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terça-feira, 14 de agosto de 2018

Há 26 anos lombadas eletrônicas salvam vidas no trânsito


Curitiba foi a primeira cidade a contar com a lombada eletrônica. Em sete anos, a capital paranaense reduziu em 40% o número de acidentes
Foto: Arquivo Perkons


O equipamento número 1 continua em pleno funcionamento em Curitiba

A velocidade é a maior causa de acidentes de trânsito e, portanto, conter os apressadinhos é uma tarefa que precisa ser realizada em conjunto com órgãos de trânsito e campanhas de conscientização. Somada a isto, a tecnologia reforça aos motoristas a necessidade de manter o ponteiro do velocímetro dentro do permitido nas vias.
No dia 20 de agosto de 1992, a primeira lombada eletrônica do mundo foi instalada na cidade de Curitiba (PR). Inventada pela Perkons, ela trouxe um novo conceito para promover a redução da velocidade de forma menos abrupta do que com uma lombada física. O primeiro equipamento foi instalado na Rua Francisco Derosso, em frente a uma escola, no bairro Xaxim. Esta já era uma das vias mais movimentadas do bairro, e a lombada permanece lá, até os dias de hoje, ajudando a salvar vidas.
Ao longo de quase três décadas e atualmente utilizada em larga escala no Brasil e no mundo, a lombada eletrônica colabora para resultados importantes no trânsito. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-Rio), cada um desses dispositivos evitam cerca de três mortes e 34 acidentes por ano. “Passam pelos nossos equipamentos mais de 4 bilhões e meio de veículos todos os anos. O índice de respeito à velocidade nos trechos fiscalizados é de 99,93%. Isso é motivo de muito orgulho para a Perkons, que desde a invenção da lombada eletrônica contribui para a segurança no trânsito e para a redução dos acidentes”, relata Luiz Gustavo Campos, diretor da empresa.

Reconhecimento ao vanguardismo
A invenção da lombada eletrônica rendeu premiações à Perkons, como o Prêmio Destaque Indústria, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), em 1994, pela criação e desenvolvimento tecnológico do dispositivo. No mesmo ano, a criação também foi premiada no VIII Prêmio Volvo de Segurança no Trânsito. Ela também ganhou destaque no livro 101 Inovações Brasileiras, que tem o objetivo de valorizar a criatividade e o empreendedorismo nacional.
Além dos prêmios, os números também certificam a revolução que a lombada eletrônica causou nas vias e ruas. De acordo com o  Detran-PR, sete anos  após o início da utilização do equipamento,  Curitiba teve uma redução de 40% no número de acidentes de trânsito.
“Ser reconhecida, desde os primórdios, por promover inovação e segurança no trânsito é uma grande honra. A cada ano que passa o resultado do nosso trabalho mostra que nos mantemos no caminho certo, e também nos desafiam  a aperfeiçoar nossas tecnologias e serviços”, afirma Campos.

Sempre de olho no futuro
Os aparelhos de fiscalização eletrônica de trânsito estão cada vez mais modernos e registram muitas situações além do excesso de velocidade, tais como: avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres, conversão ou retorno em locais proibidos, transitar no acostamento ou contramão, ultrapassagem em local proibido, e transitar em locais e horários não permitidos ou em pistas de circulação exclusiva.
Também monitoram múltiplas faixas e podem ser instalados em diferentes configurações: com ou sem display, em postes ou outras estruturas pré-existentes. As câmeras são de altíssima resolução para capturar imagens cada vez mais nítidas, sendo ideais para o monitoramento e registro automático de infrações em rodovias, trechos expressos, vias arteriais, coletoras e locais.


 

Futuro: tudo sobre a economia digital




As maiores empresas do mundo hoje estão inseridas no conceito da economia digital, como Google e Facebook, estão no ambiente virtual, uma realidade que existia apenas na ficção há 50 anos atrás, mas que agora é o nosso dia-a-dia. O Brasil aparece na 44ª posição em um estudo sobre países e como estão inseridos e preparados para lidar com essa nova economia. Para que você saiba mais sobre o assunto, o site Barkus preparou esse guia informativo sobre a economia.




 http://barkus.com.br/site/


Transformação digital: Indústria 4.0 e fábrica inteligente


A tecnologia da informação e comunicação (TIC) está passando por um rápido desenvolvimento. Muitas tecnologias disruptivas, como computação em nuvem, Internet of Things (IoT), análise de Big Data e inteligência artificial surgiram e estão permeando a indústria de manufatura, fundindo os mundos físico e virtual por meio de sistemas cyber-físicos (CPS), o que marca o advento da quarta revolução industrial, chamada de indústria 4.0.

A indústria 4.0 descreve um CPS orientado para a produção, que possibilita o estabelecimento de redes de criação de valor global. Para implementar essa nova indústria, são considerados três fatores: a integração horizontal por meio de redes de valor, que facilitam a colaboração entre empresas; a integração vertical de subsistemas hierárquicos dentro de uma fábrica, que cria sistema de manufatura flexível e reconfigurável; e a integração de engenharia de ponta a ponta em toda a cadeia de valor, a fim de suportar a personalização do produto. Acredita-se que a fábrica inteligente seja capaz de produzir produtos customizados e de pequenos lotes com eficiência e lucratividade.

Dentro de uma estrutura de fábrica inteligente existem quatro camadas tangíveis. A primeira é a camada de recurso físico, composta por artefatos inteligentes que se comunicam uns com os outros, resultando em um sistema auto-organizado e autônomo baseado na rede industrial e mecanismo de negociação inteligente. Já a camada de rede industrial forma uma infraestrutura que permite a comunicação entre artefatos e conecta a camada de recursos físicos com a camada de nuvem, que suporta a fábrica inteligente, fazendo com que até a internet possa ser virtualizada. A nuvem fornece uma solução muito elástica para aplicação de Big Data, com espaço de armazenamento e capacidade de computação dimensionados sob demanda. Os dados massivos podem ser transferidos para a nuvem por meio do cloud-assisted industrial wireless network (IWN) para sistemas de informação, e a análise do Big Data pode suportar o gerenciamento e a otimização do sistema.

A camada de supervisão e controle liga as pessoas à fábrica inteligente por meio de terminais, como PCs e smartphones, dando acesso às estatísticas e à aplicação de configurações diferentes e execução de diagnósticos e manutenção, mesmo remotamente.

A fábrica inteligente é uma implementação específica do CPS baseada na ampla e profunda aplicação de tecnologias de informação para a fabricação, o que é um passo importante para promover a indústria 4.0.

No protótipo de fábrica inteligente do Centro Alemão de Pesquisa de Inteligência Artificial (DFKI), em Kaiserslautern, a gigante de produtos químicos BASF SE produz xampus e sabonetes líquidos personalizados. Quando um pedido de teste é colocado online, o frasco de sabonete vazio é anexado com a tag de identificação por radiofrequência (RFID), que comunica às máquinas de produção que tipo de sabonete, fragrância, cor da tampa do frasco e rotulagem requer. Cada garrafa tem o potencial de ser totalmente diferente da próxima. O experimento depende de uma rede sem fio, onde máquinas e produtos conversam entre si, com a única entrada humana vinda da pessoa que está colocando a ordem da amostra.

A fábrica inteligente ajuda a implementar o modo de produção sustentável para lidar com os novos desafios globais, podendo levar a novos modos de negócios e até afetar nosso estilo de vida. Embora sua implementação ainda esteja enfrentando alguns desafios técnicos, ela está no caminho certo, aplicando simultaneamente as tecnologias existentes e promovendo avanços técnicos de enorme valor para a sociedade.






Débora Morales - mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia e inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)


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