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segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Redução de peso pode evitar 15 mil casos de câncer, diz pesquisa


Esse resultado indica que cerca de 4% da população brasileira sofre com os diferentes tipos de câncer


Uma pesquisa feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com a colaboração da Harvard University (Estados Unidos), em abril de 2018, concluiu que mais de 15 mil casos de câncer poderiam ser evitados com a redução de peso. Esse resultado significa que cerca de 4% da população brasileira sofre com os diferentes tipos de canceres. 

Numa projeção futura, a situação é ainda mais alarmante, podendo agravar ao longo dos próximos sete anos. A pesquisa apontou que em 2025 a estimativa de pacientes cancerígenos atribuídos à obesidade e ao sobrepeso esbarrará num percentual de 5%, índice que atingirá em média 29 mil pessoas em todo o Brasil.

Especialistas concluem que toda essa situação decorre aos novos hábitos alimentares da população. “Vivemos uma fase de transição nutricional. Tornou-se uma epidemia no Brasil o consumo de alimentos calóricos com quantidade elevada de açúcar, sal e gordura. A partir disso, nos últimos 10 anos, houve um aumento nas prevalências da obesidade o que acabou causando um aumento no número de cânceres”, explica Dr. Henrique Eloy, especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica e gastroenterologia.

Para o estudo, a pesquisa feita pela FMUSP e Harvard calculou a fração atribuível populacional (FAP) do câncer relacionado ao índice de massa corporal (IMC) elevado. A conclusão foi que entre os 400 mil diagnósticos anuais, cerca de 4% estavam ligados ao IMC elevado. A situação é mais preocupante entre as mulheres, nas quais 5,2% foram enquadradas – isso graças aos cânceres de ovário, útero e mama, exclusivos da população feminina. 

Para os pacientes gerais (homens e mulheres) destacam-se outros 11 tipos da doença. Entre elas cólon, reto, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, pâncreas, próstata, estômago e tireoide. De acordo com o médico, essas regiões são alvo do acúmulo de gordura, consequência dos maus hábitos alimentares e também do maior consumo de produtos processados. “Isso sem contar o sedentarismo, o consumo de álcool, tabagismo e o fator genético – alguns indivíduos são mais propícios a engordar do que outros por questões hormonais”, esclarece Henrique Eloy.

Para reverter o quadro, Dr. Henrique Eloy aconselha mais atenção com a dieta e a prática de exercícios físicos. “Eu sei o quão a agenda do brasileiro do século XXI é apertada e corrida, mas é por conta desse aperto que precisamos redobrar a atenção à saúde. Inserir o esporte no cotidiano é uma obrigação universal, assim como manter uma boa alimentação e não deixar a consulta periódica com o seu médico de lado”, afirma.


Mais dados sobre a obesidade e o câncer

Segundo dados do IBGE, 40% da população brasileira tinha sobrepeso ou obesidade em 2002. Já em 2013, o total subiu para aproximadamente 60%. Considerando os mesmos fatores da pesquisa realizada pela FMUSP e Harvard, estimou-se que em 2012, cerca de 10 mil casos de câncer em mulheres e 5 mil casos em homens eram atribuíveis ao excesso de peso e obesidade aferidos dez anos antes.

Atualmente, de acordo com a pesquisa, o número de pessoas que poderiam reduzir o percentual de gordura para evitar o câncer é maior no Sul do país (3,4% de mulheres para 1,5% de homens) e Sudeste (3,3% de mulheres para 1,5% de homens).

Entre as mulheres, destaque para o Rio Grande do Sul (3,8%), Rio de Janeiro e São Paulo (ambos 3,4%). Já nos homens, temos altas nos estados do Mato Grosso do Sul e Sudeste São Paulo (ambos 1,7%).



Sete fatos que você precisa saber sobre insuficiência cardíaca


 Falta de ar e tosse constante são alguns dos sinais de alerta4,5 desta doença silenciosa que mata mais que câncer de mama7


No Brasil, a insuficiência cardíaca afeta 2,8 milhões de brasileiros1 e é responsável por 219 mil internações anualmente2. Em virtude da alta incidência, trata-se da segunda principal doença cardíaca no país1, atrás apenas do infarto do miocárdio. Segundo o DATASUS, somente em 2016 foram 28 mil mortes no Brasil por causa da doença.3

O cardiologista do InCor e membro da Rede Brasileira de Insuficiência Cardíaca (REBRIC), Dr. Mucio Tavares explica que a insuficiência cardíaca é uma doença na qual o coração não consegue bombear o sangue necessário para o corpo, causando assim o acumulo retrógrado de sangue nas vísceras e nos pulmões, chamado de congestão. “Este acúmulo nos vasos e órgãos do corpo se manifesta por inchaço das pernas e abdome ou falta de ar. Apesar da alta mortalidade no Brasil, muitos pacientes não realizam o tratamento mais adequado. Por ser uma doença crônica, a insuficiência cardíaca agride o coração progressivamente e quando o paciente perceber que algo está errado, pode ser tarde demais”, alerta Dr. Mucio Tavares.

Entenda mais sobre insuficiência cardíaca, os principais sintomas e como a inovação vem contribuindo para o avanço no tratamento:


O que é?

A insuficiência cardíaca ocorre quando o órgão não se contrai com força suficiente para bombear a quantidade necessária de sangue para o corpo4.


Quais são os sintomas?

O paciente sente falta de ar constante, inchaços nos tornozelos e pés, falta de ar ao se deitar4 e tosse ou chiado constante5.


Associação com outras doenças

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cardiologia revelou que hipertensão arterial (70%), diabetes (34%), histórico de infarto (27%) e insuficiência renal crônica (24%) são as principais causas de insuficiência cardíaca.6


Números alarmantes

A doença, popularmente conhecida como coração fraco, é mais fatal que diversos tipos de câncer, como o de mama em mulheres e o de colorretal em homens7.


Conta cara para pagadores

Além da piora da vida dos pacientes, a doença ainda gera R$ 22 bilhões de gastos e perdas financeira para o país em 1 ano1.


Tratamentos disponíveis

Tratamentos como enalapril estão disponíveis para o cuidado dos pacientes com insuficiência cardíaca e, recentemente, um novo medicamento chegou ao Brasil. O sacubitril-valsartana reduz o risco de morte em 20% e reduz as hospitalizações recorrentes. O medicamento já pode ser encontrado nas farmácias.8


Associação com Chagas

A Doença de Chagas pode afetar o funcionamento do coração ao destruir as fibras dos músculos em decorrência das inflamações causadas e desencadear no diagnóstico de insuficiência cardíaca9.







Novartis



Referências

1. Stevens B, Pezzullo L, Verdian L et al. The Economic Burden of Heart Diseases in Brazil. World Congress of Cardiology & Cardiovascular Health 2016 Poster code: PS023.
2. Ministério da Saúde. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS. Internações por insuficiência cardíaca em 2015. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/niuf.def. Acesso em Ago 2017.
3. DATASUS – Tabnet. Mortalidade – Brasil, Óbitos segundo Município, Categoria CID-10: I50 Insuf cardíaca. Período 2016. Disponível emhttp://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10br.def. Acesso em: 12/7/2018.
4. Heart failure matters. What goes wrong in heart failure? Disponível em: http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Understanding-heart-failure/What-goes-wrong-in-heart-failure. Acessado em 12/07/2018.
5. Heart Failure Matters. Warning signs. Cough. Disponível em; http://www.heartfailurematters.org/en_GB/Warning-signs/Cough. Acesso em: 12/07/2018.
6. Albuquerque DC, Neto JDS, Bacal F, et al. I Brazilian Registry of Heart Failure - Clinical Aspects, Care Quality and Hospitalization Outcomes.Arq Bras Cardiol. 2015; 104(6):433-442.
7. Stewart et al. More ‘malignant’ than cancer? Five-year survival following a first admission for heart failure Eur J Heart Fail. 2001;3:31532210
8. McMurray JJV, Packer M, Desai AS, et al. Angiotensin–Neprilysin Inhibition versus Enalapril in Heart Failure.N Engl J Med 2014;371:993-1004
9. Almeida, D. R. Insuficiência Cardíaca Na Doença De Chagas. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul - Ano XIII nº 03 Set/Out/Nov/Dez 2004

Novo colírio corrige a presbiopia


 Medicamento diminui a quantidade de luz que penetra nos olhos.  Conheça as opções para corrigir a visão de perto


A mais nova opção para corrigir a visão de perto de quem já passou dos 40 anos é o colírio PRX que acaba se ser divulgado em um estudo pela AAO (Academia Americana de Oftalmologia). Mas calma, ainda não dá para dizer que esta é a melhor terapia para você abandonar os óculos de leitura. Isso porque, está em processo de aprovação pelo FDA, agência americana que regulamenta medicamentos, similar à ANVISA no Brasil.

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas afirma que a partir dos 40 anos todos nós passamos a ter dificuldade de enxergar de perto por causa da presbiopia ou vista cansada. “A diminuição da visão de perto é causada pelo envelhecimento do cristalino, lente interna do olho que perde a flexibilidade para focalizar automaticamente as imagens em diferentes distâncias” afirma.

Nos países em desenvolvimento como o Brasil, relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a falta de correção da presbiopia como a causa mais comum de deficiência entre pessoas economicamente ativas. São cerca de 50 milhões de brasileiros présbitas. Para se ter ideia, Queiroz Neto afirma  que das 3072 pessoas diagnosticadas com problemas de refração e presbiopia em uma  recente  ação social realizada no hospital em parceria com a ONG  internacional, OneSight para distribuir consultas e óculos gratuitos, 18% afirmaram que tinham engavetado uma receita, por falta de condições financeiras de comprar os óculos, ou seja, quase o dobro do estimado pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia). 


Estudo

O oftalmologista diz que o novo colírio pode ser uma solução para quem tem dificuldade de usar óculos de leitura, mas a ação do medicamento exige cautela. “Isso porque a nova droga provoca a contração da pupila, melhorando a visão de perto sem afetar a visão à distância. O problema é que as gerações anteriores de colírios com efeito semelhante provocavam uma série de efeitos colaterais indesejáveis como espasmo acomodativo, dor na sobrancelha, inflamação do segmento anterior, entre outros”, ressalta. 

No estudo apresentado na AAO participaram 58 pacientes entre 48 e 63 anos de idade. Logo após a instilação os participantes tiveram escurecimento da visão causado pela contração da pupila.  Uma hora depois, 47,2% apresentaram três linhas de melhora na visão de perto e 91,7% melhoraram em pelo menos duas linhas. Os efeitos duraram até 7 horas em metade dos olhos, mas os participantes referiram irritação ocular. Por isso, para Queiroz Neto é necessário um estudo conclusivo para apontar este colírio como uma opção segura que substitua os óculos de leitura, multifocais e as lentes de contato” alerta.


Cirurgia refrativa

O oftalmologista afirma que na maioria das pessoas a presbiopia progride até 65 anos quando o cristalino zera sua capacidade de alternar o foco para perto e longe. Para quem não gosta de usar óculos uma alternativa segura é a monovisão com lente de contato que calibra o olho dominante para enxergar à distância e o outro para enxergar próximo. A correção da presbiopia também pode ser feita pela moldagem da córnea pelo excimer laser, usando o mesmo princípio da monovisão com lente, mas requer teste anterior porque nem toda pessoa se adapta bem. A técnica, observa,   é mais indicada para quem usar a visão de perto na atividade profissional.


Implante reversível

O implante de uma microlente no interior da córnea, lente externa do olho comparável ao vidro do relógio, é o procedimento menos invasivo para corrigir a presbiopia. Queiroz Neto explica que a lente é inserida com a ajuda de um laser que faz um bolso na córnea onde a microlente é fixada. Existem três tipos diferentes de microlentes no mercado e a escolha depende das características da visão de cada pessoa. A principal vantagem do implante é ser um procedimento reversível, que pode ser retirado quando surge catarata.


Lente intraocular

Conforme envelhecemos o cristalino do olho se torna turvo. É a catarata que tem como  único tratamento  a cirurgia que substitui a lente natural do olho pelo implante de  uma sintética. A última geração de lentes intraoculares multifocais corrige a visão de perto, meia distância e de longe. Para quem tem astigmatismo, vício de refração que triplica conforme envelhecemos as lentes tóricas multifocais são as mais indicadas e corrigem inclusive pequenas imperfeições visuais que interferem na refração. “Hoje só usa óculos depois dos sessenta anos quem quer”, conclui.



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