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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Hipotireoidismo infantil não pode passar despercebido


Endocrinopediatra explica sobre a disfunção da tireoide mais comum em crianças

Quando se fala em disfunções da tireoide, logo os pensamentos se voltam aos adultos, mas esse não é um problema exclusivo dessa faixa etária. Devido a uma redução na produção dos hormônios da tireoide, T3 e T4, que são importantes para várias funções do corpo, o hipotireoidismo também acontece em bebês e crianças.
Essa é a doença hormonal mais frequente na infância, explica o endocrinopediatra da Endoclínica São Paulo, Dr. Francisco Lima. “A principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune, chamada Tireoidite de Hashimoto, caracterizada por um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula da tireoide. Outras causas são mais raras, por exemplo, quando a tireoide não está no local correto”, explica o especialista.
Há também o hipotireoidismo congênito, doença hereditária que pode ser detectada com o teste do pezinho logo na primeira semana de vida do bebê. Este tipo de alteração ocorre em aproximadamente um em cada 2 mil a 4 mil nascimentos e cerca de 10 a 20% dos casos são hereditários.
A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, seu hormônio controla a velocidade do metabolismo, isso inclui até os batimentos do coração ou como o organismo regula a temperatura do corpo. Se a quantidade de hormônios produzidos não é suficiente, a velocidade dessas funções também diminui.
Alguns sintomas em crianças mais velhas e adolescentes são similares àqueles do hipotireoidismo em adultos, como ganho de peso, fadiga, constipação, além do cabelo e da pele ásperos e secos. Já os sintomas que aparecem apenas em crianças incluem uma na velocidade do crescimento, atraso no desenvolvimento ósseo e inicio tardio da puberdade. “Não há uma idade recomendada para a criança realizar exames relacionados com a tireoide. Porém, com base nos sintomas e na avaliação clínica do pediatra, ela pode ser encaminhada para uma investigação mais aprofundada”, reforça Lima.
Embora não tenha cura, a disfunção pode ser controlada com reposição hormonal e acompanhamento médico. Assim, a criança pode levar uma vida normal e saudável. 


Novo perfil da população idosa deve ser considerado no cuidado de doença crônicas


Atentar-se aos primeiros sintomas e buscar tratamento adequado são fundamentais no caso de doenças pulmonares crônicas, como a FPI


O crescimento da população idosa é uma realidade no Brasil e no mundo. Pesquisas das Nações Unidas apontam que há uma pessoa com mais de 60 anos para cada 9 habitantes mundialmentei. O avanço da medicina e a crescente preocupação da população com um envelhecimento saudável e qualidade de vida contribuem para o aumento da expectativa de vida, que no Brasil é de 75 anos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos até 2025ii. Contudo, o processo de envelhecimento não deve ser visto como décadas atrás. As novas estruturas familiares impactam também os mais velhos, que estão permanecendo por mais tempo no mercado de trabalho e, muitas vezes, são responsáveis pela educação e cuidados dos netos. Eles são os boomers, pessoas com mais de 60 anos, que estão envelhecendo de forma ativa. Na área da saúde, essa geração escolhe alternativas mais saudáveis, exercícios físicos e uma alimentação balanceada. É o que aponta a pesquisa "Silver Seekers: The New Age of Boomer Wellness"iii, da autoridade mundial na previsão de tendências WGSN. Por isso, é importante considerar esse novo estilo de vida ao lidar com o diagnóstico e tratamento de doenças crônicas e graves, como a fibrose pulmonar idiopática (FPI).

A FPI é uma doença rara que provoca o enrijecimento progressivo dos pulmões, ficando mais duro e menos elástico, o que é causado pela formação de cicatrizes (fibrose). Em decorrência desse processo, os portadores perdem a função pulmonar mais rapidamente do que as pessoas que não têm a condição. Eles se sentem cansados para fazer atividades básicas do cotidiano, como caminhar, praticar exercícios leves e subir escadas. Os sintomas principais são tosse constante e falta de ariv. O Dr. José Roberto Megda Filho, pneumologista do Hospital Universitário de Taubaté, indica que "a percepção errônea de que o envelhecimento é necessariamente acompanhado por tosse seca, cansaço e um estilo de vida limitado dificulta o diagnóstico de doenças pulmonares crônicas, como a FPI. Isso ocorre porque os sintomas dela são parecidos com os sinais de outras doenças pulmonares e cardíacas e na maioria dos casos, o diagnóstico de FPI é feito em estágios já avançados da doença".

Na FPI, que atinge cerca de 14 a 43 pessoas a cada 100.000 no mundov, o diagnóstico precoce é fundamental. Como a doença ainda é pouco conhecida pela população e pelos médicos, metade dos pacientes costuma ser diagnosticada de forma equivocadavi. Os impactos desse indicador na vida dos pacientes são irreversíveis porque, sem o tratamento adequado, a evolução do paciente não pode ser alterada. Segundo a OMS, o envelhecimento ativo é um processo que envolve várias esferas da vida do paciente. A ideia é otimizar a saúde, a segurança e a participação social dos mais velhos para que eles envelheçam com mais independência e autonomiavii. Assim, pacientes com FPI que não buscam ajuda médica e não são tratados podem ter maior prejuízo nesse ideal de estilo de vida ativo.

De acordo com o IBGE, a população idosa brasileira triplicará até 2050viii. Por isso, o Dr. Megda alerta para a importância de um envelhecimento com qualidade. Apesar de ter um prognóstico difícil, com o diagnóstico de FPI o paciente deve ser orientado a realizar atividades físicas e reabilitação pulmonar além de uma vida ativa. "O diagnóstico precoce e o tratamento adequado e contínuo são os itens fundamentais para o paciente manter sua rotina, no trabalho e com a família. Aprovado no início de 2016, o nintedanibe é o primeiro medicamento para o tratamento da FPI disponível no Brasil. Ele representa uma esperança para os pacientes, porque pode reduzir a progressão da FPI em até 50%", finaliza.

O especialista também reforça que a autonomia e a participação em círculos sociais e econômicos são fatores relevantes para o envelhecimento. Em consequência, os esforços dos profissionais de saúde devem ser direcionados em instruir as pessoas sobre as doenças crônicas e progressivas, como a FPI.







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Atenção aos Sinais de Desenvolvimento Precoce da Criança: Puberdade Precoce é uma Disfunção e Deve Ser Tratada



  • Aparecimento de mamas e/ou de pelos pubianos em meninas com menos de 8 anos de idade e/ou  menstruação antes dos 9 anos de idade,  aumento do pênis e/ou dos testículos e/ou aparecimento de pelos pubianos em  meninos com menos de 9 anos podem ser sinais de puberdade precoce – quando o período considerado “normal” é de 8 a 13 anos para meninas e de 9 a 14 anos para meninos. 
  • A puberdade precoce é mais de 10 vezes mais comum em meninas do que em meninos.
  • Se não diagnosticada e tratada, esta alteração pode ter impacto psicológico e social na criança, além de afetar seu desenvolvimento. No início, essas crianças são, em geral, mais altas que seus amigos ou familiares da mesma idade. Essa aceleração do desenvolvimento ósseo na criança, antes do tempo considerado normal, pode resultar em baixa estatura na vida adulta. 2,6

“As crianças que apresentam desenvolvimento dos caracteres sexuais precocemente devem ser examinadas, e,em muitos casos, precisam ser tratadas. O principal objetivo do tratamento é impedir que a criança chegue à puberdade antes do tempo desejado e possa, assim, manter seu desenvolvimento cronológico compatível  com a idade óssea. As crianças mais desenvolvidas do que colegas da mesma idade podem desenvolver problemas de ordem psicológica e social, como depressão e discriminação. O diagnóstico e o tratamento precoces impedem o desenvolvimento, e previnem estas consequências indesejáveis”,  alerta Luis Eduardo Calliari, Professor Assistente da Faculdade de Ciências Médicas e Médico-Assistente do Departamento de Pediatria da Santa Casa de São Paulo.

A puberdade é comandada pelo eixo hormonal hipotálamo-hipófise-gônada. Quando este eixo é ativado antes da idade habitual, ocorre a puberdade precoce. A puberdade precoce pode ser central - ocasionada por alterações no sistema nervoso central, muito mais frequente, ou periférica, mais rara, que tem origem em outras partes do corpo, como tumores nos ovários ou testículos, problemas das glândulas adrenais e outros.

São diversas as possíveis causas da puberdade precoce, dentre elas estão as de origem familiar, idiopática (sem causa aparente) ou orgânica, como tumores e meningite, por exemplo. É importante ressaltar que, apesar dos pais poderem carregar o gene para puberdade precoce, ela não é hereditária. As meninas tendem a menstruar pela primeira vez próximo à idade da primeira menstruação da mãe, mas, também não é uma regra.

A puberdade precoce pode ocorrer também pela administração de hormônios de forma indevida, seja via oral (com medicamentos ou suplementos) ou cutânea (alguns cremes ou pomadas com estrógeno na composição).Além das situações sem causas aparentes, também há maior risco da criança desenvolver puberdade precoce se:
  • Está muito acima do peso recomendado para a sua idade e altura;
  • Foi exposta aos hormônios sexuais (estrogênio e testosterona) antes do tempo, por meio do uso de cremes, pomadas ou suplementos para adultos que contenham estes hormônios;
  • Tiver outras condições médicas, como Síndrome de McCune-Albright, hiperplasia  adrenal congênita e, em casos raros, hipotireoidismo;
  • Tiver recebido tratamento com radiação no sistema nervoso central, como os utilizados para tratar tumores, leucemia, entre outros.
 Nos meninos, a puberdade precoce é menos comum, mas suas causas podem indicar problemas mais sérios no sistema nervoso central ou nos testículos ou nas glândulas suprarrenais. 


Sobre o diagnóstico – O diagnóstico é realizado por um conjunto de informações, a partir do histórico clínico da criança, exame físico e testes complementares, como dosagem hormonal e exames de imagem como raio X de punho para avaliação da idade óssea e sua comparação com a idade cronológica.  Os médicos especializados são os pediatras e endocrinologistas pediátricos.


Tratamento – O tratamento da puberdade precoce depende de sua causa. Visa a regressão ou estabilização dos caracteres sexuais secundários e retorno do ritmo de crescimento da criança aos padrões considerados normais. Além disso, tem como objetivo também promover um ajuste psicossocial na criança, bem como alívio da ansiedade dos pais.  Com o monitoramento constante e tratamento adequados, a criança pode voltar a ter um crescimento e desenvolvimento compatíveis com sua idade cronológica.

 Para mais informações sobre Puberdade Precoce, acesse www.puberdadeprecoce.com.br


 Como a puberdade começa

Geralmente, a puberdade começa em meninas entre 8 e 13 anos de idade e, em meninos, entre 9 e 14 anos. Na puberdade precoce, os sinais são semelhantes, porém acontecem antes do período considerado normal. Veja como a puberdade normal acontece:

Quando o corpo de uma criança está pronto para iniciar a puberdade, uma parte do cérebro chamada de hipotálamo libera um hormônio chamado de hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH).


  1. Este hormônio faz com que a hipófise (uma pequena glândula na base do cérebro) libere dois outros hormônios: o Hormônio Luteinizante (LH) e o Hormônio Folículo Estimulante (FSH).
  2.  O LH e o FSH estimulam os ovários e testículos a produzirem, principalmente, estrogênio nas meninas e testosterona nos meninos – hormônios responsáveis pelas alterações que vivenciamos durante a puberdade.

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