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sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Nutricionista destaca a importância de avaliar o índice glicêmico dos alimentos


Descobrir como os alimentos são absorvidos pelo corpo é o segredo para manter uma dieta adequada

 

É comum encontramos pessoas que ainda insistem em considerar os carboidratos como fator determinante para o ganho de peso, desviando-se a atenção de buscar informações sobre o índice glicêmico (IG) do alimento ingerido para o organismo. De acordo com Vanderli Marchiori, consultora em nutrição da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), existem carboidratos com baixo e alto IG e essa classificação depende da velocidade que o açúcar presente no alimento entra na corrente sanguínea. "Quanto mais rápido o seu acesso, maior será a liberação de insulina pelo pâncreas, pois o corpo tenta equilibrar os níveis de açúcar", explica. 

A medição do índice glicêmico é realizada por pesquisadores, nutricionistas e sempre disponibilizada em sites e em livros de nutrição. Essa medida normalmente é classificada como: IG baixo - menor do que 50; IG médio - entre 50 e 70 e IG alto - acima de 70. 

Alimentos de alto IG, como arroz branco, purê de batata e suco de laranja, por exemplo, aumentam o risco para o desenvolvimento do diabetes do tipo 2 e da obesidade, devido a elevação rápida da glicemia, o que pode desencadear uma liberação excessiva de insulina, baixa saciedade, microbiota intestinal irregular, entre outros. 

No caso de diabetes tipo 2, o ganho de peso vai gerando um processo inflamatório, que ativa reações e podem inibir a ação da insulina. "O organismo de quem tem a doença produz uma quantidade insuficiente de insulina ou não consegue utilizá-la da maneira adequada para desempenhar bem suas funções. Por causar poucos sintomas, a pessoa muitas vezes demora anos para receber o diagnóstico de diabetes, o que pode causar complicações graves no coração e no cérebro", explica Vanderli. 

Em 2003, a OMS apresentou uma pesquisa que afirmou que produtos com baixo índice glicêmico, diminuem o risco de desenvolvimento do diabetes tipo 2. De acordo com o estudo, alimentos como pão e macarrão integral, por exemplo, colaboram no controle dos níveis de insulina, além de aumentar a saciedade, o que reduz a vontade de comer exageradamente nas próximas refeições, ajudando no processo de emagrecimento e assim, diminuindo o risco para o desenvolvimento da doença.

A especialista destacou também a importância da carga glicêmica (CG), quantidade de carboidrato presente na porção de alimento consumido (ingeridos numa refeição), comparado com o alimento padrão. "O consumo de vários tipos de carboidratos ao longo do dia e em momentos unicos faz parte do equilibrio e da manutenção de saude das pessoas. Podemos perceber que quando consumimos um carboidrato simples como pão com mel ou geléia, por exemplo, temos um gás extra de energia para o exercicio fisico, diferentemente de consumirmos um carboidrato de baixo indice glicemico como o macarrão ao sugo no jantar que nos dá energia ao longo da noite sem favorecer a formação de gordura corporal", diz. 


Por que é importante apoiar as mulheres trabalhadoras que estão amamentando?


 As mulheres representam mais de 50% da força de trabalho nos Estados Unidos, com muitas trabalhadoras em idade fértil. Os Estados Unidos não oferecem licença maternidade paga, de longo prazo, portanto, as mães que escolhem amamentar são confrontadas com a realidade de conciliar a amamentação e retornar ao trabalho



O apoio dos colegas de trabalho pode ser ainda mais importante para as mães trabalhadoras que estão amamentando do que receber incentivos de outras pessoas importantes, como amigos íntimos e parentes, defende um novo estudo.

De acordo com pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan e da Universidade Cristã do Texas, quanto mais apoio as mulheres recebem de seus colegas de trabalho, mais bem-sucedidas elas são em acreditar que podem continuar amamentando. Embora o apoio de familiares e amigos seja importante, surpreendentemente, segundo esse estudo, o apoio de colegas de trabalho tem um efeito mais forte.

“Publicado na revista Health Communication, esse é o primeiro (estudo) a focar especificamente o efeito que os colegas de trabalho exercem sobre as mães trabalhadoras que desejam continuar a amamentação, através da extração de leite no trabalho”, afirma o pediatra Moises Chencinski, criador e incentivador do movimento Eu apoio leite materno (#EuApoioLeiteMaterno).

Segundo os autores do estudo, a fim de capacitar as mulheres a alcançarem seus objetivos e continuarem amamentando, é fundamental motivar todos os colegas de trabalho, por meio de incentivo verbal e ajuda prática. As pessoas podem pensar que as mulheres, no local de trabalho, “encorajam-se automaticamente”, umas  as outras, mas isso, muitas vezes, pode não ser o caso.

O estudo entrevistou 500 mães trabalhadoras. Oitenta e uma delas indicaram que nunca haviam amamentado e 80 haviam parado, antes de voltar ao trabalho. Entre aquelas que continuaram a amamentar após o retorno ao trabalho, mais da metade optou por não estender o aleitamento até o sexto mês. Embora as razões específicas pelas quais as participantes pararam de amamentar não tenham sido rastreadas no estudo, os pesquisadores reuniram impressões, pensamentos e sentimentos em relação à percepção e ao estigma dos colegas de trabalho, bem como ao desconforto com relação ao bombeamento de leite nesse local.

“No geral, os dados sugerem que o ato de simplesmente retornar ao trabalho desempenhou um papel importante na decisão de deixar de amamentar, mas receber o apoio dos colegas foi fundamental para aquelas que continuaram no aleitamento materno”, diz o pediatra, autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.

A pesquisa também mostrou que mais de um quarto das mulheres que originalmente decidiram amamentar tomaram a decisão porque o local de trabalho era um ambiente favorável ao aleitamento, por exemplo, destinando um lugar apropriado para  a extração do leite. Cerca de 15% disseram que optaram por continuar a amamentação, depois de voltar ao trabalho, porque tinham colegas ou supervisores que as motivaram diretamente a fazê-lo.

Os autores indicaram que múltiplas variáveis ​​poderiam influenciar o motivo pelo qual o apoio dos colegas de trabalho é visto como igualmente importante, se não o mais importante para as mães que trabalham e amamentam.

“Isso pode se explicar porque a trabalhadora passa a maior parte do tempo, durante o dia, com esses colegas, o que requer mais apoio deste grupo para o sucesso da amamentação. No local de trabalho, a dependência de aceitação social de uma mulher que amamenta é maior porque ela tem que interagir com um grupo e conquistar o apoio de seus pares para ajudá-la nos momentos em que está longe de sua mesa, por exemplo. Por isso é muito importante não haver estigmas e preconceitos no ambiente de trabalho”, diz o pediatra.

Recentemente, os Estados Unidos se opuseram à resolução da Organização Mundial da Saúde (ONU) de promover o aleitamento materno em detrimento das fórmulas infantis. Isso vai contra anos de pesquisas que mostram que a amamentação tem benefícios nutricionais significativos para os bebês e seu desenvolvimento. O número de mães que opta por continuar a amamentar, nos EUA, permanece inferior às recomendações da ONU.

Talvez, os números se expliquem pela falta de respaldo legal. Das 151 maiores cidades dos Estados Unidos, apenas Filadélfia e Nova York têm legislações que protegem a nutriz que retorna ao trabalho, fora de casa, e que deseja continuar amamentando, aponta uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia, publicada na revista Breastfeeding Medicine.

Por lá, existe uma lei federal, parte do Fair Labor Standards Act, que exige apenas que os empregadores ofereçam “tempo de intervalo razoável” e um lugar que não seja o banheiro para o bombeamento do leite humano. Além disso, seu alcance é limitado, cobrindo apenas funcionárias que trabalham por hora em empresas com 50 ou mais trabalhadores e lucros anuais de US $ 500.000 ou mais.

“Se uma empresa tem menos de 50 empregados, a lei não se aplica. E tudo o que está previsto legalmente é que a mulher trabalhadora precisa ter ‘tempo e espaço’. Claramente, há falta de condições melhores para as mulheres. Já se as mães trabalhadoras têm a certeza que os colegas de trabalho e os supervisores irão apoiá-las em seus esforços de amamentação, isso pode fazer uma grande diferença em termos de país e de mundo. Pensemos nisto, enquanto os legisladores dormem”, afirma Moises Chencinski.






Moises Chencinski

Blog: https://euapoioleitematerno.wordpress.com/

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

 

 

Mastologista do HCor revela que atitudes simples podem ajudar a prevenir Câncer de Mama


 Em prol do Outubro Rosa, médica recomenda medidas como praticar atividade física, manter uma dieta rica em fibras e balanceada para prevenir o sobrepeso, além de evitar ingestão de álcool e a exposição prolongada a hormônios sintéticos, principalmente, na pós-menopausa 


Dados da OMS revelam que uma a cada oito mulheres pode desenvolver câncer de mama ao longo da vida. Tanto que já é o mais comum entre os que afetam a população feminina em todo o mundo, exceto apenas o de pele. Só no Brasil foram registrados 57.960 novos casos da doença e 14.488 mortes, em 2017, tendo como pontos de maior incidência os estados do Rio de Janeiro (91,25 casos / 100 mil habitantes), Rio Grande do Sul (90,2 casos/ 100 mil habitantes) e São Paulo (69,7 casos/ 100 mil habitantes). “Estima-se que até 80% dos casos de câncer de mama costumam ocorrer entre mulheres que não apresentam fatores de risco, previamente, o que torna o controle da doença ainda mais difícil. Por outro lado, atitudes simples no dia-a-dia podem auxiliar bastante a prevenção do problema”, afirma a mastologista do HCor, Dra Ana Maria Massad Costa.    
       
Em prol do Outubro Rosa, a médica recomenda algumas medidas. A primeira é adotar uma dieta rica em fibras – que reduz o risco de câncer de mama em até 10% – e bem balanceada, já que um IMC acima de 25 aumenta o risco para a doença. Em seguida, é preciso evitar a ingestão de álcool. Segundo a ginecologista mais que 10g de álcool por dia aumenta o risco para câncer de mama em até 20%. Outra medida importante é não se expor de maneira prolongada a hormônios sintéticos, principalmente, na pós-menopausa. “Também é fundamental realizar atividade física regularmente. Isso porque o mínimo de três horas de exercícios aeróbicos por semana já é capaz de proporcionar um efeito protetor contra o câncer de mama”, revela.      


Fatores não modificáveis  

Atentar para fatores de risco não modificáveis, como mamas densas, irradiação do tórax antes dos 30 anos, histórico familiar e a presença de mutações genéticas no organismo, é mais um conselho da Dra Ana Maria. “Com o conhecimento prévio destes aspectos, os mastologistas podem fazer um seguimento mais rigoroso e adotar condutas mais agressivas, caso necessário, para detecção da doença”, explica. 

A mastologista acrescenta que, de acordo com padrões internacionais, o rastreamento da doença deve ser iniciado a partir dos 40 anos por meio de mamografias anuais. “Para mulheres com risco aumentado esta idade pode ser antecipada para os 30 anos. Porém, estes casos devem primeiramente ser avaliados por um especialista que dará as orientações adicionais para cada paciente, individualmente”, ressalva. 


Tratamento multidisciplinar  

A Dra Ana Maria ainda esclarece que o tratamento do câncer de mama é feito por uma equipe multidisciplinar composta por mastologistas que fazem, tanto a parte clínica, quanto a cirúrgica, oncologistas que atuam na prescrição da quimioterapia, patologistas que analisam as biópsias, radioterapeutas, além de enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos. “Estudos recentes e avanços nos tratamentos têm permitido que as pacientes tenham cada vez mais qualidade de vida, durante o tratamento, assim como a realização de cirurgias menos agressivas seguidas de reconstrução mamária e menos quimioterapia para casos com essa indicação”, completa.

Segunda a Dra Ana Maria, a maioria dos casos ainda tem indicação de cirurgia. Dependendo do tipo do tumor e do estágio da doença, a paciente pode ter indicação de realizar quimioterapia que pode ser endovenosa ou com comprimidos, via oral, cujos efeitos adversos são mais leves. Já a radioterapia está indicada tradicionalmente nos casos de cirurgia conservadora (em que não há necessidade de retirar toda mama) e em alguns casos de cirurgia radical a depender do estágio da doença. “Embora tenhamos diferentes métodos de tratamento à nossa disposição, hoje em dia, a prevenção e diagnóstico precoce ainda são os principais fatores a favor da qualidade de vida das mulheres. Por isso, é muito importante que todas permaneçam atentas à saúde, realizando exames anuais e consultas médicas regulares. Afinal, casos iniciais têm sobrevida acima de 95% em 5 anos”, conclui a mastologista do HCor.


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