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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Segundo estudo, 30% dos brasileiros acham legítimo que um candidato use Fake News para se promover ou para prejudicar seus adversários


Toluna traz estudo sobre o impacto das Fake News na reta final das eleições


O clima das eleições brasileiras de 2018 é tenso e entre muitas acusações e problemas externos, um dos grandes problemas que enfrentamos é a grande distribuição de Fake News, ou seja, notícias que são falsas ou montadas para prejudicar algum grupo, pessoa, ou partido político que estão participando das votações.

Mesmo com a alteração de imagens, edição de manchetes, criação de textos falsos, e mais acontecendo discriminadamente, pesquisa da Toluna, fornecedora líder de insights do consumidor para a economia sob demanda, com 1032 pessoas, mostra que 30% dos entrevistados acham legítimo candidatos usarem Fake News para se promover ou para prejudicar seus adversários, com 64% não aprovando essas práticas e 7% não tendo opinião formada sobre o assunto.

No mesmo estudo, foi perguntado se as pessoas conseguem identificar quando recebem fake news, e a maioria delas (70%), afirma que consegue reconhecer informações falsas, com 21% dizendo que tem dúvidas em como reconhecer essas notícias e 9% não sabem como reconhecer as pautas falsas.

Ainda foi questionado se as pessoas acreditam que só recebem informações verdadeiras sobre seus candidatos. Segundo o estudo, 69% delas dizem que acreditam que recebem metade das notícias reais e metade falsas, 20% acham que só lhes são enviadas fake news e 10% deles afirmam que todas as matérias que eles recebem são verdadeiras.


Maioria compartilha notícias só após ler o artigo todo

O estudo da Toluna também procurou saber o quanto as pessoas gostam de difundir notícias. Perguntados se compartilham as notícias que recebem, 76% dizem que enviam os artigos para outras pessoas. Outro número curioso é que 90% das pessoas afirmaram que leem todo o texto antes de replicar as informações, com 6% falando que analisam apenas parte do texto e 4% delas só veem a manchete antes de passar adiante.

Link para o estudo: http://tolu.na/l/Kj47AsZk3


Nota ao editor

(Pesquisa realizada no dia 3 de outubro de 2018 com 1032 pessoas das classes A, B e C, segundo critério de classificação de classes utilizado pela Abep – Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa, onde pessoas da classe C2 tem renda média domiciliar de R$ 1.625 por mês)


Doença de Parkinson, é preciso conscientizar


Cerca de 200 mil brasileiros sofrem da doença de Parkinson. No mundo, 1% da população acima de 60 anos padece da enfermidade, que é progressiva, neurodegenerativa e afeta várias partes do corpo.


Ela atinge com mais intensidade as áreas do cérebro que controlam os movimentos voluntários, gerando dificuldades na execução das atividades rotineiras, como caminhar e segurar objetos

A denominação Doença de Parkinson é homenagem ao médico que descreveu o mal, em 1817, James Parkinson, segundo lembra o neurologista Marcus Vinícius Della Coletta, Secretário do Departamento Científico de Transtornos do Movimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Ele relata ainda que os sintomas mais evidentes atingem a função motora do corpo, como tremor das mãos quando elas estão em repouso, lentidão dos movimentos, desequilíbrio, rigidez muscular, mas podem também afetar outras áreas e provocar alterações do sono, no intestino, dores musculares, alterações na fala e na deglutição.

“Um fator de extrema relevância é o diagnóstico precoce, pois o controle dos sintomas e a preservação da qualidade de vida são essenciais para o bem-estar do paciente e de seus familiares”.

 O diagnóstico deve ser feito por um neurologista e é basicamente clínico, faz-se analisando os sintomas, as formas de evolução, a história de outras doenças associadas e o histórico familiar.

Doentes de Parkinson sofrem uma degeneração na região do cérebro chamada Substância Negra, que causa deficiência na dopamina (neurotransmissor que controla os movimentos finos e coordenados das pessoas).

Coletta afirma que atualmente já existem vários genes conhecidos que podem interferir no risco de alguma pessoa desenvolver a doença de Parkinson, mas a maioria destes genes sofre influência do estilo de vida e de fatores ambientais para desencadear a enfermidade.

Por isso, pontua a importância de ter hábitos alimentares saudáveis e a realizar atividade física regular, pois essas práticas podem trazer certa proteção adicional contra a doença.

Os pacientes precisam entender que a doença de Parkinson é uma enfermidade crônica, que necessitarão de tratamento constante. Não devem nunca abandonar os cuidados e orientações, pois isso pode agravar o quadro do paciente.

Atualmente existem duas linhas principais para o tratamento da doença, o medicamentoso e o cirúrgico. O médico afirma que os fármacos atuais ajudam a controlar de modo satisfatório a maior parte dos sintomas, no entanto, os tratamentos cirúrgicos estão ganhando mais espaço graças às técnicas avançadas.

“O Parkinson não tem cura, mas pode ser controlado”, conclui Coletta.


Quando ser flexível demais requer atenção


Característica genética, hipermobilidade articular traz benefícios como a possibilidade de realizar movimentos com maior facilidade do que a maioria da população, porém, deficiência na produção de colágeno pode resultar em dor e problemas de saúde grave



Ser dotado de uma flexibilidade maior do que a maioria das pessoas pode não ser uma característica apenas do Senhor Fantástico, personagem das histórias em quadrinhos do Quarteto Fantástico. É claro que, fora da ficção, não é possível se esticar tanto quanto o líder do grupo de super-heróis, porém, há pessoas que conseguem realizar movimentos de forma mais fácil do que a maioria da população. Esta condição é conhecida como hipermobilidade articular, herdada geneticamente e que pode ocorrer em até 10% dos indivíduos, sendo mais comum nas mulheres.

Conseguir dobrar os dedos das mãos em até 90º, encostar o polegar da mão no antebraço do mesmo lado e alcançar a palma das mãos no chão sem dobrar os joelhos estão entre as principais características da hipermobilidade. Embora esta condição apresente diversos benefícios, principalmente para quem pratica atividades físicas como dança e ginástica, ela pode trazer consequências negativas e exigir maior atenção.

- Em geral, a hipermobilidade articular é benigna, o problema é quando ela se associa a outros problemas como deslocamento de articulações, alteração vascular e até mesmo um rompimento arterial– explica a presidente da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Têmis Maria Felix.

Estes problemas são conhecidos como síndromes, que podem ser de vários tipos, como Ehlers-Danlos, Marfan e Osteogênese Imperfeita. Na maioria dos casos, elas ocorrem devido a defeitos genéticos na produção do colágeno, proteína que constitui a pele, vasos sanguíneos, olhos, músculos, ossos e tendões. A recomendação, nestes casos, é buscar por especialistas.

- O médico geneticista têm condições de investigar a hipermobilidade grave, que pode se manifestar através de luxações articulares – complementa Têmis.
Conforme exposto, o tratamento deve ser multidisciplinar com o objetivo é manter as articulações estáveis e deixar a musculatura mais resistente, além de ensinar o autocontrole dos sintomas.






Francine Malessa

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