto Lopes - Professora regente na Educação Infantil do Colégio Marista Champagnat

ViaMobilidade promove campanha de vacinação contra febre amarela na Linha 5-Lilás de metrô


Ação, que ocorrerá na Estação Santa Cruz nos dias 22, 23, 29 e 30 de novembro, contribui para ampliar a cobertura da imunização na Capital


A ViaMobilidade, concessionária responsável pela manutenção e operação das linhas 5-Lilás de metrô e 17-Ouro de monotrilho de São Paulo, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, oferecerá aos passageiros imunização contra febre amarela.

A campanha de vacinação será realizada na Estação Santa Cruz, da Linha 5-Lilás, nos dias 22, 23, 29 e 30 de novembro, das 14h às 18h. O local onde as doses serão aplicadas tem acesso pela Av. Domingos de Morais, 2474 – para quem vem da rua – e pelas próprias linhas 5-Lilás e 1-Azul – que são integradas na Estação Santa Cruz. A iniciativa tem como objetivo ampliar a cobertura da imunização na cidade, atualmente em torno de 54,2%.

A vacina está disponível para toda a população e pode ser aplicada em bebês a partir dos nove meses de idade, sendo contraindicada para gestantes, mulheres que amamentam crianças menores de 6 meses, pessoas imunodepressivas, como pacientes oncológicos e portadores de doenças crônicas. É recomendável que idosos com 60 anos ou mais passem por avaliação médica prévia para saber se podem ou não receber a dose.

Para mais informações a respeito da campanha ou sobre as contraindicações, acesse www.prefeitura.sp.gov.br/saude




Serviço

Vacinação contra febre amarela
22, 23, 29 e 30 de novembro de 2018 – Estações Santa Cruz da Linha 5-Lilás
Horário: das 14h às 18h




Pediatra do Grupo GAMP orienta sobre o uso racional de exames de imagens em crianças


Apesar de serem de grande avanço para a medicina, alguns destes exames podem emitir uma radiação nociva à saúde

Exames de raio-X, tomografias, ultrassonografias, radiografia e ressonância são alguns dos exames imagens mais comuns solicitados por médicos para um diagnóstico mais preciso de problemas de saúde. Porém, uma campanha da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) alerta para os riscos da exposição excessiva de crianças e adolescentes a estes exames.

Segundo Paulo Nader, coordenador da pediatria do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP), alguns cuidados devem ser tomados com a realização destes exames. “O uso de raio-X de forma indiscriminada, leva a exposição à radiação que, em grandes quantidades, pode levar ao desenvolvimento de alguns tipos de tumores na idade adulta. Isto ocorre porque a cada exame de imagem, a radiação tem um efeito cumulativo”, diz Nader.

O médico salienta que os riscos de desenvolvimento de algum tipo de câncer são maiores nesta parte da população, pois os tecidos e órgãos do paciente ainda estão em desenvolvimento. “Os efeitos da radiação podem levar anos para aparecerem. Além disso, não existe idade segura para a realização de exames de imagem”, esclarece.



Orientação
Nader explica que o uso dos exames de imagem deve acontecer de forma racional e apenas quando os sintomas exigirem. “As solicitações devem ser feitas de forma criteriosa, não devendo ser a indicação dos próprios pais, pois nem sempre é necessária para o diagnóstico da doença". Contudo, Nader acrescenta que o ultrasom não tem radiação e não causa danos ao organismo, podendo ser realizado sem risco às crianças.




Mês Azul e a importância da luta para manter a mente saudável durante o tratamento


O câncer de próstata é grave e os sintomas só aparecem, na maioria dos casos, quando a doença já está avançada, o que pode dificultar o tratamento e a cura. Por isso, é importante que o homem faça o exame regularmente para que ao mínimo sinal de alteração isso seja tratado.  No Brasil, o câncer de próstata é segundo que mais atinge os homens, ele perde apenas para o câncer de pele.

O assunto merece destaque, pois é importante conscientizar a população masculina da necessidade de fazer o exame e quebrar os tabus diante de um diagnóstico, infelizmente, positivo.

“Fazer o exame de toque já é um tabu entre os homens, quando uma doença crônica, como o câncer, é descoberta pode mexer ainda mais com o imaginário masculino, trazendo problemas sérios de depressão, ansiedade, tristeza profunda e medo”, explica a psicanalista Débora Damasceno, coordenadora da Escola de Psicanálise de São Paulo.

 O medo não é caracterizado apenas pela morte, mas sim pelas limitações físicas que os tratamentos, quase sempre, acarretam como a diminuição da capacidade de ereção, cansaço e até mesmo a retirada dos testículos, atingindo a essência da masculinidade.

A doença física interfere no estado psicológico da pessoa, principalmente em doenças mais complexas como o câncer, por esse motivo, a mente precisa estar sã para que o tratamento seja o menos doloroso possível. O apoio de familiares e de profissionais é essencial para ajudar nessa batalha.

 “Hoje em dia o homem está mais receptivo para aceitar tratamentos, exames e falar pouco mais abertamente sobre a sexualidade. Mas, ainda não é tarefa fácil para os analistas conseguirem manter a saúde mental do paciente em perfeito estado de aceitação e entendimento da doença. Isso pode ser atribuído à cultura em que vivemos e o papel que o homem desempenha na sociedade, na visão que ele precisa ser provedor e viril”, afirma Débora.

Durante o tratamento é importante que o profissional e paciente discutam sobre virilidade e masculinidade para que os pensamentos possam ir além da concepção familiar e social e o paciente possa se redescobrir nesse novo contexto.

Hoje também precisamos notar que o que antes era uma quase sentença de morte, atualmente, por conta dos avanços da medicina e tecnologia, o tratamento e cura já se faz presente em uma boa porcentagem dos casos.

 “Depois do tratamento vem a vida e suas angústias. É um mecanismo normal da nossa mente construir como medos futuros situações dolorosas do passado. O papel da Psicanálise nesse momento é restabelecer a percepção temporal junto com o reconhecimento da própria capacidade de suporte e superação tanto da doença quanto de condições insatisfatórias de vida cotidiana. ”, conclui Débora Damasceno.




terça-feira, 20 de novembro de 2018

Thanksgiving é Dia de Ação... de quê?



Quem nunca ouviu falar em Thanksgiving? Com certeza você já viu esse dia sendo celebrado em um filme ou seriado norte-americano. A cena é clássica: a família reunida em volta de uma mesa farta. Mas o que essa data representa de fato?

Comemorado na quarta quinta-feira de novembro nos Estados Unidos e em outros países de língua inglesa, e na segunda segunda-feira de outubro no Canadá, a celebração tem origens distintas. Contudo, desfiles pelas ruas (parades), reunir a família e amigos, refeição especial, agradecer bênçãos recebidas e passar o dia vendo futebol americano na televisão são pontos comuns dessa celebração. De um modo geral, os norte-americanos celebram o Thanksgiving de forma mais fraterna que o próprio Natal, com pratos típicos como peru (turkey), molho de cranberry (cranberry sauce) e torta de abóbora (pumpkin pie), que reúnem toda a família.

Assim como outras datas, o Dia de Ação de Graças está ganhando espaço no calendário das famílias brasileiras. Em português, diz-se “Dia de Ação de Graças”, evento que vem sendo difundido no Brasil principalmente pelas escolas que ensinam língua inglesa. Isso acontece especialmente porque é extremamente relevante se aprofundar na cultura ao aprender outro idioma, pois a língua está nela incluída.

Outro aspecto forte da data são as promoções: a Black Friday e também a Cyber Monday são estratégias utilizadas pelo comércio em muitos países, incluindo o Brasil. Comprar a televisão ou o telefone celular mais modernos são motivos para aguardar o Thanksgiving sem sequer dar-se conta disso.

Ok! Mas...onde estão as verdadeiras “Ações de Graças”? Será que aqui, entre tantos afazeres e preparos, a família irá de fato refletir sobre as bênçãos recebidas? Em meio às ofertas e ao desejo de consumir, o filho irá fechar os olhos, respirar fundo e perceber o quanto é amado e querido? Os familiares e amigos trocarão agradecimentos?

Principalmente nos Estados Unidos, muitas pessoas se reúnem nesse dia para fazer o bem, e muito possivelmente não o façam apenas nessa data. Em todo o mundo, todos os dias há professores ensinando crianças a perceberem muitos motivos para darem graças; famílias compartilhando motivos de gratidão; pessoas caminhando e agradecendo pelo ar que respiram e pela beleza na natureza.

E você? Que tal pensar o Thanksgiving de uma forma diferente a partir de hoje? Uma sugestão é reunir a família, escrever em pequenos papéis algumas coisas pelas quais são gratos e guardar esses registros em uma caixinha. De tempos em tempos releiam juntos. Com certeza fará bem a todos!






Jamile Dabul - professora de língua inglesa do Marista Idiomas do Colégio Marista Santa Maria.

Rede Marista de Colégios www.colegiosmaristas.com.br


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