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terça-feira, 23 de outubro de 2018

Portadoras de endometriose também podem desenvolver ansiedade e depressão


Ginecologista Dr. Patrick Bellelis alerta para o acompanhamento psicológico


O diagnóstico de endometriose pode acarretar em outros problemas de saúde. Cerca de 50% e 34% das portadoras da doença também desenvolvem depressão e ansiedade, respectivamente, já que a endometriose causa dores intensas, menstruação irregular e dificuldade para engravidar.

O ginecologista diretor da Sociedade Brasileira de Endometriose, Dr. Patrick Bellelis, explica que a notícia de que possui endometriose afeta diversos aspectos da vida da mulher. “Isso acontece devido aos quadros de dor e infertilidade, o atraso no diagnóstico e a recorrência da doença que contribuem para níveis elevados de ansiedade e depressão”, esclarece Bellelis.

O tratamento pode ser feito precocemente caso a doença seja detectada no início, aumentando a efetividade de alívio dos sintomas físicos e emocionais. Por isso, o acompanhamento psicológico deve ser oferecido sendo um componente essencial para o tratamento”, acrescenta o doutor.








Dr. Patrick Bellelis - Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Foi residente pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) e é Diretor da Sede da sociedade.


Confira dicas para evitar as crises de asma no trabalho


Detalhes da rotina e do ambiente de trabalho, como ar-condicionado, limpeza e estresse, podem desencadear crises de asma. Veja 5 dicas simples para evitá-las!


A rotina de trabalho pode deixar os cuidados com a saúde em segundo plano. A agenda lotada, o estresse e até o ar-condicionado do escritório podem tornar o ambiente de trabalho um lugar desafiador para as pessoas com doenças respiratórias crônicas. Uma delas é a asma, uma inflamação de causa alérgica nos brônquios que leva à falta de ar e chiado no peito. É uma das doenças respiratórias mais comuns no mundo: são cerca de 334 milhões de pessoas com asmai. Só no Brasil, mais de 10% da população possui a doençaii. Elas devem ter cuidados redobrados com a saúde, a rotina não seja afetada. Confira 5 cuidados que podem te ajudar a evitar as crises de asma no trabalho!


Chega de estresse: faz mal para a saúde mental – e para os pulmões

No caso dos pacientes com asma, o estresse intensifica os sintomas durante as crises da doença, que se tornam mais graves e recorrentes caso o paciente não faça o acompanhamento médico e o tratamento adequado. A pressão das reuniões de trabalho e a grande quantidade de tarefas diárias são alguns dos motivos geradores de estresse. Por ser uma alteração emocional, o estresse altera os hormônios e pode provocar a redução da passagem de ar nas vias respiratórias, porque o músculo dos brônquios se contrai. Com isso, a pessoa tem mais dificuldade para respirar. O diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Dr. Mauro Gomes, explica que "momentos de pressão podem agravar os problemas causados pela asma, como fadiga, diminuição do rendimento do profissional e até ausência no trabalho". Para evitar os problemas, é recomendada a prática de meditação e atividades físicas nos momentos de folga, aliviando a tensão.


Planejar as refeições saudáveis para o dia a dia

O especialista alerta que não há uma dieta totalmente comprovada para eliminar as crises de asma. Contudo, estudos que indicam que a obesidade nesses pacientes pode dificultar o controle dos sintomas da doença respiratóriaiii. Para esses pacientes, uma dieta com menos calorias melhora a função pulmonar e a qualidade de vida. Em todos os casos, é recomendado fazer acompanhamento com o pneumologista e nutricionista.


Reconhecer se o seu tipo de trabalho desencadeia as crises

A chamada asma ocupacional é uma variação da forma em que a doença se desenvolve no organismo. Embora a causa da asma seja genética, existem alguns fatores de risco que podem fazer com que a pessoa apresente crises respiratórias, sem o tratamento da condição. Quando o elemento que provoca esses episódios de piora súbita é parte fundamental para o trabalho do asmático, a doença é chamada de ocupacional. Tintas e poeira de madeira, por exemplo, podem apresentar risco para a saúde respiratória de pintores e marceneiros. Trabalhadores da indústria da borracha, padeiros, pessoas que mexem com inseticidas e outros produtos químicos também podem sofrer com esse problema. Para esses casos, o tratamento é uma forma de evitar as crises e manter o rendimento no trabalho.


Atenção à limpeza do ambiente de trabalho

A asma é uma doença inflamatória e crônica, que acompanha os pacientes ao longo de toda a vida. Ela é transmitida geneticamente, dos pais para os filhos. Contudo, muitas pessoas acabam manifestando a doença após vários anos de vida. Os sintomas da doença, chiado e tosse, ficam mais intensos durante as crises, causadas por alguns itens que sensibilizam as vias aéreas. Na lista de elementos que devem ser evitados pelos pacientes, existem os ácaros, poeira, pelos de animais domésticos, fumaça de cigarro e poluiçãoiv. Por isso, o ambiente de trabalho pode ser uma armadilha.

Salas com carpetes e muitos tapetes, estantes extensas e mesas sem limpeza regular são propícias para acúmulo de poeira e ácaro. "Para evitar o contato com esses elementos, é importante manter a limpeza do escritório e estar atento aos pequenos detalhes do ambiente. Além disso, o tratamento regular, com o uso de medicamentos para o controle da doença e prevenção das crises, é fundamental", comenta o Dr. Mauro Gomes. De acordo com a Iniciativa Global para a Asma (GINA), se o paciente tiver despertares noturnos por conta da asma, precisar usar o medicamento de resgate mais de duas vezes por semana ou tiver qualquer limitação de atividade, é sinal de que a doença não está controlada.


Ar-condicionado pode ser vilão

No ambiente de trabalho, é comum ter o ar-condicionado ligado durante todo o dia. No verão, ele refresca o local; enquanto no inverno é usado para deixar o ambiente mais aconchegante. Essa diferença de temperatura de dentro e fora do escritório pode ser prejudicial para os pacientes com asma sem tratamento porque pode desencadear crises pela doença. Além disso, o aparelho de ar-condicionado costuma acumular sujeira e poeira, liberando esses elementos nas saídas de ar. O especialista também aponta que o ar do ambiente costuma ficar mais seco, o que pode irritar as vias aéreas. Por isso, a dica é regular o uso do ar-condicionado e, se possível, andar sempre com fluídos para umedecer as narinas.

O Dr. Mauro Gomes ressalta que, em todos os casos, o fundamental é realizar o acompanhamento com o pneumologista e seguir o tratamento diariamente. Dessa forma, o paciente tem menor chance de apresentar crises e pode manter sua rotina normalmente, sem prejudicar sua qualidade de vida. "O tiotrópio, por exemplo, melhora a função pulmonar e reduz em 21% o risco de exacerbações, em pacientes com asma grave e muito grave", aponta o especialista.







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Mieloma múltiplo – sinais e sintomas de alerta


Dores nas costas, fraqueza e desânimo são sintomas que merecem atenção 


Dores nas costas, cansaço, baixa imunidade e predisposição a infecções podem ser sintomas até considerados comuns para algumas pessoas, principalmente aquelas com idade mais avançada. Porém, esses sinais podem significar a existência de um verdadeiro problema de saúde ou, até mesmo, de uma doença crônica grave. Uma dessas enfermidades é o mieloma múltiplo, um tipo de câncer no sangue que acomete, principalmente, pessoas com mais de 50 anos[i] e que evolui, na maioria dos casos, lenta e progressivamente.

As principais manifestações do mieloma ocorrem quando a doença já está em uma fase mais avançada. “O mieloma múltiplo é uma doença que se manifesta com sinais facilmente confundidos com outras enfermidades, como anemia e problemas de coluna. No Brasil, normalmente, o paciente leva um ano após o início dos sintomas para chegar ao hematologista. Portanto, pacientes que apresentam sinais persistentes de dores ósseas, especialmente no peito, nas costelas e nas costas; predisposição a infecções; anemia, alterações renais, aumento do cálcio, cansaço, fraqueza e palidez devem procurar assistência médica para investigação, principalmente nos casos de anemia”, explica Danielle Leão, hematologista responsável pelo Ambulatório de Doenças Linfoproliferativas Crônicas do Serviço de Hematologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG).  

O diagnóstico precoce é a chave que define o futuro do paciente, pois a progressão da doença leva a uma série de alterações no organismo que precisam ser tratadas o quanto antes para evitar a piora do quadro geral. No caso do mieloma múltiplo, o reconhecimento antecipado permite a convivência com a doença. “Nas fases iniciais, o mieloma pode ser assintomático, por isso a importância de fazer exames de rotina anualmente, tais como hemograma e exames renais. Caso apresentem alterações, suas causas devem ser esclarecidas”, alerta Danielle Leão.

O tratamento do mieloma tem como objetivo obter o controle da doença, retardando sua progressão, e reduzindo sintomas, melhorando a qualidade de vida. Apesar do desenvolvimento lento, a doença apresenta uma característica cíclica, fazendo com que os pacientes tenham recaídas algum tempo após tratamentos incialmente bem-sucedidos. 

Atualmente, as opções terapêuticas disponíveis no Brasil são quimioterapia, administração de corticoides, transplante autólogo de medula e, mais recentemente, imunoterapias. “Com a adoção precoce de terapias mais modernas, temos a oportunidade de prolongar o tempo entre as recaídas da doença, diminuindo o surgimento das complicações relacionadas à enfermidade e proporcionando um período maior com boa qualidade de vida para os pacientes. Além disso, a sustentação de resposta mais longa nas primeiras linhas de tratamento também pode impactar na expectativa de vida total após o diagnóstico”, esclarece a especialista.
 
Daratumumabe foi a primeira imunoterapia aprovada para o mieloma múltiplo, em janeiro de 2017. Por seu mecanismo de ação diferenciado, o medicamento age somente nas células cancerosas malignas, poupando as sadias, e tem demonstrado dados consistentes de eficácia e segurança.


Sobre o mieloma múltiplo[ii]

O mieloma múltiplo é um câncer formado por células plasmáticas malignas. Os plasmócitos normais são células do sangue e compõem uma parte importante do sistema imunológico. Embora alguns pacientes com mieloma múltiplo não apresentem sintomas, a maioria é diagnosticada após manifestar fratura ou dor nos ossos, baixa contagem de glóbulos vermelhos, fadiga, elevação de cálcio, problemas renais ou infecções.


Sobre daratumumabe

Daratumumabe pertence a uma classe terapêutica chamada anticorpos monoclonais e é utilizado para o tratamento de mieloma múltiplo, trazendo um novo conceito de imuno-oncologia para essa doença. Uma das maneiras pela qual os anticorpos monoclonais agem é por meio da ligação específica a células cancerosas no organismo, para que elas possam ser destruídas não apenas pelo medicamento, mas também pelo próprio sistema de defesa do corpo.

Antes do lançamento do daratumumabe no Brasil, o tratamento do mieloma múltiplo era feito com quimioterapia, drogas antineoplásicas, administração de corticoides ou transplante de medula óssea.

Atualmente, o medicamento está aprovado para pacientes adultos:

·         Em combinação com bortezomibe e dexametasona ou lenalidomida e dexametasona, para o tratamento de pacientes que receberam pelo menos um tratamento anterior para mieloma múltiplo.
·         Como tratamento em monoterapia, em pacientes que receberam anteriormente pelo menos três medicamentos para tratar o mieloma múltiplo, incluindo um inibidor de proteassoma (IP) e um agente imunomodulador, ou que não responderam ao tratamento com um inibidor de proteassoma e um agente imunomodulador.
·         Em combinação com bortezomibe, melfalano e prednisona, para o tratamento de pacientes recém-diagnosticados que são inelegíveis para o transplante de medula óssea.






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[i] International Myeloma Foundation. FAQ - Perguntas Frequentes. Disponível em: http://www.mielomabrasil.org/faq.php. Acesso em 05/04/2018.
[ii] American Cancer Society. What Is Multiple Myeloma? Disponível em https://www.cancer.org/cancer/multiple-myeloma/about/what-is-multiple-myeloma.html. Acesso em 28/03/2018.
3 Mateos M-V, et al. Efficacy of Daratumumab, Bortezomib, and Dexamethasone Versus Bortezomib and Dexamethasone in Relapsed or Refractory Multiple Myeloma Based on Prior Lines of Therapy: Updated Analysis of CASTOR. ASH 2016.








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