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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Como planejar uma carreira no exterior?


Morar fora do Brasil tem se tornado um sonho cada vez mais frequente. Com a crise econômica e política no país, pessoas de várias regiões estão em busca de melhores oportunidades no exterior. Entretanto, antes de encarar a mudança, é preciso se cercar de muita informação para que o sonho não se transforme em um pesadelo.

O primeiro passo é ser fluente ou ter um nível bem avançado no idioma local. Além de cursos de idiomas que podem ser feitos no Brasil ou já no país escolhido, é importante complementar os estudos com a leitura de livros, filmes e séries. Conversar com nativos também é uma boa forma de alcançar o domínio na língua.

Outro ponto muito importante a se considerar é a cultura e os hábitos locais. Muitas pessoas não se adaptam ao clima ou mesmo à gastronomia do país que escolheram e acabam desistindo da carreira no exterior. Então, antes de fazer as malas, é imprescindível levantar essas informações e, se possível, até passar férias no local para conhecer a cultura mais de perto.

Depois, analise se a sua profissão é demandada no destino em que você pretende se instalar. Entender quais são os requisitos legais do país, bem como a validade das suas certificações em terras estrangeiras é fundamental. Você concorrerá com nativos e estrangeiros de várias partes do mundo. É preciso estar muito bem preparado para galgar as melhores ofertas de emprego.

Para ampliar as oportunidades, nada melhor do que uma pós graduação, MBA ou cursos de especialização realizados no próprio destino. O profissional precisa se integrar com o mercado local e, além de investir nos estudos, é interessante participar também de feiras, congressos e eventos. Ficar atento às tendências do mercado cria grandes diferenciais competitivos.

Ainda no Brasil, é importante se manter ativo nas redes sociais, em especial o LinkedIn, como forma de acompanhar as oportunidades da sua área no país escolhido. Manter o currículo atualizado no idioma e se candidatar aos processos seletivos para vagas fora do país pode acelerar sua carreira no exterior. Outra possibilidade é buscar no Brasil por empresas que costumam expatriar colaboradores.

Manter uma boa rede de contatos, em especial com brasileiros que já moram no destino de sua preferência, também pode facilitar o processo. É necessário demonstrar disponibilidade e interesse em trabalhar fora do Brasil. Muitas oportunidades podem surgir a partir desses relacionamentos.

Por fim, para evitar transtornos e imprevistos, é sempre importante contar com profissionais habilitados, que podem ajudar nesse planejamento de carreira. Felizmente, existem agências especializadas que podem auxiliar na busca pelas melhores oportunidades tanto para estudo quanto trabalho no exterior. Todo apoio é bem-vindo na hora de tomar uma decisão tão importante quanto essa.


Quer saber mais sobre trabalho e estudo no exterior?
Workshop Study & Work Abroad
Dia 30 de outubro, das 11h às 21h30
Auditório WeWork - Avenida Das Nações Unidas, 14.261, 24º andar
Ponto de referência: Próximo ao Shopping Morumbi e Market Place
Inscrições gratuitas: http://www.2bestudy.com.br/workshop




Alessandra Brandão - imigrou pra Austrália, fez mestrado em direito no exterior e trabalhou como advogada fora do país.


Às vésperas da eleição, dispara busca por "fascismo" na internet

Levantamento realizado pela SEMrush revela os termos políticos e sociais mais buscados pelos brasileiros nos últimos meses; palavra "fascismo" foi a mais significativa, com 643% de aumento no último ano


Às vésperas do segundo turno, aumenta consideravelmente a busca de brasileiros por termos relacionados a política. É o que aponta um levantamento realizado pela SEMrush, líder global de marketing digital, que analisa alguns dos termos mais buscados entre setembro de 2017 e setembro de 2018. O brasileiro se mostrou mais engajado em procurar saber os significados de palavras muito mais utilizadas desde a disputa pela corrida presidencial, como "fascismo", "comunismo", "socialismo" e "democracia".

O termo Fascismo foi o campeão: as buscas cresceram 643% em doze meses. Em outubro de 2017 eram 60,5 mil buscas mensais, enquanto no mesmo período de 2018 foram 450 mil. Comunismo e Socialismo também tiveram alta nas buscas, com 232% de aumento no último ano. Já o sistema político vigente no Brasil, a democracia, é a que menos possui crescimento nas buscas, com aproximadamente 171%. Esses dados são fundamentais para entender o comportamento dos eleitores, já que muitos optam por pesquisar conceitos que podem interferir diretamente no resultado e consequências da eleição.

Já o termo direitos humanos apurou um crescimento tímido de apenas 22% no último ano, mas com um número expressivo de buscas, cerca de 135 mil apenas em setembro. Entretanto, a curiosidade sobre feminismo aumentou consideravelmente no último ano, com 232% de crescimento e mais de 200 mil buscas no último mês. Também foram expressivos os índices que revelam o aumento de procuras para "corrupção" e "ditadura", ambos terminaram o mês de setembro com 60 mil pesquisas, enquanto que no mesmo período ano ano passado, as buscas representavam 40 mil e 27 mil, respectivamente.

Crescimento das buscas por termos relacionados a política (set 2017 - set 2018)

·         Fascismo: 643%
·         Comunismo: 232%
·         Socialismo: 232%
·         Democracia: 171%
·         Direitos humanos: 22%
·         Feminismo: 232%
·         Corrupção: 49%
·         Ditadura: 123%




Desconfie! O fake news e as eleições de 2018

Desta vez, as eleições vão ficar marcadas pela queda de influência da propaganda eleitoral pela TV e pelo crescimento da influência das chamadas mídias sociais: Facebook, Twitter, Instagran, WhatsApp, etc.

As redes, embora tendam, por vezes, a se transformar em perigosas câmaras de eco de discursos radicais
(Cf. Sunstein, Cass R.. Republic.com.2.0. Princeton: Princeton University Press, p. 60) tornam as pessoas mais ativas politicamente e uma cidadania ativa é sempre boa para o desenvolvimento da democracia.

O grande problema desse fenômeno está no fato de que esses ambientes não tem praticamente nenhuma regulação jurídica, tornando-se um terreno fértil para as chamadas “fake news” ou, vamos dizer em bom português, para a difusão em massa da mentira, voltada à manipulação da disputa eleitoral.

Até as últimas eleições, quando um candidato, em seu programa de televisão ou de rádio, pesava muito em seu discurso contra outro candidato promovendo puro ódio ou discriminação, ultrapassando as fronteiras da ética ou simplesmente divulgando mentiras, o adversário buscava a Justiça Eleitoral que examinava o caso concreto e retirava do ar a publicidade maldosa.

Observe-se que o art. 243, do Código Eleitoral é absolutamente claro ao estabelecer que não será tolerada propaganda:

I - de guerra, de processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes;
(...)
III - de incitamento de atentado contra pessoa ou bens;
(...)
IX - que caluniar, difamar ou injuriar quaisquer pessoas, bem como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública”
.

Atualmente, sem a utilização de mecanismos de tecnologia da informação, sem uma postura de constante proatividade dos órgãos de fiscalização eleitoral e dos partidos, é praticamente impossível que a Justiça controle o jogo sujo que acontece nas mídias sociais.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em junho deste ano, firmou um memorando muito genérico como Google e o Facebook, que hoje dá mostras de ser absolutamente ineficiente contra as fake news nas eleições em curso. O referido memorando diz:

As EMPRESAS que abaixo subscrevem firmam o presente Memorando de Entendimento perante a Justiça Eleitoral e o Conselho de Política Institucional, por meio do qual se comprometem - em consonância com as normas internacionais de direitos humanos e boas praticas da indústria - a combater a desinformação gerada por terceiros , apoiando : a prevenção de práticas dolosas de desinformação, projetos de fomento à educação digital e iniciativas que promovam o jornalismo de qualidade

Nada mais há no memorando! Não se faz menção expressa ao uso de dados pessoais dos eleitores; não se fala na obrigação de quebra do anonimato das fontes emissoras; não se fala em combater o uso de robôs ou a influência de impulsionadores de mensagens estrangeiros. Além do mais, o TSE deixou de fora (sabe-se lá porque) o WhatsApp, um provedor de redes sociais notoriamente importante no Brasil. Ou o TSE não sabia o que estava fazendo, ou deixou propositalmente escancarada a porta para a disseminação das fake news.

Há (digo isso a partir da percepção pessoal) uma montanha de mentiras e de discurso de ódio sendo disseminados pelas mídias sociais o tempo todo. Mas a Justiça tem deixado o jogo correr, mesmo nas raras vezes em que fica sabendo de sua existência.

Na contramão dessa postura leniente da Justiça Eleitoral no Brasil, a União Européia, muito preocupada com a influência nefasta da difusão de mentiras em massa, da desinformação e do discurso sistemático de discriminação e ódio no processo democrático, tem analisado propostas para a codificação do combate às mesmas.

Enquanto isso não acontece por aqui, a solução está praticamente nas mãos exclusivas dos cidadãos.

É preciso saber que nem tudo o que se recebe pelas redes sociais é verdadeiro! Mesmo que a notícia favoreça o seu candidato e prejudique o outro: tenha crítica! Desconfie!

Se o cidadão não tiver cuidado e desconfiar do material que recebe pelas redes sociais, vai acabar se tornando um instrumento de difusão de mentiras.

Vai se tornar cúmplice de crime de calúnia, injúria ou difamação.

Então o meu conselho é claro: desconfie! E na dúvida não compartilhe!

As fake news, ou seja, as mentiras difundidas em massa prejudicam o equilíbrio do processo eleitoral. Tornam as eleições uma competição em que o vencedor é o candidato mais desonesto, o que joga mais sujo, o que mente mais e melhor.

Queremos isso?

Se não queremos, é importante que tomemos o cuidado de não colaborar para o jogo sujo nas eleições e que repudiemos a difusão de mentiras e do discurso discriminatório e de ódio.




MARCOS AUGUSTO PEREZ



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