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domingo, 14 de outubro de 2018

História de superação de quem venceu o câncer de mama



Programa de Rastreamento Mamográfico ajudou paciente a diagnosticar
e lutar contra a doença.


Ruth Lamonica foi diagnosticada com câncer de mama aos 58 anos, depois de receber em casa uma Guia de Rastreamento Mamográfico e decidir realizar o exame. O documento – uma requisição para fazer mamografia gratuita anual – faz parte de um programa de prevenção da Unimed Blumenau e é enviado as beneficiárias entre 39 e 70 anos. “Tudo começou quando a Unimed Blumenau me enviou uma correspondência e junto havia a Guia de Mamografia. Em janeiro desse ano, resolvi fazer o exame, foi a partir disso que descobri o câncer de mama precoce”, conta Ruth.

Ela lembra que “foi um grande susto descobrir a doença, pois, sempre me cuidei e sempre fiz exames preventivos anualmente. O mais surpreendente, é que não tive nenhum sintoma. A surpresa foi tão grande, que de início não consegui acreditar”.

A médica especialista em diagnóstico por imagem e diretora vice-presidente da Unimed Blumenau, Dra. Irene Wiggers, explica que “em sua fase inicial, quando as chances de cura são maiores, o câncer de mama não costuma apresentar sintomas a olho nu; por isso, é extremamente importante acompanhamento médico e realização de mamografias a partir dos 39 anos”.

Apesar de não apresentar sintomas inicialmente, de acordo com a mastologista e médica cooperada da Unimed Blumenau, Katia Sylvana Beckhauser Ferreira da Silva, o câncer de mama ocorre em 10% das mulheres no Brasil e no mundo, ou seja, uma a cada oito mulheres vai desenvolver câncer de mama durante a vida. Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimam quase 60 mil novos casos no Brasil em 2018.

“Graças a Deus venci o câncer de mama. Após vários exames, fiz a cirurgia e também a radioterapia. Confesso que o processo não é nada fácil, fiquei com muito medo. Eu só tenho agradecer a Deus e também a Unimed Blumenau, que me deu todo suporte para hoje, estar aqui contando essa história”, ressalta Ruth. Sua história de superação também está registrada em vídeo em uma campanha de prevenção da Unimed Blumenau para inspirar outras mulheres a buscarem os exames necessários para o diagnóstico e prevenção de doenças.


O câncer de mama

O câncer é uma doença causada pela multiplicação de células anormais na mama, que forma um caroço. De acordo com a mastologista e médica cooperada da Unimed Blumenau, Katia Sylvana Beckhauser Ferreira da Silva, “o principal sintoma do câncer é o nódulo de mama, na maioria das vezes, percebido pela própria mulher. Mas também pode se manifestar por vermelhidão e edema da pele, nódulos nas axilas, saída de líquido sanguinolento pelo mamilo ou alteração de cor e formato da mama”.

“Qualquer suspeita deve ser levada em consideração e a consulta com o especialista para descartar o câncer, sempre é a melhor atitude a tomar”. As mulheres precisam ficar atentas com suas mamas e seguir a orientação de se autoexaminarem periodicamente, preferencialmente após a menstruação, quando as mamas estão menos doloridas e fáceis de palpar, explica a especialista.

A maioria dos tumores malignos da mama ocorre após os 40 anos. As causas ainda não são bem definidas, mas apenas 5% dos cânceres de mama têm alguma mutação genética, tipo a Angelina Jolie.  Hábitos de vida pouco saudáveis respondem por 95% dos casos de câncer de mama.

Para se prevenir, recomenda-se:
  1. Alimentação balanceada, evitando alimentos processados.
  2. Controlar obesidade ou sobrepeso.
  3. Fazer atividade física prazerosa 4x/semana por pelo menos 1 hora. Mulheres que iniciaram atividade física antes dos 18 anos são mais protegidas e quanto maior o número de anos de atividade física, maior a proteção para o câncer.
  4. Evitar bebidas alcoólicas.
  5. Controle na exposição à radiações ionizantes.
  6. Controle das situações de stress, ansiedade, depressão.
  7. Controle e orientação médica no uso de tratamentos hormonais.

“O câncer de mama é um tumor heterogêneo, ele não se comporta da mesma forma em todas as mulheres. Alguns são muito agressivos, mas em 75% dos casos, consegue-se um bom controle da doença ou até mesmo a cura”, diz a médica.

A mastologista também explica que “o tratamento do câncer de mama pode incluir cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e quimioterapia. A maioria utilizará de 2 a 3 modalidades de tratamento, que serão individualizados de acordo com o tamanho e a agressividade do tumor. Em geral, quanto mais precoce o diagnóstico e menor o tumor, menos agressivo o tratamento e maior a possibilidade de cura.”


Programa de Rastreamento Mamográfico

O Programa de Rastreamento Mamográfico da Unimed Blumenau existe desde 2007 para promoção da Saúde da Mulher. “Por meio desta iniciativa, clientes, colaboradoras e esposas de colaboradores, de 39 a 70 anos, podem solicitar ou receber em casa anualmente uma guia gratuita para o exame de mamografia”, destaca a vice-presidente da Unimed Blumenau. 

Para realizar o exame, basta solicitar com o Serviço de Atenção à Saúde, pelo telefone (47) 3331-8780, a guia de mamografia e agendar o procedimento em uma das clínicas conveniadas. Com o resultado em mãos, a orientação é procurar um médico para avaliação. “Essa mamografia anual é gratuita, sem custos de co-participação, inclusive”, destaca Dra. Irene.


A mamografia

A mamografia tem fama de desconfortável e dolorosa para muitas mulheres, mas de acordo com a doutora Kátia Beckhauser, ainda é o método mais sensível na detecção do câncer de mama. “Nem todo câncer começa como um caroço, alguns iniciam com microcalcificações na mama e não aparecem na ultrassonografia ou na ressonância magnética, apenas na mamografia. Por isso, é o exame de preferência no rastreamento do câncer de mama”, explica a mastologista.

As mulheres jovens têm mamas mais densas e os nódulos podem ser difíceis de visualizar pela mamografia, nestes casos, se faz necessário a ultrassonografia como complemento. Mas a ultrassonografia como método único de rastreamento do câncer de mama não é indicada.

A mamografia apesar de ser um exame rápido e menos caro, ainda não é tão acessível no Brasil. Em Santa Catarina, temos um dos melhores índices de rastreamento do país, mas apenas 30% das mulheres realizam o exame. Em países como Canadá, Estados Unidos e Alemanha, mais de 75% das mulheres fazem rastreamento através da mamografia.

Existe controvérsia se o rastreamento Mamográfico deve ser feito anualmente e a partir de que idade. O Ministério da Saúde recomenda desde 2015, que mulheres assintomáticas devem fazer mamografia entre 50 e 69 anos a cada 2 anos. Deve-se enfatizar, porém, a diferença entre rastreamento e diagnóstico precoce. Considera-se rastreamento, fazer mamografia em mulheres em idade ou situação de risco, que foram examinadas e não tem sintomas. Quando uma mulher tem qualquer alteração suspeita na mama, deve ser avaliada e encaminhada para realização de exames complementares, conforme indicação do médico especialista. Este caso não é apenas rastreamento, e sim, diagnóstico precoce, finaliza a mastologista da Unimed Blumenau.


O papel do tratamento com micro toques


Temos a tendência de achar que tudo que superlativo é melhor. Às vezes, ao invés de tratamentos ostensivos, tudo que precisamos é de toques delicados, que permitam descobrir o que os tecidos do nosso corpo guardam de memórias e situações.


 “Cada vez mais, os tratamentos de saúde precisam levar em consideração tudo que vivemos, não apenas a dor em si”. A frase é do fisioterapeuta que realiza um trabalho focado em saúde integrativa na Biointegral Saúde, em São Paulo, Dr Sergio bastos Jr. “Nós falamos sobre saúde integrativa”, explica Sergio, “porque acreditamos que é a soma de tudo: sintomas, fatores físicos, emoções, crenças e memórias, que levam a quadros de dores e doenças. E que precisamos tratar tudo para ter um desdobramento real e uma reação positiva do corpo e da mente”. Um dos tratamentos utilizados pelo fisioterapeuta trabalha com toques sutis, em determinadas partes do corpo, pré-mapeadas, para descobrir se há memórias traumáticas gravadas em nossos tecidos.

“Nossas células também têm memória”, confirma Sergio, que segue: “e também guardam emoções fortes e que nos trouxeram algum tipo de dor ou medo. E que, como não são conscientes, acabam dirigindo nossas vidas de forma silenciosa, sem que a gente perceba. Imagine que as dores que você sente não necessariamente tem uma causa física. Elas podem, simplesmente, ser uma reação do corpo a uma memória traumática que, dependendo da situação, volta à ativa”.

Um exemplo: se você presenciou uma briga entre seus pais e ficou com muito medo, e teve uma dor forte em seu estômago, cada vez que uma situação semelhante acontecer – você presenciar uma briga ou se encontrar na eminência de uma, a dor pode voltar. Mesmo sem que você esteja diretamente ligado ao fato. Mesmo que a briga não seja com você. O agente que provocou a dor na primeira vez, lá na infância, está ali, presente, e então a dor volta. Mesmo sem que você tenha conhecimento ou lembrança disso.


Mas, e como os micro toques podem ajudar?

Com o tratamento por micro toques, é possível saber se existem memórias inconscientes gravadas no corpo. “Sim, muitas dessas memórias, especialmente as que nos causam dor, são apagadas da memória consciente e ficam arquivadas, de alguma forma, em nossas células. Pelo toque sutil, é possível perceber se o tecido tem ou não algum tipo de deformação, causada exatamente por células com registros traumáticos”, revela Sergio.

A partir daí, o próximo passo é avisar o corpo de que aquela situação já passou e que aquela memória não serve mais. E funciona? “Sim, funciona. As células são eliminadas e, com elas, as memórias. Tudo com um processo leve, sem dor, sem traumas. Apenas na medida certa para que o seu bem-estar retorne”, confirma o especialista.






Biointegral Saúde


Por que a Paralisia Cerebral pode causar crises epiléticas?



Estima-se que de 30 a 50% das crianças com paralisia cerebral também apresentam crises epiléticas
 

A Paralisia Cerebral (PC), cujo termo médico é encefalopatia crônica não progressiva, é uma desordem neurológica que afeta o cérebro em desenvolvimento. Dependendo da gravidade das lesões e das áreas atingidas, a criança pode apresentar um quadro de epilepsia em conjunto com a paralisia cerebral.

Segundo a neuropediatra, Dra. Andrea Weinmann, a paralisia cerebral é causada por lesões no cérebro que podem ocorrer na vida intrauterina, durante ou após o nascimento. Essas lesões aumentam o risco de atividades nervosas anormais no cérebro, que podem resultar em crises epiléticas.

“Entretanto, embora a paralisia cerebral seja um fator de risco para a epilepsia, estudos apontam que a concomitância destas condições é mais prevalente em crianças que apresentam dois tipos específicos de PC, como a tetraplegia espástica e a diplegia espástica”, explica Dra. Andrea.  



Tetraplegia e diplegia espástica: entenda melhor

 
O termo tetraplegia é usado quando há perda dos movimentos das pernas, braços e do tronco. A intensidade dessa perda pode ser diferente de paciente para paciente, variando desde fraqueza até a perda total da capacidade de movimento, incluindo a respiração. Já o termo diplegia é usado quando apenas os membros (braços e pernas) de um lado do corpo apresentam déficit total ou parcial de movimentos.

“Além do déficit motor, essas crianças apresentam lesões nos neurônios motores superiores, responsáveis por enviar mensagens químicas para a contração dos músculos voluntários do corpo. Assim, os músculos se tornam mais rígidos, pois perdem a capacidade de contrair e de relaxar de forma alternada. Esta condição é chamada de espasticidade”, explica Dra. Andrea. 



Crises costumam surgir no primeiro ano de vida

 
“Observamos que as crises epiléticas em crianças com diagnóstico de paralisia cerebral tendem a ter um início mais precoce, ainda no primeiro ano de vida ou até mesmo no primeiro mês após o nascimento. Além disso, são mais comuns em quadros de PC que envolvem deficiência intelectual ou em crianças com graus mais severos de paralisia cerebral”, comenta Dra. Andrea.



Prognóstico

 
A criança com paralisia cerebral e epilepsia deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar, sendo o médico neurologista infantil especialista nas duas condições. “O tratamento pode envolver uma série de recursos, como medicamentos para controlar as convulsões no caso da epilepsia, por exemplo.

Em relação à paralisia cerebral, recursos como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional podem contribuir para a melhora dos déficits motores, intelectuais e da fala”, diz a neuropediatra.
 


Cirurgia pode tratar a epilepsia? 

 
Nos últimos anos, os tratamentos para a epilepsia evoluíram bastante e hoje há algumas opções para controle das crises epiléticas refratárias, ou seja, aquelas que não melhoram com o uso de medicamentos. Um destes tratamentos é a Terapia de Estimulação do Nervo Vago (VNS).

“Trata-se de um implante de um gerador de pulsos elétricos programáveis, que fica ligado a eletrodos que são conectados ao nervo vago cervical esquerdo. Podemos comparar o gerador a um marca-passo. Depois do implante, esse dispositivo irá enviar impulsos elétricos para o cérebro por meio do nervo vago para evitar as crises epiléticas. Segundo estudos, há redução de até 90% das crises”, comenta o neurocirurgião, Dr. Iuri Weinmann.



Prevenção

 
Apesar dos avanços da medicina, a Paralisia Cerebral não tem cura, embora possa ter tratada para oferecer à criança oportunidades de desenvolvimento e uma melhor qualidade de vida.

“A gravidez, o parto e o pós-parto são momentos cruciais para o desenvolvimento do cérebro. O ideal é realizar exames antes de engravidar para diminuir o risco de intercorrências durante a gestação. Algumas causas conhecidas de paralisia cerebral pré-natais são o uso de álcool e drogas e infecções maternas, por exemplo.

O acompanhamento pré-natal com o obstetra também é fundamental para evitar o parto prematuro, outro fator de risco para a paralisia cerebral. E claro, cuidados após o nascimento, especialmente com quedas ou lesões que atinjam o crânio.


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