Em tempos de redes sociais, aplicativos de
relacionamentos, crushes e likes, fica cada vez mais complicado entender os
comportamentos do romance cibernético.
“Quem aí
nunca usou app de namoro? Hoje em dia, muitos de nós acabam partindo para esse
tipo de ferramenta na hora de conhecer alguém”. A frase é da orientadora
emocional para mulheres, com foco em relacionamentos, Camilla Couto. “A vida
anda corrida, é cada vez mais difícil conhecer pessoas na forma, digamos,
tradicional, e é aí que os apps entram, dando uma ajudinha na hora de encontrar
o parceiro ideal. Mas acontece que essa aventura nem sempre é tão simples
quanto pode parecer. Porque os novos tempos do romance virtual também trouxeram
novos comportamentos, muitas vezes difíceis de entender”, lembra ela.
Camilla explica: “sabe aquela pessoa que você
conheceu e com quem estava saindo, numa boa, e que, de repente, sumiu, do nada?
Ou então aquela com quem que deu match, que vive curtindo suas fotos,
acompanhando seus posts, mas nunca te chamou para sair? Ou aquela que é gente
boa pra caramba, vocês têm tudo a ver, mas aí você descobre que é
comprometida?” Essas são situações comuns no dia de hoje.
Para Camilla, o romance cibernético ou aquele que
começa na internet tem um quê a mais de superficialidade: “é claro que quando
se trata de relacionamentos, qualquer pessoa pode sumir da nossa vida quando
menos esperamos, pode se interessar por outra, pode se revelar comprometida,
pode aparecer só de tempos em tempos. Mas esses comportamentos acabaram se
tornando mais comuns e até aceitos, de certa forma, com o surgimento e a
proliferação dos romances nascidos na internet”.
Se você conhece alguém por intermédio de um
conhecido, por exemplo, é mais difícil que essa pessoa simplesmente desapareça
sem dar satisfações: “o mundo virtual nos dá a falsa impressão (que talvez não
seja tão falsa assim, de todo modo) de que o envolvimento é mais superficial e
que, portanto, ninguém vai sair assim tão machucado. Dá respaldo para que a
pessoa pense e haja como ela quer, sem se importar, necessariamente, com o que
o outro está sentindo”, lembra a orientadora.
Camilla dá a dica: “o mais importante é sempre ter
consciência do tipo de relação em que você está entrando. Dar o tempo certo
para conhecer o outro e entender a dinâmica da relação é essencial. Além disso,
mostrar-se transparente desde o início e evitar joguinhos emocionais a qualquer
custo deveriam ser regras básicas dos romances modernos. Deixar de ser
superficial é uma decisão dos dois, sempre. Mas podemos dar o primeiro passo.
Afinal, caso o outro não queria ou demonstre desinteresse, só estará encurtando
o caminho que já está traçado desde o começo”.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.