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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

"Traidor da constituição é traidor da pátria!"


 “Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo. Amaldiçoamos a tirania onde quer que ela desgrace homens e nações. (…). A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune tomba nas mãos de demagogos que, a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, pôr na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública.” 

O título e essas palavras iniciais são de Ulisses Guimarães, o presidente dos trabalhos do Congresso Constituinte eleito para escrever a Constituição. Foram pronunciadas no dia da promulgação, em 05 de outubro de 1988, às 15h50, na sede da Câmara dos Deputados. E não devem ser esquecidas. Explicitam, como poucas, que regimes tiranos desgraçam as nações. E que a corrupção impune é o caminho para a tirania. Essas duas coisas estão interligadas. O autoritarismo corrompe os laços da vida social; o roubo corrompe o patrimônio de todos. Ulisses viu na tirania e na corrupção os dois males mais ameaçadores da vida social. E estava certo.

Em 2018, a Constituição da Itália completa 70 anos. A Constituição da Espanha completa 40 anos. E a do Brasil faz 30 anos. Nos três casos, a corrupção e a tirania são problemas conhecidos. São a causa de crises políticas agudas. No entanto, não só nesses três países, mas em muitos outros, as Constituições têm sido decisivas para lidar com crises políticas. Na realidade, as sociedades que protegem a democracia e suas constituições têm enorme vantagem para lidar e superar crises agudas. Não é à toa que não há caso algum de sociedade bem desenvolvida que não seja uma democracia constitucional. Em contraste, dentre as sociedades que entraram em colapso ou que são pobres e atrasadas, a esmagadora maioria não têm práticas democráticas. Não tem estabilidade e segurança jurídica e, portanto, não tem Constituição. Os relatórios globais sobre o Desenvolvimento Humano (IDH) não deixam dúvidas sobre isso.

A Constituição é diferente das leis. É um erro grave e inaceitável confundi-las. É que leis podem ser modificadas e até anuladas sem muita discussão e cerimônia jurídica. Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional decidem quais leis devem ser criadas e quais devem ser eliminadas. Há bastante liberdade para isso. Mas o que os autoriza a legislar é a Constituição. Ela é o limite das leis e dos governos. Não é o inverso. Não são deputados e senadores, nem muito menos presidentes que decidem o que vai permanecer e o que deve sair da Constituição. A Constituição é um contrato político acima de todos, feito por todos e para todos. Um acordo básico sobre as coisas mais importantes e que devem ser estáveis. Mas é um contrato especial porque não tem fiador ou avalista externo. As regras gerais da convivência democrática e civilizada desse contrato constitucional dependem só da vontade das partes que o assinaram. Por isso, devem ser usadas para resolver conflitos, não para ampliá-los.

As melhores e mais duráveis constituições do mundo são flexíveis, inclusivas e detalhistas. A do Brasil também é assim. É comum ouvir que a nossa Constituição foi muito modificada, pois desde que entrou em vigor já teve 105 Emendas. Olhando assim, parece muito. Poucos sabem, porém, que a Constituição criada pela ditadura militar, em 1967, foi alterada 109 vezes  (em 21 anos). Quer dizer, a ditadura alterou as regras básicas em média 5,1 vezes por ano; enquanto que a atual Constituição Federal foi alterada em média 3,5 vezes por ano. É contraintuitivo, mas o regime democrático vigente é mais estável do que foi a ditadura. Por outro lado, é bom para a democracia que as Constituições possam ser modificadas ao longo do tempo. Nossa Constituição tem apenas 18 artigos fundamentais que não podem ser revogados, ou seja, 7,2% de todo o texto.

 Todo o resto pode ser modificado democraticamente, com as regras apropriadas.
Além de flexível, essa nossa Constituição é também inclusiva, na medida em que é plural, abrange muitos temas e proíbe qualquer discriminação. Nossa Constituição também é detalhista. É um erro supor que isso seja uma desvantagem. Bem ao contrário. Constituições muito vagas não são estáveis. Os EUA, nesse caso, são uma exceção, não a regra. As Cartas mais específicas são melhor compreendidas e melhor aceitas.

É essa Constituição, e nenhuma outra, que pode ajudar o Brasil a superar o momento de crise atual. Ela nos força ao diálogo e tem os meios para conter excessos,  aventuras e para punir a corrupção. É preciso interpretar a economia e a política a partir do nosso direito constitucional, e não a Constituição a partir de interesses econômicos e políticos. Se isso está sendo proposto, a culpa não é da Constituição. É dos traidores da pátria, que traem a todos, na medida que traem esta Constituição.






Carlos Luiz Strapazzon - doutor em Direito Constitucional, é professor da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais da Universidade Positivo. 



Veja como conquistar um trabalho temporário neste fim de ano


Dicas vão ajudar a encontrar um trabalho temporário e, quem sabe, fazer dele um emprego fixo

A chegada das festas de fim de ano, os segmentos de comércio e serviços ficam aquecidos e pode ser uma grande oportunidade para aqueles que estão procurando espaço no mercado de trabalho. É justamente nesse período que há uma grande demanda de contratações para vagas temporárias, momento que permite recolocação profissional, aprimoramento no currículo e até mesmo aquele dinheirinho extra. Além disso, é necessário considerar as chances de efetivação por meio de um trabalho focado na dedicação do serviço prestado. Conheça abaixo alguns passos que podem potencializar suas oportunidades no mercado, tanto para conquistar o emprego temporário, como conseguir ser efetivado.


Tenha um bom currículo

Ter uma boa apresentação profissional é fundamental, lembre-se que é o currículo o primeiro contato entre profissional e empregador. Dê atenção para todos os campos que precisam ser preenchidos, pois como todo currículo que se preze, ele deve ser claro e objetivo.


Saiba onde procurar sua vaga

Há diferentes fontes de busca para o profissional que está em busca de um trabalho temporário. No entanto, os segmentos de vestuário, eletrodomésticos e alimentação, que são os mais movimentados e que mais contratam em todo o país, normalmente, anunciam suas vagas online, por meio de sites de emprego.


Valorize seus pontos fortes

Busque identificar quais são suas maiores qualidades e posicione-se onde você rende mais. Aproveite o momento para praticar seus conhecimentos, potencializar suas habilidades e apresentar um profissional proativo e dedicado. Busque ir além do que foi pedido e mostre-se como um profissional que realmente quer ser efetivado.


Trabalhe em equipe

Saber desenvolver atividades em equipe pode ser um grande diferencial para as empresas. Envolva-se com os colegas de trabalhos, mostre que é capaz de atuar nos mais diversos setores e vista a camisa da empresa. Mesmo que provisório, se esforce para fazer parte do time e deixar uma marca positiva sobre o seu trabalho. Transforme as oportunidades profissionais em verdadeiras conquistas.




Catho


5 mentiras que te contaram sobre largar a carreira e empreender


Especialista desafia o senso comum e explica que é mais seguro trabalhar por conta própria, mas alerta para cuidados


Pedir demissão e começar a empreender é um sonho de boa parte das pessoas que trabalham em um emprego registrado. Na maioria das vezes, o motivo vai muito além do dinheiro pago no final do mês. “As pessoas querem mais liberdade de escolher o horário de trabalho e ter mais tempo livre para a família ou para atividades prazerosas”, explica Fagner Borges, criador do Movimento Freesider e autor do livro “A Jornada da Liberdade”.

O grande problema é que a ideia de sair de um emprego fixo para empreender é rodeada de mitos e mentiras. “Isso acontece muito porque conhecemos apenas uma versão dessas histórias, e isso pode gerar uma compreensão errada do processo que é preciso ter para uma mudança como esta”, explica o especialista, que destaca cinco mentiras que precisam ser desmistificadas para conquistar a sonhada liberdade.


1- É mais seguro ter um emprego fixo

Segundo Fagner, fomos levados a crer que ter um emprego é muito mais seguro. No entanto, o especialista lembra que, caso o funcionário seja demitido, ele deixa de receber 100% da renda. “É como se você tivesse seu empregador como único cliente”, compara, destacando que tudo o que um funcionário faz é trocar seu tempo por dinheiro. O raciocínio utilizado ensina que o empreendedor que tem diversos clientes não fica dependente apenas de uma fonte de renda. “Se um cliente deixa de comprar de você, os outros continuam te dando suporte até efetuar uma nova venda. Ou seja, ser seu próprio líder e controlar os resultados é mais seguro que ter um emprego”.


2- Mudar é uma decisão consciente

Não é apenas uma decisão consciente que impede as pessoas de pedirem demissão. Nem mesmo o azar, a falta de inteligência ou de dinheiro. Segundo o especialista, as escolhas que fazemos são influenciadas pelas emoções que carregamos. Fagner Borges ensina que até mesmo o menor dos traumas na infância pode afetar a vida adulta com crenças limitantes. “Se você sabe o que deve ser feito mas nunca consegue, é porque há um conteúdo mais profundo que seu nível racional”, alerta. Por isso é fundamental trabalhar o autoconhecimento. “Só assim você consegue aumentar sua confiança”, completa.


3- “Não sou bom em vender”

Fagner conta que essa é a mentira que as pessoas costumam contar a si mesmas, e tem relação com as crenças limitantes. “Quando você é seu próprio chefe, precisa aprender a vender seu serviço”, explica. O que muitas pessoas costumam alegar é que não sabem fazer uma venda. “Todo mundo sabe vender, mas alguns apenas não se dão conta disso”, explica, com exemplos de momentos do dia a dia em que vendemos alguma coisa. “Sempre que você negocia algo ou demonstra seu trabalho para seus superiores, você está se vendendo. O mesmo acontece nos relacionamentos, no processo de conquista, você acaba vendendo para outra pessoa que você é o par ideal da vida dela, então pense nisso e perca esse medo”, completa. “Em vez de tentar descobrir o que a pessoa quer, tente descobrir por que ela quer aquilo”.


4- Dinheiro só vem com trabalho duro

Considerado uma das principais crenças limitantes que atrapalham as pessoas. “Por questões culturais, fomos levados a acreditar que a única forma de prosperar é trabalhando demais todos os dias”, explica Fagner. Segundo ele, o segredo para empreender e conquistar prosperidade e liberdade está no conceito de que o dinheiro pode “trabalhar sozinho”, seja por meio de investimentos, seja por meio da criação de um negócio que não necessita da presença física constante do empreendedor. “O importante é saber trabalhar de forma inteligente assim como as pessoas ricas”, completa.


5- É melhor pedir demissão agora mesmo

Ao contrário daqueles que têm medo de abandonar o emprego, há os que não pensam a respeito e pedem demissão sem ter um plano. “O melhor a ser feito é planejar um negócio e começar a trabalhar nele como uma renda extra”, sugere o especialista. “Não abandone a sua fonte de renda para se aventurar. A verdadeira liberdade é conquistada com responsabilidade e um passo de cada vez”, finaliza.








Fagner Borges - Publicitário e especialista em mercado digital, Fagner Borges é o criador do Movimento Freesider, estilo de vida que quebra o padrão corporativo e permite que as pessoas sufocadas pela rotina conquistem liberdade de tempo, mobilidade e dinheiro. Para alcançar este estágio, são utilizadas estratégias de marketing digital e técnicas de desenvolvimento pessoal que proporcionam mudanças na forma de encarar a vida.  Pós-graduado em comunicação pública e autor do livro “A Jornada da Liberdade”, Fagner Borges foi funcionário público da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, até que percebeu que não estava vivendo a vida como ela merece ser vivida. Encontrou no mercado digital uma forma de trabalho que permite aproveitar a vida, trabalhando na hora e no lugar que quiser.


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