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domingo, 14 de outubro de 2018

Congelamento de óvulo é esperança para engravidar depois do câncer


Técnica possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana


Segundo dados Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer tanto em 2018 como em 2019. Nas mulheres, os cânceres mais incidentes são o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil). Apesar dos números alarmantes, foi-se o tempo em que o tratamento para combater a patologia acabava com o sonho da maternidade. Atualmente, com o avanço da medicina, existem técnicas de reprodução assistida que podem contornar esse problema.

“É essencial que as pacientes oncológicas saibam da importância da preservação da fertilidade, ou seja, o congelamento de oócitos, pois os tratamentos de quimioterapia e radioterapia podem comprometer a fertilidade. Felizmente, é possível congelar previamente os gametas femininos, visando a garantia do direito reprodutivo dessas mulheres”, informa o ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira. 
  
O especialista explica que a técnica de congelamento de óvulos, por meio da vitrificação, é o método mais promissor para ser utilizado por mulheres que desejam preservar sua fertilidade. “A criopreservação dos óvulos é realizada por um método laboratorial chamado vitrificação, que protege a célula e mantém suas funções. Por serem células grandes possuem muita água  em sua composição, sendo assim, os óvulos, são desidratados e depois imersos em um meio crioprotetor para serem congelados. Desta forma, o congelamento dos gametas femininos possibilita à mulher estocar e preservar seus óvulos jovens antes de perderem a qualidade ou a total função ovariana, possibilitando que, mais tarde, quando estiver decidida, opte pela gravidez”.

“O congelamento de oócitos é hoje uma realidade possível não só para pacientes com câncer, mas para as mulheres que ainda não tem planos mais objetivos para engravidar em curto espaço de tempo”, finaliza Renato.






Criogênesis


O que o paciente borderline e a sua família podem esperar de um tratamento especializado


O tratamento do paciente borderline pode gerar muitas angústias e expectativas para ele e seus familiares. Quando procuram um atendimento especializado, em geral, já estão cansados e desacreditados que possa existir uma possível melhora, isto acontece porque vários profissionais foram consultados, sendo que alguns deles erraram no diagnóstico e no tratamento. Além disso, há também aqueles profissionais que, de forma responsável, os encaminharam por não possuírem um atendimento especializado. Os dois cenários reforçam a crença de que não há solução para estes casos, postergando assim, o sofrimento do paciente.
 
Promover a evolução deste paciente não é tarefa fácil, para isso é fundamental trabalhar a dinâmica dele e do ambiente familiar, visto que um influencia o outro.
 
A família, ora está muito distante, ora numa excessiva interferência na vida uns dos outros, abusam de críticas e acusações. Nestes momentos, podem utilizar um tom de voz e palavras agressivas, o que chamamos de emoção expressa, é uma comunicação que vem "sem filtro", se pudessem esperar a raiva passar, as palavras seriam outras e o tom também. Eles acreditam que todo o problema familiar está ligado ao transtorno e provocam o sentimento de culpa que o indivíduo não sabe como lidar.
 
O paciente apresenta dependência emocional e financeira da família. Ele possui um sofrimento psíquico intenso, diferente da maioria das pessoas. Há também o comportamento de boicotar todas as áreas de sua vida, fazendo com que fique estagnada.

Cronologicamente é um adulto, muitas vezes bastante inteligente, porém sente e sofre de forma muito parecida com a criança ou com um bebê. Emocionalmente, os recursos que utiliza são de uma fase muito primitiva, um funcionamento à base do "oito ou oitenta", do amor ou do ódio, totalmente bom ou totalmente mau (Sassi; Kernberg; Gabbard)). É uma forma absoluta de vivenciar o mundo, muito diferente do esperado para alguém da sua idade, que relativiza algumas verdades e entende que uma pessoa não é totalmente má ou totalmente boa, por exemplo.
 
Sua rede de relacionamentos normalmente está restrita à família. Possui um comportamento recorrente de isolar-se, afastar-se e ainda provocar o afastamento das pessoas, isso faz com que acabe perdendo o melhor alimento para o mundo mental e emocional, que favorece o lapidar das emoções e da personalidade. Quem fica muito sozinho, acaba emocionalmente empobrecido e pode adoecer. Como diz Sassi: "O alimento para o corpo é comida e para o mundo mental é gente".
 
O primeiro ano do tratamento é o período onde acontecem o maior número de resistências e dependendo do paciente este tempo pode se estender. Apresenta muitas faltas, pode não fazer o uso correto das medicações (não toma ou ainda toma em excesso), compra medicações no "mercado negro", etc 

Ao longo do processo podem ocorrer recaídas no uso de álcool e drogas, compras abusivas no cartão de crédito, sexo desprotegido com desconhecidos, automutilações, tentativas de suicídio, dentre outros comportamentos impulsivos.
 
Não é tarefa fácil para este perfil dividir com o terapeuta os pensamentos e sentimentos que possui, pois é um paciente de difícil acesso. Isso ocorre em função das fantasias que tem a respeito de si mesmo e dos outros. Ele teme que o profissional e a equipe possam julgá-lo ou até mesmo abandoná-lo, como fez a maioria de seus relacionamentos. Se estas fantasias não forem trabalhadas, a terapia e o tratamento podem não acontecer.
 
A melhora começa quando ele encontra um lugar no qual se sente ouvido e entendido. Então, diminuem as automutilações e as tentativas de suicídio. As pequenas mudanças acontecem em "conta gotas", alternando com as recaídas no modo "dá dois passos e volta um".
 
O desenvolvimento da autonomia emocional e financeira, a conquista da confiança dos familiares e a manutenção dos laços afetivos, acontecem gradativamente ao longo dos anos como resultado das reflexões feitas nas terapias individual e familiar, e também das orientações e prescrições do médico psiquiatra.
 
Alguns pacientes conseguem a melhora geral na qualidade de vida em torno de seis anos de tratamento. Nos últimos tempos, para estes pacientes, temos arriscado em falar sobre cura, pois obtiveram uma mudança significativa na maneira de pensar a vida e conduzi-la, e passaram a não mais preencher os critérios para o transtorno.
 
Há pacientes que podem levar mais tempo para esta conquista e outros podem tornar-se crônicos, permanecendo dependentes do tratamento para sobreviverem.
 
Os fatores que contribuem para a melhora significativa do paciente são: uma equipe especializada que trabalhe afinada entre si e com um método específico; familiares que incentivem e participem do processo, seja através da terapia familiar ou da presença quando solicitada; e finalmente, o paciente que desde o início apresenta uma capacidade maior para falar e comparecer à terapia e no tratamento de um modo geral.






 
Eliana Krambek - Graduada em Psicologia pela UEM – Universidade Estadual de Maringá, em 1999. Possui especialização em Psicoterapia da Infância e Adolescência, pelo CESUMAR – Centro Universitário de Maringá. Especialista no Estudo do Vínculo mãe, bebê e família, pelo IPPIA – Instituto de Psicoterapia e Psiquiatria da Infância e Adolescência. Possui formação em psiquiatria e psicoterapia da Infância e Adolescência, pelo IPPIA. Psicóloga e supervisora clínica no Ambulatório Integrado de Transtorno de Personalidade e do Impulso IPq - HCFMUSP, São Paulo –SP e atende em consultório particular.




Referências bibliográficas
1- Gabbard, Glen O. Transtorno de Personalidade Borderline do Grupo B: Borderline, in: Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica. 5. Ed. - Porto Alegre: Artmed, 2016.
2- Gomes, Heloisa Szymanski Ribeiro. Terapia de família. In: Psicol. cienc. prof. vol.6 no.2 Brasília, 1986.
3- Joseph, Betty. O paciente de difícil acesso (1975), in: Melanie Klein Hoje. Desenvolvimento da teoria e da técnica. v.2. Artigos predominantemente técnicos. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1990.
4 - Minuchin, S. Famílias: Funcionamento e Tratamento. Trad. J.A. Cunha. Porto Alegre, Ed. Artes Médicas, 1982.
5 - Zito, Daniely Marin; Sassi Junior, Erlei. Psicoterapia Psicodinâmica Modificada Para Transtorno de Personalidade Borderline: O Método.
6 - http://personalidadeborderline.com.br/

Infartos e AVC’s são as doenças que mais afetam os brasileiros

Especialista explica como manter a saúde do coração em dia


Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e divulgada no 73° Congresso Brasileiro de Cardiologia deste ano, levantou que as doenças que afetam o coração são as principais causas de óbitos no país. Apenas no ano de 2016 foram 362.091 mortes registradas, mais de 40 mortes por hora. Nas estatísticas, infarto e AVC’s são as doenças que mais atingem homens e mulheres no Brasil.
Dentre as informações apresentadas no Congresso, foi destacado que homens sofrem mais de infarto, enquanto as mulheres de AVC. Os dados mais recentes de levantamento da SBC mostram que 68.018 homens foram vítimas do infarto em 2016, e  51.198 mulheres tiveram AVC’s no mesmo ano.
Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, as doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes no mundo inteiro: segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde, são mais de 17,7 milhões de óbitos por ano. “O número de fatalidades ligadas à saúde do coração também se dá pelo crescente número de pessoas que estão nos fatores de riscos para o desenvolvimento das doenças”, conta.

Infarto
O infarto acontece quando o fluxo de sangue que vai para o miocárdio é interrompido por um tempo, causando danos ao músculo cardíaco. Podendo ser chamado de infarto agudo do miocárdio ou ataque cardíaco, o infarto pode ser fatal.
“Por isso é tão importante identificar os sintomas de um infarto, quanto antes a pessoa for socorrida, maiores chances de que ela sobreviva”, diz o especialista.

AVC
Existem dois tipos de acidente vascular cerebral: o isquêmico, quando a circulação de sangue no cérebro é afetada pela obstrução de uma artéria, ou hemorrágico, quando existe sangramento por conta do rompimento de um vaso sanguíneo.
“Assim como o infarto, a pessoa que estiver tendo um AVC deve ser socorrida o mais rápido possível. Quanto antes o paciente for tratado, menores serão as chances de sequelas”, explica.

É melhor prevenir do que remediar
A prevenção para essas e outras doenças que afetam o coração está na troca por novos hábitos: deixe de fumar, saia do sedentarismo, pratique uma atividade física, escolha alimentos saudáveis, mantenha uma dieta equilibrada e tenha suas consultas em dia.
“Aos diabéticos e hipertensos, a prevenção é essencial. Além de manter o colesterol em níveis normais, o tratamento para o diabetes e a pressão alta nunca devem ser abandonados, sempre faça o acompanhamento com o especialista para ajudar a proteger o coração”, finaliza o cirurgião.





Dr. Elcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialização em Cirurgia Cardiovascular pela Real e Benemérita Associação Portuguesa de Beneficência de São Paulo e Pós Graduação em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.


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