Pela
primeira vez no Brasil, o artista francês promove uma performance coletiva para
a construção efêmera da Catedral da Sé no Sesc Parque Dom Pedro II. Serão 24
metros de altura, em papelão, produzidos e erguidos pelos habitantes da cidade,
sem ajuda de equipamentos. O projeto acontece de 23 de outubro a 4 de
novembro/18.
A construção coletiva de um grande
monumento arquitetônico da cidade, feita com caixas de papelão, sem ajuda de
máquinas ouguindastes, apenas com energia humana e força muscular. Ao final,
tudo é desfeito! Os habitantes da cidade têm a oportunidade de se reunir para realizar
uma obra surpreendente, efêmera e sem utilidade.
Essa é a proposta do artista francês
Olivier Grossetête em Arquitetura Efêmera - Construção Coletiva de um
Monumento de Papelão que chega a São Paulo para reproduzir
uma construção efêmera da catedral da Sé, a maior igreja da cidade de São
Paulo e um dos cinco maiores templos góticos do mundo, no Sesc Parque
Dom Pedro II.
O projeto acontece em três etapas:
oficinas, construção e desconstrução. As oficinas ocorrem
de 23 a 26 de outubro, em dois horários, às 10h30 e às 14h30,
com duração de 3 horas cada. O público pode participar de todas ou de apenas
uma oficina. Inscrições a partir do dia 03/10 pelo e-mail: oficinas@carmo.sescsp.org.br ou
na Central de Atendimento da unidade.
A montagem da construção efêmera da
Catedral da Sé acontece no dia 27 de outubro, sábado. Os
participantes são convidados a se reunir às 10h para começar a subir a torre.
São necessárias cerca de 150 pessoas para cumprir essa etapa. A torre
fica em exposição até o dia 4 de novembro, domingo, quando todos
podem participar da desmontagem.
“O objetivo do projeto é tanto
compartilhar a experiência de uma construção coletiva como o resultado final da
obra. Ele nos permite recriar conexões uns com os outros, compartilhando
momentos em comum. Podemos erguer montanhas ou pelo menos uma construção de um
monumento medindo mais de 20 metros de altura e pesando mais de 1 tonelada.
Este é um projeto universal que mobiliza jovens e idosos e permite que as
pessoas se encontrem e construam alegremente”, fala Olivier Grossetête.
A construção
Os habitantes da cidade, visitantes e
passantes são bem-vindos durante todo o dia para construir o edifício. Os
elementos produzidos anteriormente nas oficinas são preparados, novas caixas
para completar a torre são construídas e a estrutura vai sendo levantada, andar
por andar, etapa por etapa e fixadas com fitas adesivas. “À medida que
progredimos, a estrutura se torna mais pesada e demanda mais pessoas para
levantá-la. É chegada a hora em que precisamos de todos em seus devidos lugares
e o momento chave do projeto quando sentimos a força da energia coletiva”,
explica o artista.
A desconstrução
Os participantes são convidados a
ajudar na demolição da construção. Ao final, o público é incentivado a pisar e
pular em todas as caixas, num momento simbólico de diversão. Participam assim
de um evento artístico em que cada um encontra seu lugar, numa performance
coletiva.
O fim do projeto também é um momento de
festa e alegria. Porém, com reflexão sobre a imagem e simbolismo da arquitetura
que explora espaços urbanos e permite trazer questionamentos políticos e
sociais.
Sobre Olivier Grossetête
Nascido em Paris em 1973, vive em
Marselha e trabalha no mundo todo. Estudou na École des Beaux-Arts, em Valence,
e através do seu trabalho artístico tenta manter a poesia e os sonhos vivos em
nossas vidas cotidianas. Utilizando brincadeiras com falsa ingenuidade, ele
enfrenta um determinado contexto para questionar as leis, tanto físicas quanto
sociais, que nos governam. Em 2002, criou colagens de documentos
administrativos, como notas bancárias, multas de estacionamento e multas ou
cartas de recusa com as quais ele invoca a realidade para inventar novas
ficções.
Uma outra faceta de seu trabalho se
aproxima da escultura, apresentando “objetos poéticos” in loco. Esses funcionam
cada um de sua própria maneira, indo e vindo entre sonhos, imagens poéticas e
as leis que governam nosso mundo. Com as construções participativas de
monumentos feitas de papelão, explora os espaços urbanos e nos permite
vivenciá-los juntos.
Grossetête convida os habitantes de uma
cidade a se unirem para erguer um prédio utópico, temporário e inútil, feito de
papelão e fita adesiva. Para participar de uma experiência artística em que
todos encontram seu lugar.
Seja com suas construções de monumentos
de papelão usando energia coletiva em torno dele, ou com vias e pontes que
desafiam a gravidade ou com seus cortes/colagens negando símbolos autoritários,
tenta reverter, pelo menos simbolicamente, o equilíbrio de poder, que nos liga
ao mundo, questionando o valor de nossas trocas e de nossos pertences.
Serviço:
Arquitetura Efêmera - Construção
Efêmera da Catedral da Sé - um Monumento de Papelão com Olivier Grossetête.
De 23 de outubro a 4 de novembro de
2018.
Oficinas: dias 23, 24, 25 e 26/10. Terça a sexta -
Inscrições a partir do dia 03/10. e-mail: oficinas@carmo.sescsp.org.br
Grátis
Praça São Vito, s/n – Brás
Horário de funcionamento: De quarta a domingo e feriados, das 10h às 18h.
*No dia 23/10, terça, a Unidade abrirá somente para os inscritos nas oficinas.
Telefone: (11) 3111-7400
Site: https://www.sescsp.org.br/unidades/781_PARQUE+DOM+PEDRO+II/
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