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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Cuidado com o abuso do álcool pós bariátrica

Um dos objetivos da cirurgia bariátrica é reduzir o estômago para auxiliar na perda de peso.


Essa metodologia, cada dia mais procurada por pessoas obesas, pode acarretar muitos ganhos para a saúde do indivíduo pós operação, desde que alguns cuidados sejam levados em consideração.

Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos EUA, mostrou que pacientes obesos que se submeteram à cirurgia bariátrica correm mais risco de abuso e dependência de álcool, no segundo ano, após a operação. Segundo os autores, a probabilidade é maior entre as pessoas que optaram pelos métodos gastrectomia vertical (sleeve) e gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux - o bypass gástrico - tipo mais popular da cirurgia no mundo e responsável por 70% do total analisado na pesquisa.

O Brasil é considerado o segundo no ranking em número de cirurgias bariátricas e as mulheres representam 76% dos pacientes. Já o problema com álcool, atinge em média 25% dos pacientes e seu uso abusivo no pós-operatório é a principal causa da recidiva – termo técnico cirúrgico para reganho de peso. Isto acontece devido à mudança na absorção de álcool pelo organismo após a cirurgia. Com a alteração do aparelho digestivo, a substância passa direto para o intestino e é absorvido mais rapidamente, além de demorar mais tempo para ser eliminada.

E o mais curioso de tudo é que o paciente desenvolve este quadro sem perceber que está nele. É muito comum a substituição de alimentos sólidos por alimentos líquidos após a cirurgia. Isso porque a ingestão de bebidas alcoólicas e outras líquidas raramente podem causar desconforto gástrico, como as vezes acontece com os alimentos mais rígidos. A partir disso, a bebida provoca saciedade, o que leva a muitos pacientes operados a trocarem as refeições tradicionais por bebidas alcoólicas.

Contudo, a relação médico-paciente é essencial para garantir o acompanhamento pós cirúrgico e evitar o aparecimento ou agravamento da relação com a bebida alcóolica. A cirurgia bariátrica aumenta a sensibilidade do organismo ao álcool, por isso, é preciso de um acompanhamento de perto. Esse tipo de auxílio é útil para que o paciente não desenvolva uma dependência.

Além de bebidas alcoólicas, fica também o alerta para outros produtos de aspecto pastoso e gelatinoso como o leite condensado, o milk shake, refrigerantes, energéticos, sucos engarrafados, iogurtes e outros industrializados. Todos com um teor calórico elevado a ponto de trazer de volta todos os quilos perdidos durante o tratamento.

Para identificar essa situação, existe um teste. Tal procedimento de identificação de transtornos por uso de álcool, responsável por verificar sintomas de dependências e prejuízos, o indivíduo de maior risco é formado por pacientes jovens do sexo masculino, fumantes, consumidores regulares de álcool e usuários recreativos de drogas. Ainda mais se tiver um histórico familiar ou até mesmo pessoal de abuso desta substância.





Dr. Henrique Eloy - especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica e gastroenterologia.



Fonte: Naves Coelho Assessoria e Marketing

Amamentação e ingestão de bebida alcoólica


Estima-se que até 83% das lactantes consomem álcool e hábito pode comprometer desenvolvimento do aprendizado dos bebês


A recomendação da Organização Mundial de Saúde é clara: evite o uso de álcool e outras drogas durante a amamentação. No entanto, estimativas indicam que até 83% das lactantes relatam uso de álcool, sendo mais comum entre mulheres com idade materna mais avançada, maior grau de escolaridade e maior período de amamentação. Entre as justificativas estão a falta de evidências claras de prejuízos ao bebê e a crença equivocada de que o álcool aumenta a produção de leite.

 “O álcool passa rapidamente para o leite e atinge concentrações semelhantes às do sangue materno, além de reduzir a sua produção. A estratégia de descartar o leite ‘contaminado’ não diminui a concentração de álcool e vale alertar que não há teste confiável para determinar o nível de álcool no leite materno”, explica a Dra. Erica Siu, especialista em dependência e coordenadora do CISA – Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, referência na disseminação de conhecimento científico sobre a relação entre álcool e saúde.

Se isso, por si só, não é suficiente para conscientizar as mamães da importância da abstinência de álcool durante o período de amamentação, estudo australiano, publicado na revista Pediatrics, indica que o consumo de álcool por lactantes foi associado à redução da capacidade de raciocínio abstrato em crianças com idades entre 6 e 7 anos.

O CISA reforça o alerta de que o consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação também pode causar danos irreversíveis à saúde do bebê, uma vez que o álcool atravessa a placenta e, em pouco tempo, o sangue fetal apresenta quantidade de álcool equivalente ao do sangue da mãe. “A situação é agravada porque o feto não consegue metabolizar e eliminar o álcool, que permanece em seu organismo por mais tempo, até retornar à circulação materna”, esclarece a coordenadora do CISA.






Centro de Informações sobre Saúde e Álcool – CISA
 (www.cisa.org.br)
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No Dia Mundial da Artrite Reumatoide, pesquisa mostra impacto da doença na vida dos pacientes





3º Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil é lançado em novembro

Documento do Ministério do Trabalho traz série de eixos com ações que visam a pôr fim à exploração de crianças de adolescentes


A Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil (Conaeti), vinculada ao Ministério do Trabalho, lança em 27 de novembro o “3º Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador”. O documento terá uma série de eixos com ações que visam a erradicar o trabalho infantil no Brasil.

O lançamento do terceiro plano acontece dez anos após a criação da “Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil”, a lista TIP (link para o decreto:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/decreto/d6481.htm). O documento foi promulgado por meio do Decreto 6.481, de 12 de junho de 2008, e se tornou referência no combate ao trabalho infantil no país ao enumerar 93 atividades consideradas insalubres e perigosas para pessoas com menos de 18 anos.

A campanha “Não proteger a infância é condenar o futuro!”, que destaca as piores formas de trabalho infantil, é outra ação que pretende chamar a atenção para as consequências danosas do trabalho infantil para o futuro de crianças e adolescentes.

O problema ainda atinge milhares de crianças e adolescentes no país. No primeiro semestre deste ano, a Auditoria Fiscal do Trabalho realizou 6.421 ações fiscais contra o trabalho infantil – foram 3.873 apenas no combate às piores formas. Ao todo, as ações identificaram 1.035 casos de exploração.


O que é trabalho infantil

O trabalho infantil é aquele realizado por crianças até a idade mínima prevista na lei. No Brasil, a Constituição Federal permite o trabalho a partir dos 16 anos, exceto nos casos de atividade noturna, perigosa ou insalubre, nos quais a idade mínima é de 18 anos (que integram a lista TIP). A partir dos 14 anos, a permissão de trabalho ocorre apenas na condição de aprendiz.

Os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam diminuição no número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos encontradas em situação de exploração no país – caiu de 3,3 milhões, em 2014, para 2,7 milhões, em 2015, e para 1,8 milhão, em 2016. Considerando o número de crianças e adolescentes no trabalho para o próprio consumo, o número passa para 2,3 milhões em 2016, se acordo com a PNAD. 


Conaeti
 
A comissão que atua na elaboração do 3º Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil é coordenada pelos auditores fiscais Antônio Júnior, Erika Medina e Renato Soares, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do Trabalho. O plano nacional contempla ações assumidas por diversos entes que representam o poder público, empregadores, trabalhadores, sociedade civil organizada e organismos internacionais.

Entre os órgãos que participam do debate estão os ministérios do Trabalho, do Desenvolvimento Social, da Saúde, da Educação e dos Direitos Humanos, a Confederação Nacional da Indústria, Confederação Nacional do Comércio, Confederação Nacional do Transporte, Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar, Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ministério Público do Trabalho e Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Ministério do Trabalho

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