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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Mães controlam mais o uso de smartphones pelos filhos do que os pais


Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de smartphones por crianças no Brasil também revela que há embate entre os pais que consideram que os filhos usam o smartphone mais que deveriam e aqueles que acham o contrário


O Panorama Mobile Time/Opinion Box - Crianças e Smartphones no Brasil, que acaba de ser divulgado, revela que 85% das crianças brasileiras de 0 a 12 anos com pais internautas possuem acesso a smartphones, sejam aparelhos próprios ou emprestados dos responsáveis. O percentual cresce conforme a idade, começando em 65% no grupo de 0 a 3 anos e chegando a 95% naquele de 10 a 12 anos. Os números fazem parte da nova edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre uso de smartphones por crianças no Brasil.

A pesquisa constatou que as mães costumam ser mais controladoras que os pais quanto ao uso de smartphones pelos filhos. Enquanto 45% das mães permitem o uso de apps de redes sociais e de mensageria, a proporção sobe para 54% entre pais. 95% das mães alegam que verificam com quem e o quê os filhos conversam nesses apps. A proporção neste quesito cai para 84% entre os pais. 70% das mães e 67% dos pais estipulam limite de tempo diário de uso de smartphone. Em relação às compras em lojas de aplicativos, 14% das mães contra 16% dos pais permitem esta movimentação das crianças.

"Talvez a diferença esteja no fato de que os homens, mais do que as mulheres, acreditam que o smartphone mais ajuda do que atrapalha no desenvolvimento das crianças. É o que dizem 55% dos pais ante 49% das mães. Por outro lado, embora mais permissivos, 54% dos pais acham que seus filhos usam o smartphone mais do que deveriam, contra 46% das mulheres", comenta Fernando Paiva, editor do Mobile Time e coordenador da pesquisa.


Outras descobertas

- 50% dos pais consideram que os filhos usam o smartphone mais que deveriam e aqueles que acham o contrário;


- 73% dos pais não usam ferramenta de filtro de conteúdo/controle de acesso;


- 89% dos pais controlam com quem os filhos conversam pelo celular e o conteúdo acessado;


"Os resultados desta pesquisa indicam que os pais estão divididos sobre como lidar em relação ao acesso dos filhos aos smartphones. Metade acha que o contato com essa tecnologia mais ajuda do que atrapalha e a outra metade acha o contrário. Além disso, metade acha que os filhos usam o smartphone mais do que deveriam, e a outra metade acha que não". comenta Fernando Paiva.

O Panorama Mobile Time/Opinion Box - Crianças e Smartphones no Brasil é uma pesquisa independente produzida por uma parceria entre o site de notícias Mobile Time e a empresa de soluções de pesquisas Opinion Box. Nesta edição foram entrevistados 2.172 brasileiros que acessam a Internet, possuem smartphone e são pais de crianças de 0 a 12 anos, respeitando as proporções de gênero, idade, renda mensal e distribuição geográfica desse grupo. As entrevistas foram feitas on-line ao longo de setembro de 2018. Esta pesquisa tem validade estatística, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e grau de confiança de 95%.


Pet não é brinquedo e requer responsabilidade a longo prazo


Com a proximidade do Dia das Crianças, muitos pais ficam na dúvida quando o filho pede um cachorro, gato ou qualquer outro pet de presente. E é muito importante que os pais deixem claro para as crianças, que ter qualquer espécie de bichinho de estimação não é como ter um brinquedo.  Cuidar de um animalzinho requer muita responsabilidade e de longo prazo, já que ele é um ser vivo que precisa de atenção com alimentação, saúde e higiene.    

Trazer um pet, por exemplo, para dentro do lar é um compromisso que deve ser muito bem pensado. É preciso pesquisar qual raça melhor se encaixa no perfil da família e se haverá tempo para cuidar, caso contrário, cancele a ideia.  Por isso é necessário levar em consideração que todos os membros da casa deverão ter a responsabilidade de zelar por ele, logicamente a parte mais pesada sempre ficará a cargo dos pais, mas as crianças podem ajudar com pequenas tarefas.

Não existe uma restrição de idade para que o novo membro da família possa conviver com as crianças. Desde que ambos estejam saudáveis, o contato até ajuda no desenvolvimento do sistema imunológico dos pequenos, além de desenvolver o senso de responsabilidade de saber que um animalzinho depende dos seus cuidados para viver.  

É necessário delegar funções que estejam de acordo com a idade das crianças. Para os muito pequenos, os pais devem estimular a relação para que desenvolvam o afeto e carinho pelos pets. Já para crianças maiores, é possível passar tarefas como trocar a água e a comida, passear, escovar o pelo e cuidar da higiene do bichinho. O ideal é incluir todos esses afazeres em uma planilha, lousa ou painel e deixar disponível para que a criança possa ver o que precisa ser feito em cada dia.

Além disso, para que se tenha um ambiente saudável e até mesmo evitar doenças nas crianças, os pais devem tomar alguns cuidados como, por exemplo:  não permitir que a criança beije o focinho do amigo; após brincar, a criança deve lavar as mãos; tratar o pet ao menor sinal de pulgas e até mesmo verminoses; e deixar sempre em dia as vacinas do animal.

O mais importante é fazer com que as crianças tenham a consciência de que um pet não é um brinquedo. É preciso conversar com seus filhos e mostrar o tamanho da responsabilidade de cuidar de um animalzinho, que praticamente se torna um membro da família por muitos anos.




René Rodrigues Junior - médico veterinário


Pediatra recomenda que pais troquem presentes por experiências no Dia das Crianças




 Brincadeiras (Mariana da Rosa) 


Atividades em família podem estreitar o relacionamento com os filhos

A sociedade do consumo e do instantâneo tem influenciado mudanças de comportamento nos últimos anos, principalmente nas relações interpessoais e familiares. Desta forma, o pediatra associado da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), José Paulo Ferreira, destaca a importância das famílias aproveitarem a data para estreitar o convívio com os pequenos.

- Muitas vezes, devido ao ritmo acelerado do dia a dia, tenta-se compensar a ausência com brinquedos, trocando afeto por bens materiais, quando o que a criança quer é carinho. Como o que se leva dessa vida são as experiências, aproveite a ocasião para jogar bola no parque, fazer uma pequena viagem, um pic-nic, enfim, atividades que envolvam uma convivência familiar – sugere Ferreira.
Outra questão destacada pelo pediatra é o entendimento que algumas pessoas têm com relação ao custo do brinquedo, de que quanto mais caro, melhor pai ou mãe se é, uma concepção ligada ao consumo.

- É claro que não está proibido presentear a criança, portanto, quem estiver pensando em opções de mimos para marcar a data, busque jogos que estimulem a criatividade e sociabilidade dos pequenos – complementa o sócio da SPRS.

Quanto aos eletrônicos, a recomendação é objetiva: crianças pequenas não devem ter celular ou tablet. A indicação é que a inserção a estes meios seja feita a partir dos dez anos.


 
Francine Malessa


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