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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Nova campanha traz histórias impactantes para alertar sobre vacinação



Sob o conceito “Porque contra arrependimento não existe vacina”, as peças publicitárias mostram casos reais de pessoas que sofrem pela não vacinação. Ministério da Saúde quer mostrar as consequências de não se vacinar 


A queda na cobertura vacinal no Brasil, nos últimos dois anos (2016 e 2017), acendeu alerta em função do risco da reintrodução de doenças já eliminadas ou erradicadas no país, como a poliomielite, sarampo e rubéola. Atento a este cenário, o Ministério da Saúde lança, nesta quinta-feira (11), uma campanha publicitária impactante que alerta para a importância de manter sempre a vacinação em dia. O objetivo é mostrar que as baixas coberturas vacinais podem ser perigosas, já que abrem caminho para a reintrodução de doenças já eliminadas no país e que podem até matar.

Dados preliminares, até agosto de 2018, mostram que a cobertura vacinal de crianças menores de dois anos deste ano ainda não é a ideal, gira em torno de 50% e 70%. O Ministério da Saúde preconiza a cobertura acima de 90% ou 95%, a depender da vacina. “Mesmo não sendo definitivos, já que estados e municípios podem registrar os dados no sistema até final de março do ano que vem, os índices de vacinação são considerados muito baixos”, avalia a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

Sob o conceito “Porque contra arrependimento não existe vacina”, as peças publicitárias são impactantes e mostram casos reais de pessoas que sofrem até hoje pela não vacinação. Pela primeira vez, a mascote das campanhas de vacinação do Ministério, o Zé Gotinha, aparece em um tom sério e preocupado. “Há uma tendência de queda na vacinação, são dois anos consecutivos de redução. Nós precisamos reverter esse cenário e não entrar no terceiro ano de baixas coberturas vacinais”, pontuou Carla Domingues.

A campanha conta com 2 filmes de 60” e 30”, spots de rádio, anúncios de jornal e revista, mobiliários urbanos, painéis e diversas ações na internet e nas redes sociais, com o Zé Gotinha assumindo um papel de influenciador digital. Além disso, serão produzidos materiais com o calendário de vacinação para serem distribuídos para todas as unidades de saúde do Brasil. Para facilitar a busca, todo o conteúdo pode ser acessado procurando pela hashtag #FalaGotinha e encontrado na página: saude.gov.br/vacinacao.  

Os depoimentos de pessoas que sofreram consequências pela falta da vacinação é o ponto alto da campanha publicitária. Um dos filmes, traz um caso emblemático, o de Eliana Zagui, que tem 44 anos e há 42 anos sofre de uma paralisia severa que a obriga a viver dentro do Hospital das Clínicas de São Paulo. Eliana é tetraplégica e respira com a ajuda de aparelho. Quando criança, não foi vacinada contra a poliomielite por estar com febre. Apesar das dificuldades, Eliana se tornou artista (pintando com a boca), já escreveu um livro e hoje faz questão de dar o seu depoimento para mostrar a importância da vacinação para não deixar que outras pessoas sofram com a enfermidade que a privou de uma vida fora do hospital.

Outro filme, retrata o drama de Neuza Costa, que tem 57 anos. Quando criança, ela perdeu cinco irmãos, que morreram por consequência das complicações do sarampo, uma doença de alto grau de contágio e que já registra um número importante de casos no país. 


CENÁRIO ATUAL DA VACINAÇÃO 

Levantamento de rotina do Ministério da Saúde feito com estados e municípios, em visitas domiciliares na busca de não vacinados, indica como principais causas para essa redução o próprio sucesso do Programa Nacional de Imunizações (PNI), visto que não há mais circulação de algumas doenças no país, como a poliomielite.
Outra causa verificada pelas equipes de saúde é a desinformação provocada por boatos de que as vacinas não funcionam ou que trazem graves efeitos colaterais. “Isso causa um desconhecimento da própria gravidade das doenças, fazendo com que muitas pessoas não tenham noção do risco representado por elas e passem a se preocupar mais com possíveis eventos adversos do que com a prevenção de doenças consideradas graves”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues. A população também indica que o horário de funcionamento das unidades de saúde hoje é incompatível com a jornada de trabalho atual.

O perigo é que, o aumento do fluxo migratório da população (sobretudo de países onde essas doenças ainda existem) e a interrupção da vacinação podem provocar a volta ou elevado número de casos de doenças como sarampo, pólio e rubéola, como tem sido identificado em países que estavam livres dessas doenças. “Temos que estar vigilantes e sempre manter a vacinação em dia”, finaliza Carla Domingues.
 

DADOS PRELIMINARES DE COBERTURA VACINAL DE CRIANÇAS ATÉ 23 MESES - 2018 (janeiro a agosto)

UF
BCG
ROTAVIRUS
MENINGO C
PNEUMO 10V
PÓLIO
PENTA
HEPATITE A
TRÍPLICE VIRAL 
TETRA VIRAL 
RO
72,59
66,77
68,70
70,71
65,07
57,46
59,73
68,64
54,86
AC
74,69
61,87
62,67
70,47
59,26
44,23
55,15
64,95
48,51
AM
84,91
71,03
72,99
80,44
67,86
68,04
67,81
81,17
68,96
RR
66,67
60,76
56,75
63,26
56,72
56,99
61,84
73,08
64,00
PA
55,98
50,95
52,31
58,47
49,73
37,86
48,52
54,54
38,35
AP
70,21
63,97
58,96
65,33
52,50
40,59
56,14
60,77
49,80
TO
66,21
74,28
59,27
82,20
73,80
69,05
69,28
77,26
65,97
MA
68,93
58,02
57,06
62,47
55,81
54,98
49,08
55,59
39,62
PI
82,15
66,49
68,22
69,69
65,79
67,68
57,45
71,41
57,73
CE
73,90
72,14
72,40
75,10
69,03
63,28
55,27
76,17
57,35
RN
75,86
58,61
60,57
61,34
55,13
50,21
50,11
61,15
45,97
PB
86,14
74,91
75,11
78,43
71,60
66,71
63,64
74,96
56,85
PE
92,72
75,19
75,79
79,23
74,00
72,79
63,09
81,92
55,11
AL
93,55
78,73
82,12
87,33
77,18
78,99
72,30
90,33
58,30
SE
70,77
69,55
69,65
72,22
67,97
68,98
56,63
71,36
54,23
BA
46,86
45,68
46,14
48,36
44,77
41,69
40,49
47,81
36,72
MG
81,03
71,33
71,74
73,70
70,56
69,99
65,83
76,89
63,43
ES
84,16
74,7
72,56
77,99
73,96
69,06
69,18
80,23
62,52
RJ
103,52
76,97
76,58
80,04
73,40
70,57
67,61
87,28
57,40
SP
74,01
52,53
50,23
54,80
51,59
49,47
44,96
55,99
45,08
PR
85,61
77,17
79,02
78,82
77,19
77,22
74,83
84,29
71,59
SC
77,80
74,06
75,60
71,99
74,18
71,34
67,24
79,79
65,89
RS
72,41
67,08
66,21
69,11
65,50
62,56
63,02
72,22
61,60
MS
97,62
77,92
79,14
82,94
76,58
68,67
71,19
83,00
69,61
MT
68,68
66,11
67,20
70,36
64,46
59,44
59,07
69,95
53,81
GO
65,97
61,95
62,68
64,37
59,48
54,31
59,00
65,93
54,06
DF
38,97
55,45
57,97
57,45
52,48
49,23
48,28
53,45
50,05
BRASIL
75,97
64,18
64,00
67,35
62,60
59,64
57,13
68,79
53,52
 


*Dados preliminares de janeiro a agosto de 2018.




Amanda Mendes
Agência Saúde





Ensaio fotográfico realça a recuperação da autoestima por mulheres com câncer de mama


Exposição com fotos de pacientes da Santa Casa permanece no Hospital até 19 de outubro

Quem passa pelos famosos arcos do Hospital Central da Santa Casa de São Paulo tem a oportunidade de ver uma exposição que transmite, com imagens e palavras, superação, positividade, autoestima e esperança.  Trata-se de um ensaio fotográfico realizado com 14 mulheres que são pacientes da Clínica de Mastologia do Hospital, onde lutam ou lutaram contra o câncer de mama.

Denominada Mulheres no Espelho, a intervenção artística pretende conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama para um tratamento menos agressivo e com maior possibilidade de cura.  A detecção da doença em suas fases iniciais acontece por meio de uma atitude simples e de responsabilidade da própria mulher: o autoexame das mamas. Além desta ação, o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam a realização do exame de mamografia de rastreamento (quando não há sinais e sintomas) a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos.

A exibição de mulheres que enfrentaram ou enfrentam a doença, com os seus desafios físicos e psicológicos, foi idealizada pelo Instituto Viver Hoje, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que visa oferecer informações e conscientizar as pessoas da necessidade de assumirem uma atitude mais ativa em relação à sua saúde.

Esta é a terceira edição do ensaio fotográfico, que foi realizado no Jardim Anália Franco, na zona leste da capital paulista.  A iniciativa contou com a parceria do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia e do voluntariado da Santa Casa; de profissionais das áreas de moda, maquiagem e fotografia; além de empresas de maquiagem.

Inaugurada no dia 8 de outubro, a exposição permanecerá na Santa Casa até o dia 19, como parte da variada programação preparada pelo Hospital para a Campanha Outubro Rosa. O ensaio também pode ser conferido na linha 4 – Amarela – do Metrô de São Paulo (até janeiro de 2019), no Shopping Boulevard Tatuapé (São Paulo) e na Universidade Cruzeiro do Sul – campus Anália Franco. As fotos também podem ser apreciadas no interior de São Paulo, nas cidades de Cajamar (Anhanguera Park Shopping), Itu (Plaza Shopping) e Salto, e no Maranhão, no município de Mirinzal.

Programação da Santa Casa para o Outubro Rosa 2018
Desde o início do mês, a Santa Casa oferece à comunidade atividades informativas, de conscientização e de recuperação da autoestima de mulheres em tratamento contra o câncer. A programação foi organizada pela Profa. Dra. Marineide de Carvalho, coordenadora da Oncologia Clínica do Hospital e docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Santa Casa, juntamente com a psicóloga Rita de Cássia Boni Zanolo, responsável pelo Centro Integrado de Humanização (CIH) do Hospital.

Conheça e participe do programa da Santa Casa para a Campanha Outubro Rosa 2018, que inclui ações educativas, culturais e lúdicas, além de ciclo de palestras. Acesse: http://www.fcmsantacasasp.edu.br/acoes-do-outubro-rosa


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